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sábado, 15 de maio de 2010

Operação Castelo de Areia: novas denúncias recaem sobre governos tucanos no Estado de SP

Apurações da Polícia Federal, constantes no Relatório Final sobre a Operação Castelo de Areia, apontam indícios de pagamentos de propinas pela Camargo Corrêa para tucanos de alta plumagem e fiéis escudeiros de Serra e Alckmin.Entre vários funcionários dos governos do PSDB em São Paulo que receberam propina, são mencionados nesta reportagem (abaixo reproduzida), as seguintes pessoas: Arnaldo Madeira, deputado federal, chefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin; Luiz Carlos Frayze David, ex-presidente do Metrô de SP; Paulo Vieira de Souza, ou simplesmente “Paulo Preto, diretor do Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o órgão responsável pelo Rodoanel, exonerado recentemente pelo governo Serra;

Ecos do buraco tucano

No material apreendido na Operação Castelo de Areia, a PF diz ter encontrado indícios de propinas a funcionários dos governos do PSDB em São Paulo

de Wálter Nunes, na Revista Época
Para fazer frente à propaganda do PT, que apresenta a candidata Dilma Rousseff como a “mãe” do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, a principal arma do PSDB e seu candidato, José Serra, são as grandes obras feitas pelo seu governo em São Paulo. Entre elas estão a Linha 4 do Metrô e o trecho sul do Rodoanel, o anel viário no entorno da capital paulista que liga as principais rodovias do Estado. A estratégia de Serra sofrerá o impacto de novas suspeitas de corrupção lançadas pela Polícia Federal no inquérito da Operação Castelo de Areia, que investigou a Construtora Camargo Corrêa.

As suspeitas da PF se baseiam em material apreendido na casa do diretor financeiro da empreiteira, Pietro Giavina Bianchi: um pen drive e uma pasta com documentos. Para a PF, as anotações encontradas lá reúnem indícios de pagamento de propina pela empreiteira em grandes obras públicas. A contabilidade se refere aos anos entre 2006 e 2008. ÉPOCA teve acesso ao relatório da inteligência da PF com a análise das anotações feitas por Pietro. Algumas delas sugerem ligações do diretor financeiro da Camargo Corrêa com altas autoridades de governos tucanos em São Paulo.

Um dos manuscritos, datado de 2006, com anotações referentes às obras do Metrô e do “anel viário”, relaciona valores ao lado das iniciais “AM” e Arnaldo Madeira. Seria uma alusão, segundo a interpretação da polícia, ao deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que foi chefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin. Os valores, segundo a conclusão da PF, foram contabilizados como “custos diversos” por Bianchi e representaria 5% da receita líquida da empresa no dia 21 de março. No total, esses “custos diversos” representariam R$ 326.500 e foram divididos em três partes: R$ 32.650 (0,5%) para “AM”; R$ 130.600 (2%) para “CAMP”, ao lado das anotações “Rosa + Arnaldo Madeira”; e R$ 163.250 para “Metrô (+ Ass)”, seguida do manuscrito “David”. Essa parte, segundo a PF, supostamente teria sido destinada a Luiz Carlos Frayze David, que foi presidente da Companhia do Metropolitano entre 2003 e 2007.

Em 2006, Arnaldo Madeira elegeu-se deputado federal e não registrou oficialmente nenhuma doação vinda da Camargo Corrêa ou de suas empresas para sua campanha eleitoral. Madeira negou ter recebido dinheiro ou doações de campanha da empreiteira. “Eu nem conheço o diretor financeiro da Camargo Corrêa, nem sei quem é. Não tenho nenhuma relação com os sócios da empreiteira, o que pode ser até falha minha. Pode ser até que eu conheça de algum evento social, mas não sou capaz de identificar um diretor da empreiteira.” Como chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Madeira era o responsável por checar se as obras do Metrô e do Rodoanel estavam no prazo previsto. Madeira diz não ter ideia de como seu nome foi parar nas anotações do diretor da Camargo Corrêa e disse que não foi comunicado oficialmente sobre nenhuma investigação a esse respeito.

As obras do Metrô e do Rodoanel são a vacina

de Serra contra o PAC de Dilma

No relatório da inteligência da PF sobre o material apreendido na casa de Bianchi, o maior número de menções se refere supostamente ao ex-presidente do Metrô Luiz Carlos Frayze David. São quatro referências, que totalizariam R$ 778.220. Numa anotação datada de 31 de janeiro de 2006, ele foi identificado pelos policiais federais como o “DV+DIR+ASS” que teria recebido R$ 160 mil da Camargo Corrêa. Ele também estaria representado pelas siglas “DV” e “Diret”.

David saiu da presidência do Metrô em fevereiro de 2007, logo no começo do governo Serra, 40 dias após o acidente nas obras da Estação Pinheiros, que soterrou sete pessoas. O Ministério Público Estadual o corresponsabilizou pelo acidente. Ele é réu no processo que pede o ressarcimento de R$ 240 milhões aos cofres públicos como indenização pela cratera aberta em 2007. Atualmente, é assessor técnico da Secretaria dos Transportes. ÉPOCA o procurou para entrevistá-lo na última sexta-feira, mas sua secretária informou que, nesses dias, ele não costuma aparecer na Secretaria dos Transportes.

No documento dos policiais federais também há várias referências às obras do trecho sul do Rodoanel. Nele, o principal personagem é Paulo Vieira de Souza, ou simplesmente “Paulo Preto”. Souza foi diretor do Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o órgão responsável pelo Rodoanel. Ele é amigo de Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil do governo Serra e candidato a senador pelo PSDB. Segundo os policiais, Souza teria recebido quatro pagamentos mensais de R$ 416.500, desde dezembro de 2007. Neste ano, apenas oito dias depois de ter participado da inauguração do Rodoanel, Souza foi exonerado do cargo sem explicações oficiais.

Souza estava na Dersa desde 2005. Mas era funcionário de carreira do governo paulista havia 20 anos e diz desconhecer os motivos de sua demissão. “O Rodoanel é a única obra do PAC que não teve superfaturamentos e foi entregue no prazo. Nem todo mundo deve ter gostado”, diz ele, sugerindo que sua atuação teria desagradado a partes envolvidas na construção do anel viário. O governo federal, por meio do PAC, investiu cerca de R$ 1,7 bilhão na obra. Segundo o próprio Souza, ele e Nunes Ferreira são amigos há decadas. “Nunca fui comunicado oficialmente. Também não conheço nenhum diretor da Camargo Corrêa citado no caso”, disse.

Nunes Ferreira também reconhece a amizade antiga, mas nega ter recebido doações ilegais da empreiteira. Segundo ele, o Rodoanel foi aprovado pelos órgãos competentes de fiscalização e continuará como uma das vitrines de Serra na campanha. “O Rodoanel teve apenas um aditivo de 5% de seu valor total, um recorde para os padrões do Brasil”, diz.

Em janeiro, o ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu paralisar por meio de uma liminar todos os processos da Castelo de Areia até que seja julgado o pedido da defesa da Camargo Corrêa que reclama de irregularidades na investigação. É importante lembrar que as acusações da PF são feitas com bases em indícios e precisam ser comprovadas. Também é relevante o fato de elas terem vindo à tona agora, em período eleitoral, e que se dirijam contra os principais projetos de um dos candidatos. O PT também já foi implicado na investigação. O nome do partido aparece ao lado de remessas de dinheiro para contas no exterior. Na certa, ainda haverá munição para os dois lados se atacarem nesta campanha presidencial.

Resposta da Sensus à VEJA e à FOLHA

Ricardo Guedes, diretor da Sensus, envia correspondência para Luis Nassif

Do Luis Nassif online
14 de maio de 2010

Prezado Luis Nassif,

Sobre as notícias veiculadas na imprensa sobre a Sensus ter cedido a pressões para a alteração da ordem das perguntas em seus questionários, vimos fazer as seguintes considerações abaixo relacionadas.

Os partidos, em geral, fazem pesquisas internas que não são divulgadas com o objetivo de avaliarem o posicionamento de seus candidatos, o que é lícito e normal. Sabedores, entretanto, da realidade de seus candidatos, alguns partidos por vezes tentam difamar e mesmo impedir antecipadamente a divulgação de pesquisas que, por serem corretamente aferidas, podem apresentar resultados que não lhes são favoráveis.
Na metodologia das ciências sociais, a introdução de perguntas que replicam a decisão natural dos eleitores antes do espontâneo não altera de nenhuma forma os seus resultados. É certo de que o eleitor quando vai votar para presidente, faz a avaliação prévia do governo, e de sua identificação partidária pessoal, assim como de outros fatores. O exame cuidadoso das pesquisas registradas no site do TSE demonstra que, os institutos de modo geral, têm e fazem uso de questões antes do espontâneo em suas pesquisas nacionais ou estaduais. A ordem das perguntas não altera a vontade popular e as intenções de voto. E as metodologias da ordem das perguntas não diferem em seus resultados.

Entretanto, tal qual hoje caracterizado no país, a Sensus está se precavendo contra as possíveis difamações e ações jurídicas que pretendem protelar, ou mesmo impedir, a divulgação de seus resultados. Em recente episódio em Santa Catarina, tivemos a ordem das perguntas juridicamente questionada, com ganho por unanimidade para a Sensus pelo egrégio Tribunal.

A Sensus é uma empresa há 23 anos no mercado, com trabalhos a nível nacional e internacional, para clientes privados e organizações de grande e médio portes, tendo seus resultados amplamente divulgados pela imprensa nacional e internacional.

A Sensus é uma empresa, não um partido. Não participamos de nenhuma campanha política no país, e temos como clientes a pluralidade da demanda em todo o seu espectro econômico, político e social.
A Sensus não cede a pressões, mas está se precavendo contra ilações políticas, sempre dentro do que é correto na metodologia das ciências sociais.

Atenciosamente,
Ricardo Guedes

OP: Audiência em Assis - Falta de investimentos e pedágios prejudicam agricultores

O estrangulamento econômico dos produtores rurais do Vale do Paranapanema provocado pelas praças de pedágio, pelas más condições das rodovias e pela mecanização das lavouras foi o destaque da audiência pública sobre o Orçamento do Estado para 2011, que terminou há pouco na Câmara de Assis.

É terceira audiência regional que a Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia realiza este ano para debater com a população paulista as prioridades e reivindicações para o orçamento. Considerado o parlamentar mais assíduo das audiências, o deputado petista Enio Tatto participou ao lado de Vitor Sapienza e do presidente da Comissão de Finanças, Marcos Bragato da reunião, que abordou questões referentes aos municípios da região administrativa de Marília.

O deputado Enio Tatto apontou a importância de ouvir as Prefeituras e visitar os órgãos públicos para conhecer as reivindicações da população. “É o grande mérito da luta da Bancada do PT pelo orçamento participativo. Ouvir a população nas regiões é muito diferente de receber propostas de emendas no gabinete”, defendeu Enio.

O presidente da Câmara de Assis, vereador José Aparecido Fernandes (PT), e vereadores, prefeitos e secretários de Maracaí, Salto Grande, Palmital, Cândido Mota, Paragaçu Paulista e outros municípios do Vale do Paranapanema, região sustentada basicamente pela agricultura familiar.

“A região do Vale tem um Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo. Ainda enfrentamos um estrangulamento econômico provocado pelas praças de pedágio. Queremos recompensa porque é uma região de pequenos produtores rurais que precisam ser isentos”, disse o vereador José Aparecido Fernandes, destacando não apenas um problema de Assis, mas que afeta toda a região administrativa.

Aparecido Fernandes também apontou a necessidade de obras no Trevo da Unesp, a SP-333, conhecido como ‘trevo da morte’ e o asfaltamento da rodovia que liga São José das Laranjeiras ao município de Rancharia. A região enfrenta ainda problemas decorrentes da mecanização da cana de açúcar, que sufoca a agricultura familiar e pode deixar milhares de trabalhadores desempregados.

“Estamos defendendo a produção rural no Vale do Paranapanema graças aos programas federais como o de aquisição de alimentos, que garante o fornecimento de cereais e hortifrutigranjeiros da própria região para a merenda escolar. Também criamos a Feira do Produtor Rural, mas precisamos que o Governo do Estado invista para tecnologia e transformar a região em exportadora de hortifrutigranjeiros”, disse o presidente da Câmara de Assis.

Membro efetivo da Comissão de Finanças, o deputado Enio Tatto informou que o Governo do Estado destina hoje apenas 0,8% do Orçamento para a política agrícola. “É difícil ter uma política agrícola com orçamento tão baixo”, disse Tatto.

Propostas para os candidatos ao Governo

Entre as entidades que participaram da audiência, estiveram representantes da Apampesp, do Sindicato União de Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, do Conselho Municipal de Segurança, Sindicato dos Peritos Criminais e Instituto de Criminalística Assis.

Quem participa das audiências nas Câmaras Municipais pode encaminhar sugestões aos deputados para a elaboração de emendas ao Orçamento, através de formulários distribuídos no local. A população pode ainda fazer sugestões através do site da Assembleia: WWW.al.sp.gov.br

A ideia da Bancada do PT, de levar a Comissão de Finanças para os municípios para ouvir as dúvidas e propostas do povo paulista sobre os investimentos necessários, já está no sexto ano. A defesa do Partido dos Trabalhadores pelo orçamento estadual e regionalizado já garantiu outras vitórias à população, como a apresentação de emendas coletivas ao Orçamento, prática adotada pela primeira vez em 2009.

O deputado Enio Tatto reafirmou a proposta de sistematizar as reivindicações das audiências sobre o Orçamento 2011 para apresentar aos candidatos ao Governo do Estado. “Queremos que eles tenham um raio-x do Estado. O candidato Aloizio Mercadante já aceitou a nossa sugestão de integrar ao seu Programa de Governo as sugestões e também a regionalização do orçamento estadual e a atuação de um consórcio de municípios”, disse.

OP: Audiência de Bauru reúne representantes do funcionalismo público

A Câmara Municipal de Bauru recebeu na noite desta quarta-feira a caravana do Orçamento do Estado. A realização à noite foi uma reivindicação da Bancada do PT para garantir maior participação popular. Os deputados Enio Tatto, Mauro Bragato e Valdir Agnello, membros da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia, o deputados Pedro Tobias e o vereador Marcelo Borges estiveram na mesa da audiência.

“É difícil estabelecer a cultura de discussão da peça orçamentária, mas a Comissão faz isso há 6 anos, graças à iniciativa da Bancada do PT. Já conseguimos implementar emendas parlamentares para atender os pequenos e médios municípios que, muitas vezes, não têm vez no Legislativo”, disse Tatto.

Entre as reivindicações apresentadas pelos participantes estão a duplicação da Rodovia Bauru-Ibitinga, a instalação de escolas técnicas com um Parque Tecnológico , Centro de Convivência de Idosos, Base da Polícia Militar, a construção de um novo Fórum, uma sede para a Polícia Científica e uma Faculdade de Medicina.

O diretor do Sindicato União dos Servidores do Poder Judiciário, José Ferreira Júnior, reivindicou a inclusão de emenda orçamentária para o pagamento de indenizações trabalhistas, férias atrasadas e horas extras. “Estamos em greve para conseguir um reajuste de 20,16%, cumprimento da datas-base e a contratação de pelo menos 15 mil servidores para o setor, que tem um grande déficit de funcionários”, disse Ferreira Júnior.

Maria Márcio da Silva, do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, explicou que a cidade de Bauru atende mais de 40 municípios no seu entorno, além de ser um polo de desenvolvimento tecnológico e universitário. “Se Bauru tiver o posto avançado de Avaliação Criminalística que reivindicamos, poderemos atender toda a região. O orçamento tem que atender a população em geral e ao funcionalismo, em particular, e não apenas os parlamentares que têm maioria dos votos na Assembleia”, protestou.

Saúde e Educação

A representante da Apampesp - Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público -, Maria José Lemos Xavier, também protestou contra a omissão da maioria governista no Legislativo em relação aos assuntos referentes aos profissionais da Educação. “A maioria vota contra os professores. Além dos baixos salários, temos problemas com o pagamento de precatórios. Muitos morrem sem receber esta dívida do Estado”, lamentou.

Servidora do Poder Judiciário, Marisa Bueno Azenha, protestou contra as condições do hospital conveniado ao Iamspe na região. “Meu filho foi atendido no Hospital Base, que funciona em condições precárias, com cadeiras enferrujadas e roupa de cama remendada. O Governo precisa investir no Iamspe”, disse.

O representante da Sociedade Amigos do Meio Ambiente, André Luis, e o diretor de escola José Luiz Chibele reivindicaram emenda para a construção de uma Faculdade de Medicina em Bauru. “É preciso mais investimento em educação. O PSDB está no governo desde 1995, se os programas educacionais fossem eficientes, os resultados já teriam aparecido nestes 15 anos. Fico impressionado como, ao invés de aumentar o número de escolas, o governo ampliou a quantidade de presídios”, disse Luiz Chibele.

Já Denise Rykala, representante do Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), pediu mais investimento do ICMS no Centro Paula Souza e aumento da cota-parte das universidades. João Carlos de Bastos, do Sindcop (Sindicato do Sistema Penitenciário Paulista) pediu a inclusão na peça orçamentária de verba para reajuste salarial para o setor e a revisão do tíquete-alimentação do funcionalismo, que é de R$ 4,00.

Segundo o deputado Enio Tatto, “há reivindicações diárias na Assembleia em relação ao funcionalismo público, mas muito pouco tem sido feito para os funcionários da Saúde, da Educação e da Segurança. As audiências são uma boa oportunidade para exigir que o Legislativo atenda estas questões”, disse.

A Comissão de Finanças e Orçamento é a única Comissão da Assembleia que sai do Ibirapuera e percorre o Estado, em uma ação itinerante para garantir a democratização do debate sobre os investimentos do Orçamento. Na próxima segunda-feira, os parlamentares realizam audiência pública na Câmara Municipal de Sorocaba, às 10 da manhã.

Serra privatizou, mas não quer tratar do assunto

extraído do Brasília Confidencial
15/05/2010

Repetindo comportamento que adotou em Porto Alegre, há dez dias, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, voltou a se irritar ontem, no Rio, ao ser questionado sobre a eventual disposição de privatizar patrimônio e bens públicos, caso seja eleito. No dia 5, uma pergunta sobre esse tema levou Serra a responder agressivamente a uma jornalista do grupo RBS, que participava de uma entrevista multimídia com o candidato. Ontem, o tucano se irritou com um profissional da empresa pública EBC, ex-Radiobrás.
Repórter: “A Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão livres da privatização?”
Serra: “Claro que sim, quem falou o contrário? De onde você é?”
Repórter: “Da Radiobrás.”
Serra: “Muito bem, então informe isto a seus patrões”.
Serra tem insistido em classificar as perguntas de jornalistas sobre privatização como “trololó” de caráter eleitoral. Veladamente, atribui esse “trololó” ao PT. Seu esforço é evitar que cole nele, como colou em Geraldo Alckmin na campanha presidencial de 2006, a imagem de privatista, resultante dos processos de desestatização a que se dedicaram tanto o Governo Fernando Henrique quanto os sucessivos governos tucanos no estado de São Paulo.
Recente estudo da bancada do PT na Assembleia Legislativa paulista informa que os governo de São Paulo, sob comando do PSDB, fizeram do estado o “palco do maior processo de transferência de patrimônio público para grupos privados de que se tem notícia no país: nada menos de R$ 79,2 bilhões nos leilões da privataria”. O processo de privatização, que teve ritmo reduzido no Governo Alckmin, foi fortemente retomado nos 39 meses do Governo Serra.
Apenas no sistema rodoviário, Serra autorizou a operação de, pelo menos, 82 praças de pedágio privadas.

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Defensoria quer punição ao governo paulista pela matança de 2006

do Brasília Confidencial
15/05/2010

A Defensoria Pública de São Paulo apresentou à Justiça, nesta semana, oito ações em que pede que o Estado seja condenado a indenizar parentes e um sobrevivente da série de assassinatos ocorridos na cidade de Santos, em maio de 2006, atribuídos a uma organização criminosa e a policiais que teriam revidado aos ataques. Na capital, em Santos e outras cidades, 493 pessoas foram mortas à época.
O defensor público Antonio José Maffezoli Leite diz que as ações de indenização pretendem responsabilizar o Estado pelas mortes, uma vez que há indícios de participação de policiais na matança. Ele também acusa o governo estadual de ter sido omisso ao não garantir a segurança da população nos dias de ataque e não coibir as possíveis represálias de seus agentes de segurança.
Maffezolli ainda pede à Justiça que responsabilize o governo paulista por não ter investigado corretamente os crimes e punido os responsáveis pelos abusos.
O sobrevivente e os familiares das vítimas poderão receber uma reparação em dinheiro por danos morais, que pode chegar a 300 salários mínimos, indenizações por danos materiais, tais como despesas com funeral e tratamentos de saúde por doenças decorrentes do sofrimento que tiveram, além de indenizações decorrentes de lucros cessantes, no caso em que a vítima ajudava no sustento da família.

MÃES DE MAIO
Na quinta-feira, mães de vítimas dos assassinatos de 2006 fizeram uma manifestação no centro de São Paulo. Elas expuseram, sobre a calçada, fotos, cruzes e bonecos, simbolizando as 493 pessoas mortas. O movimento das Mães de Maio começou no ano passado, quando o grupo recorreu à internet buscando apoio ao manifesto em que atribuem a “policiais e grupos de extermínio paramilitares ligados à Polícia Militar”.
Rememorando a crise que se estabeleceu em São Paulo no último ano do Governo Alckmin (PSDB), pouco depois que o tucano renunciou ao cargo para disputar a Presidência da República deixando-o ao vice, Cláudio Lembo (do então PFL), o documento afirma que, “em uma cínica e mentirosa onda de resposta ao que se chamou na grande imprensa de ataques do PCC, foram executadas sumariamente” pelo menos 493 pessoas, entre elas “mais de 400 jovens negros, descendentes de indígenas e pobres” que hoje “constam entre mortas e desaparecidas”.
Ainda de acordo com o manifesto, centenas de mães, milhares de familiares e amigos que “tiveram, no intervalo de pouco mais que uma semana, seus entes queridos assassinados covardemente”, até hoje “seguem sem qualquer satisfação por parte do Estado brasileiro”. Os casos, assinala o documento, “permanecem arquivados sem investigação correta”; ninguém foi submetido a julgamento; e as famílias das vítimas jamais receberam sem “qualquer proteção, indenização ou reparação”

Eduardo Azeredo vira réu em ação penal no STF



O senador tucano Eduardo Azeredo amanheceu de cabeça inchada. Na última quinta-feira, 13, o Supremo Tribunal Federal determinou que o Pai do Mensalão passe da condição de “investigado em inquérito para a de réu na ação penal”.
O correligionário de José Serra é acusado de peculato e lavagem de dinheiro.
A notícia que você não leu em destaque por aí está aqui no site do STF.

Privatizações

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Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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