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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Investigadores de Polícia de SP se formam com arma ‘velha’


  • 29 de novembro de 2010 | 

  • 23h00 | 

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  • Categoria: Polícia
    Camila Haddad e Débora Nogueira
    Os cerca de 400 investigadores que se formam hoje na Academia de Polícia Civil, na zona oeste, devem começar a carreira recebendo armas usadas, vindas de antigos policiais do Interior de São Paulo. A Secretaria da Segurança Pública diz que houve atraso na entrega de novas pistolas calibre ponto 40. A pasta tinha promessa da fornecedora, a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), de que o armamento seria entregue ontem. A empresa foi escolhida por pregão eletrônico.
    Porém, até as 20h de ontem, formandos disseram que as novas armas ainda eram aguardadas e que inclusive teria ocorrido uma reunião, há uma semana, para esclarecer os problemas no atraso. “Mesmo que as armas tenham chegado hoje , por causa da papelada que é preciso para liberá-las nós não vamos sair com elas após a formatura”, diz um dos novos policiais que pediu para não ser identificado.
    De acordo com o investigador, o concurso em que a turma foi escolhido ocorreu há dois anos. A turma de novos policiais, no entanto, foi formada somente em 18 de maio. “A administração não se preocupou em adquirir armamento novo a tempo”, afirma o formando.

    segunda-feira, 29 de novembro de 2010

    Economia paulista perde mais de R$ 128 bilhões de 1995 a 2008.

    Falta de política de desenvolvimento no Estado provoca lenta decadência do PIB de São Paulo. Minas e Nordeste ganham espaço na economia brasileira nos últimos 13 anos.
    (do Transparência SP)
    Em 1995, a economia paulista representava 37,3% da economia brasileira. Em 2002 representava 34,6% e em 2008 caiu para 33,1%.
    Estes dados podem ser obtidos através do levantamento da evolução do PIB (Produto Interno Bruto) Estadual feito pelo IBGE.
    Em outros termos, a perda de São Paulo chegou a R$ 128 bilhões, um orçamento público paulista anual inteiro.
    A perda foi generalizada, atingindo todos os setores econômicos: na indústria (-10,6%), no setor de serviços (-2,2%), na administração pública (-1,8%) e na agropecuária (-2,5%).
    A razão desta perda tem raízes no processo de desconcentração da indústria e na guerra fiscal dos Estados, mas também na falta de um projeto de desenvolvimento para o Estado de São Paulo, um projeto que buscasse potencializar as vocações das diferentes regiões do Estado.
    Durante este período, os governos que comandaram o Estado de São Paulo implantaram uma política de orientação neoliberal. Inimigos do desenvolvimento econômico e social, privatizaram um patrimônio público de mais de R$ 80 bilhões.
    Diversos são os exemplos da ausência de uma política desenvolvimentista para o Estado. Podemos citar apenas alguns:
    Com as privatizações, boa parte dos lucros das empresas vendidas foram enviados para as respectivas matrizes, deixando de  ser reaplicados no Estado. Mais ainda, empresas privatizadas tem significado mais desemprego e maior precarização do trabalho, sobretudo através das terceirizações.
    Com a privatização e venda de instituições públicas financeiras, o Estado de São Paulo também vem enterrando qualquer política de planejamento e financiamento de longo prazo do desenvolvimento econômico.
    A política de "ajuste fiscal permanente" também reduziu investimentos na infraestrutura de transporte público metropolitano, na habitação, no saneamento, na educação e nas demais áreas sociais, tornando o Estado e suas principais cidades menos atrativos.
    A ampliação da antecipação (substituição) tributária do ICMS e a multiplicação de pedágios, os mais caros do país, tem ampliado o custo paulista e a carga tributária bruta estadual, desestimulando investimentos no Estado.
    A falta de uma política de desenvolvimento que busque articular de forma massiva as diversas instituições públicas de ensino e pesquisa e as iniciativas privadas de inovação produtiva, em todos os segmentos, vem representando um grande disperdício para o enorme potencial de desenvolvimento do Estado.
    A extrema concentração das oportunidade de emprego na capital e num raio de 100 km de distância, sem que o poder público estadual incentive a desconcentração do desenvolvimento, tem levado a "soluções de mercado" por parte das empresas, que abandonam a Região Metropolitana de São Paulo em busca de outras regiões, normalmente em outros Estados. O sul de Minas, o Mato Grosso do Sul e o norte do Paraná tem sido o destino recorrente destas empresas.
    Uma situação específica reflete esta falta de política para a desconcentração do desenvolvimento econômico do Estado: porque todos os órgãos públicos estaduais, de todos os poderes, estão localizados de forma dispersa na capital paulista?
    A queda da participação do PIB paulista mostra, portanto, não apenas o resultado da ação política dos outros Estados - como insiste em lembrar o governo paulista e a mídia -, mas também o custo do "ajuste fiscal permanente" e a consequente inércia dos governantes do Estado de SP.
    Em bom ressaltar que a queda do PIB reflete, na prática, uma menor atratividade econômica para novos investimentos, menor participação na arrecadação de impostos, nível de vida mais baixo, dificuldades na geração de novos emprego e  dificuldades na expansão dos serviços prestados pelo poder público.
    Analisando a evolução do PIB Estadual no Brasil, o Sudeste perdeu R$ 94 bilhões, perda esta que se concentrou em São Paulo. O Rio de Janeiro ampliou sua participação no PIB Nacional, passando de 11,2% em 1995 para 11,3% em 2008 (+ R$ 4 bilhões). Minas Gerais também apresentou elevação expressiva na sua participação no PIB Nacional, passando de 8,6% para 9,3% (+ R$ 20,7 bi). O Espírito Santo passou de 2% para 2,3% (+ R$ 9,5 bi).
    O maior ganho em participação na economia nacional é na região Nordeste que cresceu 1,1% e ganhou R$ 32,4 bilhões, com destaque para o Maranhão (+ R$ 11 bilhões) e para a Bahia (+ R$ 8 bilhões).
    Em seguida, vem a região Norte, com ganhos de R$ 26,7 bilhões, em especial os estados do Pará (+ R$ 10,9 bilhões) e Amazonas (+ R$ 3,55 bilhões).
    O Centro Oeste ganhou R$ 24 bilhões, sendo que este crescimento foi "puxado" pelo Mato Grosso (+ R$ 21,57 bilhões) e Goiás (+ R$ 13,1 bilhões).
    A região Sul apresentou elevação de R$ 10,9 bilhões, com destaque para Paraná (+ R$ 6,57 bilhões) e Santa Catarina (+ 19,2 bilhões).
    Além de São Paulo, outros dois Estados tiveram queda significativa na participação no PIB Nacional: Rio Grande do Sul (- R$ 14,8 bilhões) e o Distrito Federal (- R$ 16,2 bilhões).

    sábado, 27 de novembro de 2010

    Encontrado corpo de mulher sequestrada por policial militar


    Abordada em shopping, jornalista estava desaparecida desde o dia 11.

    Policial de grupo de elite da PM confessou o assassinato da refém.

    Do G1 SP

    Foi encontrado no final da tarde deste sábado (27) o corpo de uma mulher que tinha sido sequestrada duas semanas atrás. O sequestrador que confessou o assassinato é um policial, do grupo especial da Polícia Militar.

    A Divisão Antisequestro da Polícia Civil investigou esta tarde várias denúncias de cativeiro na Zona Norte de São Paulo. Mas o corpo da jornalista foi achado nas margens da Via Anchieta, perto de Cubatão, na Baixada Santista.
    A vítima estava desaparecida desde o dia 11 deste mês. Ela foi sequestrada no estacionamento de um shopping em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo quando deixava a academia. No sábado passado, policias civis prenderam em flagrante um integrante do Gate, a tropa de elite da PM, quando ele negociava o resgate com a família da vítima. O policial foi baleado e está internado num hospital da PM. Ele confessou que assassinou a jovem.

    quinta-feira, 25 de novembro de 2010

    Ministério Público denuncia 22 pessoas por fraudes no Detran de São Paulo.

    (da Folha de SP)
    Vinte e duas pessoas foram denunciadas ontem pelo Ministério Público Estadual sob acusação de fraudar o sistema de emplacamento de veículos no Estado de São Paulo . Dos 22 denunciados, 9 são delegados da Polícia Civil. Os outros 13 são ligados às empresas de emplacamento que, entre outros crimes, teriam manipulado pregões.
    Os delegados são: Ronaldo Tossunian, Adriano Rodrigues Alves Caleiro, Antonio Rossi dos Santos, Geraldo Tadeu de Almeida, James Willian Mecchi, Nobuo Ozeki, José Roberto Fernandes Coleti, Giovana Valente Clemente e Ivaney Cayres de Souza, ex-chefe do Detran.
    Souza afirmou que "todos os atos praticados no Detran foram dentro dos ditames da lei" e aprovados pelo Tribunal de Contas. Os outros delegados não foram localizados.
    Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, irregularidades nos contratos do Detran (Departamento de Trânsito) para emplacamento e lacração de veículos no Estado podem ter causado um rombo de R$ 30 milhões aos cofres públicos nos últimos anos.
    A fraude teria acontecido em 2006, quando cinco empresas burlaram a licitação pública para fazer com que a empresa Centersystem ganhasse o serviço de emplacamento na capital e a Cordeiro Lopes, em todas as outras cidades do Estado.
    A investigação apontou que, somente em julho, agosto e setembro de 2009, a Cordeiro Lopes cobrou R$ 16.338.744,39 por serviços prestados, mas, na verdade, o Estado deveria ter pago R$ 6.565.912,46 --diferença de R$ 9.772.831,93.
    Em fevereiro deste ano, o governo de São Paulo rescindiu nove contratos com a Cordeiro Lopes. Cássio Paoletti Júnior, advogado da empresa, nega ter havido superfaturamento. Nenhum representante da Centersystem foi encontrado ontem.
    A Justiça ainda vai decidir se aceita a denúncia.

    Novo apagão afeta 20 bairros e mais de 1 milhão de pessoas.

    Pane em subestação de energia deixa às escuras 318 mil imóveis das zonas norte, oeste e central, para metrô e tumultua o trânsito

    (do Transparência SP)
    Para que não esqueçamos, a CTEEP (Companhia Paulista de Transmissão de Energia Elétrica) foi privatizada ainda na última gestão Alckmin, mas não conseguiu fazer os investimentos necessários para evitar estes transtornos em SP. Imagine a reação da imprensa se esta empresa ainda fosse pública.

    (do Estado de SP)
    Se não bastasse a chuva que caiu no fim da tarde, bem na hora do rush, pelo menos 20 bairros das zonas oeste, norte e central de São Paulo também sofreram um apagão entre as 17h47 e as 18h20 de ontem, dia 22 de novembro. Cerca de 1,2 milhão de pessoas foram afetadas, em 318 mil imóveis, e duas linhas do Metrô precisaram ser paralisadas.
    Os 33 minutos de blecaute foram provocados por problemas na subestação Pirituba da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), na zona norte da capital. Ficaram às escuras os bairros de Perdizes, Pompeia, Barra Funda, Casa Verde, Freguesia do Ó, entre outros. Nas Avenidas Paulista, Sumaré, Rebouças, São Luís, Inajar de Souza, Francisco Matarazzo, Engenheiro Caetano Álvares, Rudge, Ermano Marchetti, Raimundo Pereira de Magalhães e Edgar Facó, entre outras, os semáforos apagados aumentaram os transtornos aos motoristas. O Elevado Costa e Silva ficou intransitável nos dois sentidos.
    A CTEEP faz a transmissão de energia elétrica para a Eletropaulo distribuir aos consumidores. O problema teve início, segundo a Companhia, quando houve o desligamento de um transformador da subestação de Pirituba.
    "Foi uma fatalidade", disse o gerente do Departamento de Operação da CTEEP, Carlos Ribeiro. "O problema em uma bucha de porcelana em um dos quatro transformadores causou um vazamento de óleo, que acabou desligando o equipamento." Segundo Ribeiro, a subestação consegue operar com apenas três dos quatro transformadores funcionando. O que vazou deve ser substituído em no máximo 48 horas.
    Ele só foi completamente religado às 18h20, quando a cidade já sofria os transtornos. Às 17h42, cinco minutos antes do problema em Pirituba, os trens nas Linhas 2-Verde e 3-Vermelha deixaram de circular. Os passageiros ficaram dentro dos trens por alguns minutos. A paralisação foi momentânea, segundo a direção do Metrô, entre as Estações Vila Madalena e Ana Rosa, da Linha Verde, e entre Barra Funda e Marechal Deodoro, na Vermelha. Segundo o Metrô, a operação foi restabelecida em seguida.
    Prejuízos. Edson Baialuna, de 58 anos, assistente social, trabalha na Avenida São João e desistiu de ir para casa quando já estava dentro do ônibus que seguia para Perus, na zona norte, onde mora. "Peguei o ônibus na Avenida Rio Branco e ele andou dois quarteirões em 50 minutos. Desisti."
    Pelas ruas da região central, ninguém conseguia entrar ou sair dos carros. Panes em semáforos no entorno da Praça da Sé e perto da Praça da República ampliaram o caos.
    Marília de Oliveira Castanho, enfermeira no Hospital do Servidor Público, resolveu esperar para voltar para casa. "A fila para pegar meu ônibus para o Limão está virando a rua. Se na primeira chuva já acontece isso, imagine como será em fevereiro?"
    Ponte Orca. Ontem, por volta das 19h30, a confusão já tinha se instalado também na Estação Cidade Universitária da CPTM. Quem precisou pegar a Ponte Orca até a Vila Madalena encontrou três quarteirões de fila - e teve de esperar debaixo de chuva. Depois de quase uma hora, o publicitário Rafael Barros, de 26 anos, decidiu pegar um táxi. "Não encontrei nenhum nos três pontos em que passei. O jeito foi ir andando até minha casa, no Sumaré."

    PARA LEMBRAR
    A subestação Pirituba da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), onde ocorreu o problema de ontem, já foi palco de outro grave incidente em abril de 2008, quando um transformador pegou fogo e também interrompeu o fornecimento de energia elétrica para 1,2 milhão de pessoas.
    Na época, a secretária estadual de Energia e Saneamento, Dilma Penna, disse que os transformadores do local eram antigos, com mais de 30 anos de uso, e precisavam ser mudados. De acordo com o gerente de Operação da CTEEP, Carlos Ribeiro, os equipamentos passaram por reformas.

    Ex-chefe da Polícia Civil, na gestão Serra, vira réu em processo sobre fraude no Instituto de Criminalística.

    (da Folha de SP)
    O ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo entre 2007 e 2009, Maurício José Lemos Freire, agora é réu em um processo no qual é acusado de não ter tomado providências para evitar fraudes em um concurso público para contratar peritos criminais, em 2005.
    Com o recebimento da denúncia do Ministério Público Estadual, Freire figura como réu no processo ao lado de Osvaldo Negrini Neto que, à época do concurso supostamente fraudado, era o segundo na hierarquia do IC (Instituto de Criminalística) de SP.
    Quando o concurso aconteceu, Freire era o responsável pela Academia de Polícia.
    Segundo a denúncia, Freire foi alertado pela banca organizadora do concurso sobre fraudes praticadas por Negrini Neto, mas nada fez para impedi-las.
    De acordo com a banca organizadora, Negrini Neto vendeu gabaritos e incluiu irregularmente nomes de candidatos reprovados na lista de aprovados.
    A falta de ação de Freire foi revelada pela Folha em dezembro de 2009, quando a corregedoria começou a agir.
    A reportagem não localizou Freire e Negrini Neto ontem para comentarem o caso. Os dois, que têm dez dias para apresentar defesa à Justiça, sempre negaram as supostas irregularidades.

    quarta-feira, 24 de novembro de 2010

    Exemplo do impacto de uma Greve Geral: Portugal para após anunciar cortes no funcionalismo público

    Greve geral afeta transportes em Portugal

    Sindicalistas na indústria da Volkswagen em Palmela, arredores de Lisboa
    Fábrica da Volkswagen em Palmela, a maior do país, não funcionou
    A greve geral em Portugal que, pela primeira vez desde 1988, reúne as duas centrais sindicais portuguesas, afetou especialmente os serviços de transporte do país nesta quarta-feira.
    Os metrôs de Lisboa e do Porto, os barcos que atravessam o rio Tejo e os portos foram completamente paralisados.
    Nos aeroportos, devido à greve dos controladores aéreos, só partiram os voos para os arquipélagos dos Açores e da Madeira – que dependem dos voos para se conectar a Portugal e estão incluídos nos serviços obrigatórios em caso de greve.
    Os trens suburbanos não estão cumprindo nem os serviços mínimos.
    Mais de 90% das escolas estão fechadas, os hospitais só atendem emergências, a recolha do lixo parou, a grande maioria dos serviços da receita está fechada e até os tribunais estão parcialmente paralisados.
    Mesmo os agentes da polícia – proibidos por lei de entrar em greve – deixaram de aplicar multas.
    Impacto
    A greve geral foi convocada em protesto às medidas do governo para reduzir o deficit público: corte de até 10% do salário dos funcionários públicos, congelamento das aposentadorias, diminuição do prazo do seguro desemprego, fim dos apoios sociais a quem recebe pouco e do auxílio maternidade, entre outras.
    O objetivo do governo é diminuir o deficit público, de 9,3% em 2010, até menos de 3% em 2013.
    A greve geral transformou-se numa guerra de números entre o governo e os sindicalistas.
    De um lado, o governo tenta minimizar o impacto da paralisação; do outro, os sindicatos procuram ampliar o peso do protesto.
    Após um dia de greve, os dois lados se preparam para as negociações que deverão ocorrer nos próximos meses. O governo afirma que apenas 20% dos funcionários públicos deixaram de trabalhar. Para a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), foram 70%.
    “Não houve uma redução no consumo de energia, o que leva a concluir que não houve redução da atividade econômica”, afirmou a ministra do Trabalho, Helena André. O líder da CGTP ironizou: "Então o metrô de Lisboa e o do Porto, os comboios (trens) e os aeroportos não consomem energia."
    Já o secretário geral da confederação União Geral dos Trabalhadores, João Proença, afirmou que a greve é a maior da história do país.
    Os sindicatos apresentaram uma lista das empresas que paralisaram, incluindo a mais emblemática do país, a Volkswagen de Palmela, maior exportadora portuguesa, responsável por 15% das vendas do país no exterior.

    segunda-feira, 22 de novembro de 2010

    Obras de R$ 9 bi só reduzem 6 km de lentidão em São Paulo.

    (do Agora SP) 
    Depois de um investimento de quase R$ 9 bilhões em obras viárias e da ampliação das medidas de restrição à circulação de caminhões, o trânsito na capital foi reduzido em apenas 6 km nos horários de pico. Se fosse utilizada para a ampliação da malha do metrô, a mesma verba permitiria a construção de até 45 km de linhas.
    Os dados de lentidão são da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e mostram que o motorista enfrenta hoje, em média, 99,3 km de trânsito nos períodos críticos da manhã e da tarde, contra a marca de 104,5 km registrada em 2009. A diferença é de 5%.
    Os resultados obtidos após a inauguração do trecho sul do Rodoanel, das novas pistas da marginal Tietê e da extensão da avenida Jacu-Pêssego (aberta há um mês e meio) não justificam o volume de gastos, segundo especialistas ouvidos pelo Agora. Com exceção de regiões pontuais da cidade, como a avenida dos Bandeirantes --onde a fluidez aumentou 64%, segundo a prefeitura--, o trânsito continua pesado nas vias mais utilizadas pelos motoristas.

    Apagão afeta metrô e tumultua fim de tarde em SP.

    (do Estadão)
    Uma queda de energia que durou cerca de três horas atingiu vários bairros das zonas sul e leste da cidade de São Paulo e municípios do ABC paulista no último dia 18 de novembro. A queda na energia desligou semáforos e afetou até a Linha 2 - Verde da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), que ficou sem funcionar durante alguns minutos no horário de pico. A Eletropaulo informou que o problema foi causado pelo rompimento de um cabo de transmissão na Vila Prudente, mas não soube definir a causa.
    Na capital, foram atingidas ruas do Cambuci, Vila Mariana, Ipiranga e Mooca. A luz também caiu no centro de São Bernardo do Campo e em bairros de São Caetano do Sul e Santo André. A interrupção no fornecimento de energia começou por volta das 17h30 e, de acordo com a Eletropaulo, seguiu até as 20h08 - a reportagem, porém, ouviu relatos de falta de luz até as 21 horas em algumas regiões.
    Como grande parte dos semáforos dos locais afetados acabou desligada, o trânsito ficou mais lento que o normal na capital paulista - às 19 horas, por exemplo, havia 129 quilômetros de lentidão na cidade, 19% a mais do que os 105 quilômetros do mesmo horário na quinta-feira da semana passada. Funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tentavam organizar o trânsito nos cruzamentos mais movimentados das principais vias que estavam no escuro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Alunos da rede pública do Estado de SP ficam seis meses sem professor

    (da Folha de SP)
    A professora de português de Lia, 13, na Joaquim Leme do Prado, zona norte de São Paulo, está de licença há três meses e nenhum outro docente a substituiu. Apesar de boa aluna, ela não soube responder a parte das questões de português do Saresp (que avalia o aprendizado anual de alunos da rede paulista).
    E não foi por falta de estudo. "Foi por falta de professor", diz Cléo, 33, mãe dela. A Folha escutou relato semelhante em outras 11 escolas, de todas as regiões da cidade e da Grande SP. Em algumas, os estudantes chegaram a ficar até seis meses sem uma determinada disciplina.
    A informação é dos repórteres Talita Bedinelli e Raphael Marchiori publicada na edição deste sábado da Folha (íntegra do texto está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
    A falta de professores é consequência de uma lei estadual, de 2009, que determina que funcionários contratados sem concurso podem trabalhar por no máximo um ano. Depois, eles devem ficar afastados por 200 dias para evitar vínculo empregatício.
    Por isso, poucos professores não estáveis (cerca de 10% da categoria) aceitam cobrir licenças temporárias. Preferem esperar por vagas com mais tempo de trabalho ou até desistem da profissão.
    A situação deve piorar no próximo ano, pois os professores que deram aula neste ano terão que se afastar até o início do segundo semestre.

    OUTRO LADO
    A Secretaria da Educação reconheceu que a lei que determina o intervalo de 200 dias aos professores causou um "entrave" nas escolas. Por isso, o órgão afirma que enviará até o final do ano um novo projeto de lei que altere a necessidade desse período de afastamento.
    Nem o secretário nem a assessoria de imprensa do órgão deram mais detalhes sobre a mudança na legislação.

    Tribunal de Justiça proíbe entrega de livro com contos eróticos a estudantes da rede estadual de SP.

    (do Estadão)
    O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu ontem uma liminar contra o secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza, impedindo a distribuição do livro Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século a estudantes da 6.ª à 9.ª série do ensino fundamental e do ensino médio. Segundo a secretaria, todos os livros já foram distribuídos, mas apenas para estudantes do ensino médio.
    Cerca de 18 mil cópias foram compradas no início do ano pelo governo e distribuídas aos alunos por meio do programa Apoio ao Saber, que destina anualmente três obras para os estudantes levarem para casa.
    A liminar foi tomada pelo desembargador Maia da Cunha, que classificou o conteúdo de três textos da coletânea - entre eles cerca de 60 trechos do conto Obscenidades para uma Dona de Casa, do escritor e colunista do Estado Ignácio de Loyola Brandão - como "inapropriados" e com "elevado conteúdo sexual". Entre esses trechos estão frases como "... não se esfregue desse jeito...".
    A secretaria não quis se manifestar sobre o assunto, alegando não ter sido notificada. A pasta informou apenas que a escolha dos livros é feita por uma comissão. Cabe recurso da decisão.
    O pedido de recolhimento e cancelamento da distribuição foi apresentado à Justiça em outubro pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), presidido pelo deputado federal Celso Russomanno (PP-SP). "Recorremos ao Tribunal de Justiça após a Vara da Infância e da Juventude ter acatado um parecer do Ministério Público favorável à obra", diz Renato Menezello, advogado do Inadec.
    O desembargador acatou apenas o cancelamento da distribuição de novos exemplares. Em sua leitura, "com relação aos livros já distribuídos, tem-se que eventual desrespeito à dignidade das crianças e adolescentes já teriam se consolidado".
    Alerta. Para o professor Arthur Fonseca, do Conselho Estadual de Educação (CEE), o envolvimento da Justiça na questão é "extremamente perigoso". "Vivemos um momento perigoso de censura a obras literárias. Como educador, não gostaria que o assunto fosse tratado no âmbito da Justiça. É um problema de educação." Oficialmente, o CEE não deve se manifestar.
    A presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto, acredita que o principal problema seja a impossibilidade de se trabalhar adequadamente um texto erótico em uma sala de aula da escola pública.
    "Na adolescência, a sexualidade já está exacerbada. Além disso, são muitos alunos por sala, com perfis e aspectos morais diversos. A maior parte dos professores não está preparada para dar conta disso."
    Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, um maior cuidado com a opinião da ampla clientela atendida pela rede pública ao se escolher livros evitaria problemas como o atual.
    "O aluno não precisa do livro para entrar em contato com conteúdos eróticos - e com certeza de pior qualidade. Mas secretarias e todos os órgãos que distribuem livros precisam entender e respeitar a clientela que atendem, seja o progressista seja o conservador." / COLABOROU MARIANA MANDELLI

    OUTRO CASO
    Quadrinhos
    Em maio do ano passado, a Secretaria da Educação de São Paulo recolheu o livro Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol, compilação de quadrinhos distribuída para alunos da 3ª série do ensino fundamental que continha palavrões, expressões sexuais e referências à facção criminosa Primeiro Comando da Capital.

    Denúncias colocam sob suspeita o provão do Estado de SP

    No SARESP, professor "facilita a prova dos alunos para ganhar mais no fim do ano.

    Após a enxurrada de denúncias sobre o ENEM, colocando na berlinda o governo federal, quando cerca de 2 mil estudantes foram prejudicados diante dos mais de 3 milhões de participantes, o governo paulista resolveu se superar.
    As irregularidades apontadas na aplicação do SARESP (prova estadual) são politicamente mais sérias, mas a repercussão através da "grande mídia" continua a mesma: de forma fragmentada.

    (do Agora SP)
    O Saresp, prova do governo do Estado de SP que avaliou cerca de 2,5 milhões de estudantes ontem e anteontem, teve uma série de falhas. Além de mapear dificuldades dos alunos, o exame ajuda a determinar o bônus recebido pelos professores.
    Há relatos de gabaritos trocados, provas faltando, uso de celular durante a aplicação do teste e até de professores da própria escola dentro da sala, o que é proibido.
    A Secretaria de Estado da Educação confirma parte das falhas, como o recebimento pelos estudantes de gabaritos que não correspondiam às provas, mas diz que ninguém foi prejudicado porque o problema foi resolvido a tempo.
    A prova é aplicada para estudantes do 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.
    Além dos alunos da rede estadual, fazem a prova estudantes de escolas municipais e particulares que quiserem testar seu desempenho.
    Na escola Dr. João Ernesto Faggin, em Cidade Ademar (zona sul), estudantes e um professor contam que docentes aplicaram provas para suas próprias turmas, o que não é permitido --salvo exceções para escolas isoladas, o que não é o caso. O professor disse à reportagem que testemunhou colegas ajudando os estudantes nas questões. A direção da escola nega.
    A reportagem obteve vários relatos de uso do celular durante a prova. Problemas nos gabaritos são os relatos mais comuns. No interior de SP, em ao menos 18 escolas, alunos receberam gabaritos com uma numeração diferente da que havia no caderno de perguntas. Estudantes temem que o erro faça com que respostas corretas sejam consideradas erradas, já que a prova pode ser de um tipo diferente do gabarito.
    Foram aplicados 26 tipos diferentes de prova. Estudantes temem que o erro faça com que respostas corretas sejam consideradas erradas.
    Na escola Thomazia Montoro (zona oeste), um aplicador relata que, em algumas das salas do exame, não havia provas e folhas de resposta para todos.
    Ele diz que a falta pôde ser suprida por cadernos extras. Porém, ao menos um aluno demorou para conseguir começar a prova, pois o material foi trazido de outra sala.
    Afirma ainda que os aplicadores não conseguiam colar os lacres dos envelope que guardavam os gabaritos preenchidos. Com isso, em tese, o diretor ou professor da escola, se quisesse, poderia abrir o envelope e alterar as provas.

    domingo, 21 de novembro de 2010

    Projeto da Nova Luz é “elitista” e exclui moradores da região, dizem arquitetos

    Especialistas criticam "importação" do projeto de revitalização da Cracolândia

    Fernando Gazzaneo, do R7
    Reprodução/Arte R7
    A proposta de revitalização da região central da cidade de São Paulo conhecida como Cracolândia ignora as necessidades sociais da área, impõe padrões importados de cidades europeias que não dialogam com a cultura local e não possui informações precisas de como o capital privado será atraído para valorizar novamente a Luz. A opinião é de três dos quartos arquitetos ouvidos pela reportagem doR7 sobre o projeto preliminar da Nova Luz, divulgado pela prefeitura na quarta-feira (18).


    O urbanista do Instituto Pólis Kazuo Nakami critica a forma “vaga” como o projeto, disponível para consulta pública na internet, é apresentado à população. Ele diz que a proposta não contempla “as demandas sociais da área”. A partir de agora, serão feitas reuniões com setores da sociedade pra aprimorar a proposta e uma audiência pública deve ocorrer em até dois meses.
    - Da forma com que o projeto está colocado, a região não tem moradores de rua e de cortiço, não tem drogados, trabalhadores informais ou comerciantes. Apesar da falta de informações, já está muito claro que o projeto é excludente e que pretende enobrecer a região para a elite da cidade.

    O projeto, elaborado por um consórcio de empresas contratado pela prefeitura, prevê a criação de bulevar, áreas verdes e ciclovias. A estrutura idealizada será composta por três eixos. O primeiro irá abranger a região da rua Vitória e deve ser voltado ao entretenimento, com a criação de um bulevar semelhante ao La Rambla, em Barcelona, na Espanha.

    O segundo eixo, na rua Timbiras, será voltado para o setor de tecnologia, com concentração de empresas da área. O último ficará na região da rua Triunfo e será voltado para área residencial, incluindo a criação de uma grande praça, que funcionará como espaço de convivência.
    "Hábitos burgueses"

    Para o arquiteto e professor da universidade Presbiteriana Mackenzie Paulo Giaquinto, o projeto ainda está no começo e, por isso, é difícil prever se o modelo dará certo ou não. Contudo, ele critica a maneira como a administração municipal diz querer atrair capital e público para revitalizar a área. Giaquinto afirma que os focos em entretenimento e tecnologia não são as soluções.

    - Nós já temos os exemplos dos equipamentos culturais na região, como a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa e a região da Santa Ifigênia, onde se pode encontrar todo tipo de tecnologia. Essas duas apostas do projeto [entretenimento e empresas de tecnologia] não funcionam. Falta no projeto dizer quais serão as âncoras [atrativos] que vão puxar os investimentos para a área.

    O professor também pontua que, para que ofertas imobiliárias na região sejam atraentes à classe média, são necessários investimentos do poder público, como a instalação de hospitais e universidades. Para ele, essa classe social tem poder de consumo que pode ajudar na revitalização da região. Ainda segundo o urbanista, os arquitetos costumam ter o "péssimo costume de impor hábitos burgueses às classes mais baixas”.

    - Eu não vi no projeto um local para música popular, que é o que tem a ver com os moradores da região. As imagens [do croqui] parecem um centro europeu. O projeto me parece uma transferência de exemplos internacionais. E isso é praticamente sentença de derrota. 

    Áreas verdes
    A urbanista Lucila Lacreta, diretora do ONG Defenda São Paulo, faz coro com os outros especialistas e afirma que o centro “não pode virar o shopping Iguatemi”. Para ela, há características da região que não são levadas em conta na proposta.

    - A Santa Ifigênia é uma região que tem uma vitalidade que não se encontra em outro lugar. Pelas informações dispostas no projeto, não sei como ela vai se readequar dentro desse espaço.


    Lucila chama também a atenção para as áreas verdes que serão construídas na região da Nova Luz.

    - O projeto tem que ajudar a população a construir uma cultura de espaços coletivos. Com exceção do Ibirapuera, as outras verdes e as praças da cidade ficam ociosas e as pessoas acabam se afastando delas. Não dá pra repetir erros passados.
    Já o arquiteto e professor aposentado da USP (Universidade de São Paulo) Dácio Ottone diz acreditar que a junção de comércio, moradia e entretenimento é a formula para consolidar um bairro sólido e com infraestrutura bem arrumada. Para o especialista, a região é rica em transporte coletivo, o que pode ser um grande atrativo para que as pessoas voltem a morar no centro. 

    - A região tem futuro e o projeto da Nova Luz pode inclusive movimentar a revitalização de outras áreas próximas.

    R7 procurou a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano sobre as críticas dos arquitetos, mas até a publicação desta reportagem a pasta não havia se manifestado.

    Reprodução/Arte R7
    Imagens mostram como deve ficar a rua Mauá, em frente à Estação Pinacoteca, depois da reurbanização. Área se transformará em um centro de entretenimento e cultura


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