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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Adversários se unem contra Alckmin; tucano se defende com ajuda de Feldmann

Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo
O primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo foi marcado por duas alianças de ocasião: a trinca Aloizio Mercadante (PT), Celso Russomanno (PP) e Paulo Skaf (PSB); e a dupla Geraldo Alckmin (PSDB) e Fábio Feldmann (PV). Já no primeiro bloco o tucano, líder nas pesquisas, foi o alvo, enquanto o petista ensaiou uma tabela com Russomanno.
Críticas à gestão estadual, comandada pelo tucano entre 2001 e 2006, se focaram nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Sempre que teve oportunidade, a trinca fez perguntas ao candidato da situação, criticou a gestão tucana e trocou elogios entre si. Do outro lado, Alckmin e Feldmann esfriaram o debate tratando de temas como alimentação, meio ambiente e modelos de gestão.
Diante da trinca de adversários, já no quarto bloco do debate, Alckmin disse haver "uma aliança estranha entre o PT e o malufismo [representado por Russomanno]. "Até a gravata dos meus rivais são parecidas", disse o tucano. O petista retrucou: "O que todos estão vendo aqui é uma profunda solidão do PSDB e uma vontade geral de mudar".
Primeiro bloco
O encontro desta quinta-feira (12) na TV Bandeirantes começou com uma pergunta a todos os candidatos sobre os principais desafios para o próximo governante no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin afirmou que ao longo de sua gestão e da do presidenciável José Serra “o Estado de São Paulo avançou muito” e que cresce “desde 2004 acima da média nacional”.
“A locomotiva voltou de novo a pulsar forte”, disse o tucano, para quem “a obra prima do Estado é a felicidade das pessoas”.
Pouco antes, Mercadante elogiou críticas de Russomanno às gestões tucanas e afirmou que “depois de 16 anos que o PSDB governa o Estado de São Paulo, as áreas mais importantes não foram equacionadas como deveriam”. O petista apontou o esvaziamento econômico do interior, o trânsito na capital e a segurança pública como principais desafios para São Paulo.
Em seu comentário, Russomanno foi quem pintou o cenário mais caótico para os paulistas. “Me diga um serviço público que funciona no Estado de São Paulo. Infelizmente nada funciona”, disse. “A polícia de SP é a mais mal paga do país. E é ineficiente. A progressão continuada destruiu as escolas públicas. Quando as coisas não vão bem, a gente muda”, afirmou.
Presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Skaf afirmou que saúde, educação e segurança são problemas velhos para os paulistas. Paulo Bufalo (PSOL) prometeu auditoria nas contas públicas do Estado e lembrou que entre os rivais está como Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no debate da semana passada. Fábio Feldmann (PV) falou sobre a importância de aliar crescimento econômico e sustentabilidade.
Segundo e terceiro blocos
O segundo e a terceiro bloco do debate abriram espaço para perguntas dos candidatos entre si. Exceto pela tabela Alckmin-Feldmann, todos os questionamentos incluíram críticas à gestão do líder nas pesquisas ou à administração do presidenciável Serra, que compareceu aos estúdios, mas deixou o local durante a transmissão.
O primeiro questionamento duro a Alckmin veio de Skaf: "É normal o lucro que as empresas que recolhem pedágios tem?", disparou. O tucano defendeu o modelo de concessões adotado nas rodovias estaduais, que, segundo ele, permitiu R$ 26 bilhões de investimento. "Não existiria a Nova Bandeirantes sem as concessões”, disse. E completou: “Os acidentes caíram quase 40% e 12 mil km de estradas vicinais foram recuperadas.” Na réplica, o candidato do PSB voltou a bater no lucro das concessionárias.
Quando teve o direito de perguntar, Mercadante também escolheu o tucano e criticou a educação em São Paulo. “Metade dos professores da rede publica não tem concurso, não tem carreira”, disse. Alckmin se defendeu dizendo que o PSDB reduziu a evasão escolar e construiu "a maior rede de escolas técnicas e Fatecs". Impedido de receber mais perguntas por conta das regras do debate, o ex-governador formou tabela com Feldmann para esfriar a discussão.

Russomanno se esforçou para apimentar a discussão, acusando a gestão tucana de omitir dados sobre mortes causadas por ação policial. Depois, afirmou que o governo paulista paga médicos para ficarem no trânsito de São Paulo. Alckmin esquivou-se em discussões com o candidato do PV sobre gestão, meio ambiente e alimentos.

Abuso de propaganda: TRE-SP multa Metrô por propaganda irregular nos trens.

(do Portal Terra) O juiz auxiliar da propaganda eleitoral Luis Francisco Aguilar Cortez do Tribunal regional de São Paulo multou, nesta segunda-feira (9), em R$ 5 mil a Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô por propaganda irregular. A punição é motivada pela utilização nos carros da Companhia dos adesivos do programa "Expansão SP", que fazem referência a compra dos novos trens para o Metrô e CPTM. Além disso, foi determinada a retirada imediata da divulgação realizada.

A representação contra o Metrô foi pedida pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. De acordo com o pedido da PRE, o logotipo "Expansão SP" corresponde ao programa de governo do candidato ao governo pelo PSDB, Geraldo Alckmin e de seu antecessor e atual candidato à presidência, José Serra, utilizando-se indevidamente de bens públicos, o que é vedado pela legislação.

O art. 37 da Lei Eleitoral 9.504/97 proíbe a propaganda de qualquer natureza "nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum". A Companhia ainda pode recorrer da decisão.

Para o juiz, a restrição visa conter o abuso de poder, expresso, no caso, pelo uso indevido de bens públicos na campanha eleitoral."A informação não traz qualquer orientação ao usuário para utilização do serviço, apenas informa em relação ao número de trens entregues e quantos ainda virão, integrando o denominado 'plano de expansão'".

Cortez avaliou ainda que o "conteúdo corresponde a divulgações partidárias e que valorizam seus candidatos por corresponderem aos anseios da população" e, por isso, configura-se o conteúdo eleitoral. "No âmbito da atuação partidária e eleitoral tais divulgações são legítimas, mas o que se veda é a utilização do bem público para o mesmo fim."

Recordar é viver 2: Em 2006, ‘Choque de gestão’ de Alckmin paralisou São Paulo.

(do portal Adital, por Altamiro Borges). Talvez já prevendo a derrota do seu candidato, a Folha de S.Paulo finalmente estampou uma manchete crítica ao ex-governador Geraldo Alckmin. A edição desta segunda-feira revela que o governo paulista reduziu em até 80% os investimentos em projetos de infra-estrutura e paralisou várias obras. A matéria confirma o desastre do chamado "choque de gestão" que o candidato tucano queria implantar no país.

Segundo a reportagem assinada por Alencar Izidoro e José Ernesto Credendio, "algumas das principais obras e projetos de infra-estrutura de transporte de São Paulo tiveram seu ritmo reduzido drasticamente ou foram até paralisadas pelo governo de Cláudio Lembro (PFL), que conta os dias para terminar o seu mandato... Os atrasos ou as interrupções dos investimentos - situação que será herdada por José Serra em 2007 - foram intensificados nos últimos meses e envolvem de rodovias do interior à expansão da rede sobre trilho da Grande São Paulo, do Rodoanel ao recapeamento das marginais Pinheiros e Tietê".



Ainda de acordo com o texto, "na metade do ano, Lembo enviou ofício a todos os secretários vetando novos investimentos e determinando ‘redobrada atenção’ e ‘rigorosa austeridade nos gastos públicos’... Das obras em curso de recuperação ou ampliação de estradas, a Folha apurou que a redução do ritmo em diversos casos é de 80%. A orientação é que alguns empregados sejam mantidos, evitando a desativação de canteiros". A matéria não diz, mas é lógico que a maioria dos operários será demitida.



Mito do "gerente eficiente"



A reportagem da Folha de S.Paulo serve para destruir de vez uma falsa imagem criada sobre Geraldo Alckmin. Durante muito tempo, além de blindar a figura insossa do ex-governador, a mídia hegemônica difundiu a o mito de que ele seria um exemplo de "administrador competente" e de "gerente eficiente". Tamanha mistificação enganou alguns inocentes e desinformados. Mas os fatos negam esta pretensa qualidade. Uma rápida pesquisa sobre a desordem administrativa de São Paulo, após os 12 anos sob comando da dupla Covas/Alckmin, desmascara mais esta engenhosa manipulação da mídia venal.



1- Caos na segurança.
A mentira ficou mais visível na delicada e explosiva área da segurança pública. As três recentes ondas de violência urbana no Estado, que causaram a morte de quase 200 pessoas e a destruição de inúmeros bens públicos e privados, confirmaram a total incompetência dos tucanos e a sua insensibilidade social. Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, os sucessivos cortes de verba para o setor resultaram num déficit de 31 mil agentes na área, depreciaram os salários em quase 40% e superlotaram os presídios, que hoje demandam mais 70 mil vagas. Como presidente, Alckmin só teria a oferecer a trágica experiência do PCC, que transformou os presídios em "faculdades" do crime.



2- Abandono da educação.



Também como efeito do choque de gestão, a educação pública sofreu brutal regressão. O ensino médio hoje atende 25% da demanda de jovens entre 15 e 19 anos; de 1999 a 2005, as matrículas baixaram de 1.720.174 para 1.636.526; a taxa de reprovação pulou de 3,6% para 15,6%; e a evasão escolar já atinge a marca recorde de 7% ao ano. Como forma de maquiar este desastre, o governo inventou a "progressão continuada", com a aprovação automática do aluno sem qualquer correspondência com a realidade. Já foram encontrados estudantes analfabetos na quarta série devido a esta maquiagem. Levando em conta que o analfabetismo atinge 6,6% da população e que há mais cinco milhões de analfabetos funcionais (18% dos paulistas acima de 15 anos), fica patente a incompetência da "turminha do Alckmin".



3- Mercantilização da saúde.



Para impor o "estado mínimo" na saúde, o PSDB entregou os hospitais públicos à iniciativa privada sob a camuflagem das tais Organizações Sociais de Saúde (OSS). Elas administram os hospitais através dos contratos de terceirização, sem licitação ou qualquer controle do Tribunal de Contas. Atualmente, já são 18 hospitais, três ambulatórios de especialidades e um centro de referência para idosos entregues para a iniciativa privada. Além disso, o governo Alckmin cortou 170 mil cargos funcionais na área da saúde entre 1994 e 2006. Os hospitais geridos pelas OSS não realizam os atendimentos mais complexos para tratar apenas dos casos simples, classificados como de "rotatividade rápida". Já os mais "caros" acabam sobrecarregando os hospitais da administração direta ou servem para elevar os lucros do setor privado.



4- Transporte precário.



A política de transporte também se encaixa no modelo neoliberal, socializando prejuízos e privatizando lucros. E ainda serve a interesses sinistros. Em 1997, um diretor da Dersa, Celso Ferrari, provou que as licitações para a privatização das rodovias foram armadas em benefício de empresas privadas ligadas ao PSDB. O caso do Metrô é ainda mais escandaloso. No trecho Linha 4-Amarela, o governo investirá R$ 1 bilhão (73% do total de recursos necessários), enquanto que apenas R$ 340 milhões ficarão por conta da empresa privada que ganhar a concessão por 30 anos. Neste capitalismo sem risco, o grupo privado ganhará com a venda de bilhetes e com outros empreendimentos nas estações e arredores, como lojas, publicidade e estacionamentos. Estima-se que só com tarifas, ele faturará R$ 6 bilhões entre 2008/12.



5- Roubo nos pedágios.



Estudo do Ipea revelou que, entre 1995 e 2005, as tarifas cobradas nos pedágios paulistas subiram em até 716%. O governo Alckmin privatizou as melhores estradas - com pistas duplas, canteiros centrais e situadas nas regiões mais ricas - e ficou com as piores. As 12 concessionárias presenteadas pelo PSDB exploram apenas 3,5 mil quilômetros (16% da malha rodoviária), mas que representam o filé mignon do setor. Após a privatização, o número de pedágios disparou. Em 1995, havia 11 pedágios; hoje, são 153 - sendo que apenas 14 estão sob controle estatal. Na Rodovia dos Imigrantes, que tem apenas 58,5 quilômetros ligando capital ao litoral e possui um movimento anual superior a 30 milhões de veículos, a concessionária Ecovias cobra R$ 14,80 por automóvel. É só fazer a conta para aquilatar o roubo!



6- Privatizações criminosas.

Desde a criação do Programa Estadual de Desestatização (PED), em julho de 1996, setores estratégicos da economia paulista foram "vendidos" a monopólios privados por preços irrisórios. Sob a batuta de Geraldo Alckmin, presidente do PED, foram privatizadas a Eletropaulo, CPFL, Elektro, Cesp, Comgás, Ceagesp, aeroporto Viracopos e as rodovias Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco, Dom Pedro, Carvalho Pinto, Ayrton Senna, Imigrantes e Anchieta. A alienação deste patrimônio rendeu R$ 35,6 bilhões. Fepasa e Banespa foram federalizados antes de serem privatizados. Os danos à economia foram brutais. No caso do Banespa, ele possuía ativos de R$ 29 bilhões e patrimônio de R$ 11 bilhões. Mas foi "vendido" ao Santander por apenas R$ 7,05 bilhões - que, descontada a isenção fiscal, não pagou nada pela compra.



7- Estado endividado.

Todo este processo de desmonte foi feito sob o pretexto de que era preciso dar um choque de gestão para sanar a dívida pública. Pura balela. Os R$ 35 bilhões obtidos nas privatizações serviram para pagar juros e a situação financeira do Estado só piorou. A dívida publica pulou de R$ 34 bilhões no início do governo tucano, em janeiro de 1995, para R$ 123 bilhões em março passado. Até o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem criticado o volume excessivo de recursos drenados aos especuladores financeiros. Nos últimos três anos, o Estado de São Paulo desembolsou R$ 13,1 bilhões somente com juros e encargos da dívida. Esta política, que favorece apenas as elites detentoras de títulos da dívida, causou a redução de gastos na infra-estrutura e nas áreas sociais. Os investimentos na segurança, por exemplo, foram de apenas R$ 151 milhões em 2005 - 3% do que foi transferido aos banqueiros -, o que explica a guerra urbana no Estado.



8- Apagão na energia.



O desmonte do Estado teve efeitos devastadores na infra-estrutura, em especial no setor de energia. Numa primeira fase, o governo fatiou as três estatais existentes, Eletropaulo, Cesp e CPFL, em onze empresas de geração, distribuição e transmissão de energia. Na segunda, promoveu o leilão das empresas fragilizadas, num criminoso processo de privatização e desnacionalização. Essa política resultou nos famosos apagões entre junho de 2001 e fevereiro de 2002. Geraldo Alckmin destruiu o sistema de energia construído desde os anos 50 e que havia alavancado a industrialização. "Moeda podre", como o Certificado de Ativos, foi usada nos leilões. Com a privatização, piorou a qualidade dos serviços. No caso da CPFL, antes do leilão ela possuía 200 postos de atendimento no Estado; três anos depois, em 2000, eram apenas 30.



9- Locomotiva parada.



O longo reinado tucano foi um desastre para a economia do Estado, que no passado ficou famoso como a locomotiva do país por seu forte dinamismo econômico. Ainda hoje, apesar do desmonte neoliberal, ele é responsável por 31,8% do PIB, 32% das exportações e 45% das importações. A sua receita, provinda dos tributos dos 37 milhões de habitantes, é de R$ 62,2 bilhões. Ele concentra 51,6% dos salários industriais e aloja sete dos 10 maiores bancos do país. Mas esse dinamismo foi emperrado pela medíocre gestão da turma do Alckmin. O peso de São Paulo no PIB, que atingiu 39,5% em 1970, teve queda abrupta. Hoje, a locomotiva está parada e virou um cemitério de indústrias e empregos. Mantida esta política, estima-se que o PIB per capita de São Paulo cairá da terceira posição no ranking nacional para 11º lugar até 2012.



10- Especulação e miséria

Como resultado desta orientação ultraliberal, as contradições sociais se agravaram. A minoria parasitária, que vive dos juros das dívidas públicas, saiu ganhando. O número de famílias ricas saltou de 191 mil para 674 mil na última década - pulou de 37,8% para 58% do total de famílias abastadas no Brasil. "Grande parte da elite paulista encontra-se submersa no pacto neoliberal, enquanto beneficiária da financeirização. A riqueza não é mais distribuída entre os vários elos da cadeia de produção. Fica concentrada nas famílias de banqueiros e nas pessoas que as rodeiam", afirma Marcio Pochmann. No outro extremo, o cruel ajuste fiscal e a criminosa privatização entravaram o desenvolvimento, causando elevadas taxas de desemprego, redução de gastos sociais e aumento da miséria e da violência. São Paulo possui hoje o maior número de pobres do país. Em 1980, por exemplo, 44,5% da renda vinham do trabalho; em 2003, caiu para 30%.

Governo do Estado de SP gasta R$ 63 mihões em quadras esportivas mal feitas.

(do Agora SP) Sol e chuva em quadras, mesmo depois de cobertas, e risco de acidentes com alunos. Auditoria do Tribunal de Contas do Estado encontrou esses problemas em um programa do governo de SP que prevê reforma nas escolas estaduais.
O órgão analisou o projeto de cobertura de quadras da Secretaria de Estado da Educação, que consumiu no ano passado R$ 62,6 milhões.

Técnicos visitaram no ano passado 56 dos 363 colégios que receberam a cobertura em 2009. Além do risco de acidentes, foi constatada ineficácia da obra na maioria dos casos, pois não há anteparos laterais na cobertura.
Assim, as quadras recebem, lateralmente, sol e chuva. O problema foi apontado por 57% dos diretores.

O relatório critica também a condição do piso de diversas quadras, que está irregular; a pintura das linhas, que sai facilmente; e a má situação de traves e tabelas.
A Secretaria da Educação nega que haja risco de choques. Diz, porém, que onde houve constatação de problemas os reparos já foram feitos ou estão em andamento.
Para o tribunal, "a fiscalização realizada pela FDE [braço da secretaria responsável pelas obras] não foi rigorosa" _a pasta contratou empresas para os serviços. O órgão destaca que a secretaria contratou oito consórcios, por R$ 34 milhões, para fiscalizar reformas.
"O maior problema são os pilares, que trazem sérios riscos", diz a analista técnica do Conselho Regional de Educação Física Carolina Machado d'Ávila. Segundo ela, o ideal é que haja distância de 1,5 m entre a linha da quadra e um anteparo.
"Mas também é preciso elogiar a iniciativa do governo. É raro haver investimento nas quadras", disse ela.

Texto com palavrões é distribuído nas escolas estaduais de SP.

(do Estado de São Paulo) Alguns professores da rede estadual de São Paulo e parte dos pais de alunos questionam a distribuição de um livro de contos com um texto erótico a estudantes do ensino médio. O texto contém palavrões e expressões obscenas.
O conto Obscenidades para uma Dona de Casa, de autoria do escritor Ignácio de Loyola Brandão - colunista do Estado -, faz parte do livro Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, lançado em 2000. Nele, uma dona de casa solitária detalha cartas obscenas que recebe de um amante. No contexto da narração, o autor escreve palavrões e termos chulos.
Uma professora de língua portuguesa que trabalha no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, disse que não conseguiu mais trabalhar depois que o livro chegou às mãos dos alunos. A professora afirma não se sentir capaz de abordar a sexualidade presente no conto com os estudantes.
Em outro colégio estadual, um pai já teria protestado ao saber do livro. Em Guarulhos, um funcionário público ameaçou levar a questão ao Ministério Público. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a obra, que faz parte do programa governamental Apoio ao Saber, foi distribuída somente para alunos do último ano do ensino médio - estudantes entre 16 e 17 anos - e é adequada para esta faixa etária.
Além da seleção de contos, foram dados aos alunos mais dois livros: Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen, e o poema O Canto Geral, de Pablo Neruda.
"As escolhas não podem ser feitas por catálogo ou por títulos, é preciso uma leitura integral da obra", afirma Marisa Lajolo, doutora em Letras e professora do Mackenzie.
No ano passado, a rede estadual já foi questionada pela escolha de livros e, depois de uma sindicância interna, excluiu cinco obras das salas de aula.
"O que me preocupa nessas reações é que você começa a ter um espírito censor que não é o mais importante e que, no limite, inviabiliza o uso de textos contemporâneos", afirma.

Trens continuam superlotados em São Paulo.

(do Agora São Paulo) Hiperlotação anula efeito do Embarque Melhor na estação Guaianazes
Quase um ano após a implantação, a Operação Embarque Melhor na estação Guaianases (linha 11-coral da CPTM), na zona leste da capital, no sentido Luz (região central), registra hiperlotação, aperto e confusão. O problema é reflexo dos 21 mil passageiros que passam pelo local, por hora, no horário de pico da manhã (entre 6h30 e 7h30), contra um número de trens insuficiente --a capacidade aproximada de transporte é de 20 mil usuários por hora. Com isso, os vagões já saem lotados antes de passarem pelas demais estações.

Na última década, a estação Guaianases viu multiplicar por oito o número de usuários que recebe diariamente. Atualmente, só metade das baias usadas para direcionar os usuários estão ativas.

A operação tem como objetivo aumentar o conforto dos passageiros em horários de pico.

Governo paulista impõe Lei Antifumo mas não oferece tratamento para dependentes.

(do Jornal da Tarde) O sucesso obtido na fiscalização da Lei Antifumo não é repetido pelo Estado no que se refere ao atendimento às pessoas que querem parar de fumar. Sábado, 7, faz um ano que a lei entrou em vigor, mas a parte do texto que obriga o governo a tratar fumantes em toda a rede de Saúde não é cumprida. O artigo oitavo da lei diz que o governo deve “disponibilizar, em toda a rede de saúde do Estado, assistência terapêutica e tratamento”.

Só na capital, a rede estadual tem mais de 25 endereços, entre hospitais e ambulatórios. Entretanto, o tratamento é oferecido em apenas sete desses locais, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela gestão do Programa de Atenção ao Tabagismo na cidade. O restante acaba sendo feito pela Prefeitura em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), como já era feito antes da lei. A Prefeitura tem 36 postos de atendimentos habilitados para tratar fumantes.

O JT tentou começar um tratamento no Centro de Referência de Tabaco, Álcool e Outras Drogas (Cratod), que fica em frente ao Parque da Luz, no centro. O atendente disse que o serviço estadual só pode ser usado por quem mora naquela região. “Você tem de procurar o posto de saúde mais perto da sua casa”, afirmou.

Em São Paulo, a fila de espera para conseguir tratamento gratuito contra o cigarro é de três meses, em média, segundo a coordenadora do Programa de Atenção ao Tabagismo da Prefeitura, Darlene Dias da Silva Pinto. A lei fez crescer a procura por tratamento, segundo ela. Antes, cerca de 800 pacientes eram atendidos anualmente na rede. Esse número subiu para 1.500, diz ela.

Darlene afirma que o tratamento não é caro – só 10% dos pacientes precisam de remédios. “Evitamos medicamentos porque eles também têm nicotina.” A terapia consiste em consultas com psicólogos e em atividades físicas, por exemplo. Ela diz também que é comum que as pessoas tomem remédios por conta própria para parar.

Na capital, segundo Darlene, o atendimento é coordenado pela Prefeitura. As sete unidades que o Estado mantém funcionam como parte da rede municipal. Em seis deles (como Hospital das Clínicas e Hospital Universitário da USP), os remédios vêm da Prefeitura. A exceção é o Cratod, local procurado pela reportagem. Os remédios de lá são comprados pelo governo, que também os entrega para outras cidades do Estado.

O artigo oitavo da lei é de autoria do deputado João Caramez (PSDB). O deputado avalia que o Estado poderia fazer parcerias com a sociedade para ter tratamento em toda a rede.

A Secretaria de Estado da Saúde diz, em nota, que oferece tratamento gratuito para parar de fumar. Mas afirma que isso é feito em parceria com a Prefeitura e o SUS. A nota diz que esse atendimento está disponível em “cerca de 30” locais. Segundo a secretaria, o Cratod capacita os profissionais que trabalham na Prefeitura. Foram 300 desde que a lei começou a valer. O Cratod teria, ainda, gasto R$ 305,6 mil em medicamentos em 2009.

Falta de planejamento e "pressa" para inauguração eleitoreira já causa morte no Rodoanel. Foram 218 acidentes em quatro meses.

(do BOL Notícias) Após quatro meses, trecho sul do Rodoanel recebe mais barreiras.  Quatro meses após a abertura ao tráfego do trecho sul do Rodoanel, o governo de São Paulo decidiu instalar mais 31 quilômetros de barreiras de concreto para aumentar a segurança da rodovia, que acaba de registrar a sua primeira morte.
O metalúrgico Antonio da Silva Pereira, 33, perdeu o controle do carro, saiu da pista e caiu na represa Billings, em Santo André, onde morreu afogado --seu corpo só foi encontrado anteontem (4).
No local onde ele caiu não existem as tais barreiras, uma espécie de guard-rail de concreto, que visa evitar o que ocorreu com Pereira.
O edital de licitação diz que elas têm "a finalidade de reconduzir à pista veículos desgovernados, com desaceleração suportável pelo organismo humano e com um mínimo de danos ao veículo".
A instalação deve acabar em quatro meses. As barreiras serão colocadas em "pontos estratégicos", segundo a Dersa, como as interligações com a via Anchieta e a rodovia dos Imigrantes. Ela não informou se o local do acidente ganhará a proteção.
Hoje, de acordo com o governo, a via já tem 115 km de barreiras --somadas as metálicas e as de concreto.

OUTRAS MEDIDAS
A instalação das barreiras se soma a outras medidas de segurança adotadas já com a rodovia aberta ao tráfego.
Uma delas é a colocação de câmeras de monitoramento --o corpo do metalúrgico levou dois dias para ser achado porque o local da queda (km 82) não tem câmeras.
Pórticos para sinalização e painéis de mensagens variáveis são outras medidas que estão sendo tomadas agora.
Após 12 dias de tráfego, o governo já havia sido obrigado a instalar um sistema de drenagem no km 79 por conta de várias aquaplanagens.
Nesta semana, a Polícia Militar Rodoviária também decidiu reforçar a segurança no trecho sul do Rodoanel, elevando de 4 para 17 o número de carros que fazem o patrulhamento na rodovia.
Em nota, a Dersa informou que a instalação das barreiras é "uma medida de segurança adicional que, em conjunto com as barreiras flexíveis e rígidas instaladas, irá garantir a segurança da via".
Afirmou ainda que na concorrência para a obra só foram incluídos os "elementos essenciais para garantir a segurança da operação da via".
Sobre as demais medidas, como câmeras e divulgação de mensagens aos motoristas, afirmou que a licitação para a construção do trecho sul "teve início em 2003 e, a partir de então, foram sendo definidos os melhores sistemas de monitoramento e comunicação com usuários".
Para a tenente Fabiana Pane, porta-voz da Polícia Militar Rodoviária, é normal que a segurança seja aperfeiçoada agora. "Começamos a detectar alguns problemas só com a rodovia em operação."

"SEM PLANEJAMENTO"

O engenheiro Luiz Célio Bottura, ex-presidente da Dersa (1983-87), discorda. "O Rodoanel é um projeto feito de afogadilho, apesar de ter demorado 11 anos", disse. Bottura afirmou que "reconhecer o erro é divino", mas que adotar medidas adicionais de segurança com a obra pronta revela problemas.
"Projeto e planejamento teriam resolvido isso", disse Bottura, para quem a concepção do trecho sul do Rodoanel teve "pouco ou quase nada" de planejamento. Além de apontar falhas na elaboração do projeto, Bottura acredita que adotar, com a via já pronta, medidas extras para deixá-la mais segura tem outra consequência.
"Fazer isso agora seguramente será muito mais caro do que se fosse feito à época." Segundo a Dersa, o contrato para a colocação de mais 31 km de barreiras deve ficar em R$ 11,7 milhões.
Para ele, a definição prévia de quanto a rodovia é segura influencia outras questões. "Como é que você vai definir a velocidade, por exemplo, se você não conhece as condições de segurança?"
A Dersa diz que o trecho sul do Rodoanel é seguro e que, em quatro meses, foram registrados 218 acidentes, "a maioria sem gravidade".

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