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terça-feira, 1 de junho de 2010

Governo tucano deixa segurança e educação sucateadas em Guarulhos

Mais e melhor segurança pública e educação foram as principais reivindicações apresentadas na audiência pública para discutir o Orçamento do Estado para 2011 na cidade de Guarulhos, nesta segunda-feira (31/5). Lideranças locais e população dos 11 municípios que compõem a região do Alto Tietê apresentaram suas propostas ao deputado Enio Tatto, membro efetivo da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa.

O primeiro a falar sobre a questão da segurança pública foi o vereador Alencar, Guarulhos, que classificou de um verdadeiro descaso do governo do Estado o fato de não investir no setor e transferir à prefeitura a responsabilidades que são suas. “Guarulhos gasta R$ 6 milhões com o pagamento de salários de policiais, aluguel das delegaciais, combustível e conserto de viaturas. Tudo isso é responsabilidade do Estado que não cumpre a sua parte. Esse dinheiro do município poderia estar sendo gasto em outras áreas, como educação e saúde”, afirmou Alencar.

Também o presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, Alan Neto, e o secretário de Segurança Pública do município, João Dárcio, falaram da falta de investimentos na segurança para a região do Alto Tietê. Alan reivindicou um maior efetivo da Polícia Civil e uma nova guarnição do Corpo de Bombeiros no bairro de Bomsucesso, além de mais equipamentos e melhor infraestrutura para as já existentes.

”A periferia não tem segurança. O policial fica dentro de uma base sem ter sequer uma viatura”, alertou o conselheiro do Orçamento Participativo de Guarulhos, Domingos Carvalho Costa.

Representantes da Polícia Técnica também compareceram à audiência e reivindicaram melhores condições de trabalho, que envolve investimentos em equipamentos e infraestrutura e valorização dos peritos criminais por meio de uma plano de carreiras. A representante do Orçamento Participativo, Sonia Aparecida Andrade Almeida, explicou, também, a necessidade de um novo IML – Instituto Médico Legal – em Guarulhos, porque as dependências do atual não são compatíveis para o atendimento de nove municípios da região.


Em vez da educação, investe em presídios

”O Estado deixa de investir em educação para investir em presídios. Isto é o que está acontecendo em Guarulhos”, ressaltou o morador Walterson Mengale, referindo-se a construção de um presídio pelo governo estadual, entre os municípios de Itaquaquecetuba e Guarulhos.

Artur Carlos Rocha, do Conselho Municipal da Juventude, enfatizou que o caminho para melhor a segurança são os programas sociais, a inclusão social e a educação. “O governo do Estado precisa urgente melhor a educação”, explicou Rocha.

O vereador guarulhense, Auriel Brito, também alertou que a educação no Estado está decadência. “Estão querendo (o governo estadual) fazer com a educação o mesmo que fizeram com as estradas, ou seja, sucatear tudo para depois privatizar”, afirmou Auriel.

Durante a audiência vários munícipes solicitaram reformas e reativação de escolas estaduais, assim como implantação de escolas técnicas com cursos diversificados e melhoria das condições de trabalho e salarial dos professores.

Saneamento, transporte e saúde

”O governo do Estado não atende nenhuma proposta apresentada por Guarulhos para o Orçamento paulista. Isto é um absurdo. Somos a segunda maior cidade de São Paulo, contribuímos com muito e não temos retribuição”, enfatizou o vereador de Guarulhos, Lameh. Segundo ele, o município só está realizando obras de saneamento básico – uma grande reivindicação local - porque o governo federal é quem está financiando os recursos.

A falta de investimento em saneamento, principalmente no que diz respeito ao combate às enchentes do rio Tietê, foram alvo de severas críticas dos vereadores e moradores ao governo estadual.

Os vereadores Lameh e Alencar falaram, ainda, do grave problema de transporte urbano da região, que apesar de Guarulhos ter mais de 1,3 milhão de habitantes não tem linhas de trem, nem de metrô. Eles cobraram uma ligação férrea com a Capital, que é uma promessa antiga que nunca se concretiza.

A população de Guarulhos cobrou, também, a reforma dos dois hospitais do Estado: Geral e Padre Bento.


A próxima audiência da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia ocorre em Registro, na segunda-feira (7/6), na Câmara Municipal, às 10 horas.

A população pode participar do processo de discussão do Orçamento, mesmo sem estar presente. Basta enviar sugestões para a aplicação dos recursos estaduais e propostas de emenda ao orçamento por meio do site da Assembleia: http://www.al.sp.gov.br/ - clique no link Audiências Públicas Orçamento 2011.

Mais uma denúncia de grupo de extermínio atinge cúpula da Polícia

Mais uma denúncia de grupo de extermínio supostamente formado por policiais atinge a cúpula da Polícia de São Paulo. Hoje, a ONU divulgou um relatório sobre a violência policial. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (1º/06) pelo Jornal Folha de São Paulo, houve 23 assassinatos e 17 tentativas de homicídio nas áreas de atuação de cinco delegacias da zona leste da capital: Parque São Lucas, Vila Diva, Tatuapé, Vila Alpina e Vila Formosa.

“Um grupo de extermínio formado supostamente por pelo menos cinco policiais militares do 21º Batalhão (zona leste de São Paulo) é suspeito de ser o responsável por mais 12 mortes e 17 tentativas de assassinato investigadas pela Polícia Civil”, diz a reportagem.

O excesso de violência e os indícios de formação de grupos de extermínio não são novidade na Polícias  Militar. Entre 2008 e 2009, PMs da zona sul da capital (37º DP) foram acusados de 12 assassinatos, sendo 5 deles com decapitação das vítimas.

Nas últimas semanas, a Baixada Santista registrou 23 assassinatos cometidos, supostamente, como vingança por policiais, que, segundo denúncias, começaram a praticar os crimes depois que um colega da Força Tática foi morto em Vicente de Carvalho.

Apesar da proliferação de denúncias, o novo corregedor da Polícia Militar, coronel Admir Gervásio Moreira, declarou recentemente à imprensa que os grupos de extermínio policiais são casos pontuais.

SP e RJ: 11 mil assassinatos

No relatório sobre execuções extrajudiciais no País, a ONU alerta para o fato de que o clássico e suspeito argumento “de resistência seguida de morte” é usado largamente no Brasil, apesar de a expressão nem sequer existir no Código Penal.

“Houve pelo menos 11 mil mortes registradas como resistência seguida de morte em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os anos de 2003 e 2009. As evidências mostram claramente que muitas dessas mortes na realidade foram execuções. Mas a polícia imediatamente as rotula de 'resistência'”, diz o relator da ONU sobre Execuções Extrajudiciais, Philip Alston, que defende que estas mortes sejam investigadas como assassinatos.

A criminalização da pobreza, amplamente denunciada pela Bancada do PT, também é alvo do relatório da ONU, que menciona que os crimes cometidos por representantes do Estado contra os que vivem em favelas são comuns. Durante a divulgação do relatório, o relator contou que, quando visitou o País, constatou a prática de execução de supostos criminosos e cidadãos inocentes durante operações policiais.

Litoral paulista já registra 22.346 casos de dengue em 2010; 51 pacientes morreram

O número de casos de dengue nas cidades litorâneas de São Paulo já é 50 vezes maior do que no ano passado. São 22.346 casos nos quatro primeiros meses de 2010, contra 438 no mesmo período de 2009. Já são 51 mortos; no ano passado, uma pessoa morreu em decorrência da doença neste período.

Reportagem publicada hoje no Jornal O Estado de São Paulo revela que o surto atinge de forma alarmante Santos, Guarujá, São Vicente, Bertioga, Praia Grande e cidades do litoral norte como Ilhabela e Ubatuba.

O depoimento de um leitor da edição online do Jornal, Joseph Shafan, morador de São Sebastião, revela a carência de ações públicas para conter o avanço da doença. “São Sebastião está abandonada, vias pluviais desabando, calçamento sem manutenção. As calçadas de Boiçucanga estão intransitáveis, cheias de armadilhas, lixo e alagamento. Há vários terrenos baldios onde abundam focos de mosquitos”, conta Joseph.

Segundo a reportagem, “entre os municípios do litoral norte analisados, São Sebastião apresentou maior número de pacientes. Foram 1.243 casos no ano, aumento de mais de 1.000% e 1 morte”.

A Bancada do PT e, especialmente o deputado Fausto Figueira, que é presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia, tiveram inúmeras ações para apurar a responsabilidade do Estado na epidemia de dengue que atinge a Baixada Santista.

"Os epidemiologistas estimam que, para cada caso de dengue confirmado, existem outros dez pacientes infectados e que tiveram casos subclínicos ou assintomáticos", disse Fausto, que encaminhou representação ao Ministério Público com pedido de investigação dos indícios de omissão da Secretaria Estadual da Saúde frente à epidemia.

O infectologista Evaldo Stanislau afirmou durante audiência pública convocada pela Comissão de Saúde, no dia 18 de maio, que a recusa da Secretaria Estadual da Educação em admitir a epidemia contribuiu para o alastramento da dengue na Baixada. Stanislau trabalha no Hospital Ana Costa, localizado em Santos.

PDT formaliza indicação de Major Olímpio à chapa de Mercadante


do Brasília Confidencial
01/06/2010
     O PDT formalizou ontem, junto à direção do PT paulista, a indicação do deputado estadual Major Olímpio para candidato a governador na chapa liderada por Aloízio Mercadante. Ao mesmo tempo e ainda sem indicar nome, o PR reivindicou a vaga de suplente da candidata petista ao Senado, Marta Suplicy.
    O presidente estadual do PT, Edinho Silva, disse que o partido espera decidir sobre as duas vagas até a segunda semana de junho e considerou a apresentação do nome do Major Olímpio como boa para abrir as conversas sobre o candidato a vice.
    Petistas próximos a Mercadante atribuem ao Major Olímpio o trunfo de deter a confiança da Polícia Militar paulista. Apesar de ter começado na Assembleia como integrante da base do Governo José Serra (PSDB), desde 2007 o Major Olímpio tem denunciado o sucateamento da polícia promovido pelas sucessivas gestões tucanas, como fez no ano passado em entrevista exclusiva aBrasília Confidencial.
    Um alto dirigente do PT que acompanha o debate sobre a chapa de Mercadante aposta que o PDT ficará mesmo com a vaga de candidato a vice. Já o atendimento da reivindicação do PR parece menos provável. O resultado da negociação está condicionado ao nome que o PR apresentar e também à desistência da candidata ao Senado, Marta Suplicy, de ter como suplente o atual deputado federal Antônio Palocci. 

Dirigentes sindicais apontam monopólio da mídia como risco para Dilma


José Lope Feijóo, da CUT, defende ampliação no número de veículos de comunicação como forma de dar voz a outros setores da sociedade

Publicado em 01/06/2010, 17:15
Última atualização às 18:23
São Paulo - Dirigentes sindicais participantes da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora apontam o monopólio da mídia como arma do pré-candidato José Serra (PSDB), para tentar impedir a vitória da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
João Felício, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lamenta que a gestão Lula, com mais de 80% de aprovação popular, seja tão desprezada pela mídia. Ele considera que isso é fruto da concentração da comunicação na mão de poucas famílias (Civita – Abril, Mesquita – Estado, Frias – Folha, Marinho – Organizações Globo), um quadro que precisa ser revertido para dar voz a toda a sociedade.
“Se você analisar bem o papel que a mídia tem cumprido nos últimos anos, é um papel que não contribui para a consolidação da democracia. Temos apenas uma classe que se expressa através dos grandes veículos de comunicação. Nós, que somos a classe trabalhadora, não temos o direito de expressão”, lamenta.

José Lopez Feijóo, vice-presidente da CUT, concorda que discutir a democratização da comunicação é discutir o próprio sistema político do país. Ele defende, além da ampliação do número de veículos, que a sociedade passe a ter direito a voz dentro dos meios. “Estamos assistindo a uma mídia de pensamento único engajada num linguajar e num projeto da elite brasileira onde não há espaço para que as organizações da sociedade civil se expressem. Isso é antidemocrático”, argumenta.
Em conversa recente com a Rede Brasil Atual, o sociólogo Emir Sader ressaltou que os veículos de maior penetração na sociedade estão todos alinhados aos tucanos. “Parecem intermediários viciados no diálogo entre o presidente mais popular que o Brasil já teve e a massa, a cidadania”, pontuou ao falar sobre o fracasso da política de comunicação do atual governo.

Áreas de risco crescem por falta de planejamento urbano, dizem especialistas


Para geólogos e urbanistas ouvidos pela Rede Brasil Atual, cidades brasileiras não têm planejamento urbano. Com falta de moradias, a população busca alternativas em áreas que não deveriam ser habitadas

Publicado em 01/06/2010, 14:35
Última atualização às 13:55
Áreas de risco crescem por falta de planejamento urbano, dizem especialistas
Inundações como a que atingiu o Jardim Pantanal em São Paulo deixam moradores em risco (Foto: Suzana Vier/Rede Brasil Atual)
São Paulo - Maria do Rosário e toda a família deixam a casa no Jardim Pantanal, toda vez que chove forte. Desde dezembro de 2009, a pequena residência de quarto, sala e cozinha é vítima de constantes inundações e a cada nova ocorrência, a família busca ajuda com amigos e vizinhos. Quando o córrego próximo da casa volta ao normal, ela pega os objetos pessoais e volta à casa até a próxima enchente. 
Rosário mora em uma das 1.500 áreas de risco mapeadas em São Paulo, em que estão aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. Inundações que atingem cidades como São Paulo e Salvador e deslizamentos como os que sofreram as populações de Angra dos Reis, Blumenau e Rio estão entre os tipos mais comuns de ocorrências envolvendo áreas de risco no Brasil, explica Eduardo Soares de Macedo, geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Levantamento do instituto aponta que os deslizamentos causaram a morte de 2.037 pessoas em 211 cidades brasileiras de 1988 a 2009. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE), Fernando Kertzman, a cada 8 ou 10 anos o Brasil sofre com acidentes desse tipo, mas a situação piorou nos últimos anos. “Primeiro porque está aumentando o número de pessoas em áreas de risco. Segundo porque há mais áreas de risco ocupadas que no passado”, descreve.
Outro problema detectado por Kertzman, que também é geólogo, é o aumento das chuvas, em quantidade e intensidade. “As chuvas estão mais fortes e mais intensas”, avalia.
Como se formam
“As áreas de risco se formam porque as pessoas não têm onde morar. Elas têm de morar em algum lugar. Muita gente começa até embaixo da ponte e depois migra para áreas onde houve abandono do mercado imobiliário”, narra Macedo do IPT.
Em geral, a população mais carente busca áreas desvalorizadas pelo mercado imobiliário e esquecidas pelo poder público, como beira de rio e morro. “Essas áreas são abandonadas porque têm baixo valor imobiliário ou são ruins de se ocupar. Aí se formam áreas de risco, onde o mercado imobiliário não tem interesse”, cita.
“Essa é uma relação muito perversa e tem a ver com a questão social”, elucida o pesquisador do IPT. “A questão das áreas de risco é muito mais ampla do que simplesmente um morro ocupado por uma favela”, detecta.

Planejamento urbano

Apesar dos componentes naturais que contribuem para o agravamento do problema, o especialista frisa que falta planejamento urbano e principalmente moradias populares para atender a população mais carente, que procura áreas de risco por falta de opção habitacional e renda.
Kertzman afirma que a maior parte dos municípios brasileiros não estão estruturados para lidar com emergências como inundações e deslizamentos. “Falta planejamento urbano. Este é um problema de gestão pública”, analisa.
“Por falta de opção a população vai para o morro”, argumenta o geólogo. Um enorme programa de habitação popular poderia resolver a questão, sugere Kertzman.
O arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, concorda em atribuir à falta de planejamento urbano uma das principais causas do problema na capital paulista, onde ele critica o abandono do Plano Diretor.  “Ele está largado como proposta geral para o município”, condena.
Ele alerta para a necessidade de uma política fundiária mais agressiva da prefeitura. “É preciso aprovar um plano que combata a especulação imobiliária em terrenos e prédios ociosos”. Além disso, Bonduki propõe a urbanização de favelas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Mas avisa, “essa é uma questão para ser resolvida a médio e longo prazo”. Contudo, as ações têm de ser imediatas para apresentarem resultado o mais rápido possível.
De acordo com Bonduki, a prefeitura de São Paulo não tem produção habitacional para resolver a falta de moradias e o bolsa-aluguel para as famílias atingidas não resolve o problema das áreas de risco, só as transfere de lugar“, denuncia.
"Quando a prefeitura tira pessoas de áreas de risco, só reproduz o problema", sustenta. Ao dar o "cheque-despejo" aos desalojados, que tiram as pessoas de uma área de risco mas só permitem que elas dirijam-se para outra área em condições igualmente problemáticas. "Com aquele valor não se encontra nada e esse pessoal vai para outra área. Você pode até dizer: tiramos 5 mil famílias de área de risco, mas aí elas vão para outra”, explica.

Bons exemplos

Em Santa Catarina, a cidade de Blumenau não estava preparada em 2008 para os seguidos deslizamentos que deixaram 9 mil famílias desabrigadas e dezenas de mortos. Mas depois de dar o atendimento emergencial à população, o município reestruturou o planejamento urbano e a Defesa Civil do município. Onde e como construir a partir deste ano têm normas rígidas a serem seguidas. A cidade tem a única Defesa Civil do estado de Santa Catarina com status de secretaria e com atribuições de fiscalização, além do atendimento emergencial à população.
Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e São Bernardo do Campo (SP) também são apontadas pelos especialistas ouvidos pela Rede Brasil Atual como exemplos de cidades em que o gerenciamento das áreas de risco é prioridade no planejamento urbano.
"O gerenciamento das áreas de risco envolve ações que precisam de continuidade e priorização", ensina Macedo. "No Recife criaram um sistema metropolitano com mapeamento, gerenciamento, formação de equipes, obras, fiscalização. Muito bom trabalho", assegura. "Em Belo Horizonte, o trabalho começou em 1994 e os governos municipais estão dando continuidade", detalha o especialista do IPT.
Macedo e a arquiteta Nadia Somekh citam ainda a iniciativa de São Bernardo do Campo (SP). A prefeitura retirou 1.100 famílias de áreas de risco e além de oferecer aluguel-social está produzindo habitação e priorizando o atendimento à população dessas áreas, informa Nádia.

Preocupados com problemas detectados nas últimas semanas, PSDB, DEM e PPS se reúnem hoje em São Paulo


Adriano Ceolin, iG Brasília | 31/05/2010 16:45
Os presidentes dos três partidos que apoiam a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República marcaram para a noite desta segunda-feira uma reunião para tentar solucionar os problemas detectados na campanha nas duas últimas semanas.
Os principais motivos de preocupação são a falta de uma agenda prévia, indefinição sobre coordenações regionais e, principalmente, o nome do vice. O encontro será realizando em São Paulo, com a presença dos presidentes Roberto Freire (PPS), Rodrigo Maia (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB).
Não foi confirmada a presença de Serra na reunião apesar de ele estar na capital paulista. O tucano deveria ir a Uberaba, cidade localizada a 481 km de Belo Horizonte. Estava prevista também a presença do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB).
Parte da crise enfrentada neste momento pela campanha serrista tem a ver também com as declarações de Aécio de que ele não será candidato a vice. A chapa puro-sangue era um sonho dos aliados de José Serra.
Mesmo após as declarações do ex-governador mineiro de que disputará o Senado, há aliados que ainda têm esperança. Para o presidente do PPS, Roberto Freire, isso é ruim: “Vamos ter de escolher um outro nome. É preciso acabar com essa ambiguidade”.
A questão da vice deverá entrar na pauta da reunião esta noite. No entanto, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), avalia que ainda há tempo para discutir um nome. “Vamos esperar uns dias”, disse. “Sem Aécio, o caminho natural é que a vaga fique com alguém do DEM.”
Em entrevista aos jornalistas após a palestra no Exame Fórum, em São Paulo, Serra respondeu que não iria falar sobre escolha do vice. No entanto, comentou em seguida: “existe uma angústia por parte da imprensa. Eu, pessoalmente, que sou o mais interessado, não estou angustiado, mas vamos ter uma boa solução”.
Outro problema na campanha serrista é a falta de definição de uma agenda prévia. Conhecido como concentrador, Serra tem fechado compromissos, na maioria das vezes, apenas nas vésperas. Isso tem irritado alguns aliados nos Estados.
Nesta segunda-feira, por exemplo, não havia nenhum compromisso definido. Coordenadora da agenda de Serra, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) decidiu viajar para Marselha, na França, onde representará o Congresso num evento. “Mas tudo está encaminhado”, disse.
Coordenações regionais
A campanha de Serra também ainda não escolheu os oito coordenadores regionais responsáveis pelas estratégias nos Estados. O anúncio de que haveria os cargos foi feito há mais de 40 dias, mas até agora nenhum nome foi definido.
Dezenas de deputados e senadores se colocaram para tentar ficar com uma das vagas. Coordenador-geral da campanha de Serra, Sérgio Guerra ainda estuda os nomes para evitar celeumas ou disputas internas.

Bando rouba banco e fere policiais


Polícia monitorava quadrilha e interceptou a fuga. Três foram presos, mas restante escapou
Quatro policiais civis e militares foram baleados e um atropelado durante perseguição a uma quadrilha de ladrões de banco que roubou às 18h30 uma agência do Itaú, em Pirituba, na zona oeste de São Paulo. A perseguição aos criminosos resultou em três tiroteios: um no Pari, no centro, o segundo na Marginal do Tietê e o terceiro na Rodovia Fernão Dias, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Três criminosos foram presos.
Policiais civis da 5ª Delegacia Seccional monitoravam havia 40 dias uma quadrilha quando ontem receberam informação de que o bando ia assaltar um banco na zona oeste. Os investigadores sabiam os carros que seriam usados e o trajeto da fuga. Concluído o roubo, os policiais tentaram abordar a quadrilha na Marginal do Tietê, no Canindé, no centro de São Paulo.
Parte do bando saiu da marginal e entrou no Pari, onde, na Rua Silva Teles, trocou tiros com policiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). Um investigador foi baleado no tornozelo. Um carro da PM que passava pelo local também foi alvo dos bandidos, que feriram um capitão e um soldado. Os assaltantes deixaram um Celta, armas e fugiram com pelo menos um fuzil.
O restante tentou fugir pela marginal. Dois dos bandidos que estavam em um Prisma foram cercados e se renderam. Os policiais apreenderam duas submetralhadoras calibre 9 mm e uma pistola calibre 9 mm. Os demais assaltantes rumaram pela marginal e foram seguidos até a Rodovia Fernão Dias. Um investigador do Garra, que estava em uma motocicleta, se envolveu em um acidente com um carro.
Feridos
Um investigador da 5ª Delegacia Seccional foi baleado no abdome. De acordo com o delegado Nelson Silveira Guimarães, titular da 5ª Delegacia Seccional, o investigador passava por cirurgia ontem à noite, aparentemente vítima de um tiro de calibre 9 mm, e era o caso mais grave entre os policiais feridos. Os outros policiais feridos não correriam risco de morte. O capitão do 13º Batalhão da Polícia Militar teria sido atingido na mão e o soldado, no braço. Um terceiro bandido foi preso na rodovia e outro carro apreendido – um quarto suspeito foi detido, e liberado. Os demais integrantes do bando escaparam.
Além das submetralhadoras, os policiais apreenderam um carregador de fuzil AR-15 e munição, e três carros – um Prisma, um Celta e uma Kombi. Até as 22 horas de ontem, a polícia não sabia o quanto havia sido roubado do banco nem divulgou os nomes dos presos. A polícia estima que entre oito e nove bandidos tenham participado do assalto.

Movimentos sociais aprovam projeto contra neoliberalismo tucano


do Brasília Confidencial
01/06/2010
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FABRÍCIO MOREIRA
    Mil e oitocentos representantes de movimentos sociais de 23 estados aprovaram ontem, em São Paulo, o Projeto Brasil 2010, documento que unifica bandeiras de diversos movimentos em uma agenda comum. A aprovação ocorreu durante a 2ª Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, que discutiu as reformas necessárias ao país e a atuação das centrais sindicais na eleição presidencial, tema da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora que ocorrerá hoje no estádio do Pacaembu.
    Para Wanderley Gomes da Silva, integrante da operativa nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que organizou a assembleia, a discussão é basicamente sobre duas visões de Brasil.
    “O que o movimento sindical quer é debater qual vai ser o projeto para o país. Ou se aprofunda o processo de democratização em curso nos últimos 8 anos do movimento sindical ou retorna-se ao período de desemprego de antes de 2002, que foi uma época de grande dureza por parte dos neoliberais, deixando a situação do país à beira da falência.”
    “O que todos queremos é derrotar os tucanos em todo o Brasil, porque é o mais atrasado da política brasileira, alinhado com o imperialismo”, disse João Paulo Rodrigues, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
    O Projeto Brasil 2010 inclui tópicos sobre a política econômica, a necessidade de reformas estruturais como a agrária, urbana, política e tributária, e onde investir os lucros obtidos com o pré-sal, entre outros temas.
   “É um instrumento muito flexível, com todas as condições de ser apresentado durante o processo eleitoral. Ao mesmo tempo, ele contempla as aspirações de todos os atores sociais”, diz Wanderley Gomes da Silva. A expectativa da Coordenação Dos Movimentos Sociais é de que o projeto receba emendas de vários segmentos que participarão da conferência de hoje. 

Programa Próximo Passo forma 1.500 jovens em SP


01/06/2010
Ministro Carlos Lupi cumprimenta uma das formandas no Programa que oferece qualificação aos que passaram pelo Bolsa Família
Ministro Carlos Lupi cumprimenta uma das formandas no Programa que oferece qualificação aos que passaram pelo Bolsa Família
Rafael Nunes, de 18 anos, era um dos mais entusiasmados no início da tarde de ontem no clube Juventus, em São Paulo, durante a cerimônia de entrega de certificados para 1.592 formandos do Próximo Passo, o programa de qualificação profissional para beneficiários do Bolsa Família. O jovem vai bem na escola, mas está cansado de pedir dinheiro para o pai, pedreiro. Não por acaso decidiu fazer o curso de construção civil: o tio é ajudante de obras, e o primo, azulejeiro. Agora, com a carteira assinada, não vê a hora de começar no primeiro emprego. Curiosamente, embora a formatura fosse num curso voltado a um mercado predominantemente masculino, 80% dos formandos eram mulheres. Nem o presidente Lula resistiu aos encantos da plateia feminina: a uma grávida exaltada, recomendou que não pulasse tanto; a uma jovem, prometeu “uma foto ali com a pitchuquinha”. E brincou mais um pouco: “Estão jogando muitos bilhetes no palco, mas nenhum com proposta romântica”.
Parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Social, das Cidades e do Turismo, o Programa Próximo Passo é destinado aos beneficiários do Bolsa Família, programa  reconhecido internacionalmente, mas apontado por alguns como excessivamente paternalista, sem “porta de saída”. Pois essa porta surge agora justamente para pessoas como a ex-doméstica Marisa Lourdes, de 49 anos, há dois desempregada. Ela está muito orgulhosa de ser ajudante de pedreiro: “Isso que mulher não pode trabalhar em obra é tabu. E tabu existe para ser enfrentado e derrubado”, desafia. A também ex-doméstica Rosenilda Santana está pronta para começar como ajudante elétrico: “Foram 40 dias, 200 horas de aula, muita apostila e muito kit até aprender. Mas hoje eu faço qualquer instalação em qualquer obra”, garante.
No palco, o presidente Lula disse que o Brasil ficou 20 anos sem crescer e gerar oportunidades de trabalho, mas até o fim deste ano mais 14 milhões de brasileiros terão a carteira assinada. Os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, que o acompanhavam, lembraram sua origem humilde, saído do interior de Pernambuco para ser presidente. E o Rafael, lá do começo da reportagem? O que ele espera do futuro imediato? “Ele já queria começar como pedreiro, é o que todo mundo quer, R$ 12,00 a hora de trabalho”, conta a mãe, Maria Leontina Nunes. Mas ela já avisou o garoto: “A vida não é assim, você vai começar por baixo, como todo mundo, como ajudante, e se trabalhar bem e bastante pode um dia ser alguém na vida”.

Privatizações

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Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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