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domingo, 12 de setembro de 2010

Alckmim e as privatizações

Paulo Henrique Amorim

Em 1996, Mário Covas, governador de São Paulo, nomeou o vice, Geraldo Alckmin, coordenador das privatizações. Alckmin coordenou o PED (Programa Estadual de Desestatização).

Alckmin e o PED de Covas fizeram o seguinte, nessa área (*)
Empresas vendidas :
- Empresas de saneamento Canoas I e II
- Estação de tratamento de água em Cajamar
- CPFL
- Eletropaulo/AES
- Comgás
- CESP Paranapanema
- CESP Tietê

Rodovias privatizadas
- Anhanguera
- Bandeirantes
- Imigrantes
- Anchieta
- Raposo Tavares
- Castelo Branco
- Região de Ribeirão Preto
- Região de Batatais
- Região de São João da Boa Vista
- Região de Bebedouro
- Região de Araraquara
- Região de Jaú
- Região de Itapetininga
- Região de Itapira
- Região de Itú

Transferidas para a União
- Fepasa
- Ceagesp
- Banespa (foi transferido para a União por R$ 2 bilhões e depois vendido pela União por R$ 7 bilhões)

Alienação de participação
- Sabesp
- Elektro
- Eletropaulo


Já governador, Alckmin privatizou:

- CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica)
- Nossa Caixa
- Subsidiárias da Nossa Caixa
- Linha 4 do Metrô (que já teve os envelopes da licitação abertos, mas a empresa não pode ser contratada por causa de uma ação judicial do sindicato dos metroviários, que tentam impedir a venda da linha 4)
- E já falou da possibilidade de privatizar o chamado “corredor norte de exportações”, composto pelas rodovias Dom Pedro, Carvalho Pinto, Ayrton Senna, Tamoios e pelo Porto de São Sebastião.

Alckmin é a favor da privatização. Vem de uma tradição (FHC e Covas) privatizante e não tem do que se envergonhar.

O eleitor de São Paulo provavelmente apoiaria, de novo, o que Covas e Alckmin fizeram no campo das privatizações, especialmente das rodovias. É um prazer andar numa estrada privatizada de São Paulo e um perigo ter que andar em estradas federais não privatizadas!?

Por que Alckmin não anuncia aprofundar a privatização dos Correios, arena da mais grossa corrupção? Os Correios já são em boa parte privatizados, ou enfrentam a concorrência de empresas privatizadas, para o bem do usuário!?

Em 1968, no tempo em que os bichos falavam, fui como correspondente da Veja cobrir a convenção do Partido Republicano em Miami. Um candidato razoavelmente obscuro, Ronald Reagan, propôs a privatização dos Correios. (O que demonstra que, na verdade, ele precede Margaret Thatcher, e não o contrário).

O notável economista (democrata) John Kenneth Galbraith deu uma entrevista em que anunciou: vou morar em Zâmbia, se Reagan privatizar os Correios.

Reagan perdeu. O escolhido foi Richard Nixon. Nixon ganhou e depois caiu.

Reagan se elegeu duas vezes. Não precisava mais defender a privatização. As pessoas já sabiam o que ele pensava. E foi o presidente americano mais popular.

Não adianta o Senador Arthur Virgilio subir à tribuna cem vezes para dizer que Alckmin é contra as privatizações.

Alckmin (como Reagan, Covas e FHC) é a favor.

Conheça Geraldo Alckmin: Breve biografia do candidato tucano





Por Altamiro Borges

Breve história de um direitista

Natural de Pindamonhangaba, no interior paulista, Geraldo Alckmin sempre conviveu com políticos reacionários, alguns deles envolvidos na conspiração que resultou no golpe militar de 1964, e com simpatizantes do Opus Dei, seita religiosa que cresceu sob as bênçãos do ditador espanhol Augusto Franco. Seu pai militou na União Democrática Nacional (UDN), principal partido golpista deste período; um tio foi prefeito de Guaratinguetá pelo mesmo grupo; outro foi professor do Mackenzie, que na época havia sido convertido num dos centros da direita fascista.

Alckmin ingressou na política em 1972, convidado pelo antigo MDB para disputar uma vaga de vereador. Na ocasião, diante do convite formulado por seu colega do curso de medicina, José Bettoni, ele respondeu: “Mas meu pai é da UDN”, talvez temeroso dos seus laços familiares com a ditadura. Até hoje, Alckmin se gaba de ter sido um dos vereadores mais jovens do país, com 19 anos, e de ter tido uma votação histórica neste pleito – 1.147 votos (cerca de 10% do total).

Um bajulador da ditadura militar

Mas, segundo o depoimento de Paulo de Andrade, presidente do MDB local nesta época, outros fatores interferiram na sua eleição. O tio de Alckmin, José Geraldo Rodrigues, tinha acabado de ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pela ditadura. “Ele transferiu prestígio para o sobrinho”, diz Rodrigues. A outra razão era histórica. Geraldo é sobrinho-neto do folclórico político mineiro José Maria Alckmin, que foi o vice-presidente civil do general golpista Castelo Branco. “Ter um Alckmin no MDB era um trunfo [para o regime militar]’, diz Andrade”.

Tanto que o jovem vereador se tornou um bajulador da ditadura. Caio Junqueira, em um artigo no jornal Valor (03/04/06), desenterrou uma carta em que ele faz elogios ao general Garrastazu Médici. Segundo o jornalista, Alckmin sempre se manteve “afastado de qualquer movimento de resistência ao regime militar… O tom afável do documento encaminhado a Médici, sob cujo governo o Brasil viveu o período de maior repressão, revela a postura de não enfrentamento da ditadura, fato corroborado por relatos de colegas de faculdade e políticos que com ele atuaram”.

Seguidor da seita Opus Dei

Em 1976, Alckmin foi eleito prefeito da sua cidade natal por uma diferença de apenas 67 votos e logo de cara nomeou seu pai como chefe de gabinete, sendo acusado de nepotismo. Ainda como prefeito, tomou outra iniciativa definidora do seu perfil, que na época não despertou suspeitas: no cinqüentenário do Opus Dei, em 1978, ele batizou uma rua da cidade com o nome de Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador desta seita fascista.

Na seqüência, ele foi eleito deputado estadual (1982) e federal (1986). Na Constituinte, em 1998, teve uma ação apagada e recebeu nota sete do Diap; em 1991, tornou-se presidente da seção paulista do PSDB ao derrotar o grupo histórico do partido, encabeçado por Sérgio Motta. Em 1994, Mário Covas o escolheu como vice na eleição para o governo estadual. Já famoso por sua truculência, coube-lhe presidir o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização.

Centralizador e a “turma de Pinda”

As privatizações das lucrativas estatais foram feitas sem qualquer transparência ou diálogo com a sociedade, gerando muitas suspeitas de negócios ilícitos. Nas eleições para a prefeitura da capital paulista, em 2000, obteve 17,2% dos votos, ficando em terceiro lugar. Com a morte de Covas, em março de 2001, assumiu o governo e mudou toda a sua equipe, causando desconforto até em setores do PSDB. Em 2002, ele foi reeleito governador no segundo turno, com 58,6% dos votos.

Numa prova de sua vocação autoritária, um de seus primeiros atos no governo foi nomear, para o estratégico comando do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, o delegado Aparecido Laerte Calandra – também conhecido pela alcunha de “capitão Ubirajara”, que ficou famoso como um dos mais bárbaros torturadores dos tempos da ditadura. Com a mesma determinação, o governador não vacilou em excluir os históricos do PSDB do Palácio dos Bandeirantes, cercando-se apenas de pessoas de sua estrita confiança e lealdade – a chamada “turma de Pinda”.

Criminalização dos movimentos sociais

Como governador de São Paulo, Alckmin nunca escondeu sua postura autoritária. Ele se gabava das ações “enérgicas” de criminalização dos movimentos sociais e de satanização dos grevistas. Não é para menos que declarou apoio à prisão dos líderes do MST no Pontal do Paranapanema; aplaudiu a violenta desocupação de assentados no pátio vazio da Volks no ABC paulista; elogiou a prisão do dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP), Gegê; e nunca fez nada para investigar e punir as milícias privadas dos latifundiários no interior do estado.

Durante seu governo, o sindicalismo não teve vez e nem voz. Ele se recusou a negociar acordos coletivos, perseguiu grevistas e fez pouco caso dos sindicalistas. Que o digam os docentes das universidades, que realizaram um das mais longas greves da história e sequer foram recebidos; ou os professores das escolas técnicas, que pararam por mais de dois meses, não foram ouvidos e ainda foram retalhados com 12 mil demissões.

A linguagem da violência

Os avanços democráticos no país não tiveram ressonância no estado. Alckmin sabotou os fóruns de participação da sociedade criados no governo Lula, como o Conselho das Cidades. Avesso ao diálogo, a única linguagem do ex-governador foi a da repressão dura e crua. Isto explica a sua política de segurança pública, marcada pelo total desrespeito aos direitos humanos e que transformou o estado num grande presídio – em 2006, eram 124 mil detentos para 95 mil vagas.

Segundo relatório oficial, o ex-governante demitiu 1.751 funcionários da Febem, deixando 6.500 menores em condições subumanas, sofrendo maus-tratos. Nos seus quatro anos de governo, 23 adolescentes foram assassinados nestas escolas do crime, o que rendeu a Alckmin a condenação formal da Corte Internacional da OEA.

A submissão dos poderes

Contando com forte blindagem da mídia, Alckmin conseguiu submeter quase que totalmente o Poder Judiciário, infestando-o de tucanos, e garantiu uma maioria servil no Poder Legislativo. Através de um artifício legal do período da ditadura militar, ele abortou 69 pedidos de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) na Assembléia Legislativa – destas, 37 tinham sido solicitadas para investigar irregularidades, fraudes e casos de corrupção da sua administração.

Como sintetiza o sociólogo Rodrigo Carvalho, no livrete “O retrocesso de São Paulo no governo tucano”, Geraldo Alckmin marcou sua gestão pela forma autoritária como lidou com a sociedade organizada e pelo rígido controle que exerceu sobre os poderes instituídos e a mídia. “Alckmin trata os movimentos sociais como organizações criminosas, não tem capacidade de dialogar e identificar as demandas da sociedade… Além disso, ele utilizou sua força política para impedir qualquer ação de controle e questionamento das ações do governo”.

São Paulo está ‘cansado’ do PSDB, diz Mercadante

O candidato a governador pelo PT, Aloizio Mercadante, afirmou que o Estado de São Paulo “está cansado de 16 anos de PSDB”. Em Rio Preto, o petista disse ontem acreditar na realização do segundo turno na disputa com o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que lidera as pesquisas de intenção de votos. “Estamos em um crescimento e sentimos o entusiasmo nas ruas, vamos continuar nossa campanha apresentando propostas para São Paulo. Meu adversário que está nervoso. Se estivesse tão tranquilo não estava me atacando a cada programa”, afirmou Mercadante. Ele foi acusado pelos tucanos de se ausentar em sessões no Senado durante votações de empréstimos para o Estado. Para justificar uma de suas ausências, o petista disse que estava com problema de saúde. “Me ataca com coisas infundadas e improcedentes e vamos responder com tranquilidade. São Paulo está cansado de 16 anos do PSDB”, disse Mercadante.
O petista comentou ainda os ataques feitos pelo candidato a presidente José Serra (PSDB) contra a candidata do PT à presidência Dilma Rousseff. O tucano esteve na última quinta-feira em Rio Preto e criticou Dilma sobre sua ausência nos debates na televisão e o vazamento de informações do Imposto de Renda de pessoas ligadas a ele e ao PSDB.
“É um candidato desesperado, que vem desabando nas pesquisas. Todo mundo sabe que ele (Serra) é um candidato derrotado nessa eleição. Ele não consegue nem mais sair de São Paulo para fazer campanha”, afirmou Mercadante. O candidato a governador pelo PT disse que o caso envolvendo a divulgação dos dados de Verônica Serra, filha do ex-governador está sendo apurado com rigor pela Polícia Federal (PF), o Ministério Público e a Polícia Civil. “A cada dia que passa as coisas vão ficando claras e teremos revelações importantes nesse episódio.”
Euclides
Ao tomar conhecimento da promessa de Alckmin de não instalar pedágios na rodovia Euclides da Cunha – SP-320 -, Mercadante voltou a criticar o governo tucano. “A licitação já era para ter sido efetivada e eles estão embargando e dificultando a escolha das empresas que podem fazer a construção. Posso garantir que vamos duplicar sem pedágio. Duvido muito que eles não coloquem pedágio porque colocaram no Estado inteiro. Acho que aqui não será diferente”, disse.
Mercadante afirmou que pretende retomar o transporte ferroviário de passageiros. Ele mencionou que o projeto vai chegar também à região de Rio Preto. “Precisamos desenvolver transporte coletivo sobre trilhos diante dos preços abusivos dos pedágios ”, disse. O petista afirmou que vai acabar com a progressão automática na educação. “Quem não foi capaz de fazer bem tem de ser reprovado na eleição. Nada justifica o que aconteceu com a educação. É desleixo.”
Ingratidão
Mercadante comentou ainda sobre o apoio do prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB), aos candidatos do PSDB. O petista mandou o recado ao prefeito: “Cada um na democracia faz suas escolhas e colhe o que planta.” O petista disse que foi ele quem ajudou a cidade no período das enchentes. “Isso vai ficar como lição para o futuro”, afirmou.
Farpas
O candidato ao Senado Netinho de Paula (PC do B) partiu para cima de Aloysio Nunes, candidato do PSDB a senador. O comunista não digeriu o fato de Aloysio ter mencionado no seu programa que “quem bate em mulher é covarde.” Netinho admitiu que agrediu sua esposa no passado.
“Modéstia à parte acho que ele tem problema com pretos. Paulo Preto, com o Netinho. Pau no preto aqui. É problema dele e não o meu”, afirmou Netinho ao citar Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e que, segundo reportagem da revista “Isto É” teria arrecadado R$ 4 milhões para a campanha do PSDB, mas o dinheiro não teria entrado no caixa do partido. Paulo Preto é amigo pessoal de Aloysio.
“Tive sim o problema de agressão e me arrependi. Acho que não tem ninguém mais feminista do que eu para admitir que foi um ato covarde e errado. Insistir no erro seria covardia. Sou defensor da Lei Maria da Penha. Não concordo com o jeito que ele (Aloysio) vem agindo na televisão. Acho que isso é um equívoco e um erro. Se ele acha que com isso vai ganhar votos do povo vou mostrar para ele que o negrão é do povo”, afirmou Netinho.
Ontem, Mercadante, Netinho, a candidata ao Senado Marte Suplicy (PT) participaram de evento no Palestra ao lado dos candidatos a deputado estadual João Paulo Rillo (PT) e a deputado federal Manoel Antunes (PDT). Antes, com exceção de Marta, o grupo fez caminhada no Calçadão de Rio Preto.

São Paulo boicota vitrines federais na saúde

FOLHA.com

RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO


O governo de São Paulo ignora o Samu (ambulâncias de resgate) e as UPAs (prontos-socorros 24 horas), as principais "vitrines" do governo Lula na saúde.
Ao contrário do que ocorre na maior parte do país, as cidades paulistas não recebem dinheiro estadual para colocar e manter os dois programas em funcionamento. São financiados só com verbas federais e municipais.

A ampliação das UPAs e do Samu está nas promessas de Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência.
São Paulo foi governado até março por José Serra, o postulante do PSDB.
O governo paulista nega motivação política e justifica que sua prioridade são os AMEs.
Folha consultou todos os 27 governos e constatou que apenas três não investem no Samu: São Paulo, Rondônia e Amazonas.
E que são quatro os que não aplicam nas UPAs: São Paulo, Rondônia, Espírito Santo e Santa Catarina.
Às vésperas da eleição, o presidente Lula tem ajudado a campanha de Dilma inaugurando UPAs pelo país afora. A última foi anteontem, em São Bernardo do Campo. No discurso, ele atacou Serra por não ter apoiado o Samu quando era governador.
INDEPENDÊNCIA
Os Estados, porém, não são obrigados a financiar os programas do ministério. Pelas regras do SUS, cada ente federado (União, Estados e municípios) é independente.
A maioria dos Estados tem sido solidária. Nesses locais, o Samu e as UPAs funcionam com 50% dos custos cobertos pelo ministério, 25% pelo Estado e 25% pela prefeitura.
Em São Paulo, a conta dos municípios é mais pesada. Arcam com 50%. "Isso prejudica a expansão dos programas", diz Maria do Carmo Carpintéro, presidente do Cosems-SP (entidade dos secretários municipais de Saúde).
São Paulo tem 32 centrais municipais ou regionais do Samu --50% da população está coberta. Estados como Rio Grande do Sul e Goiás já são 100% atendidos.
No caso das UPAs, há cinco em funcionamento em cidades paulistas. Outras 106 estão em construção ou têm projeto aprovado.
A execução de ambos os programas depende do interesse do município.
CONTRAPARTIDA
"Os Estados precisam se corresponsabilizar pelo financiamento. E o ministério também precisa ter um papel maior", afirma o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Jr.
Isso, diz ele, é necessário porque as prefeituras gastam cada vez mais com saúde, mas suas arrecadações não crescem na mesma medida.
Questionado pela Folha, o ministério afirmou, por nota, que defende que "todos os Estados participem".
O sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos, diretor do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, critica a influência dos partidos na saúde.
"Há uma possibilidade muito grande [de ser decisão política] porque São Paulo é governado pela oposição. Isso ocorre em todo o país e nos dois lados [oposição e situação]. Mostra o atraso da nossa política."
OUTRO LADO
O governo de São Paulo nega ser política a decisão de não destinar verbas ao Samu e às UPAs. Afirma, por nota, que na capital há mais de uma centena de AMAs (prontos-atendimentos da prefeitura), que "desempenham o mesmo papel das UPAs".
E diz que no interior e no litoral há uma rede de postos de saúde "bem estruturada": "O Estado tem três vezes mais unidades básicas de saúde que o recomendado".
Explica que sua prioridade são os AMEs (ambulatórios com médicos especialistas) --até o fim do ano, haverá 40.
"Em 2010, os AMEs deverão realizar cerca de 3 milhões de consultas médicas, 9 milhões de exames e 73,3 mil cirurgias", enumera.
No entanto, os AMEs e os postos de saúde não têm a mesma função das UPAs --prontos-socorros que recebem emergências, como atropelados e infartados.
Diz que não financia o Samu porque já atende nos 80 hospitais estaduais, "com recursos próprios", aos pacientes de emergência.
E afirma que mantém na capital o Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências, junto com os bombeiros, e no Vale do Ribeira uma central do Samu --apesar do nome, não é o mesmo Samu federal.


Enfim, a folha deu a notícia. Apenas não acreditem que dará o destaque adequado.

Notícia Relacionada: 

Como fazer uma reportagem superficial: Samu tem atrasos de até nove horas em atendimentos

Ombudsman da Folha de S.Paulo acusa jornal de ser parcial na cobertura eleitoral

Em um de seus textos mais contundentes, jornalista diz que publicação 
escondeu informações de seus leitores


Do R7
A ombudsman da Folha de S.Paulo, Suzana Singer, fez uma dura crítica ao jornal em sua coluna publicada na edição deste domingo (12) sobre o modo como a publicação vem “se dedicando a revirar vida e obra” da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. O jornal é acusado de ter dado um destaque que “não se justifica jornalisticamente” a uma questão sobre valores de contas de luz e de ignorar a reação dos leitores sobre isso no Twitter – ela diz que recebeu, até quinta-feira (9), mais de 45 mil mensagens anti-Folha.

Um ombudsman é uma espécie de ouvidor, encarregado de criticar e apontar eventuais falhas dentro de uma instituição. Ela destaca em seu texto que a Folha “foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente no Sul”.

-Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa. Mas, no domingo passado, o jornal avançou o sinal ao colocar na manchete "Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma".

A ombudsman diz que o problema nem era a reportagem, "mas dar tamanho destaque a um assunto como este não se justifica jornalisticamente”, diz o texto.

Singer aponta que a reportagem da Folha “dava um peso indevido ao que se tinha apurado”, ao dizer que “a propaganda eleitoral apresenta a candidata do PT como uma ‘eficiente gestora’, mas que ‘um erro coloca em xeque essa imagem’”.

- Essa tem que ser uma conclusão do leitor, não do jornalista.

A manchete “forçada” da Folha, mais o escândalo da Receita sobre a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato da oposição, José Serra (PSDB), “desequilibrou a cobertura eleitoral”.

- Dilma está bem à frente nas pesquisas de intenção de voto e isso é suficiente para que se dê mais atenção a ela do que a seu concorrente, mas, há dias, José Serra só aparece na Folha para fazer "denúncias". Nada sobre seu governo recente em São Paulo. Nada sobre promessas inatingíveis, por exemplo.

Twitter

A ombudsman destaca que foram postadas mais de 45 mil mensagens anti-Folha no Twitter, “a rede social simbolizada por um pássaro azul, que reúne pessoas dispostas a dizerem o que pensam em 140 caracteres”.

Para que você entenda melhor, veja algumas piadas e críticas que os usuários publicaram no Twitter:

"Serra lamenta: a Dilma me indicou o Xampu Esperança"

"Errar é humano. Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha"

"Dilma disse para Paulo Coelho, há 20 anos: continue a escrever, rapaz, você tem talento!"

"Empresa de Dilma forneceu a antena para o iPhone 4"

“Dilma conseguiu parar Itaipú no blackout em 2009 algo que nem os militares, nem Sarney, nem Collor, nem Itamar e nem FHC fizeram”

“Erro de Dilma na coordenação das obras do PAC atrasa conclusão do Coliseu romano em 2.000 anos”

“DILMA ESTAVA NO QUARTO DE RONALDO FENOMENO NO FINAL DA COPA DE 1998”

“Paul Mc Cartney diz "A FOLHA" que Dilma plantou discórdia interna no grupo e levou ao fim dos Beatles”

“Folha Revela - Dilma indicou remédio para Vanusa”

“Dilma afirmou que vai desapropriar o Pantano do Shrek”

A ombudsman acusa a Folha de ter ignorado as críticas dos leitores através do Twitter.

- Não dá para desprezar essa reação e a Folha fez isso. Não respondeu aos internautas no Twitter e não noticiou o fenômeno. O "Cala Boca Galvão" durante a Copa virou notícia. No primeiro debate eleitoral on-line, feito por Folha/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido um "trending topic". Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa. A Folha deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes
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