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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tribunal de Justiça de SP sem verba: herança do governo tucano em SP


Folha
Sem verba, Tribunal de Justiça (TJ) de SP depende de repasses do Executivo
Às voltas com a manutenção do corte de 54% em seu Orçamento, o Tribunal de Justiça de São Paulo começará 2011 na dependência de suplementações do Executivo para tentar resolver seus problemas mais prementes.
O primeiro e mais importante deles --consenso entre servidores, advogados e membros do próprio TJ--, é a falta de verba do Tesouro para o funcionalismo
Estadão - 28/12/2010
Cupins e infiltrações ameaçam palácio sede da Justiça paulista, no centro
Em algumas áreas, como a biblioteca, funcionários têm de trabalhar em meio a andaimes e suportes; reforma deve custar R$ 50 milhões
Estadão - 28/12/2010
Cartórios serão levados para prédio na Brigadeiro
A reforma interna do Palácio da Justiça é apenas parte do projeto da direção do Tribunal de Justiça de São Paulo para resgatar os tempos áureos de sua sede.
Desde o início deste ano, os cartórios da segunda instância que há décadas funcionam no prédio estão sendo transferidos para outros imóveis da Corte na região central de São Paulo. A meta é reduzir ao máximo a circulação de pessoas no palácio e, assim, brecar o processo de deterioração do palácio

STF adota uso de iniciais para ocultar identidade de autoridades processadas

Estadão
STF adota uso de iniciais para ocultar identidade de autoridades processadas
Desde agosto, mesmo nos inquéritos que não tramitam em segredo de Justiça, nomes das partes estão sendo omitidos pelos ministros do Supremo, sob a justificativa de que é necessário preservar a honra e a intimidade dos acusados

Fraudes nos contratos do Governo de SP com a Alstom: Juíza quebra sigilo de conselheiro do TCE

 Folha - 28/12/2010 (via clipping CNJ)
Juíza quebra sigilo de conselheiro do TCE
Decisão quebrou o sigilo de mais dez pessoas e de empresa, investigadas sob acusação de receber propina por contratos com a multinacional Alstom.
A medida atinge, entre outros, Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e chefe da Casa Civil do governador Mario Covas entre 1995 e 1997, e Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô

Assinante da Folha, clique aqui

Agora São Paulo - 28/12/2010
Justiça quebra sigilo de conselheiro do TCE-SP
Investigados sob suspeita de ter recebido propina da Alstom em troca de contratos públicos do governo de São Paulo, 11 pessoas e uma empresa não conseguiram provar a origem do seu patrimônio, segundo decisão da juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi

Jandira - SP: Um poço sem fundo de fraudes sob o comando do PSDB

 Estadão - 27/12/2010
Vereador denuncia fraudes em Jandira (SP)
Supersalários, licitações fraudulentas, propina, peculato, formação de cartéis e servidores fantasmas marcaram a gestão Braz Paschoalin (PSDB) - prefeito de Jandira executado a tiros de grosso calibre dia 10 -, segundo relato do vereador Reginaldo Camilo dos Santos, o Zezinho do PT.
Saiba mais
 
JT
Jandira terá policiamento reforçado
O policiamento na cidade de Jandira (32 km de SP) será reforçado nos próximos dias. A decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira  (23) pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, durante visita à prefeita de Jandira, Anabel Sabatine. Sabatine assumiu o cargo depois da morte do prefeito Braz Paschoalin, no dia 10 dezembro
 
Para lembrar:
EPTV
Vídeo: Operação "Arcanjo" da Polícia Civil resulta na prisão de 71 pessoas
Foi presa parte de uma quadrilha comandada pelo suspeito na morte do prefeito de Jandira

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Kassab confirma aumento de tarifa de ônibus para R$ 3 em SP

Nova tarifa entra em vigor no dia 5 de janeiro na capital paulista.

Atualmente, passageiros pagam R$ 2,70 pela viagem nos ônibus.


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou na manhã desta terça-feira (28) que a tarifa de ônibus na capital paulista subirá para R$ 3 a partir da 0h do dia 5 de janeiro. Ele falou sobre o novo preço durante uma vistoria às obras de desassoreamento do Córrego Aricanduva, na Zona Leste de São Paulo. Atualmente, o valor da viagem é R$ 2,70.
O prefeito explicou que haverá uma redução do subsídio pago pela Prefeitura para o transporte no ano de 2011 – segundo ele, o montante economizado será repassado para outras áreas prioritárias, como obras de drenagem, coleta de lixo, saúde e educação. “O subsídio este ano ficou na faixa de R$ 660 milhões. Nós queremos, ao longo do ano que vem, ter um subsídio de R$ 600 milhões ou um pouco menos”, afirmou Kassab.
O reajuste será de 11,11%. Com o aumento, o valor da integração com o Metrô com o Bilhete Único ficará em R$ 4,29. O último aumento no bilhete de ônibus – de R$ 2,30 para os atuais R$ 2,70 – ocorreu em janeiro deste ano.

Confira as novas tarifas abaixo:
Integração Metrô / Trem
R$ 4,29
Bilhete Único Estudante
R$ 1,50 (5 tarifas)
Bilhete Único Estudante Conveniado UMES/UNE
R$ 39,00 (13 tarifas)
Bilhete Único Estudante Conveniado UMES/UNE 2ª via
R$ 39,00 (13 tarifas)
Bilhete Único Comum ou Vale-Transporte 2ª via
R$ 21,00 (7 tarifas)
Bilhete Único Comum 1ª compra
R$ 15,00 (5 tarifas)

Imprensa brasileira termina década "no fundo do poço"



Blog Cidadania
Eduardo Guimarães

Em 31 de dezembro próximo, encerrar-se-á a primeira década do século XXI e do novo milênio. A imprensa escrita chega a esse momento histórico com a credibilidade abalada e despida de um poder que deteve durante o século passado, o de influir decisivamente nas decisões políticas dos brasileiros.

Dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação) de 2000 e de 2010 (estes, aproximados), se comparados mostram muito mais do que a queda na circulação dos grandes jornais do eixo Rio-São Paulo, que pautam politicamente todos os outros veículos impressos menores, mas de maior porte entre o universo total da imprensa escrita.

No início da década, a Folha de São Paulo vendia 471 mil exemplares/dia e hoje vende 295 mil; o Estadão vendia 366 mil e hoje vende 213 mil; O Globo vendia 336 mil e hoje vende 257 mil; a revista Veja vendia 1,9 milhão de exemplares por semana e hoje, vende 1,2 milhão.

A situação é muito pior do que parece, porque, durante a década que termina, jornais e revista passaram a doar exemplares aos leitores perdidos, ou seja, enviando esses exemplares a eles gratuitamente, de forma a sustentarem os números da tiragem cadente.

Finalmente, há que lembrar que, em 2000, o Brasil tinha 170 milhões de habitantes e hoje, tem 190 milhões. Enquanto a população cresceu quase 12 por cento nesse período, a tiragem dos jornais e revista mencionados caiu de 3 milhões de exemplares por edição para 1,9 milhão, ou seja, uma queda de quase 37 por cento.

Fazendo bem as contas, se a relação entre a tiragem dos jornais e da revista e o conjunto da população no início da década era de 1,76%, hoje essa relação caiu para 1%, ou seja, uma perda de 43% do mercado.

Alguns dirão que esse leitorado migrou para a internet, onde lê os grandes portais de notícias, todos controlados pelos grupos empresariais donos dos jornais e revistas em questão. Contudo, essa premissa desconsidera a queda de receita e a quebra de fidelidade, pois é muito diferente ler os portais sem pagar nada e comprar a assinatura desses veículos.

A queda de tiragem, porém, não dá a dimensão da perda de credibilidade e de influência desses veículos no conjunto da sociedade, pois, aí, a queda é muito maior.

Um bom indício desse fato é o de que, desde a redemocratização até 1998, o país elegia o candidato a presidente que essa parte da imprensa apoiava – foi assim com Collor e com FHC em três eleições. A partir da década que vai terminando, em três eleições presidenciais os veículos perderam as três.

A razão de fundo para essa perda de credibilidade – e, conseqüentemente, de mercado – foi explicitada por um homem que conhece a fundo o mainstream midiático, o atual ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, egresso da TV Globo, onde foi comentarista político por anos a fio.

Segundo Martins,”Um grande número de leitores não acredita mais no que o jornal diz” porque “Percebeu que havia má vontade com o governo e leniência com a oposição”. Há que acrescentar que essa “leniência” se estende, até o momento, às administrações estaduais e municipais em que a oposição federal é governo.

O exemplo mais clamoroso é o do governo de São Paulo e o da capital desse Estado, em que o consórcio tucano-pefelê governa há muito tempo, sendo que em nível estadual o PSDB já caminha para vinte anos no poder.

A degradação da qualidade de vida em São Paulo (Estado e capital) é visível. Quem vem a São Paulo se horroriza sobretudo com a capital, que se tornou violenta, poluída, assolada por tragédia sobre tragédia cotidianamente, com serviços públicos como saúde e educação em situação calamitosa etc.

Não há cobertura crítica do péssimo governo tucano do Estado ou da administração municipal desastrosa do DEM na capital. Escândalos, incompetência, perda de importância do maior Estado da Federação, tudo isso sucumbe, em São Paulo, a um noticiário absolutamente chapa-branca.

No apagar das luzes da primeira década do século XXI, dois fatos exemplificam a razão dessa débâcle da grande imprensa escrita no Brasil.

Na semana passada, foi concluído o inquérito da Polícia Federal sobre o caso do grampo telefônico que Globos, Folhas, Vejas e Estadões sustentaram que o governo Lula teria mandado fazer contra o então presidente do STF, Gilmar Mendes, e o senador goiano Demóstenes Torres, do DEM. Concluiu-se que não houve grampo algum.

Na edição do último domingo do ano do jornal Folha de São Paulo, a ombudsman, Suzana Singer, apresenta uma “prova” de que seu jornal, apesar das acusações múltiplas e crescentes que recebe, “não é tucano”. A “prova” seria editorial que o jornal publicou durante a semana em que reconheceu méritos em um governo apoiado por mais de 80% da sociedade (?!).

O ridículo nunca parece suficiente para essa parcela ainda vistosa – mas totalmente decadente – da imprensa escrita. Acreditando-se extremamente espertos, comandantes das redações esbofeteiam um público que freqüentemente é mais bem informado do que eles devido à multiplicidade de fontes de informação de que dispõe.

Polícia faz busca em casa de cunhado de Alckmin

MARIO CESAR CARVALHO
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO


A polícia fez ontem uma operação de busca e apreensão na casa do empresário Paulo Ribeiro, cunhado do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Paulo é um dos 11 irmãos de Lu Alckmin, futura primeira-dama do Estado.
Ribeiro é investigado pelo Ministério Público sob suspeita de fazer parte de um cartel acusado de superfaturar preços de merenda em contratos com prefeituras.
O processo em que ele aparece como suspeito corre sob segredo de Justiça.
Uma das casas de Ribeiro fica em Pindamonhangaba, a cidade natal de Alckmin e de sua mulher.
O pedido de busca e apreensão foi feito pelo setor de crimes financeiros do Ministério Público do Estado e autorizado pela Justiça.
Ribeiro teria intermediado contratos entre uma empresa da área de merendas chamada Sistal - Alimentação de Coletividade Ltda. com prefeituras do Vale do Paraíba, como Taubaté e Pindamonhangaba, segundo uma das hipóteses investigadas.
Folha procurou os advogados de Ribeiro, mas não conseguiu localizá-los. O governador eleito não quis se manifestar sobre a investigação em torno do seu cunhado.
A Promotoria também não quis se manifestar sobre a investigação em curso.
SUSPEITA DE PROPINAS
O Ministério Público Estadual investiga há mais de dois anos esquemas de fraude envolvendo empresas de merenda escolar em ao menos 35 prefeituras espalhadas pelo país.
A Promotoria diz que servidores receberam cerca de R$ 280 milhões em propinas, que seriam pagas com verba pública desviada.
Entre os municípios investigados está a capital paulista. O suposto esquema da merenda em São Paulo, segundo promotores, começou em 2001 e envolveu ao menos seis empresas terceirizadas, que forneciam alimentação para escolas municipais.
Elas seriam beneficiadas em licitações, segundo a Promotoria. Oficialmente, sempre negaram tudo. O Ministério Publico já divulgou que, em troca dos contratos, as empresas pagavam aos servidores de 5% a 15% dos valores recebidos.

Hage enfrenta a Veja


Resposta do ministro Jorge Hage a editorial de balanço da revista Veja:


Brasília, 27 de dezembro de 2010.


Sr. Editor,

Apesar de não surpreender a ninguém que haja acompanhado as edições da sua revista nos últimos anos, o número 52 do ano de 2010, dito de “Balanço dos 8 anos de Lula”, conseguiu superar-se como confirmação final da cegueira a que a má vontade e o preconceito acabam por conduzir.

Qualquer leitor que não tenha desembarcado diretamente de Marte na noite anterior haverá de perguntar-se “de que país a Veja está falando?”. E, se o leitor for um brasileiro e não integrar aquela ínfima minoria de 4% que avalia o Governo Lula como ruim ou péssimo, haverá de enxergar-se um completo idiota, pois pensava que o Governo Lula fora ótimo, bom ou regular. Se isso se aplica a todas as “matérias” e artigos da dita retrospectiva, quero deter-me especialmente às páginas não-numeradas e não-assinadas, sob o título “Fecham-se as cortinas, termina o espetáculo”. Ali, dentre outras raivosas adjetivações (e sem apontar quaisquer fatos, registre-se), o Governo Lula é apontado como “o mais corrupto da República”.

Será ele o mais corrupto porque foi o primeiro Governo da República que colocou a Polícia Federal no encalço dos corruptos, a ponto de ter suas operações criticadas por expor aquelas pessoas à execração pública? Ou por ser o primeiro que levou até governadores à cadeia, um deles, aliás, objeto de matéria nesta mesma edição de Veja, à página 81? Ou será por ser este o primeiro Governo que fortaleceu a Controladoria-Geral da União e deu-lhe liberdade para investigar as fraudes que ocorriam desde sempre, desbaratando esquemas mafiosos que operavam desde os anos 90, (como as Sanguessugas, os Vampiros, os Gafanhotos, os Gabirus e tantos mais), e, em parceria com a PF e o Ministério Público, propiciar os inquéritos e as ações judiciais que hoje já se contam pelos milhares? Ou por ter indicado para dirigir o Ministério Público Federal o nome escolhido em primeiro lugar pelos membros da categoria, de modo a dispor da mais ampla autonomia de atuação, inclusive contra o próprio Governo, quando fosse o caso? Ou já foram esquecidos os tempos do “Engavetador-Geral da República”?

Ou talvez tenha sido por haver criado um Sistema de Corregedorias que já expulsou do serviço público mais de 2.800 agentes públicos de todos os níveis, incluindo altos funcionários como procuradores federais e auditores fiscais, além de diretores e superintendentes de estatais (como os Correios e a Infraero). Ou talvez este seja o governo mais corrupto por haver aberto as contas públicas a toda a população, no Portal da Transparência, que exibe hoje as despesas realizadas até a noite de ontem, em tal nível de abertura que se tornou referência mundial reconhecida pela ONU, OCDE e demais organismos internacionais.

Poderia estender-me aqui indefinidamente, enumerando os avanços concretos verificados no enfrentamento da corrupção, que é tão antiga no Brasil quanto no resto do mundo, sendo que a diferença que marcou este governo foi o haver passado a investigá-la e revelá-la, ao invés de varrê-la para debaixo do tapete, como sempre se fez por aqui.


Peço a publicação.


Jorge Hage Sobrinho
Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Delegada é morta dentro de Delegacia por ex-namorado em Guarulhos


A delegada Denise Quioca, que estava de plantão na madrugada desta quinta-feira, 23, no 1º Distrito Policial de Guarulhos, na altura do nº 244 avenida Monteiro Lobato, na Vila Miriam, região central da cidade, foi morta com 17 tiros, dentro da sala dela, pelo ex-namorado e ex-policial civil Fábio Agostino Macedo, de 33 anos.
O ex-investigador teria chegado na delegacia, conversado com Denise e terminaram discutindo. Ele, então, foi ao banheiro e, na volta, segurando duas armas, começou a atirar contra a delegada de 28 anos. Denise levou 17 tiros e morreu na hora.
Depois de descarregar as armas, o ex-investigador jogou as duas pistolas e mais uma terceira que carregava em um sofá e, com os braços erguidos, se entregou para três policiais que estavam no plantão.
Armado com duas pistolas, assassino entrou no Distrito Policial, disparou contra a vítima e se entregou(Foto:Hélio Torchi/SP AGORA)
Armado com duas pistolas, assassino entrou no Distrito Policial, disparou contra a vítima e se entregou(Foto:Hélio Torchi/SP AGORA)

O suspeito foi preso em flagrante. Ele não se conformava com o fim do relacionamento. Ele era investigador da Polícia Civil e foi expulso da corporação no começo deste mês, acusado de abuso de poder, agressão e porte ilegal de arma.
Ele foi levado algemado para a Corregedoria da Polícia Civil, no Centro da capital paulista. As armas usadas no assassinato eram da polícia e foram apreendidas.
Denise havia sido ameaçada pelo ex-namorado várias vezes. Ela prestou queixa contra ele na Corregedoria da Polícia Civil em setembro, após ter sido agredida durante uma discussão.
O ex-investigador também é acusado de tráfico de drogas. A corregedoria vai apurar porque ele continuava com as armas da polícia mesmo depois de ter sido demitido.

Justiça absolve, por votação unânime, PCC de pagar indenização de R$ 27 milhões ao Estado

Especial para o UOL Notícias

Em São Paulo


A Justiça paulista absolveu duas advogadas e três presos, supostamente ligados à organização criminosa PCC, de indenizar o Estado no valor de R$ 27,4 milhões. A indenização havia sido determinada pelo juiz da 13ª Vara Criminal da Capital, José Roberto Cabral Longaretti.

A decisão de absolver os réus do pagamento ao erário por danos ao patrimônio público foi tomada, por votação unânime, pela 14ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O julgamento foi divulgado na terça-feira (21). O argumento foi o de que a indenização, embora legal, deve ser tentada em ação civil. A previsão de reparação de danos pelo autor de crimes está prevista no Código de Processo Penal.

A indenização aplicada pelo juiz criminal era decorrente dos prejuízos causados pelas depredações nos presídios de Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Junqueirópolis, Mirandópolis, Getulina, Itirapina, Santos e São Paulo.

As duas advogadas foram presas em junho de 2006, em Presidente Prudente (656 km de SP) por suspeitas de transmitir ordens (conhecidas como “salves”) dos chefes do grupo e também de facilitar a entrada de celulares em prisões. As investigações foram conduzidas pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas), braço do Ministério Público de São Paulo.

Valéria Dammous e Libânia Catarina Fernandes Costa foram acusadas, pelo Ministério Público, de participarem de operações planejadas, em várias cidades do Estado de São Paulo, entre maio e junho de 2006. Um terceiro advogado denunciado foi absolvido pela Justiça.

De acordo com o Ministério Público, o objetivo das ações era viabilizar a prática de crimes de tráfico, extorsões, sequestros e rebeliões em penitenciárias.

Os presos Orlando Mota Júnior, “o Macarrão”, Cláudio Rolim de Carvalho o “Polaco”, e Anderson de Jesus Parro, o “Moringa” passavam ordens para as advogadas. Eles também foram acusados dos mesmos crimes.

Em primeira instância, além de obrigá-los a pagar a indenização pelos danos provocados nas cadeias, o juiz aplicou penas de prisão a todos os envolvidos. Eles foram condenados pelos crimes de motim, dano qualificado, formação de quadrilha e cárcere privado qualificado.

As duas advogadas sofreram pena de cinco anos e oito meses, que deveriam ser cumpridos em regime aberto.

Aos três detentos foram aplicadas penas variáveis. Cláudio Rolim de Carvalho recebeu condenação de sete anos e dois meses. Anderson de Jesus Parro teria de cumprir sete anos e oito meses e Orlando Mota Júnior teve a pena mais longa de 10 anos e quatro meses. O cumprimento seria em regime inicial fechado.

A 14ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a absolvição do advogado Eduardo Diamente, por falta de provas, e reduziu as penas de todos os réus.

As advogadas Valéria e Libânia e o detento Anderson tiveram as penas diminuídas para quatro anos de prisão. Os outros dois condenados – Cláudio e Orlando – vão cumprir cinco anos e 20 dias de reclusão.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Governador paulista quer “vender” 25% dos leitos hospitalares do SUS.

(do site Vi o Mundo)

A saúde pública no Estado de São Paulo está sendo privatizada a passos largos, em larga escala.
Na última quinta-feira, o governador Alberto Goldman (PSDB) tinha certeza de que acrescentaria novo capítulo a essa história: aprovar na Assembleia Legislativa o projeto de lei 45/10, que altera a lei das Organizações Sociais (OS), de 1998, permitindo que vendam a planos de saúde e clientes particulares até 25% dos leitos hospitalares (entre outros serviços) do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A nova lei das OS reduzirá mais o já precário atendimento hospitalar da população pobre”, denuncia ao Viomundo o deputado estadual Adriano Diogo (PT), da Comissão de Higiene e Saúde da Assembleia Legislativa. “É a expansão da ‘quarteirização’ dos serviços públicos de saúde no Estado de São Paulo.”
A tentativa da quinta-feira fracassou. Além de aproximadamente 40% dos deputados não terem conseguido a reeleição (e estão faltando às sessões), o tema é impopular.
Resultado: na primeira votação, obteve apenas 35 votos favoráveis. Como é um projeto de lei complementar, necessita de 48 votos para aprovação. Hoje haverá nova votação. O projeto foi encaminhado pelo governador paulista à Assembleia Legislativa, em 1º de dezembro, em regime de urgência.

PROJETO 45/10: DUPLA PORTA E MAIS RECURSOS PARA ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA SAÚDE
Teoricamente as OS são entidades filantrópicas. Só que, na prática, funcionam como empresas privadas, pois o contrato é por prestação de serviços.
A lei de OS, de 1998, estabelecia que apenas os novos hospitais públicos do estado de São Paulo poderiam passar para a administração das OS. Porém, uma lei de 2009, do então governador José Serra (PSDB), derrubou essa ressalva. Ela permite transferir às OS o gerenciamento de todos os hospitais públicos do estado. É o caminho para a terceirização completa.
Agora, o novo projeto do governador Alberto Goldman tenta avançar sobre os serviços desses hospitais públicos privatizados. Ele quer é que esses serviços não sejam destinados exclusivamente aos pacientes SUS. O projeto permite as OS venderem até 25% dos seus serviços aos planos de saúde e particulares. É o aprofundamento da “quarteirização”, uma vez que atualmente as OS (que são as terceirizadas) já contratam hoje em dia alguns serviços.
Na prática, o projeto 45/10 institucionaliza a dupla porta, de iniciada no sistema público de São Paulo e hoje disseminada por muitos estados, considerada por vários especialistas uma ilegalidade.
Pela “porta 1”, entram os usuários do SUS. Pela “porta 2”, apenas os conveniados e particulares. O argumento dos defensores da dupla-porta é que o pagamento dos serviços ajudaria a pagar a conta dos doentes do SUS.
A questão é que, nas mesmas instituições públicas, pacientes SUS têm diagnóstico e tratamento mais tardios do que conveniados ou particulares para males idênticos. E aí está x do problema, até porque esses hospitais foram construídos com recursos do SUS.
Tem mais. Na prática, o projeto do governador paulista cria uma nova fonte de financiamento para as OS. Ele prevê que o dinheiro arrecadado com a prestação desses serviços seja repassado diretamente às OS e não ao poder público, que as financia como manda a lei. Além de o Estado não ter ressarcimento, o recurso não será contabilizado na receita e na despesa pública, criando uma ilegalidade. Afinal, a Lei Estadual 9.058/94 já prevê que haja o ressarcimento para o Estado do gasto de usuários de planos de saúde se forem utilizados equipamentos públicos. Também as normas fixadas pela Lei Federal 9.656/ 1998 já prevêem o ressarcimento para o poder público.
E quem controla isso? Que garantia o Estado tem de que serão “vendidos” 25% e não 30% ou 40%, por exemplo? O próprio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo reconhece que é difícil esse controle.

HOSPITAIS ADMINISTRADOS POR OS CUSTAM 50% MAIS
Por que então o governador quer aprovar o projeto de lei 45/10, autorizando o uso de até 25% dos leitos da rede estadual por convênios e particulares?
A explicação é simples. O custo do gerenciamento dos hospitais públicos pelas OS é alto, ao contrário do que alardeiam os defensores desse sistema de administração.
O cruzamento de dados dos relatórios das OS com informações do Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária do Estado de São Paulo (SIGEO) comprova isso. Em 2008, os 13 hospitais públicos geridos na ocasião por OS receberam R$ 872 milhões. Um gasto médio, portanto, de R$ 67 milhões. Já os 33 hospitais administrados diretamente pelo Estado gastaram R$ 1,49 bilhão. Um gasto médio de R$ 45,4 milhões.
Resultado: em 2008, os hospitais geridos pelas OS custaram, em média, 50% mais do que os hospitais públicos geridos diretamente pelo poder público.
Em 2009, isso repete. Os hospitais públicos geridos por OS receberam R$ 1,35 bilhão. Um gasto médio de R$ 71 milhões. Já os hospitais administrados pelo Estado gastaram R$ 1,64 bilhão. Um gasto médio de R$ 48,2 milhões. Ou seja, o gasto médio com os hospitais geridos pelas OS ficou 47% mais caro.
A mesma tendência em 2010. Ainda com dados provisórios, os hospitais geridos por OS receberam R$ 1,6 bilhão. Isso representa um custo médio de R$ 76,3 milhões. Já os hospitais geridos pelo Estado gastaram até o momento, a quantia de R$ 1,45 bilhão, representando um custo médio anual de R$ 42,8 milhões.
Outro dado revelador. De 2006 a 2009, os gastos com as OS na Saúde saltaram de R$ 910 milhões para R$ 1,96 bilhão. Um pulo de 114%. No mesmo período, o orçamento do Estado cresceu 47%. Ou seja, as despesas do Estado de São Paulo com a terceirização da saúde cresceram mais que o dobro do aumento do orçamento público.
Só que a sociedade não têm acesso a esses dados. O próprio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo reconhece, insistimos, que o controle social sobre os gastos das OS é muito baixo.

ENTIDADES DE SAÚDE SÃO CONTRA
“Na verdade, a terceirização dos serviços de saúde, via OS, é uma forma de driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal quanto ao gasto com pessoal”, faz outra denuncia ao Viomundo o deputado Adriano Diogo. “Enquanto ao poder público só é permitido gastar, no máximo, permite 46,5% da sua receita corrente líquida com pessoal, nas OS não há limite. Algumas gastam 70% com pessoal. Monta-se, assim, um sistema de contratação indireta de pessoal, sem nenhum limite. E o que é pior. Sem qualquer controle social.”
Não à toa as entidades de saúde são contrárias ao projeto de lei 45/10.

Alckmin tenta manter corte no orçamento do Judiciário.

(da Folha de SP)
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu a deputados da base do governo na Assembleia Legislativa que não acolham nenhuma emenda proposta ao Orçamento do Judiciário paulista para 2011, de acordo com notícia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
O tema é motivo de polêmica desde que o Executivo cortou para R$ 5,6 bilhões a proposta de R$ 12,3 bilhões feita pelo Tribunal de Justiça — uma redução de 54%.
Desde então, não apenas os servidores do Judiciário, mas também representantes da OAB-SP, da Associação Paulista dos Magistrados e do próprio TJ passaram a pressionar o Legislativo por uma recomposição. O presidente do tribunal, Antonio Carlos Viana Santos, e outros desembargadores compareceram ao colégio de líderes da Assembleia para expor a situação financeira do Judiciário, que, dizem, está subfinanciado.
Na última sexta-feira, Alckmin se reuniu com Viana Santos para ouvir as propostas do TJ e ficou de avaliar a possibilidade de fazer uma emenda aglutinativa ao Orçamento. Segundo a Folha apurou, Alckmin decidiu manter o texto como está. O governador eleito, no entanto, se comprometeu a suplementar a verba da Justiça tão logo apareçam os excessos de arrecadação.
A estratégia de Alckmin tem duas explicações. Uma é a intenção de não entrar em choque com servidores de áreas como saúde, segurança e educação, que também têm demandas. A segunda é porque Alckmin não quer que a recomposição do Orçamento seja feita pelo Legislativo, após meses de desgaste com o Executivo.
Associações de servidores do Judiciário ameaçam entram novamente em greve caso não sejam cumpridos acordos firmados com o TJ para o fim da paralisação deste ano, quando fizeram sua greve mais longa, de 127 dias.

Proposta do orçamento estadual para 2011 desagrada "gregos e troianos".

(da Folha de SP)
Tucano desata nós para que deputados aprovem Orçamento

Divisão de espaço no futuro governo de SP e emendas não empenhadas são problemas
A equipe de transição de Geraldo Alckmin (PSDB) tenta entre e hoje e amanhã desatar nós para que a base do governo consiga votar na Assembleia Legislativa de São Paulo o Orçamento de 2011 e encerrar os trabalhos do ano.
Entre os problemas a resolver estão os espaços dos aliados no futuro governo, projetos ainda não votados, emendas que não foram empenhadas, valor das emendas individuais para 2011 e o Orçamento do Judiciário.
Um dos primeiros passos para alcançar os objetivos será acalmar partidos que devem integrar o governo Alckmin com alguma secretaria, mas estão em compasso de espera:

PMDB, PV e PPS.
Os partidos veem as principais pastas preenchidas pela cota do governador eleito e, por isso, pressionam a equipe de transição.
A trinca é importante para a votação do Orçamento, já que é provável que o governo decida votar a peça mesmo sem acordo com a oposição.
O relatório do Orçamento, de autoria do deputado Bruno Covas (PSDB), foi aprovado na última quinta-feira na Comissão de Finanças.
Bruno modificou a proposta do Executivo em só R$ 50 milhões -ou 0,04% do total de R$ 140,6 bilhões- e causou desconforto porque cortou as emendas destinadas ao Judiciário e manteve as emendas individuais dos deputados em R$ 2 milhões.
Havia um pleito suprapartidário para que o valor chegasse a R$ 4 milhões.

Judiciário
Em voto separado, o PT, baseado no excesso de arrecadação de 2010, que já chega a mais de R$ 8 bilhões, sugeriu que o Orçamento tivesse um aumento de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão fosse destinado ao Judiciário.
Alckmin se reuniu na última sexta-feira com o presidente do Tribunal de Justiça, Antonio Carlos Viana Santos, para conversar sobre uma possível recomposição do corte feito no Orçamento.
Interlocutores do governador avaliam que ele está inclinado a não permitir que nenhuma emenda para o TJ seja feita ao Orçamento para não causar problemas com servidores de outras áreas.

Governo de São Paulo reduz verba de investimentos em 2011

(da Folha de SP)

Apesar do crescimento de 12% da projeção de receita no Orçamento de 2011, o governo de São Paulo deve investir no ano que vem cerca de 3,3% menos do que em 2010.
Os dados constam da proposta orçamentária enviada pelo Executivo à Assembleia Legislativa, que deve ser votada nesta semana.
O governo paulista, que previu arrecadar R$ 125 bilhões neste ano, agora projeta uma receita de R$ 140,6 bilhões para o ano que vem.
A leve queda nos investimentos gerais do Estado contrasta com o aumento havido no período 2007-2010, em que o governo elevou em 34,9% os investimentos.
Em 2011, os investimentos diretos cairão 15,8%, ao passo que os investimentos das estatais subirão 8,57%.
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) que o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), quer transformar numa espécie de BNDES da habitação, investirá 15,3% a mais. No Metrô, o aumento do investimento será de 5%.

ÁREAS EM ALTA
Ao mesmo tempo em que caem os investimentos gerais do Estado, as pastas da Educação e da Saúde terão aumentos expressivos.
A primeira terá verba de R$ 19,7 bilhões, valor 21% maior do que em 2010. A segunda contará com R$ 13,8 bilhões, crescimento de 18%.
As duas áreas foram vitrines da campanha à Presidência do ex-governador do Estado José Serra (PSDB).
No extremo oposto, as secretarias de Transportes e Transportes Metropolitanos terão queda de recursos de 16% e 12% respectivamente. São as únicas pastas de peso a sofrer com a tesoura.
A secretaria de Planejamento justifica a diminuição afirmando haver menor necessidade de verba para a aquisição de trens para o Metrô e a CPTM e em razão da conclusão do trecho sul do Rodoanel neste ano.
Apesar de a rubrica de investimentos das duas pastas não ter valor menor na proposta, deputados tucanos admitem que as obras na área deverão caminhar mais lentamente em 2011.
Reivindicação antiga dos servidores do sistema de educação, a formação continuada de professores terá aumento expressivo de 249%, passando de R$ 83 milhões para R$ 207 milhões.
As promessas tucanas de investimento no ensino técnico e tecnológico também se refletem no Orçamento. O primeiro contará com verba de R$ 1,01 bilhão, 12,8% maior do que em 2010. O segundo chegará a R$ 108 milhões, ou 58,8% a mais.
O investimento em parques tecnológicos, outra promessa de campanha de Alckmin, será 261% maior.
Já programas como a urbanização de favelas e o controle de doenças sofrerão cortes.
A verba para o funcionalismo crescerá 7,71% - menos que o aumento estimado da receita, de 12%.

Orçamento de SP em 2011 não contempla propostas do candidato Alckmin.

(do Estado de SP)

A equipe de transição do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) já cogita mudanças pontuais no Orçamento do Estado de 2011. A proposta, que está em tramitação na Assembleia Legislativa, é de responsabilidade dos tucanos Alberto Goldman e José Serra. Está projetada em R$ 140,6 bilhões, 12% superior ao Orçamento deste ano.

"A proposta contempla todas as demandas. Mas talvez exija um ajuste aqui, uma modificação ali", disse ontem o coordenador do grupo de transição de Alckmin, o deputado estadual Sidney Beraldo.

Ontem mesmo, técnicos das secretarias de Estado do Planejamento e da Fazenda foram à Assembleia Legislativa para iniciar conversas com lideranças partidárias da base governista, com integrantes da Comissão de Finanças e Orçamento e da presidência da Casa sobre a proposta orçamentária e iniciar encaminhamentos de discussões sobre o que pode e deve ser mudado para nortear o planejamento da nova gestão.

"Estamos compatibilizando o Orçamento que está na Assembleia Legislativa com os compromissos anunciados na campanha eleitoral", explicou Beraldo, sem detalhar quais as áreas que terão verba remanejada. Mas deu uma dica. "O foco são as prioridades nas regiões metropolitanas do Estado, onde tem quase 80% da população paulista e onde estão concentrados os maiores problemas."

"Trabalhamos para ter mais informações sobre o Orçamento. A arrecadação é bastante positiva e teremos um importante Orçamento para o ano que vem", afirmou Alckmin. Os atuais secretários estaduais têm prazo até o dia 10 para entregar relatórios com dados de suas pastas para a equipe de transição, mostrando prioridades já agendadas para 2011 e projetos que ainda precisam sair do papel.

Em falta

A proposta de Orçamento para 2011 não contempla algumas das promessas de campanha de Alckmin, como a construção de 150 mil moradias até 2014, a construção do Expresso Aeroporto, trem que ligaria o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos com a região central da capital paulista, além da construção de creches com a criação de 200 mil novas vagas, um investimento estimado em R$ 1 bilhão. O item orçamentário para construção de parques tecnológicos também precisará ser modificado. Alckmin prometeu 30. O Orçamento prevê verba para apenas cinco.

Para se comunicar com o povo de São Paulo, o governador eleito terá à disposição R$ 147 milhões. A verba é menor que os R$ 160 milhões que o setor teve em 2010, sendo que 88,6% do total já foram utilizados somente no primeiro semestre.

Um outro problema será a verba destinada para o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. A presidência do órgão apresentou proposta orçamentária de R$ 12,3 bilhões, sendo R$ 10,4 bilhões como verba de pessoal. Mas o Executivo cortou o montante em 53,8% ou R$ 6.630.103.

Social

A proposta para 2011 de Goldman prevê R$ 63,5 bilhões para a área social, que inclui educação, saúde, segurança pública e habitação. Retirando a parte destinada aos municípios - R$ 29,6 bilhões -, efetivamente restará para investimentos no Estado em 2011 algo em torno R$ 111 bilhões, sendo R$ 28,3 bilhões para a educação, R$ 15,9 bilhões para a saúde, R$ 14,6 bilhões para a segurança pública e R$ 2 bilhões para a habitação.

No setor de transporte de massa, R$ 4,4 bilhões estão destinados para construção de novas linhas e modernização dos ramais atuais do Metrô. Para os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) há R$ 1,1 bilhão. Para o transporte viário, como o Trecho Norte do Rodoanel, foram reservados R$ 1,3 bilhão, obra essa orçada em aproximadamente R$ 5 bilhões.

Do dinheiro total para 2011, R$ 49 bilhões já estão comprometidos com gastos com salários dos servidores, R$ 11,1 bilhões com o serviço da dívida pública, R$ 2,1 bilhões com o pagamento de precatórios e R$ 33,8 bilhões com as despesas de custeio.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Caos no Transporte Paulista

do Coelhinho da Páscoa
(quem será o Coelhinho da Páscoa?)


Reflexo da política equivocada do PSDB em priorizar obras como o Rodoanel e as novas pistas da marginal, quando a prioridade deveria ser o transporte público. O PSDB governa São Paulo há mais de 12 anos e somente ano passado é que foram anunciadas melhorias no setor metroviário, que se completarão em longos 04 anos, ou seja, por volta de 2014; Veja o caso da linha 1 azul que ainda utiliza trens fabricados na década de 70. 
Os trens da linha 1 e 3 serão reformados, mas a passos de tartaruga e só ficarão prontos por volta de 2014. A linha amarela, apesar de inaugurada em maio de 2010, até hoje só funciona das 9 às 15h e há relatos de inúmeros problemas na operação dos trens "driverless", que não foram resolvidos; tudo na base do improviso para as eleições. 
A estação Tamanduateí e Vila Prudente ainda operam em modo assistido pois há problemas no CTBC Digital (antes tivessem inaugurado com ATO Analógico). O governo municipal do Kassab privilegia o transporte individual ao implantar "faixas preferenciais" de trânsito de ônibus na marginal e na radial leste (é como se não existissem) e carros e ônibus brigam pelo mesmo espaço. 
Senhores governantes, será que ainda não deu para entender que o povo só anda de carro e o trânsito está esse inferno porque o transporte público é uma BOSTA? B-O-S-T-A: em simples letras.
 "Bota" mais ônibus em corredores exclusivos segregados para ver se o trânsito não melhora! Só que não há vontade política para isso, aliado ao interesse dos donos das empresas de ônibus, que lucram mais com a superlotação.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Serra tem escolta 3 vezes maior que antecessor.

Ex-governador Lembo diz que tucano dispõe de 30 homens para segurança, mais que ele e Alckmin; Casa Militar define número, diz ex-secretário

(de O Estado de S.Paulo)

SÃO PAULO - O ex-governador José Sera (PSDB) tem à disposição 30 homens da Casa Militar (CM) de São Paulo. O número é um pouco mais do que o triplo do contingente de policiais que servem os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB) e Claudio Lembo (DEM). Quem conta essa história é Lembo. "Ele tem 30 homens. Esse é um número público", disse.
O Estado procurou Serra por meio de sua assessoria, mas não obteve resposta. O senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), que foi seu secretário-chefe da Casa Civil, afirmou que quem fixa os efetivos da escolta é a Casa Militar. "O governador não diz quantos soldados devem compor sua escolta."
Segundo ele, o que define o número de PMs são critérios técnicos. "Não é o capricho do governador. Isso é definido segundo as características de cada governador. O chefe da Casa Militar fixa o efetivo necessário. Não sei quantos, e ela (CM) não divulga por razões de segurança."
O aumento da escolta teria ocorrido enquanto Serra ainda era governador. Depois que deixou o Palácio dos Bandeirantes, ele manteve a segurança, a exemplo dos ex-governadores, com base no decreto 48.526, de 2004. Este define que ex-ocupantes do cargo têm direito a escolta no período do mandato subsequente ao seu, mas não diz o tamanho da proteção - ex-presidentes da República têm o mesmo direito.
Alckmin manteve à sua disposição quatro soldados e um capitão e Lembo, um oficial e oito soldados. Atual secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo, Lembo governou o Estado em 2006, quando assumiu o cargo em substituição a Alckmin, que se afastara para concorrer à Presidência da República.
Ele disse que sua escolta era franciscana mesmo enquanto era governador. "Eu só tinha motorista e um ajudante de ordens (um capitão da PM). E eu enfrentei os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). Um governador não pode ter medo." O democrata se refere aos ataques, em maio de 2006, que deixaram 47 agentes públicos mortos.

Austero
Lembo afirmou que procurava "ser austero". "O Geraldo (Alckmin) também tinha muita austeridade." O ex-governador afirmou não se lembrar quanto gastava em média por mês no palácio, mas disse que só despendia o essencial. "Tinha um cuidado miserável." E criticou Serra, seu sucessor, dizendo que os gastos cresceram depois que ele saiu. "No meu tempo tinha vinha de São Roque", disse.
Lembo diz que não fez grandes gastos. Depois que deixou o cargo, afirmou que foram construídos um restaurante para os funcionários no palácio. Este teria passado ainda por outras mudanças, como a saída das instalações da CM do andar superior do prédio, perto da ala residencial.
"Até hoje os PMs estão tristes. Ele (Serra) os pôs no subsolo", afirmou. Além disso, Lembo lembrou que seu sucessor criou um jardim de inverno na ala residencial do palácio, onde antes "não havia nada". "O Geraldo deixava os cachorros dele lá". Lembo disse não saber se o "jardim é bonito", "Mas a vista é muito bonita."
Aloysio Nunes afirmou que as obras no palácio foram necessárias. Havia infiltração no prédio e a reforma do restaurante, além da garantir mais conforto aos funcionários, serviu para proteger obras de arte dos Bandeirantes que eram afetadas pela fumaça da cozinha. "Estranho que ele (Lembo) tenha esperado Serra deixar o governo para fazer essas declarações", afirmou.

Gastos na Saúde estouram e viram problema para novo governo paulista

Se previsões orçamentárias para 2010 forem alcançadas, despesas com o setor da Saúde chegarão a R12,5 bilhões, provocando aumento real de 22%, recorde para a área durante as gestões dos governadores José Serra e Alberto Goldman

(do O Estado de São Paulo)
O estouro dos gastos na área da saúde tornou-se a principal preocupação para a equipe de transição do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A abertura de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e unidades da Rede Lucy Montoro, entre outras medidas que serviram de vitrine na campanha do ex-presidenciável José Serra, levaram a um salto nas despesas em 2010.
Neste ano eleitoral, se as previsões orçamentárias da Secretaria da Saúde forem atingidas, as despesas correntes - com pessoal, material de consumo e repasses para organizações sociais, entre outras - chegarão a quase R$ 12,5 bilhões. Em comparação ao que foi desembolsado em 2009, será um aumento real - já descontada a inflação - de 22%, a maior variação anual da gestão Serra-Alberto Goldman.
A fatia referente à Saúde no bolo das despesas totais do governo vem aumentando ano a ano - era de 11% em 2006, chegou a 11,8% em 2009 e caminha para um recorde em 2010.
Para arcar com o crescimento dos custos, o Tesouro estadual liberou neste ano mais de R$ 1 bilhão em créditos suplementares para a pasta. Pesquisa no Diário Oficial mostra que, somente no último mês, foram enviados R$ 369 milhões.
Parte dos gastos foi coberta pelo crescimento da receita acima do previsto, na proporção do peso orçamentário da Secretaria da Saúde. Ainda assim, o Tesouro teve de enviar recursos extras para cobrir as despesas de 2010, segundo informações obtidas pelo Estado.
Ao analisar o crescimento das despesas, a equipe de transição deu o aval para o projeto de lei enviado para a Assembleia pelo governador Alberto Goldman (PSDB), no começo do mês, segundo o qual até 25% das internações na rede pública do Estado serão destinadas a pacientes com planos de saúde, que terão de ressarcir os cofres públicos pelo atendimento. Para integrantes do novo governo, a medida ajudará a financiar o crescimento dos gastos com a máquina.
Uma iniciativa parecida foi vetada por Serra, enquanto governador, em 2009. Na época, entre outros pontos, alegou-se que já havia legislação estadual e federal prevendo a cobrança dos usuários com planos de saúde. Mas integrantes do governo achavam que a aprovação da medida poderia ser um tiro no pé do ponto de vista político. Potencial candidato à Presidência, Serra seria acusado de ter promovido a privatização da saúde durante a campanha, avaliaram aliados do ex-governador.
"Houve uma tentativa de fazer e inaugurar obras muito rápido e com claro viés eleitoral. O crescimento é desproporcional de um ano para outro", diz o deputado estadual Fausto Figueira (PT), que atua na área da saúde. "Um projeto como esse já havia sido aprovado pela Assembleia a pedido do governo, mas acabou vetado porque seria um desastre do ponto de vista eleitoral."
"São Paulo ampliou bem o atendimento, com AMEs e novos hospitais. Isso justifica o aumento dos gastos. E o projeto de lei faz justiça nesta área: o seguro saúde vai ressarcir as despesas de quem paga convênio e foi atendido na rede pública", afirmou o líder do governo na Assembleia, Vaz de Lima (PSDB).
Integrantes do governo e parlamentares tucanos revelaram ao Estado que Luiz Roberto Barradas, ex-secretário de Saúde da gestão Serra, que morreu neste ano, ameaçou pedir demissão em razão do crescimento dos custos do setor.
Desafio. Neste ano foram inaugurados 15 AMEs e 4 unidades da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, carros-chefe da gestão social do PSDB no Estado e que constavam do programa de governo tucano na eleição presidencial. "O desafio para o ano que vem é continuar investindo e pagar a conta", afirmou um integrante do governo.
Especialistas apontam que o custeio na área da saúde é um dos mais altos entre todos os órgãos públicos. Além da compra de medicamentos, há avanços tecnológicos que, diferentemente de outros setores, encarecem os produtos.
"A construção de um hospital, por exemplo, pode custar R$ 100 milhões. Em um ano de uso, serão gastos outros R$ 100 milhões só para o funcionamento e manutenção", afirmou o deputado estadual Pedro Tobias (PSDB). "Sempre vai faltar dinheiro na saúde. Essa é uma discussão feita no mundo inteiro. O caro é a manutenção. Mas temos que ficar atentos aos gastos altos. São Paulo não fabrica dinheiro."
"Não percebemos nenhuma melhora na compra de medicamentos ou pagamento de salários nas unidades hospitalares que justifique esse crescimento dos gastos. O que houve foi o crescimento dos repasses para as organizações sociais e aumento do processo de terceirização", afirmou Hélcio Marcelino, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo.
As Organizações Sociais de Saúde (OSS), que administram hospitais de São Paulo, recebem grande parte da verba do setor no Estado. Levantamento feito pela assessoria técnica do PT na Assembleia mostra que, entre outubro de 2009 e outubro de 2010 houve um crescimento de 37% nos repasses do Estado para as organizações sociais, chegando a R$ 2,1 bilhões.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Falha em equipamento do Metrô fecha portões da estação Barra Funda


Por causa do problema, as estações do ramal sofrem com a lotação de usuários
Do R7


Fernando Gazzaneo/R7Fernando Gazzaneo/R7
A estação Barra Funda, na região central de São Paulo, ficou lotada após falha no Metrô


Falha em um equipamento do Metrô faz com que os trens circulem com velocidade reduzida entre as estações Sé e Patriarca, da linha 3-Vermelha no início da noite desta sexta-feira (10). Por causa do problema, as estações do ramal sofrem com a lotação de usuários. Por volta das 19h20, na estação Barra Funda, na região central da capital, os portões foram fechados e a venda de bilhetes foi suspensa por causa do problema.

Às 20h30, a entrada de usuários na estação era controlada por funcionários do Metrô, que davam preferência para pessoas idosas e mulheres com crianças. Poucas pessoas passavam por uma fresta aberta no local. Havia empurra-empurra e a plataforma permanecia lotada.

Os trens que partiam da estação Barra Funda por volta das 20h40 seguiam com poucas pessoas. Já na plataforma Marechal Deodoro, também na região central de São Paulo, o movimento era tranquilo.

A auxiliar de limpeza Josefa Bispo, de 57 anos, estava no local por volta das 19h45 e tentava ir para casa desde as 17h45, quando saiu do local onde trabalha no Vale do Anhangabaú. Ela tentou ir até a estação Barra Funda mas ficou presa no local.

- É um absurdo isso que está acontecendo. Estou trabalhando desde as 7h e preciso voltar para cuidar da minha casa. A gente paga muito caro pra viver uma situação como essa. Agora só Deus sabe que horas eu vou chegar em casa.

O servidor público André Kameda estava na estação Sé por volta das 20h e já esperava para pegar o metrô há cerca de 40 minutos. Ele conta que a plataforma estava lotada e um homem chegou a desmaiar.

- Está um caos. A estação está lotada de gente sentada no chão. Os trens chegam em um intervalo de sete minutos e só entram umas cinco pessoas conseguem entrar por vez.

Ainda segundo o Metrô, a contenção do fluxo acontece em todas as estações da Linha Vermelha e parte das catracas podem ser fechadas. A equipe de manutenção já está no local para reparar a falha. Todos os usuários estão sendo informados da ocorrência por meio do sistema sonoro dos trens e das estações.

Por causa da falha, a CPTM estendeu o horário de pico nas linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra), 11-Coral e 12-Safira (Brás-Calmon Viana). Os intervalos se manterão reduzidos até que a demanda de usuários diminua.

Espera e cansaço


A diarista Eugênia Aparecida Cunha saiu do trabalho às 18h20, percebeu que tinha muita gente na estação e resolveu pegar um ônibus. Ela lamenta porque, para chegar ao bairro da Saúde de coletivo, vai demorar muito.

Os estudantes universitário Marília Vergado e Christiano Pinha saíram da aula às 19h10 e permaneciam desde então na fila para comprar o bilhete do Metrô. Por volta das 20h, os guichês continuavam fechados.

Vander Antônio Lino afirmou, por volta das 20h, que esperava há pelo menos uma hora na estação Barra Funda. Ele precisa ir até a estação Arthur Alvim e não quer ir de ônibus porque demora mais e ele já comprou o bilhete.

O Metrô informou que as portas foram fechadas para "conter o fluxo de pessoas e garantir a segurança dos usuários". A liberação de entrada de pessoas, segundo a empresa, vai acontecer gradualmente, conforme a plataforma for esvaziando. Não há previsão para a normalização do sistema.

*Colaborou Miguel Arcanjo, editor de Famosos e TV do R7

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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