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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Fundação Casa: Tribunal Regional do Trabalho decide rumo da greve


do Brasília Confidencial
Foram cinco anos sem greve. Agora não dá mais. Cansados com a falta de propostas efetivas da Fundação Casa (antiga Febem), os trabalhadores resolveram cruzar os braços. “Passamos todo esse tempo negociando para evitar a greve, mas chega um momento em que não dá mais para brincar de gato e rato”, resume Júlio Alves, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa).
Nesta quarta-feira, 02/06, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julga a legalidade da paralisação. Para o vice-presidente do sindicato da categoria, a expectativa é positiva. “A adesão à paralisação é, em média, de 15%, portanto, estamos dentro dos parâmetros legais”, diz o dirigente. Segundo ele, desde o ínicio da paralisação a Fundação não apresentou uma proposta sequer à categoria.
Júlio denuncia ainda as diferenças de tratamento dispensadas pelo governo do estado aos trabalhadores de diferentes profissões na área da segurança pública. “A Fundação diz que a política de negociação coletiva do estado é apenas em 1º de setembro, mas concedeu um reajuste aos agentes penitenciários retroativo a 1º de março. Para nós, isso significa dois pesos e duas medidas”, critica. Para ele, o governo tem política de conversação, não de negociação: “A Fundação senta com a gente pra dizer que não tem autonomia pra nada. Ficamos brincando de negociar sem obter nada concreto.”
Em greve desde 28/05, os funcionários da ex-Febem reivindicam melhores condições de segurança no ambiente de trabalho, reajuste real e respeito à data-base da categoria, além de outros 82 itens. A paralisação foi decidida após a Fundação não apresentar proposta alguma de conciliação durante audiência no TRT, no dia 27/05.

Butantã nunca requereu certificação da Anvisa para fábrica de vacinas

”A informação do Butantã de que sua nova unidade de fabricação de vacinas ainda não produz vacinas por falta de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não é verdadeira”. Esta afirmação é do diretor da agência, Dirceu Barbano, em correspondência enviada ao líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa paulista, Antonio Mentor.

Segundo Barbano, “o Butantã nunca requereu processo de avaliação para a nova fábrica para a Certificação das Boas Práticas de Fabricação - CBPF”.

A questão surgiu, porque em 26 de maio, os deputados Antonio Mentor e Fausto Figueira (presidente da Comissão de Saúde e Higiene) estiveram no Instituto Butantã para apurar denúncia de que a fábrica de vacinas da gripe comum e H1N1 do local nunca funcionou, apesar de ter sido inaugurada em abril de 2007, pelo ex-governador de São Paulo, José Serra. Durante a visita, os deputados obtiveram a confirmação da não operação da fábrica pelo diretor do instituto, Otávio Mercadante, que se comprometeu a enviar mais informações por escrito aos parlamentares.

Em repercussão ao assunto, o jornal Folha de S. Paulo, em 28/5, publicou reportagem na qual afirma que: “A fábrica está parada porque o Butantã ainda não obteve as certificações da Anvisa e da Sanofi Pasteur, multinacional que detém a tecnologia de produção da droga” e “O Butantã justificou a demora para colocar a iniciar a fabricação afirmando que "o processo de validação e certificação de uma unidade produtiva é sempre complexo".

O diretor da Anvisa explica na correspondência ao deputado Antonio Mentor que a “certificação se dá por meio de inspeções que serão realizadas apenas mediante solicitação do laboratório do Butantã, o que até o momento não ocorreu”. E mais: “Ainda que tal certificação fosse obtida e tudo já estivesse pronto, nesse momento nada poderia ser produzido no local, pois o Butantã ainda não pediu o registro, ou mesmo alteração do local de fabricação de nenhum produto para a nova unidade”.

Com relação à unidade já existente, que fabrica outras vacinas, a Anvisa aguarda as adequações necessárias para a concessão definitiva da CBPF, pois há pendências em três linhas de produção.

O prédio e os equipamentos da fábrica de vacina do Instituto Butantã custaram R$ 70 milhões.

Vítimas de enchentes do Jardim Pantanal: uma só casa abriga 15 famílias


Rede Brasil Atual

Depois de sucessivas enchentes e de serem desalojadas de ocupação, 30 pessoas dividem uma casa de dois cômodos, em condições precárias

Os blocos à vista, sem reboco, dos dois cômodos da casa de dona Ana, no Jardim Pantanal, são a guarida de 15 famílias. Em meio à precariedade do pequeno espaço e dos poucos recursos, oito crianças e 22 adultos, além de três cães e dois gatos vivem na casa da enfermeira Ana Silveira. 
As 15 famílias perderam móveis e casas nas sucessivas enchentes que atingiram o Jardim Pantanal desde dezembro de 2009. No fim de maio, passaram por uma nova perda, quando foram despejadas da ocupação que iniciaram um mês antes, na Vila Curuçá. O terreno, em processo de desapropriação pela prefeitura de São Paulo, era a esperança de um novo recomeço para 80 famílias. Entretanto, os donos obtiveram na Justiça a reintegração de posse do local  e as famílias foram obrigadas a se retirarem.
A própria Ana, que decidiu abrigar as 15 famílias depois da desocupação na Vila Curuçá,  também foi vítima da primeira enchente no bairro, em dezembro de 2009. "Tudo aqui é doação das pessoas, só a mesa se salvou da chuva", descreve. Mas, ensina que é preciso recomeçar. "Quando minha casa foi atingida, fiquei três dias sozinha lá dentro, sem saber o que fazer. Meus vizinhos me socorreram, e me deram o que comer. Agora sou eu que posso ajudar", ensina.
Enquanto as crianças correm pela casa, os cães de estimação, ainda filhotes, "Sem-teto", "Terra Livre" e "Neguinha" brincam em cima dos colchões na cozinha, que também é quarto e sala. Na cadeira, dois gatinhos pretos também brincam sem cerimônia. 
No chão, os colchões convivem com pia, fogão, geladeira, mesa, louça, cadeiras e um televisor. Sem armários, as louças, potes plásticos e panelas ficam empilhados debaixo da pia ou pendurados nas paredes. Nos dois cômodos de chão de cimento, as famílias se organizam para descansar à noite e se alimentarem durante o dia.
Um barracão, construído com lona e vários pedaços de madeira, amplia um pouco o espaço de convívio das dezenas de pessoas que se alojaram na casa de Ana. A maioria delas, sem emprego formal, sai durante o dia para fazer "bicos" e retorna à noite.
Onde foi o quarto de Ana, Marcela, mãe de duas crianças e da bebê Jasmim - de três meses - utilizava a cama da dona da casa para amamentar a filha, quando a reportagem chegou. A jovem mãe contou o drama que viveu quando das inundações que aconteceram no bairro.
Ela afirma que perdeu a casa, demolida pela prefeitura. Marcela diz que, no início de abril, saiu com o marido pela manhã para procurar emprego e, quando voltou, encontrou os móveis para fora e a casa no chão. "Derrubaram a casa de muita gente. Deu desespero, porque não tinha pra onde ir", lembra.
Naquela noite, ela deixou os filhos na casa de conhecidos e passou a noite caminhando sem destino com o marido. Depois, passou alguns dias com a irmã até ir para a ocupação na Vila Curuçá. "Nossa esperança era a ocupação ou a ajuda da prefeitura. Nós não recebemos bolsa-aluguel", cita.
Desalojados do terreno e novamente sem destino, Marcela, os filhos e o marido foram para a casa de Ana. "Eram as famílias que não tinham para onde ir. Iam ficar na rua?", indaga Ana.

Parada cardíaca

Marcos Paulo corre pelo quintal e faz bagunça com os coleguinhas. Parece feliz no dia de seu aniversário de cinco anos. A mãe, Janaína, fala pouco e caminha de cabeça baixa. Ela sofre de depressão desde que Marcos teve duas paradas cardíacas, ao ver a inundação tomar conta da casa da família, em dezembro passado.
Ana avisa: "ela chora a qualquer momento". E não demora, Janaína abaixa a cabeça e as lágrimas correm. "Eu nem gosto de falar", acentua.
Os colegas explicam que o piso da casa de Janaína cedeu depois da inundação. O filho teria visto a água tomar conta da casa e, assustado, desmaiou. Mais tarde, soube-se que ele teve as paradas cardíacas, porque tem sopro no coração.
Levantando a cabeça, Janaína explica: "Ele disse para a médica: eu acordei e o chão da minha casa tava caindo. Pensei que ia morrer". "Agora, ele 'tá' na psicóloga e o outro [filho] 'tá 'com o corpo cheio de ferida. A minha casa 'tá' rachada, não dá pra voltar lá", lamenta.

Separação 
Sebastiana aderiu ao bolsa-aluguel da prefeitura, depois que ficou "com água no peito", durante uma das enchentes que atingiu o Jardim Pantanal e bairros da região do distrito do Jardim Helena.
O marido não estava em casa quando ela tomou a decisão de abrir mão da residência e aceitar o auxílio da prefeitura de R$ 300 por seis meses, em troca da autorização de demolição de sua residência.
Quando chegou em casa e soube da notícia, o marido não aceitou a decisão de Sebastiana. "Ele não gostou e me mandou embora, aí fui para a ocupação e depois vim pra cá", relata, envergonhada. "A enchente despejou nós daqui e a prefeitura despejou de lá", reforça.
Há doze dias ela dorme no chão da casa de Ana. "A gente reveza, dorme de um jeito, depois de outro", explica.

Desordem 
Genilda de 22 anos também mora com Ana. Ela, o marido, e três filhos, entre eles uma bebê de cinco meses, também tiveram a casa atingida por enchente. Na mesma casa está também dona Lázara, de 73 anos, quietinha em uma cadeira.

Parte das roupas das pessoas fica em estantes e guarda-roupas encostados nas paredes. Outra parte das roupas, móveis e objetos fica no quintal de uma vizinha, a duas quadras de distância.
Silvileide e o marido não têm filhos e também não têm casa. Perderam os bens na chuva de fevereiro.
Entre os desabrigados, há quem foi vítima de inundação em dezembro, outros em janeiro e ainda outros que perderam tudo em fevereiro. Durante vários meses, o bairro passou por sucessivas enchentes. Para a maioria dos moradores ouvidos pela reportagem, não foi uma simples cheia. O que eles costumam chamar de "ataque", "desordem" ou "maldade" teria sido resultado do fechamento da barragem da Penha e da abertura da barragem de Mogi das Cruzes.
O fechamento das comportas da Penha aumentou o fluxo de água antes da barragem  e causou a inundação de diversos bairros de São Paulo, além de atingir cidades de Grande São Paulo, como Guarulhos e Itaquaquecetuba.
"Naquela chuva forte, fecharam seis comportas da barragem da Penha pra não alagar a marginal. Aí, no fim, alagou a marginal e nós quase morremos afogados aqui também", analisa o aposentado Jair Ribeiro, morador de outro bairro atingido, o Jardim Romano.
A Promotoria de Direitos Humanos apura se as enchentes foram provocadas ou naturais.

Parque 
Outra reclamação recorrente dos moradores é a retirada das famílias, pela prefeitura de São Paulo, para a construção do Parque Linear Várzeas do Tietê. "É só aqui que um parque vale mais que vidas humanas", acusa Sebastiana.
"O que mata é a indignação com o governo. Estão tratando o ser humano como lixo", dispara a dona da casa. "Por que a USP, a (fábrica da empresa) Bauducco podem ficar na beira do rio e os moradores não?", indigna-se.
Segundo os moradores, a instalação do parque, anunciado pela prefeitura há uma semana, vai causar a retirada de milhares de famílias. "Minha casa 'tá' longe do rio, mas dizem que tenho que sair. Querem todo o Jardim Pantanal", diz Ana. Mas, ela avisa: "Não vamos sair até o último segundo".
Mesmo depois de enchentes, perdas e doenças, as famílias abrigadas pela enfermeira Ana, persistem no sonho de voltar a viver no Jardim Pantanal. "As famílias estão cadastradas na subprefeitura. Estamos lutando para que possam seguir a vida cada um em sua casa novamente", incentiva Ana.

Reportagem: Suzana Vier www.redebrasilatual.com.br

Dengue vira epidemia no litoral de São Paulo


    O número de pessoas mortas em conseqüência da dengue, no litoral de São Paulo, aumentou de um, no ano passado, para 51, neste ano. Apenas em Santos a doença matou 22 pessoas. Em nove cidades da região, o número de casos de dengue, que foi inferior a 440 no ano passado, superou a 22.300 até maio deste ano, configurando a maior epidemia da doença nos últimos sete anos.
    Além de Santos, a epidemia atinge moradores em Guarujá, São Vicente, Bertioga, Praia Grande, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba.

extraído do Brasília Confidencial

Justiça quer garantia de vagas para crianças de até 5 anos em SP


Ação da Defensoria Pública garante sentença em primeira instância. Prefeitura ainda pode recorrer. Incapacidade da rede pública de educação infantil e de creches pode causar prejuízos a crianças pobres

Publicado em 02/06/2010, 13:54
Última atualização às 15:53
São Paulo – Crianças de até 5 anos de São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo e Itaim Paulista, zona leste da capital, têm direito a vagas públicas em creches e em escolas de educação infantil. A decisão foi obtiva pela Unidade de São Miguel da Defensoria Pública do Estado de São Paulo em primeira instância e a prefeitura ainda pode recorrer.
A ação civil pública foi proposta em maio de 2009 em função da proliferação de ações individuais ajuizadas pela unidade. Garantir vagas é um direito constitucional, na visão dos defensores. Apesar disso, grande parte das crianças encontra-se privada de atendimento em creche e de educação infantil.
Para os autores da ação, a ausência de vagas nas creches e pré-escolas podem gerar prejuízos para as crianças, “pois estarão deixando de aprender as primeiras lições de vida em sociedade, ficando mais vulneráveis aos vícios de ambientes corrompidos”.
Em dezembro de 2008, outra ação da unidade de São Miguel Paulista pedia a manutenção de serviços prestados por essas instituições em férias escolares. Apesar de ter alcançado julgamento favorável, o município recorreu. A questão aguarda apreciação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Taubaté

A Regional de Taubaté da Defensoria conseguiu, em segunda instância, decisão que obriga a prefeitura do município do Vale do Paraíba a abrir creches, berçários e unidade de ensino infantil durante o ano inteiro, sem interrupções durante o período de férias escolares.
Caso descumpra a decisão, há previsão de multa de R$ 10 mil por dia. A prefeitura de Taubaté ainda pode recorrer.
Na ação civil pública (ACP), o defensor público Wagner Giron de la Torre afirma que, além de serem essenciais para o fortalecimento da cidadania e desenvolvimento da personalidade das crianças de zero a 5 anos, “os serviços prestados por essas unidades são indispensáveis para que os pais e mães dessas crianças possam trabalhar com tranqüilidade, tendo onde abrigar seus filhos com dignidade e segurança”.

População de Registro e região discutem Orçamento do Estado 2011, na segunda-feira (dia 7)

A Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa, da qual fazem parte os parlamentares petistas Enio Tatto e Adriano Diogo, realiza na próxima segunda-feira (7/6), às 10 horas, na Câmara Municipal de Registro, audiência pública regional para discutir o Orçamento estadual para 2011.

É o sexto ano consecutivo em que a Comissão percorre cidades da Grande São Paulo e do interior para debater com a população a arrecadação e os gastos futuros do governo do Estado. A realização deste trabalho é resultado da luta do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo em defesa de um Orçamento estadual regionalizado e participativo.

Segundo avaliação da Bancada do PT, o governo do Estado, ao longo desses anos, tem resistido em avançar na participação efetiva da sociedade na elaboração do Orçamento estadual. Além de não acolher as propostas apresentadas, não disponibiliza instrumentos para o acompanhamento e fiscalização, por parte da população, das ações do governo estadual em cada região.

Para o líder da Bancada, deputado Antonio Mentor, é preciso avançar e fortalecer esse processo. “Temos que fazer isso de uma maneira institucionalizada, com a efetivação das propostas que vierem dessas audiências como emendas à peça orçamentária”, afirma Mentor.

Entre as reivindicações da população da região de Registro na audiência pública de 2009, três foram apresentadas como emendas pelos deputados, mas apenas duas foram aprovadas com recursos só simbólicos para inclusão na peça orçamentária de 2010. São elas:

. Agricultura – Melhorias na infraestrutura e logística para o escoamento da produção agrícola da região (Melhor Caminho e Pontes Metálicas) – aprovada com recursos simbólicos
. Justiça e Defesa da Cidadania – Recursos para a Fundação ITESP na agilização do processo de regularização fundiária, indenização e retirada dos ocupantes não quilombolas das comunidades já reconhecidas ou tituladas – emenda não aprovada
. Transporte – Melhorias das estradas vicinais da região, inclusive a estrada Eldorado-Sete Barras - aprovada com recursos simbólicos

Audiência Pública do Orçamento 2011
Câmara Municipal de Registro
Dia 7 de junho (segunda-feira), às 10 horas

Governo Lula deverá financiar parte das obras para desafogar as vias de acesso ao Porto de Santos, Polo Industrial de Cubatão e bairros do município

Maria Lúcia Prandi

Tenho afirmado que nunca a Baixada Santista recebeu tantos investimentos federais. E, agora, há um motivo a mais para fazer a afirmação. É que o Governo Lula deverá financiar parte das obras viárias consideradas fundamentais para desafogar as vias de acesso ao Porto de Santos, Polo Industrial de Cubatão e bairros do município.


Finalmente, há possibilidade concreta de eliminar os gargalos rodoviários e estabelecer uma logística que elimine pontos críticos. Estão na lista de obras o trevo das rodovias Cônego Domenico Rangoni (antiga Piaçaguera-Guarujá) e Anchieta, no Viaduto Luiz Camargo da Fonseca e Silva; a duplicação do Viaduto Rubem Paiva (antigo 31 de março), no Jardim Casqueiro; a criação de uma terceira faixa na Piaçaguera, no trecho que vai até a região industrial da de Cubatão; e a ponte ligando a Alemoa à Ilha Barnabé, em Santos.


O secretário Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, realizou visita técnica à região, na última segunda-feira, para conhecer detalhes dos projetos e verificar os pontos mais críticos. A vinda é resultado de um encontro, na semana passada, intermediado pelo senador Aloizio Mercadante (PT), com a participação do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.


As negociações estão andando rápido. A prefeita Márcia Rosa, de Cubatão, apresentou os projetos a Perrupato e, ao constatar in loco os problemas, o secretário nacional não teve mais dúvidas de que os investimentos são inadiáveis.


Perrupato chegou a dizer que, sob a ótica da engenharia de tráfego, alguns pontos do sistema rodoviário regional são de “arrepiar os cabelos”. E foi taxativo: “Não tem o que discutir se essas obras são prioritárias ou não. Elas devem ser feitas”. As ntervenções seriam incluídas no PAC 2, que é a segunda fase de ações do Programa de Aceleração do Crescimento.


O compromisso do Governo Lula com a Baixada Santista demonstra postura oposta à do Governo do Estado. Este tem antigas dívidas com a região, mantendo inúmeros projetos nas gavetas da burocracia. Os tucanos anunciam, prometem e ficam nisso. Apenas para citar um exemplo, lá se vão oito anos da entrega da pista descendente da Rodovia dos Imigrantes. O Estado assumiu para si, e não executou, diversas obras viárias complementares, cuja responsabilidade generosamente subtraiu da iniciativa privada.


Volta e meia uma dessas obras é anunciada, com estardalhaço e espaço na mídia, mas as palavras perdem-se ao sabor dos ventos. Tudo conto de fadas, faz de conta, oportunismo de quem apenas finge interesse pela Baixada Santista.


O governo tucano continua ignorando as demandas regionais. Entre dez obras sob responsabilidade do governo de São Paulo para enfrentar o gargalo logístico, apenas uma se concretizou – o viaduto do KM 262 da Piaçaguera-Guarujá. Pior: com o Rodoanel, quase 10 mil caminhões chegam mais rapidamente à região. Um colapso total na Piaçaguera é apenas um dos indícios do caos anunciado.


Felizmente, o Governo Federal entra em cena, com investimentos que deverão girar em torno de R$ 1,5 a R$ 2 bilhões, segundo estimativa inicial. Embora essa nova perspectiva seja aberta, não podemos deixar de cobrar a participação do Governo do Estado e nem permitir que este se mantenha de costas, ignorando as prioridades da nossa região.


*Maria Lúcia Prandi é deputada estadual pelo PT-SP 

Comissão de Saúde constata nova realidade na Santa Casa de Mogi

Desta vez, a Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Fausto Figueira (PT), encontrou a UTI Neonatal da Santa Casa de Mogi das Cruzes funcionando dentro dos padrões técnicos e operacionais de segurança.

A nova inspeção foi realizada na manhã desta terça-feira, dia 1º, motivada pela morte de mais 10 recém-nascidos no período de 14 de abril (quando a unidade foi reaberta) a 9 de maio. A comissão, também representada pelos deputados estaduais Luiz Gondim (PPS) e João Barbosa (DEM), foi recebida pelo provedor Mário Calderaro, pelo secretário adjunto de Saúde de Mogi, Marcello Cusatis, e por diretores e integrantes do corpo clínico do hospital.

Diferente dos nove óbitos de recém-nascidos ocorridos por infecção hospitalar em novembro de 2009 e que resultaram na interdição da maternidade na época, as dez mortes recentes, ao que tudo indica, estão relacionadas ao nascimento de bebês prematuros, de baixo peso (alguns com pouco mais de 600 gramas) e graves complicações de saúde. Sete das mães não passaram por pré-natal.

A Santa Casa de Mogi das Cruzes é referência de parto de alto risco na região do Alto Tietê e atende gestantes de 11 municípios. Segundo a direção, de 14 de abril até fim de maio foram realizados quase 500 partos. A UTI Neonatal funciona com seis leitos e dispõe de mais três, ainda sem credenciamento pelo sistema público de saúde.

Diante do que definiu como “progressos visíveis e palpáveis na infra-estrutura e no corpo médico e técnico do hospital”, o deputado Fausto Figueira adiantou que a Comissão de Saúde direcionará sua ação para três objetivos: conseguir das autoridades de saúde do Estado a melhoria e ampliação da assistência pré-natal na região; o credenciamento dos três novos leitos de UTI e a regionalização da Central de Vagas, já que a direção da Santa Casa colocou a dificuldade de obter vagas para gestantes em outros hospitais junto à central que é hoje gerenciada pelo Estado.

Obrigações do Estado - “O nascimento de bebês com baixo peso e a falta de pré-natal demanda atuação em cima do sistema de saúde, que não propicia o atendimento adequado. Esta é uma obrigação do Governo do Estado, uma vez que a Santa Casa é referência para a região”, disse Fausto. Tampouco basta montar novos leitos se não forem credenciados, disse ele. “Esta é a condição para serem remunerados, senão fica o ônus para o hospital, que não tem como suportar”. Segundo o provedor Mário Calderaro, cada leito de UTI Neonatal tem um custo médio total de R$ 12 mil por mês.

“Encontramos a unidade com aparelhagem, infra-estrutura e pessoal técnico dentro das normas exigidas. Houve progressos inequívocos e quero parabenizar a nova direção da Santa Casa que mostrou compromisso. Nosso papel é cobrar e alertar as autoridades. Frequentemente os municípios estão gastando acima do limite orçamentário em saúde; os problemas não só de recursos, mas de gestão e demanda atitude do gestor público regional”, afirmou o deputado.

Ele alertou a direção do hospital para que não permita a repetição dos fatos que causaram as mortes dos nove bebês no final do ano passado. “A Santa Casa a rigor pagou um ônus por querer ajudar, mas sem providenciar atendimento correto, sendo que tinha o diagnóstico da Vigilância Sanitária que não podia funcionar do jeito que estava. Quem permitir será responsabilizado pelo que acontecer. Como agentes públicos, viemos aqui para atuar como facilitador de uma solução. Esta feito o diagnóstico, agora é preciso fazer o tratamento”.

Também participaram da visita o diretor superintendente Dinei Lago, o diretor administrativo Daniel Câmara e o vereador Chico Bezerra (PSB).

Ass. Imprensa - dep. Fausto Figueira

Privatizações

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