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domingo, 23 de maio de 2010

Negação da epidemia contribuiu com aumento do número de casos de dengue na Baixada Santista

Presidente da Comissão da Saúde e Higiene, o deputado Fausto Figueira coordenou na tarde desta terça-feira uma reunião para discutir as medidas de prevenção adotadas pelos Governos Estadual e Federal em relação à epidemia de dengue. Evaldo Stanislau, médico infectologista do Hospital Ana Costa, de Santos, confirmou que a omissão da Secretaria Estadual da Saúde diante da epidemia foi um dos fatores responsáveis pelo aumento do número de casos na Baixada.

“Como médico posso afirmar que a negação da epidemia contribuiu com o aumento do número de casos”, afirmou em resposta ao questionamento do deputado Fausto Figueira, que relatou que o secretário-adjunto da Saúde, Nilson Ferraz Paschoa, negou que houvesse epidemia de dengue na Baixada Santista durante uma visita à região.

“Faltou informação, muitos pacientes chegaram à UTI porque não houve acompanhamento desde o início do aparecimento dos sintomas. A Baixada Santista registrou 30 mortes por causa da doença”, denunciou Fausto.

O médico Evaldo Stanislau acredita que uma epidemia de dengue pode ser enfrentada sem que haja mortes, desde que seja possível aos profissionais da saúde pública garantir à população monitoramento dos casos, locais adequados para atendimento dos casos suspeitos e outras medidas assistenciais.

Economia de verbas públicas

O deputado petista Marcos Martins, membro efetivo da Comissão de Saúde, apresentou reportagens recentes dos principais jornais que destacam o fato de que a “dengue causa o maior número de mortes no Estado de São Paulo”. Marcos Martins denunciou também a ‘economia’ do Governo do Estado quando o assunto é Saúde.

“Os recursos previstos em diversas ações na área da Saúde não foram cumpridos em São Paulo. O governo gastou menos do que o previsto em Vigilância Sanitária e Epidemiológica, apoio e orientação aos municípios, exames em laboratórios públicos, vacinação de rotina, capacitação e aperfeiçoamento de profissionais de saúde”, denunciou Marcos Martins.

Também integrante da Comissão, o deputado José Augusto (PSDB) justificou a execução orçamentária abaixo do previsto na área. "Os recursos previstos para a Saúde são verbas públicas e devem ser economizados", justificou.

A diretora da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Melissa Mascheretti Siciliano, disse que a Secretaria tem um Plano de Controle de Dengue, que foi apresentado aos secretários municipais de Saúde antes do início do verão, que é a época onde ocorre a maior incidência de casos da doença, como comprovou o médico infectologista do Hospital Ana Costa, que informou que o número de hemogramas de emergência saltou de 260 para mais de 1000 no hospital santista nos primeiros meses de 2010. Apriximadamente 80% destes exames apresentavam resultados compatíveis com a doença.

“O combate à dengue precisa também de métodos de controle biológico. A mera ação dos fiscais não é suficiente para conter a epidemia. A subnotificação também é preocupante, já que a informação correta sobre o número de casos pauta as políticas públicas de controle da doença”, explicou, apontando para um outro problema já denunciado pelos deputados petistas à Comissão de Saúde e Higiene: o avanço da dengue no Estado não foi registrado pelos boletins oficiais da Secretaria Estadual da Saúde. Em muitas regiões, os números das secretárias municipais eram maiores do que o registrado pelo Governo do Estado.

Durante a reunião, o médico Natalino Anjula fez uma apresentação técnica do teste para detecção do antígeno qualitativo NS1 (dengue).

Os deputados Fausto Figueira e Marcos Martins reforçaram o convite para que o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, compareça à Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia para a prestação de contas e explicação das ações no setor.

Suspeitas de corrupção nas obras mais propagandeadas pelo governo Serra

Os tucanos Arnaldo Madeira (deputado federal), Luiz Carlos Frayze David (ex-presidente do Metrô) e Paulo Vieira de Souza (ex-diretor do Dersa) são mencionados por reportagem da revista Época (15/5), com índicios de terem recebido propinas da construtora Camargo Corrêa. Para a Polícia Federal, os manuscritos apreendidos durante a Operação Castelo de Areia, mostram que teria havido corrupção nas obras de extensão da Linha 4 do Metrô e do trechho sul do Rodoanel.

Leia, a seguir, a reportagem de Wálter Nunes para a revista Época:

Ecos do buraco tucano

No material apreendido na Operação Castelo de Areia, a PF diz ter encontrado indícios de propinas a funcionários dos governos do PSDB em São Paulo

Para fazer frente à propaganda do PT, que apresenta a candidata Dilma Rousseff como a “mãe” do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, a principal arma do PSDB e seu candidato, José Serra, são as grandes obras feitas pelo seu governo em São Paulo. Entre elas estão a Linha 4 do Metrô e o trecho sul do Rodoanel, o anel viário no entorno da capital paulista que liga as principais rodovias do Estado. A estratégia de Serra sofrerá o impacto de novas suspeitas de corrupção lançadas pela Polícia Federal no inquérito da Operação Castelo de Areia, que investigou a Construtora Camargo Corrêa.

As suspeitas da PF se baseiam em material apreendido na casa do diretor financeiro da empreiteira, Pietro Giavina Bianchi: um pen drive e uma pasta com documentos. Para a PF, as anotações encontradas lá reúnem indícios de pagamento de propina pela empreiteira em grandes obras públicas. A contabilidade se refere aos anos entre 2006 e 2008. ÉPOCA teve acesso ao relatório da inteligência da PF com a análise das anotações feitas por Pietro. Algumas delas sugerem ligações do diretor financeiro da Camargo Corrêa com altas autoridades de governos tucanos em São Paulo.

Um dos manuscritos, datado de 2006, com anotações referentes às obras do Metrô e do “anel viário”, relaciona valores ao lado das iniciais “AM” e Arnaldo Madeira. Seria uma alusão, segundo a interpretação da polícia, ao deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que foi chefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin. Os valores, segundo a conclusão da PF, foram contabilizados como “custos diversos” por Bianchi e representaria 5% da receita líquida da empresa no dia 21 de março. No total, esses “custos diversos” representariam R$ 326.500 e foram divididos em três partes: R$ 32.650 (0,5%) para “AM”; R$ 130.600 (2%) para “CAMP”, ao lado das anotações “Rosa + Arnaldo Madeira”; e R$ 163.250 para “Metrô (+ Ass)”, seguida do manuscrito “David”. Essa parte, segundo a PF, supostamente teria sido destinada a Luiz Carlos Frayze David, que foi presidente da Companhia do Metropolitano entre 2003 e 2007.

Em 2006, Arnaldo Madeira elegeu-se deputado federal e não registrou oficialmente nenhuma doação vinda da Camargo Corrêa ou de suas empresas para sua campanha eleitoral. Madeira negou ter recebido dinheiro ou doações de campanha da empreiteira. “Eu nem conheço o diretor financeiro da Camargo Corrêa, nem sei quem é. Não tenho nenhuma relação com os sócios da empreiteira, o que pode ser até falha minha. Pode ser até que eu conheça de algum evento social, mas não sou capaz de identificar um diretor da empreiteira.” Como chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Madeira era o responsável por checar se as obras do Metrô e do Rodoanel estavam no prazo previsto. Madeira diz não ter ideia de como seu nome foi parar nas anotações do diretor da Camargo Corrêa e disse que não foi comunicado oficialmente sobre nenhuma investigação a esse respeito.

No relatório da inteligência da PF sobre o material apreendido na casa de Bianchi, o maior número de menções se refere supostamente ao ex-presidente do Metrô Luiz Carlos Frayze David. São quatro referências, que totalizariam R$ 778.220. Numa anotação datada de 31 de janeiro de 2006, ele foi identificado pelos policiais federais como o “DV+DIR+ASS” que teria recebido R$ 160 mil da Camargo Corrêa. Ele também estaria representado pelas siglas “DV” e “Diret”.

David saiu da presidência do Metrô em fevereiro de 2007, logo no começo do governo Serra, 40 dias após o acidente nas obras da Estação Pinheiros, que soterrou sete pessoas. O Ministério Público Estadual o corresponsabilizou pelo acidente. Ele é réu no processo que pede o ressarcimento de R$ 240 milhões aos cofres públicos como indenização pela cratera aberta em 2007. Atualmente, é assessor técnico da Secretaria dos Transportes. ÉPOCA o procurou para entrevistá-lo na última sexta-feira, mas sua secretária informou que, nesses dias, ele não costuma aparecer na Secretaria dos Transportes.

No documento dos policiais federais também há várias referências às obras do trecho sul do Rodoanel. Nele, o principal personagem é Paulo Vieira de Souza, ou simplesmente “Paulo Preto”. Souza foi diretor do Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o órgão responsável pelo Rodoanel. Ele é amigo de Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil do governo Serra e candidato a senador pelo PSDB. Segundo os policiais, Souza teria recebido quatro pagamentos mensais de R$ 416.500, desde dezembro de 2007. Neste ano, apenas oito dias depois de ter participado da inauguração do Rodoanel, Souza foi exonerado do cargo sem explicações oficiais.

Souza estava na Dersa desde 2005. Mas era funcionário de carreira do governo paulista havia 20 anos e diz desconhecer os motivos de sua demissão. “O Rodoanel é a única obra do PAC que não teve superfaturamentos e foi entregue no prazo. Nem todo mundo deve ter gostado”, diz ele, sugerindo que sua atuação teria desagradado a partes envolvidas na construção do anel viário. O governo federal, por meio do PAC, investiu cerca de R$ 1,7 bilhão na obra. Segundo o próprio Souza, ele e Nunes Ferreira são amigos há decadas. “Nunca fui comunicado oficialmente. Também não conheço nenhum diretor da Camargo Corrêa citado no caso”, disse.

Nunes Ferreira também reconhece a amizade antiga, mas nega ter recebido doações ilegais da empreiteira. Segundo ele, o Rodoanel foi aprovado pelos órgãos competentes de fiscalização e continuará como uma das vitrines de Serra na campanha. “O Rodoanel teve apenas um aditivo de 5% de seu valor total, um recorde para os padrões do Brasil”, diz.

Em janeiro, o ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu paralisar por meio de uma liminar todos os processos da Castelo de Areia até que seja julgado o pedido da defesa da Camargo Corrêa que reclama de irregularidades na investigação. É importante lembrar que as acusações da PF são feitas com bases em indícios e precisam ser comprovadas. Também é relevante o fato de elas terem vindo à tona agora, em período eleitoral, e que se dirijam contra os principais projetos de um dos candidatos. O PT também já foi implicado na investigação. O nome do partido aparece ao lado de remessas de dinheiro para contas no exterior. Na certa, ainda haverá munição para os dois lados se atacarem nesta campanha presidencial.

Propinas no ninho tucano: suspeito é amigo pessoal do ex-secretário da Casa Civil

Reportagem publicada na página online da Veja,em 14/5, “O homem-bomba do tucano Aloysio Nunes” revela que o ex-diretor de Engenharia do Dersa, Paulo Vieira de Souza, recém-demitido do cargo, aparece em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Há indícios de que o engenheiro era destinatário de propinas da construtora. Paulo tem estreitas ligações políticas e pessoais com Aloysio Nunes Ferreira Filho, ex-secretário da Casa Civil de São Paulo, durante o governo Serra. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento.

Leia a seguir a reportagem da revista Veja:

O 'homem-bomba' do tucano Aloysio Nunes


Como diretor de Engenharia do Dersa, Paulo Vieira de Souza, também conhecido pelo apelido de Paulo Preto, foi responsável pelas grandes obras viárias do governo de São Paulo nos últimos três anos. Seu trabalho lhe rendeu, em dezembro de 2009, o prêmio de profissional do ano do Instituto de Engenharia de São Paulo. Em 1º de abril deste ano, ele festejou a inauguração do trecho sul do Rodoanel. Oito dias depois, no entanto, foi demitido de seu cargo. A decisão da cúpula da Dersa foi unânime. A nota no Diário Oficial, publicada no dia 21 de abril, não informa a causa da exoneração – e a assessoria de imprensa da empresa afirma apenas que foi uma "decisão de governo". Mas razões extra-oficiais não faltam. Vieira de Souza aparece em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Pelo menos quatro desses documentos, obtidos com exclusividade por VEJA.com, trazem indícios de que o engenheiro era destinatário de propinas da construtora. Um dos papéis mostra quatro pagamentos mensais de 416.500 reais, com data inicial de 20 de dezembro de 2007. A Castelo de Areia foi suspensa, em janeiro deste ano, por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vieira de Souza, estranhamente, não foi indiciado na primeira fase da operação, e talvez nunca venha a ser. Mas, em ano eleitoral, tornou-se um "homem-bomba".

Ele tem estreitas ligações políticas e pessoais com Aloysio Nunes Ferreira Filho, ex-secretário da Casa Civil de São Paulo e candidato do PSDB-SP ao Senado. Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu "interlocutor" junto ao empresariado. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento. A filha do engenheiro, a advogada Priscila Arana de Souza, e sua mãe, Ruth de Souza, fizeram um empréstimo de 300.000 reais ao tucano — dos quais a advogada arcou com 250.000 reais, conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo em dezembro. "A filha dele me emprestou um dinheiro para eu comprar um imóvel, pois eu queria fechar negócio e não podia esperar sair o financiamento do banco. Paguei à Priscila no ano passado mesmo, em três ou quatro prestações. Tenho meus cheques todos registrados. Está tudo correto e documentado", diz Aloysio. A assessoria do ex-secretário enviou uma relação de seis cheques de três bancos diferentes, relacionados ao pagamento da dívida. Cinco deles são de 2008: dois no valor de 50.000 reais, um no valor de 60.000 reais, um de 81.000 reais e o último, de 19.000 reais. Há também um cheque de 50.000 reais de maio de 2009.

Na versão de Aloysio, a demissão do amigo Vieira de Souza até parece voluntária. "Ele pretendia deixar o governo após a inauguração do Rodoanel", diz. "Foi inaugurado e ele saiu." Souza é mais duro ao falar do assunto. Atribui a demissão a atritos causados pelo seu estilo de trabalho, de dura cobrança de prazos. "Sempre disse que o Rodoanel tinha dia e hora para acabar. E isso incomoda", afirma. "Mas não importa. O Brasil inteiro sabe que o protagonista do Rodoanel fui eu. Não faz diferença se estou dentro ou fora do governo." O engenheiro rebate a tese de que sua exoneração poderia estar ligada às investigações sobre a Camargo Corrêa. "Não tem nada contra mim na Operação", diz ele.

Vieira de Souza tem razão em relação ao relatório final da PF. Seu nome tem uma única menção breve no documento, e ele não faz parte do rol dos indiciados. No relatório de inteligência, que serviu de base para o inquérito, a história é outra. É lá que estão reproduzidos os papeis que sugerem que ele recebeu propina da construtora. As obras do Rodoanel apareciam nas anotações com a sigla ARO, decifrada com informações retiradas do computador da secretária pessoal de Pietro Bianchi, diretor da Camargo, empresa que cuidou do lote 4 do trecho Sul, orçado em 500 milhões de reais. Esse mesmo relatório de inteligência traz dezenas de menções a políticos dos mais diferentes partidos. Há inclusive uma extensa lista de doações eleitorais registradas como "sem recibo" – uma forma oblíqua de definir o caixa dois.

A Operação Castelo de Areia foi deflagrada em março de 2009. A informação de que a investigação tinha potencial para abalar as carreiras de diversos políticos e administradores públicos veio à tona logo em seguida. A PF afirmou que trataria desses assuntos em um momento posterior. Passaram-se nove meses, nada aconteceu e a operação foi suspensa pela Justiça, quase como num passe de mágica. O fato de que os indícios coletados pela PF não ganhem consequências práticas é pernicioso. Ao contrário do que Vieira de Souza diz, existe, sim, material contra ele nos arquivos da PF. Material suficiente para que o Ministério Público Federal em São Paulo considerasse necessária uma investigação mais aprofundada sobre ele. Mas a questão não é apenas punir aqueles que merecerem castigo. Quando informações desse tipo ficam no limbo, caso daquelas que constam dos relatórios de inteligência da PF e sem mais nem menos desaparecem dos relatórios finais que embasam a abertura de inquéritos, cria-se espaço para que entrem em campo os fabricadores de dossiês — um tipo de fauna que insiste em reaparecer das trevas em anos eleitorais.

Após troca de corregedor, PM de SP anuncia outras 10 mudanças


São 11 comandantes substituídos no estado.

Novo corregedor terá como tarefa investigar mais de 80 crimes de PMs.

Do G1 SP
Após a substituição na Corregedoria, a Polícia Militar anunciou neste sábado (22) a substituição de outros dez comandantes do alto escalão.
A determinação do comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, é que as trocas sejam feitas na segunda-feira. Os coronéis receberam orientações.
As mudanças chegaram à Policia Rodoviária e a mais dez batalhões da PM no estado. Sete ficam na Grande São Paulo. Na capital, novos comandantes vão assumir o policiamento do Centro, da Zona Norte e da Zona Oeste. O comando de policiamento metropolitano e os batalhões de Guarulhos e de Osasco também recebem novos chefes.
Ainda não houve mudanças nos setores de elite da PM, como a Rota e os batalhões de choque.
As mudanças começaram pela Corregedoria. O comandante da PM disse que quer mais agilidade na investigação e na punição de maus policiais. Só na Grande São Paulo, são investigados atualmente mais de 80 crimes em que PMs são suspeitos.
Desde abril, pelo menos 18 policiais militares foram presos. Destes, 12 são suspeitos de torturar e matar o motoboy Eduardo dos Santos, de 30 anos, dentro de um quartel. Outros quatro podem estar envolvidos na morte do entregador de pizza Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos, espancado até a morte em frente de casa. Há dois dias, mais dois PMs foram presos por suspeita de sequestrar e assaltar a mesma vítima.
O coronel Admir Gervásio Moreira, que assume a Corregedoria, recebeu a missão de acelerar a investigação de crimes. “A instituição não compactua com nada de errado, principalmente quando falta respeito ao cidadão”, diz o comandante Camilo.

Policial Militar chefe de grupo de extermínio é preso pela Polícia Civil de São Paulo


PM suspeito de chefiar grupo de extermínio é preso em SP
ANDRÉ CARAMANTE
da Reportagem Local
Investigado pelo DHPP (departamento de homicídios), da Polícia Civil, sob a suspeita de ser um dos chefes de um grupo de extermínio responsável por ao menos 11 mortes na zona leste de São Paulo nos últimos meses, o policial militar Valdez Gonçalves dos Santos, 36, foi preso nesta sexta-feira por ordem do Tribunal de Justiça.
O policial militar é do 21º Batalhão e chegou na tarde desta sexta à sede do DHHP, na rua Brigadeiro Tobias, centro da cidade. Além dele, outros cinco PMs do mesmo batalhão são investigados por suspeita de participação nas mortes.
A ordem de prisão temporária (por 30 dias) é do juiz Daniel Ovalle da Silva Souza, do 1º Tribunal do Júri da Capital.
Para os investigadores do DHPP, os PMs se uniram para fazer uma “limpeza” nos bairros –o alvo do grupo seriam os usuários de drogas. A hipótese é que as mortes tenham sido cometidas para que o grupo assuma o comando dos pontos de venda de drogas da região.
Entre os assassinatos investigados pelo DHPP está a morte do ex-motoboy Roberto Marcel Ramiro dos Santos. Trabalhando atualmente como camelô após sofrer um acidente de moto, Santos foi morto com mais de dez tiros às 4h35 do dia 8, quando completava 22 anos. Dezenove dias antes de ser assassinado, Santos e sua mãe, Janete Cristina Rodrigues, 49, foram ameaçados de morte pelo PM Valdez.
A reportagem não localizou até agora o advogado do PM. Há uma semana, a reportagem pede esclarecimentos ao Comando Geral da PM sobre a investigação da participação do PM Santos no grupo de extermínio, mas nenhuma resposta foi dada.

Campanha denuncia a fragilidade na segurança

Falta de profissionais, más condições de trabalho, desmotivação e o pior salário do Brasil são alguns dos motes da campanha que estará nas ruas a partir deste 21 de maio. A iniciativa parte da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – ADPESP que, depois de negociar por mais de dez anos com o Governo, teve praticamente todas as propostas de reforma rechaçadas em 2010.
A crise, portanto, não é nova. Em 2008, após a maior greve da história da Polícia Civil de São Paulo (59 dias), parecia enfim que a situação começaria a tomar novos rumos. Contudo, eles alegam, as promessas de mudanças por parte do Governo, para 2009 e 2010, não foram cumpridas. E, agora, os delegados de polícia se unem para esclarecer à sociedade seus problemas e reverter o quadro.
Os números explorados na campanha evidenciam a situação em que se encontra a segurança pública paulista. Diz a associação da categoria: 31% das cidades do estado não têm delegados; desde 1995, enquanto a população de SP cresceu 21%, o número de policiais civis se mantém o mesmo; são apenas 3 mil delegados para os 42 milhões de habitantes de SP; o estado mais rico da nação é o que pior remunera seus delegados de polícia.
“Chegou a hora de a sociedade paulista tomar ciência do caos pelo qual passa a sua Polícia”, ressalta a presidente da ADPESP, Marilda Pansonato Pinheiro. “Ou nos unimos para reerguê-la, ou veremos a violência e os índices de criminalidade crescerem ainda mais”, completa.

http://www.diariodafranca.com.br/conteudo/noticia.php?noticia=23305&categoria=8

Policiais Civis de SP são submetidos a constrangimento ilegal e abuso de autoridade pela PF

Governo do Estado de SP não investe em infraestrutura e pesquisa no Butantã

O incêndio no Instituto Butantã (em 15/5) apenas evidencia a falta de investimentos do governo tucano do Estado, há mais de oito anos, em reforma ou melhoria da infraestrutura dos prédios que abrigam pesquisa básica. Cientistas do instituto reclamam que, entre 1989 e 2009, a pesquisa com animais teria passado a ser vista como algo de pouca importância e recebido poucos recursos da Fundação Butantã, organização social gestora do instituto, que é do governo do Estado. Além disso, os baixos salários fez com que a instituição perdesse 24% do quadro de cientistas em cinco anos.

Como se não bastasse, o Instituto Butantã está sendo alvo de investigação da Promotoria Pública para apurar eventuais desvios de verbas que se somam em R$ 100 milhões, conforme explicou o deputado Fausto Figueira que está propondo a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a apurar esta grave crise que envolve a instituição.

Para o deputado, compete à Assembleia Legislativa fiscalizar e investigar o que ele classificou de grave crise envolvendo o centenário Instituto Butantã. Fausto destacou também que, recentemente, vacinas fabricadas na instituição não passaram no teste de qualidade, o que defasou estoques de diversas cidades do Estado. “Mais de 50 cidades do Estado tiveram que interromper a campanha de vacinação contra a gripe para os idosos por falta de doses. Houve falha na distribuição e na confecção. São falhas da estrutura da Secretaria de Saúde do Estado”.

Degradação da estrutura

A ênfase na construção de fábricas e produção de vacinas trouxe como efeito colateral a degradação da estrutura de pesquisa básica, à qual pertencia o acervo de cobras e aranhas, destruído no sábado (15/5) por um incêndio.

As chamas que consumiram a coleção centenária, iniciada por Vital Brazil, não nasceram de uma falha pontual no sistema contra incêndios, mas de uma deficiência estrutural sistêmica que ameaça grande parte do patrimônio histórico e científico do instituto.

O prédio da biblioteca, que ostenta o nome do Instituto Butantã no ponto mais alto do complexo, é exemplo disso. Há goteiras, infiltrações e cupins por todos os lados. Uma sala está sem teto e teve de ser interditada no início do ano por causa de um deslocamento de vigas. Sem instalações adequadas para trabalhar, funcionários recorrem a gambiarras elétricas. Há até um morcego que vive no porão, apelidado de Juquinha. No mesmo prédio funciona, indevidamente, o setor de farmacologia.

Até o chamado "Prédio Novo", que é da década de 1940, sofre de problemas estruturais. O elevador está quebrado há cinco anos, segundo o pesquisador Marcelo De Franco, que trabalha no local. Segundo ele, não falta dinheiro para pesquisa, já que os projetos são financiados por agências externas de fomento, como Fapesp e CNPq. O problema está mesmo na parte de infraestrutura, que é de responsabilidade da instituição. "A Fundação Butantã deveria olhar para todo o instituto, mas só tem olhos para a fabricação de vacinas", afirma Franco.

Reforma parada. Desde 2002 não há gastos em reformas nos imóveis do instituto. Naquela ocasião, foram aplicados apenas R$ 4,8 mil, em valores corrigidos, no item. No ano anterior o valor foi de R$ 180 mil. Só a reforma do prédio da biblioteca custaria R$ 4 milhões. Desde 2007, porém, houve crescimentos do gastos com manutenção.

Membros do primeiro escalão da instituição admitem que é urgente retirar o setor de pesquisa dos prédios históricos, medida em discussão há oito anos. A estrutura elétrica desses locais e do instituto como um todo está inadequada, tanto que o desligamento da energia antes do incêndio era para preparar a rede para a nova fábrica de vacinas contra a gripe. A secretaria estadual da Saúde, a qual o Butantã está subordinado, alegou ter investido R$ 2,6 milhões na infraestrutura nos últimos quatro anos.

Evasão de cientistas

O Instituto Butantã sofre com a evasão de recursos humanos. Nos últimos cinco anos, o número de pesquisadores da instituição caiu de 210 para 160 - redução de 24%, apesar de contratações feitas nesse período, segundo o pesquisador Marcelo De Franco, do Laboratório de Imunogenética, que coordenou o último concurso, em 2009.

"Perdemos gente também para a Fiocruz, que tem salários mais competitivos", complementa De Franco. Segundo ele, o salário de pesquisador no Butantã começa em R$ 2.700 (nível 1) e pode chegar a R$ 6.400 (nível 6), enquanto que na Fiocruz o teto é de R$ 14 mil e na Embrapa, R$ 12 mil. "Todos os institutos de pesquisa do Estado estão sofrendo com uma evasão séria de pesquisadores", diz ele.

*com informações dos jornais O Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo - 20/5/2010

Insegurança até nas delegacias: 10% dos DPs têm vigias terceirizados

As unidades da Polícia Civil do Estado estão contratando vigilância noturna terceirizada. Levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo, publicado em notícia veiculada nesta quinta-feira (20/5), mostra que um em cada dez DPs que fecham à noite no interior de São Paulo conta com a vigilância particular.

A recomendação parece vir da própria Secretaria de Segurança Pública. O delegado seccional de Botucatu, Antonio Soares da Costa Neto, disse ao jornal que vai atender à recomendação da Secretaria e contratar empresas de segurança. No município, a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), a Ciretran, a Delegacia da Mulher e os quatro DPs fecham à noite e não têm vigilância.

Em Tatuí, só a Delegacia da Mulher tem vigias contratados pela prefeitura. A Ciretran local já foi roubada duas vezes nos últimos dois anos. Delegados reclamam que o problema maior é a falta de funcionários. Distritos e delegacias funcionam graças ao pessoal cedido pelas prefeituras.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior - Deinter-7, Weldon Carlos da Costa, disse que passou uma orientação “clara por escrito” aos delegados para que as unidades seja dotadas de equipamentos de segurança. “O delegado tem de ver qual a sua necessidade. Se for uma empresa de vigilância, ele encaminha o pedido”, disse o diretor.

A não contratação de uma empresa de vigilância foi a principal causa do afastamento do delegado que respondia pelo 1º DP de Salto, na região de Sorocaba, onde uma mulher foi roubada e, dias depois, a unidade foi invadida.

Na Capital, a determinação com relação a segurança não é diferente. Todos os distritos policiais, mesmo os que ficam fechados, contam com pelo menos dois agentes destacados para o turno da noite e da madrugada.

* com informações do jornal O Estado de São Paulo - 20/5/2010

Sorocaba reivindica investimentos em rodovias e protesta contra presídios

Os deputados petistas Enio Tatto e Hamilton Pereira participaram da audiência pública realizada, nesta segunda-feira (17/5), pela Comissão de Finanças e Orçamento, na Câmara de Sorocaba. Foi a quinta audiência regional realizada em 2010 pela única Comissão da Assembleia que vai até aos municípios ouvir as propostas da população para o orçamento estadual.

Nascido em Sorocaba, o deputado Hamilton Pereira defendeu o projeto, em trâmite na Assembleia, da criação de uma região metropolitana dos 17 municípios da região, com sede em Sorocaba, cuja arrecadação representa 1,5% do PIB paulista. O município é considerado o oitavo com maior potencial de consumo no Brasil e o quarto no Estado de São Paulo.

“Sorocaba precisa urgentemente da duplicação da rodovia de acesso, da pavimentação da Estrada Mário Covas e de obras de recuperação em várias outras vias. Defendemos o orçamento regionalizado para atender esta e outras reivindicações da população, para evitar que não se repita a prática do Governo do Estado de, por exemplo, instalar presídios no interior paulista sem ouvir sequer as Prefeituras e as comunidades locais”, disse Hamilton Pereira.

O deputado destacou a manifestação de professores e funcionários da Universidade Federal de São Carlos, localizada na região, em protesto contra os acidentes de trânsito, que poderiam ter sido evitados contra a duplicação da rodovia.

"Já incluimos estas demandas como emendas, mas o relator da Comissão atende a pedido do Palácio dos Bandeirantes e não as executa no orçamento", lamentou.

A situação das rodovias também foi alvo de questionamento da ex-deputada federal Iara Bernardi, que reivindicou duplicações das Rodovias Raposo Tavares e SP 267 (que liga Salto a Pirapora), na altura do quilômetro 267. “Nas audiências anteriores houve propostas para as duplicações. Mas só temos investimentos dos municípios e do governo federal e nem uma disposição do Governo do Estado. A SP 267 recebe 11 mil veículos todos os dias e ainda não foi duiplicada”, protestou.

O vereador Mário Marte Marinho Júnior, presidente da Câmara Municipal de Sorocaba, protestou contra o investimento na construção de penitenciárias no interior e elogiou a iniciativa do prefeito de Porto Feliz, o petista Cláudio Maffei, que realizou uma caminhada de 120 quilômetros, no ano passado, em protesto contra a construção de penitenciárias.

Os problemas na Segurança Pública levaram a região, às manchetes dos principais jornais. O 1º Distrito Policial de Salto, cidade localizada a 38 quilômetros de Sorocaba, foi invadido na madrugada desta segunda-feira (17/05) por um grupo de criminosos.

O DP não fica aberto nos finais de semana e foi palco de um assalto no último dia 13, quando uma comerciante foi atacada em suas dependências por assaltantes, que levaram sua bolsa com 13 mil e 500 reais.

Abandono

Uma faixa afixada no fundo do auditório lembrava os deputados que “o Hospital de Mairinque está fechado e a Estrada Mário Covas abandonada”. Estas carências básicas prejudicam uma região com grande potencial de empregos e investimentos empresariais. A região administrativa de Sorocaba tem 1 milhão e 400 mil habitantes; só no município, são 610 mil.

Funcionário da rede pública de Saúde de Itapetininga, Jorge Luis Almeida Alves, protestou contra a falta de equipamentos nos hospitais e a atuação das Organizações Sociais, as OSs. “Gostaríamos de receber investimentos para comprar equipamentos e evitar a remoção de pacientes para outros municípios”, reivindicou.

A situação do funcionalismo estadual foi alvo de protesto do Sindicato União dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, do Sinteps - Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza -, do Sindicato dos Peritos Criminais e do Sindicato dos Médicos. “O descontentamento nesta área é muito grande. O governo precisa cumprir, pelo menos, a data-base, já aprovada há alguns anos”, disse o deputado Enio Tatto.

Também participaram da audiência os deputados Edson Giriboni, vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia, Raul Marcelo, Vitor Sapienza e Valdir Agnello, além da vereadora Hildéia Maria de Souza, de Mairinque, que protestou contra o fechamento do Hospital Beneficência de Mairinque e a ausência de Fatecs no município.

O deputado Edson Giriboni disse que as duplicações de rodovias, principal reivindicação da audiência, são tarefas da concessionárias que administram o sistema.

As pessoas presentes à audiência nas Câmaras Municipais podem encaminhar sugestões aos deputados para a elaboração de emendas ao Orçamento, através de formulários distribuídos no local. A população pode ainda fazer sugestões, até o dia 30 de setembro, através do site da Assembleia: http://www.al.sp.gov.br/.

“Precisamos insistir para que o debate sobre o orçamento atinja o maior número possível de pessoas. As audiências aproximam a proposta e discussão de emendas dos pequenos municípios”, defende o deputado Enio Tatto, que destacou os dados apresentados pela publicação regional elaborada pela Bancada do PT sobre o orçamento e as emendas propostas nas audiências realizadas nos anos anteriores.

“Descobrimos que mesmo sendo uma região rica, Sorocaba ainda tem municípios com índices de desenvolvimento muito baixos, um problema que o orçamento regionalizado poderia resolver”, disse Enio.

As próximas audiências serão realizadas nos dias 20, em Campinas, e 21, em São José do Rio Preto.

Perito de SP compra apartamento de R$ 3 milhões à vista


Deu no Estadão de hoje:

Peritos têm contas sob suspeita
Coaf, braço do Ministério da Fazenda, analisou
movimentações bancárias de 7 policiais

Bruno Tavares e Marcelo Godoy
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), braço do Ministério da Fazenda destinado
ao combate à lavagem de dinheiro, detectou
movimentações bancárias e operações imobiliárias
suspeitas ao analisar a evolução patrimonial de sete
peritos do Instituto de Criminalística (IC) de São
Paulo. Em 2009, aponta o relatório, a mulher de
um deles comprou à vista um apartamento de R$
3,1 milhões no Paraíso.
Os peritos são alvo de inquérito policial que apura
denúncias de corrupção. As suspeitas são de que
eles teriam recebido propina para produzir laudos
que atenuassem as responsabilidades dos
investigados em três dos mais graves acidentes
ocorridos em São Paulo nos últimos anos – o
desabamento da futura Estação Pinheiros do Metrô
(janeiro de 2007); a tragédia do voo 3054 da TAM
(julho de 2007) e a queda do teto da Igreja
Renascer (janeiro de 2009).
O inquérito foi aberto em 30 de novembro de 2009
pela 4ª Delegacia de Crimes Funcionais da
Corregedoria da Polícia Civil. Na ocasião, os
corregedores solicitaram ao Coaf a análise da
evolução patrimonial dos sete peritos.
O relatório de inteligência financeira chegou
recentemente à Corregedoria. Diante dos dados
apresentados, o Ministério Público Estadual (MPE)
decidiu solicitar a quebra dos sigilos bancário e
fiscal de dois dos investigados. A Justiça ainda não
se manifestou.
‘Arredondar’ um caso
A denúncia chegou aos promotores do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) em fevereiro de 2009. A carta
informava que um perito do Núcleo de Engenharia
do IC havia recebido R$ 2 milhões para
“arredondar” um caso, vendendo o resultado do
laudo. Tratava-se do laudo sobre o desabamento na
obra da Estação Pinheiros, em que sete pessoas
morreram. O dinheiro teria sido dividido com
outros três peritos no caso.
Em 16 de março deste ano, a Promotoria de Justiça
do Patrimônio Público e Social abriu procedimento
preparatório de inquérito civil a fim de verificar
eventual improbidade administrativa e
enriquecimento ilícito dos acusados. Os alvos
iniciais da apuração eram quatro peritos do IC.
Com o início da investigação, chegou-se à
conclusão de que outros três deviam ser
investigados.

O objetivo dos corregedores e
promotores é restringir a apuração em torno dos
principais peritos que atuaram nos casos sob
suspeita.
A Corregedoria reuniu cópias dos inquéritos sobre
a obra do Metrô, o desabamento da Igreja
Renascer e o acidente com o Airbus A320 da
TAM. Os corregedores consideram difícil obter a
prova de fraude nos laudos, mas, no caso do
acidente do Metrô, por exemplo, pretendem
confrontar os laudo do IC com o relatório do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), cujas
conclusões apresentaram discrepâncias.

Educação de SP gasta quase R$ 4 milhões em revistas e guias feitos pela Abril; tudo sem licitação

Será que algum educador poderia me explicar qual é a utilidade pedagógica que se tem investindo mais de 4 milhões de reais de dinheiro público (leia-se: governo paulista), sem licitação, é claro, para adquirir guias do estudante, manual do professor e a revista Nova Escola, todas as publicações produzidas pela Editora Abril?
A Abril é aquela editora que mantém gente do naipe de um Diogo Mainardi e de um Reinaldo Azevedo. Em relação ao Reinaldo Azevedo reitero aqui o que já afirmei vezes anteriores: esse elemento está no relatório da Polícia Federal da Operação Castelo de Areia. A Abril sabe disso e se cala. E sabe o que Azevedo escreve? Contra as investigações realizadas pela PF contra empreiteiros corruptos. Bem, voltemos ao nosso objeto aqui: quem vai investigar esses contratos sem licitação feitos pelo governo paulista com a Abril?
Você compraria esses livros da Abril para seu filho estudar?
Quer saber mais detalhes, entre no link abaixo, do globo namaria news:

extraído do Blog do Imbroglione

Serra pagou para ter motoqueiros em carreata




.
Em sua passagem por Juazeiro do Norte, Ceará, onde foi pedir a benção de Padim Ciço, o tucano Zé Chirico foi recepcionado por uma legião de motociclistas, que o acompanhou pela cidade desde o Aerporto do Cariri. Sabemos agora o motivo da calorosa recepção: a distribuição, pela campanha de Serra, de um vale-combustívelno valor de R$ 20 a cada “manifestante” sobre duas rodas.
Não é nada, não é nada, é bem mais que o  vale-cachorro-quentedistribuído por Yeda Crusius aos “militantes” tucanos às portas do Palácio Piratini, em Porto Alegre.
Os detalhes da carreata serrista em Juazeiro do Norte podem ser lidos aqui
.
ATUALIZAÇÃO - O link acima está bloqueado para não-assinantes do site. No entanto, você poderá conferir a íntegra da notícia clicando aqui, no blog Veja Juazeiro.

Há culpados pela tragédia do Butantan


Mesmo que os funcionários desafiem o medo de represálias por parte da truculência do governo do Estado, a mídia serrista boicotará qualquer denúncia que o responsabilize pelo incêndio que destruiu parte do Butantan. Mas alguém precisa dizer que esse absurdo de conseqüências incalculáveis teria sido evitado se a administração tucana concedesse mínimos recursos para equipamentos de segurança na instituição.
Não faltou hegemonia eleitoral para essas medidas preventivas. E não faltaram recursos. O que faltou mesmo foi vontade política, competência administrativa, preocupação com um patrimônio científico de porte mundial, construído por alguns abnegados, que em algumas horas desapareceu para sempre.
É o mesmo descaso que proporcionou as destruições das enchentesno interior. E novamente a imprensa mergulha em sua criminosa quietude eleitoreira.

O "Milagre" da Folha de São Paulo


Em algumas semanas a diferença de 12 pontos entre Dilma e Serra reduziu-se a ZERO.

MILAGRE?

Adolescente é libertado pela Polícia Civil após quase um mês de sequestro em SP


do Portal Terra
Um adolescente de 13 anos foi libertado pela polícia de São Paulo após ter sido mantido em cativeiro por quase um mês, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública nesta terça-feira. O sequestrador, que foi preso na ação policial, manteve a vítima em sua própria casa.
O adolescente foi solto na noite de segunda por policiais da Divisão Antissequestro do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic).
A vítima estava em um cativeiro localizado na cidade de Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana de São Paulo. Ele foi capturado no dia 20 de abril no bairro de Guaianases, na zona leste da capital, enquanto caminhava para a escola. No mesmo dia, o sequestrador entrou em contato com a família pedindo resgate. A polícia foi acionada e passou a orientar o pai do menino.
O vendedor autônomo W.P.S., 40 anos, foi preso pela polícia em Ferraz de Vasconcelos, e confirmou que mantinha o adolescente em cativeiro na própria casa.
O jovem estava trancado em um dos quartos da casa e não apresentava ferimentos. O autônomo foi autuado por extorsão mediante sequestro. Ele já tinha passagens na polícia por agressão, estelionato e receptação.

Justiça Eleitoral proíbe DEM de louvar Serra


do Brasília Confidencial

     A Justiça Eleitoral mandou o DEM suspender as inserções publicitárias que veicularia no estado de São Paulo, ontem e em mais dois dias, com propaganda do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. A suspensão foi pedida pelo PT e ordenada pelo ministro Aldir Passarinho Junior, corregedor-geral eleitoral do TSE.21/05/2010

    Na terça-feira, o DEM usou seu espaço de propaganda em São Paulo para veicular diversas referências a Serra e exibir imagens do pré-candidato tucano. Apresentados pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), os “comerciais” começam dizendo que o país vai bem, mas pode “melhorar muito mais”, e listam realizações da Prefeitura em parceria com o governo estadual citando Serra nominalmente.
    “Tal conduta, no cenário de disputa eleitoral já deflagrada com o anúncio das pré-candidaturas à Presidência da República, não há como ser tolerada”, justificou o corregedor-geral.
    O DEM fez propaganda de seus próprios candidatos e de candidatos do PSDB em outros estados também. No Rio, usou a TV para promover o ex-prefeito César Maia, candidato ao Senado. E em Minas Gerais fez propaganda de Antônio Anastasia e Aécio Neves, respectivamente candidatos do PSDB ao governo estadual e ao Senado.

Folha publica o crime, mas não diz que é crime


Folha de S. Paulo,que dá palpite sobre tudo e mais um pouco publica hoje a confissão de um crime eleitoral, mas não diz que é um crime eleitoral.
Ela confirma que os horários do DEM no rádio e na televisão estão sendo e serão usados para promover José Serra.
Clique para ampliar
O responsável pela produção das peças é o publicitário Luiz González.
O DEM e Serra não ignoram que isso é probido, expressamente, no Art. 45, & 1°, inciso I da Lei 9.096, como já mostrei aqui.
Não ignoram, igualmente, os seus advogados, pois basta consultar a jurisprudência do TSE para encontrar inúmeras situações semelhantes, todas punidas com a pena prevista na lei, que é a perda do horário no semestre seguinte. Está aqui a coleção de decisões, para facilitar quem se disponha a agir.
A violação da lei é deliberada e feita com o seguinte cálculo: o que importa que se perca os horários de 2011, se a eleição de Serra for ajudada por esta violação. Há formas de compensar o “prejuízo”, não é?
Estamos diante de uma deliberada agressão à lei, nas barbas do MP e dos ministros do TSE, feita com o cálculo cínico do lucro x prejuízo.
Que país e que justiça serão estas em que um jornal publica o ato e a intenção de transgredir a lei e nada acontece?
Enquanto isso o nosso TSE multa o presidente por dizer “Deus queira” quando o povo grita o nome da Dilma.
Que vergonha!

extraído do blog Tijolaço.com

Policiais Civis de SP usam GPS para extorsão, diz PF


Quadrilha colocava o aparelho em caminhões com carga clandestina e os monitorava pela internet para pará-los quando entrassem em SP
Ao menos quatro policiais civis do Estado são suspeitos de integrar o grupo, que extorquia dinheiro de donos de cargas contrabandeadas
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal investiga ao menos quatro policiais civis de São Paulo suspeitos de integrar uma quadrilha que instala aparelhos de GPS em caminhões que circulam com mercadorias irregulares no Estado para extorquir dinheiro de seus donos.
Os policiais civis foram flagrados em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Federal ao combinar abordagens contra caminhões com cargas de cigarros, eletroeletrônicos e até mesmo de agrotóxicos.
Uma das cargas de veneno, segundo os próprios integrantes do esquema, estava avaliada em R$ 3,5 milhões e foi descarregada em uma fazenda de São José do Rio Preto (438 km de SP). Uma outra, de câmeras filmadoras, valia R$ 1,5 milhão.
Pelos grampos fica claro que os caminhões com cargas clandestinas monitorados pela quadrilha trazem os produtos contrabandeados de países que fazem fronteira com o sul do Brasil, principalmente o Paraguai.
Até agora, a PF conseguiu parte dos nomes dos policiais civis: Miltinho, que era do Deic (departamento de roubos), Luciano (conhecido na polícia paulista como Barrichello, isso por conta de uma suposta semelhança física com o piloto de F-1), Ricardo e Ari. Um deles tem um parente na Corregedoria Geral da Polícia Civil.
A PF descobriu que, a partir do carregamento da carga, o GPS era acionado e os integrantes da quadrilha monitoravam os caminhões que pretendiam atacar em tempo real, com a utilização de computadores e com um programa de segurança usado por empresas de transporte legalizadas.
Assim que os caminhões entravam na jurisdição de São Paulo, os policiais civis eram mobilizados para ir com carros oficiais atrás das cargas nas quais tinham interesse.
Para conseguir os carros da polícia, esses agentes são suspeitos de fraudar ordens de serviço (documento exigido para usar um veículo policial numa operação) para se deslocar até o caminhão que pretendiam atacar, já na região metropolitana.
Quando estava nas ruas em movimento atrás das cargas, a quadrilha usava notebooks conectados à internet para não perder a pista dos seus alvos.
Flagrados por acaso
Os policiais civis suspeitos de participar do esquema foram descobertos por acaso pela PF, que investigava uma quadrilha especializada em obter financiamentos irregulares de carros apreendidos em operações do próprio órgão federal.
Doze acusados de fraudar seis financiamentos de veículos apreendidos em operações da PF, no valor de R$ 186 mil, já foram denunciados à Justiça.
O grupo era comandado por Valter de Souza, que, segundo a PF, contava com a ajuda de um agente federal e de um funcionário da Prodesp (companhia de processamento de dados de SP) para obter dados dos carros para as fraudes. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Souza.

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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