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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Segurança - Moradores do Morumbi exigem que o governo paulista tome uma atitude.

É...como a elite paulista impera, certamente, serão bem atendidos. Mas o que fazer com o cidadão que mora lá nos confins da zona norte, pobre, que sofre com os mesmo problemas??? Provável resposta do governo paulista: "NADA".

 

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/08/31/bairro-chic-da-chuica-quer-upp-de-favela-carioca/

Bairro chic da Chuíça (*) quer UPP de favela carioca




Moradores do Morumbi, em SP, pedem unidade pacificadora na favela de Paraisópolis


Jaqueline Falcão (jaquefalcao@sp.oglobo.com.br)

SÃO PAULO – Moradores do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, decidiram descruzar os braços para discutir a violência crescente no bairro, uma das áreas nobres da capital paulista. Mais de 4 mil pessoas aderiram no Facebook ao Grupo Moradores do Morumbi. Na rede social, eles contam suas experiências de violência, e cobram das autoridades mais policiamento e medidas efetivas para controle da violência. No bairro está fincada uma das mais antigas e maiores favelas paulistanas, a Paraisópolis, que tem quase 100 mil moradores numa área de 800 mil metros quadrados. Os moradores querem que o governo paulista siga o exemplo do Rio de Janeiro e implante no local uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

(…)

NavalhaNão fosse o PiG (**), esses tucanos de São Paulo não passavam de Resende.


Paulo Henrique Amorim



(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Máfia japonesa, Yakuza, se alia a PCC em São Paulo


Máfia japonesa, Yakuza se alia a PCC em São Paulo Foto: DIVULGAÇÃO

Justiça já condenou 15 descendentes de orientais por participação no grupo cuja marca são as tatuagens nos corpos de seus integrantes; eles praticam extorsões e agem com extrema violência; interior de SP virou palco de atuação

30 de Agosto de 2011 às 07:49
Fernando Porfírio_247 - A temida máfia japonesa Yakuza está em plena atuação no interior de São Paulo. A Justiça condenou pelos menos 15 pessoas, acusadas do crime de formação de quadrilha ou bando armado. Um desembargador paulista que cuidou dos recursos do grupo para conseguir a liberdade de seus integrantes afirmou que o bando pratica delitos como roubos a mão armada e extorsão e que firmou aliança com o PCC. Pelo menos quatro recursos de integrantes da organização foram apreciados e negados pelo Tribunal paulista.
“Há indícios de que o paciente [acusado] integra verdadeira organização criminosa, regularmente estabelecida para a prática de diversos crimes como roubos a mão armada e extorsões as mais diversas. Tal organização teria, ademais, ligações com o PCC e até mesmo com uma das mais importantes famílias que compõem a Yakuza, a máfia japonesa”, destacou o desembargador.
No ultimo dia 2, o caso de uma pessoa acusada de integrar a Yakusa foi apreciado pelo STJ. O Tribunal abrandou a pena aplicada a um veterinário condenado por integrar uma organização criminosa que, segundo o ministro Gilson Dipp, mantém laços com a máfia japonesa Yakuza e passou a agir em conluio com o PCC no interior de São Paulo.
O veterinário Rogério Massaharo Kabeya ganhou do STJ o direito de cumprir a pena de dois anos e oito meses de reclusão a que foi condenado em regime semiaberto. O juiz de primeiro grau determinou que a pena deveria ser cumprida em regime inicial fechado. A defesa recorreu e o STJ decidiu pelo regime intermediário com o argumento que este seria o mais adequado.
Kabeya e pelo menos mais 14 pessoas são acusados e foram condenados por integrar uma organização criminosa que agia no interior do Estado de São Paulo com ligações com a máfia japonesa Yakuza e o PCC. O bando foi condenado pela Justiça de Birigui.
Em pedido de habeas corpus apresentado ao STJ, a defesa sustentou que o veterinário deveria cumprir a pena em regime aberto por ser primário, ter bons antecedentes, residência fixa e profissão definida, além de ser proprietário de comércio na sua área de formação.
Segundo o ministro Gilson Dipp, a sentença afirmou que os condenados pertenciam à organização criminosa Yakuza, com elevado número de integrantes e extensa área de atuação. Essa circunstância causou o aumento da pena além do mínimo. Como a quadrilha era armada, a pena inicial foi dobrada, fixada em dois anos e oito meses.
Conforme o relator, não há ilegalidade na utilização das mesmas circunstâncias judiciais para a fixação da pena e de seu regime de cumprimento. Ele explicou que, apesar de a pena concreta de dois anos e oito meses pressupor a fixação do regime aberto, o fato de a pena ter sido aplicada acima do mínimo legal, em razão das circunstâncias judiciais desfavoráveis, afasta essa possibilidade.
Mas o ministro também entendeu como exagerada a conclusão da sentença: “Por outro lado, entendo como justa a aplicação do regime intermediário para o desconto de pena imputada ao réu, por considerar o regime fechado desproporcional, tanto em face do pequeno aumento operado na pena-base (de apenas quatro meses), quanto em face da pena final cominada (dois anos e oito meses).”

Página da ROTA elogia golpe de 1964 e recebe duras críticas de ministra Maria do Rosário

Brasão da Polícia Militar1º Batalhão de Polícia de Choque
Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar - ROTA

A História do Batalhão

            Com o advento da República o então Corpo Policial Permanente foi, em 1º de dezembro de 1891, dividido em quatro Corpos, passando a denominar-se Força Pública, momento em que este Batalhão foi chamado de 1º Corpo Militar de Polícia, cuja missão era manter a tranqüilidade, auxiliar a justiça e defender as Instituições Republicanas. Após inúmeras denominações, passou a ostentar, a partir de 15 de dezembro de 1975, seu nome atual. Marcando, desde a sua criação, a história desta nação, este Batalhão teve seu efetivo presente em inúmeras operações militares, sempre com participação decisiva e influente, demonstrando a galhardia e lealdade de seus homens, podendo ser citadas , dentre outras, as seguintes campanhas de Guerra:
            - Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná;
            - Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais;
            - Guerra de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro, que lutava contra a República. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”;
            - Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná;
            - Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador;
            - Revolução de 1964, quando participou da derrubada do então Presidente da República João Goulart, apoiando a sociedade e as Forças Armadas, dando início ao regime militar com o Presidente Castelo Branco;
            - Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca, onde o então Tenente Alberto Mendes Júnior, comandando um pelotão desta Unidade, foi vítima de uma emboscada, oferecendo-se em troca da liberdade de seus subordinados, quando foi assassinado, sendo promovido "post mortem" a Capitão, e hoje considerado o herói símbolo do heroísmo e mais um marco histórico da Polícia Militar.

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A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou o governo de São Paulo por permitir site da Rota que elogia o golpe militar de 1964 e fez várias cobranças com relação ao governo do Estado com relação à sua área de atuação.A ministra participou nesta segunda-feira, 29, de audiência publica na Assemleia Legislativa de São Paulo.A audiência contou ainda com a presença da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB), do padre Julio Lanceloti e a secretária de Justiça do governo de São Paulo, Eloisa de Sousa Arruda.
Leia mais:
 
“Eu considero que todos os Estados da Federação devem fazer também o seu esforço pelo direito à verdade e à memória e pela democracia. Uma página oficial do governo estadual, em um período democrático, que presta homenagem à deposição de um presidente, legitimamente eleito, do presidente João Goulart… Eu me senti aviltada de fato por isso e eu tenho certeza que o governador Geraldo Alckmin tomará providências diante disso porque é uma estrutura do Estado de São Paulo”, disse. “Não se pode comemorar golpe, não se pode comemorar a violação do Estado democrático de Direito, sob pena de plantar-se novas violações.”
 
Maria do Rosário fez outras cobranças ao governo do Estado, como quando criticou que São Paulo ainda não tenha uma  Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae) e também ao encampar algumas das reivindicações dos presentes – afirmou, por exemplo, que irá discutir com o governador Geraldo Alckmin decreto que tira autonomia do  Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe/SP). ”Direi à secretária que reveja os preceitos dos direitos humanos no Estado”, afirmou ainda.
 
Após a realização da audiência, no entanto, a ministra disse que seu objetivo não é criticar a atuação do governo do Estado na área. “Não foi meu objetivo produzir críticas pontuais ao Estado de São Paulo ou a prefeituras municipais. O meu objetivo é um trabalho em parceria, é trabalharmos juntos. E a presença da secretária de Justiça daqui de São Paulo na abertura do evento e sua equipe na reunião, é um passo muito importante para que os trabalhos nos direitos humanos não estejam pautados na oposição ao governo. Lá no Congresso Nacional ou aqui em São Paulo. Direitos humanos são direitos humanos, tem caráter universal, é um princípio ético. O governo federal, o governo da presidenta Dilma estende a mão, estamos juntos e vamos estar juntos com o governo do Estado de São Paulo, superando as dificuldades.”
 
Comissão da Verdade
 
Maria do Rosário defendeu ainda que a Comissão da Verdade, cujo projeto tramita no Congresso Nacional, seja votado ainda este ano. Ela vê dificuldades da proposta ser apreciada em 2012, ano de eleições municipais. A ministra considerou que a saída de Nelson Jobim do comando do Ministério da Defesa não atrapalha as negociações em torno da iniciativa.
Leia mais:
 
 
Ela ressaltou que tem se empenhado pela aprovação da proposta que visa esclarecer casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar. “Eu peço que a gente tenha a aprovação neste ano, porque 2012 é ano eleitoral e tudo fica mais difícil”, afirmou. O projeto de lei que cria a Comissão foi enviado ao Congresso em maio de 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
A ministra também defendeu que os governos municipal, estadual e federal trabalhem juntos em uma política pública de atendimento às crianças e pediu uma nova política nacional anti-drogas para combater o crack.
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Jair Stangler para o Estado de S. Paulo

Empresa de parentes de Alckmin é suspeita de fraudar prefeitura


Cunhado do governador é procurador da Wall Street, que teria falsificado papéis para pagar taxas menores
Valor fraudado seria de R$ 4 milhões; donos da empresa e o governador não se pronunciaram sobre a investigação
EVANDRO SPINELLI
GIBA BERGAMIM JR.

DE SÃO PAULO

Uma empresa de familiares de Lu Alckmin, mulher do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), é investigada sob suspeita de ter se beneficiado de uma fraude de R$ 4 milhões contra a Prefeitura de São Paulo.
Segundo a prefeitura, a Wall Street Empreendimentos e Participações Ltda. falsificou documentos para pagar um valor menor de outorga onerosa, uma taxa cobrada para autorizar a construção de prédios altos do edifício Royal Street, na av. Brigadeiro Faria Lima, área nobre da zona oeste paulistana.
O licenciamento da obra correu na prefeitura entre 1994 e 1999, quando foi efetuado o pagamento.
Os sócios da Wall Street são Maria Paula Abreu Cesar Ribeiro, Adhemar Cesar Ribeiro Filho e Othon Cesar Ribeiro. Maria Paula é mulher de Adhemar Cesar Ribeiro, irmão de Lu Alckmin e procurador da empresa. Em 2006, ele participou da arrecadação da campanha de Alckmin à Presidência.
Alckmin é adversário político do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). A fraude apontada teria sido efetuada na gestão do então prefeito Celso Pitta, já morto.
A prefeitura, em 2000, chegou a notificar a Polícia Civil sobre indícios de fraude, mas as investigações não avançaram. Na época, Alckmin era vice-governador.
Em 2001, já na gestão de Marta Suplicy (PT), a própria prefeitura arquivou o caso.
A suposta fraude voltou a ser investigada, segundo Edilson Bonfim, corregedor-geral de São Paulo, na quinta-feira, quando ele recebeu uma denúncia anônima.
Ontem, em entrevista coletiva, Bonfim detalhou o esquema de fraude, mas não relacionou o caso com parentes do governador. Informou apenas o nome da empresa e o endereço do imóvel.
Os responsáveis pela Wall Street foram procurados pela Folha, mas não se pronunciaram. Alckmin também não comentou.
O ESQUEMA
De acordo com o corregedor-geral, a Wall Street fraudou o valor do metro quadrado que constava do carnê do IPTU do imóvel com o objetivo de enganar os técnicos da prefeitura e conseguir aprovar o empreendimento pagando um valor menor pela construção do prédio.
Segundo Bonfim, a empresa deveria ter recolhido R$ 4,2 milhões pelo direito de construir um prédio de 4.100 metros quadrados, mas pagou apenas R$ 184.744.
O rombo do esquema de fraude no pagamento de outorga onerosa já totaliza R$ 41 milhões até agora.
Foram identificados dois tipos de fraude. A falsificação da guia do IPTU para reduzir o valor da outorga onerosa atingiu apenas a Wall Street.
No outro tipo de fraude, as construtoras exibiam guias verdadeiras do pagamento da taxa, mas com a autenticação do banco falsificada.
Como a prefeitura não tem sistemas de controle eficientes e não fazia checagem dos documentos, os alvarás de aprovação das obras eram emitidos mesmo sem que o dinheiro tivesse caído na conta do município.
As construtoras acusadas de terem se beneficiado do esquema são Odebrecht, Zabo, Onoda, Porte e Marcanni.
OUTRO LADO
Responsáveis não respondem recados do jornal
DE SÃO PAULO
Os responsáveis pela Wall Street Empreendimentos e Participações, Adhemar Cesar Ribeiro Filho, Othon Ribeiro Filho e seus pais, Maria Paula e Adhemar, não responderam aos oito recados deixados pela Folha na empresa ontem.
A primeira informação foi que eles tinham saído, mas quando a Folha disse se tratar de reportagem sobre fraude, a resposta foi que os responsáveis estavam viajando.
O governador Geraldo Alckmin não comentou a citação de parentes de sua mulher no caso. Ele apenas negou que Adhemar tenha integrado o comitê financeiro de sua campanha em 2006.
A Odebrecht disse que entrou com ação judicial para impedir a paralisação das obras e se dispôs a pagar o valor cobrado pela prefeitura até que o caso seja esclarecido. A Zabo e a Marcanni informaram que fizeram o pagamento da taxa mediante a apresentação de títulos públicos, o que a prefeitura afirma não ser possível.
A Porte Construtora informou que foi vítima de estelionato. O advogado da Onoda, Paulo Teixeira, disse que a construtora também pode ter sido vítima.

Justiça barra uso de leitos públicos de SP para planos de saúde privados


O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo concedeu, na terça-feira (30), liminar favorável a uma ação movida pelo Ministério Público contra o Estado por conta de uma lei que permite o uso de 25% dos leitos de hospitais públicos --administrados por OS (Organizações Sociais)-- para atender pacientes de planos de saúde.
Estado vai repassar conta de hospitais a planos de saúde
A decisão tomada pela 5ª Vara da Fazenda Pública suspende os efeitos do Decreto Estadual nº 57.108/2011, assinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 6 de julho e que regulamentou a lei estadual de 27 de dezembro de 2010.
Além disso, a liminar proíbe que o Estado celebre contratos de gestão, alterações ou aditamentos com organizações sociais. Ficou estabelecida multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão.
Na liminar, o TJ-SP diz que a lei e o decreto "são afrontas ao Estado de Direito e ao interesse público primário da coletividade".
"O efeito pretendido pelo mencionado Decreto favorece à prática de "dupla porta" de entrada, selecionando beneficiários de planos de saúde privados para atendimento nos hospitais públicos", diz a decisão divulgada pelo Ministério Público.
AÇÃO
Na ação civil pública, a Promotoria afirma que as OS administram hoje 52 unidades hospitalares no Estado, responsáveis por 8 milhões de atendimentos em 2008. Com isso, diz a Promotoria, a permissão de uso de 25% destes leitos por pacientes de planos privados poderia representar a perda de 2 milhões de atendimentos públicos.
Órgãos como o Conselho Nacional de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo se manifestaram contra a concessão dos leitos, segundo o Ministério Público. A terceira entidade argumenta que, com a perda dos leitos nos hospitais estaduais, as redes municipais de saúde pública ficarão sobrecarregadas.
COBRANÇA
De acordo com o decreto regulamentar de Alckmin, os hospitais públicos devem cobrar diretamente dos planos de saúde o atendimento feito a seus conveniados. Não são permitidos a reserva de leitos e o tratamento diferenciado a pacientes particulares.
Na avaliação do pesquisador da USP Mário Scheffer, especialista em saúde pública, o decreto usa termos genéricos que dão margem a diferentes interpretações.
"Ele fala que a OS deve "abster-se de proceder à reserva de leitos, consultas e atendimentos". Mas a OS pode não "reservar", e mesmo assim facilitar o acesso [de pacientes conveniados] à marcação e ao agendamento", diz.
Levantamento da Secretaria Estadual da Saúde aponta que um em cada cinco pacientes atendidos em hospitais estaduais na capital paulista têm algum tipo de convênio ou plano de saúde. Mas quem paga essa conta, avaliada em R$ 468 milhões anuais, é o SUS.
Editoria de Arte/Folhapress

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Secretário acha "bisonho" ataque ao prédio da ROTA.

Será que o ataque foi "bisonho" ou teria outros interesses pessoais escusos para chamar a atenção ou se fazerem de vítimas a fim de obter um determinado fim?


http://jovempan.uol.com.br/noticias/2011/08/secretario-acha-bisonho-ataque-ao-predio-da-rota.html

29/08/11 - 17h50
 
Publicado Por: Fábio Chaib

Secretário acha bisonho ataque ao prédio da ROTA

Para Ferreira Pinto, atentado com garrafa de cerveja cheia de gasolina é algo de rapaz principiante

Secretário acha bisonho ataque ao prédio da ROTA
Vagner Campos/News Free/Folhapress


Jornal Jovem Pan
Thiago Uberreich

Podcast

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, declarou, nesta segunda-feira, que considera bisonha a versão sobre o ataque ao prédio da ROTA em agosto de 2010.

No suposto atentado na Avenida Tiradentes, um homem morreu e outro conseguiu fugir. A Polícia de São Paulo está investigando a ação.

Para o secretário, o caso levanta suspeitas.

“O criminoso não pertencia à facção criminosa e, quando permaneceu preso, ele cumpriu pena em presídio oposto à facção. Eu acho bisonho alguém querer atacar o prédio da ROTA com uma garrafa de cerveja cheia de combustível. Eu acho bastante bisonho. O grande desafio é desconstituir essa história. O aspecto subjetivo não entra nisso. A Polícia Civil e a Polícia Militar estão empenhadas nessa historia. Eu digo para vocês que ela não é convincente”, afirmou Ferreira Pinto.

O secretário, que argumenta que não existe corporativismo na polícia, prometeu que vai punir os PM´s que aparecem em um vídeo humilhando dois homens que tinham sido baleados na Zona Leste da capital paulista.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PC de SP continuará com um dos piores salários do Brasil - Projeto do Governador Alckmin.

Os policiais de São Paulo continuarão a  receber um dos piores salários do Brasil. Carreiras como as de Escrivão e de Investigador de Polícia, ambas de nível universitário,  continuarão a ganhar um terço do salário de outras, como por exemplo Perito Criminal, que exigem o mesmo nível com graduação em qualquer área acadêmica.

VIDE

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 47, DE 2011

Mensagem A-nº 064/2011, do Senhor Governador do Estado

São Paulo, 22 de agosto de 2011
 

Rota é suspeita de “mandar recado” para ladrões de caixas.

Infelizmente o sistema de segurança pública em São Paulo tornou-se exclusivamente militarista. É um regime retrógrado, antidemocrático. A sociedade não sabe o risco que está correndo em deixar sua 'segurança' nas mãos de policiais militares! Pelo menos nesse sistema PSDB. Quanto mais poder lhes der, mais mortes acontecerão. Queremos, sim,  um modelo de segurança moderno e eficaz, eficiente. Uma polícia ostensiva não pode ser  sinônimo de genocida.


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/

OAB e Assembleia investigarão “emboscada” em supermercado

Rota é suspeita de “mandar recado” para ladrões de caixas 

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

As comissões de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da Assembleia Legislativa de São Paulo vão acompanhar, a partir de hoje, as investigações sobre a atuação de PMs da Rota e do 18º Batalhão em um suposto confronto com assaltantes, no último dia 5.
Na ação, os PMs mataram seis homens que tentavam roubar caixas eletrônicos de um mercado na zona norte.
“Vamos acompanhar as investigações para evitar que o caso caia na vala do esquecimento e que, em caso de excessos ou crimes por parte dos PMs, eles sejam devidamente processados e responsabilizados”, disse Martim de Almeida Sampaio, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP.
Na Assembleia Legislativa, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Adriano Diogo (PT), pedirá para ouvir os responsáveis pelas investigações.
Conforme revelou a Folha ontem, a operação no mercado pode ter sido uma emboscada, segundo investigação da Polícia Civil, da Corregedoria da Polícia Militar e do Ministério Público Estadual.
Logo após as mortes, o tenente-coronel Paulo Telhada, chefe da Rota, e o capitão Fábio Paganotto Carvalho, do 18º Batalhão, disseram que a Rota estava em Santo André (ABC) e foi chamada após a polícia ser avisada do assalto ao CompreBem.
Os policiais que investigam as seis mortes no mercado, porém, foram avisados por policiais que os PMs chegaram ao local quatro horas antes e ficaram de tocaia até os ladrões aparecerem.
A Folha apurou que a suspeita é que a ação foi premeditada para “mandar um recado” aos ladrões de caixas eletrônicos -500 equipamentos foram atacados em São Paulo neste ano.
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, disse ontem suspeitar que a operação da PM foi uma emboscada “é mera especulação” e que a investigação está com o DHPP (departamento de homicídios, da Polícia Civil), “onde há mais isenção e profissionalismo”, afirmou Ferreira Pinto.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais de 60% das escolas de São Paulo possuem sala lotada


Folha - 22/08/2011
Mais de 60% das escolas de São Paulo possuem sala lotada
Um levantamento aponta que mais de 60% das escolas estaduais paulistas de ensino básico possuem ao menos uma série com mais estudantes em sala que o recomendado pelo próprio governo de São Paulo. Em 64% delas, há problemas em mais de uma turma.
A Secretaria Estadual da Educação reconhece o problema e informa que hoje 890 mil estudantes estão em salas com mais alunos que o indicado
 
Clique aqui e leia a íntegra da matéria

Sabesp faz o que condena na população: joga sujeira em córregos


Novos testes feitos, com despejo de corantes em córregos de regiões de S. Paulo, comprovam que a Sabesp é a grande responsável pelo lançamento de esgoto sem tratamento no Rio Tietê

As gritantes contradições de um plano tucano


PLANO PLURIANUAL (PPA) DE ALCKMIN: UMA, ENTRE OUTRAS CONTRADIÇÕES, APONTA QUEDA DE R$ 10 BILHÕES PARA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

Enquanto crescem os investimentos federais em S. Paulo, que passarão passarão dos atuais R$ 19 bi para R$ 52 bi - aumento de 171% -, e tenha direito em caixa, PPA de Alckmin reduz verbas orçamentárias em outras secretarias de governo, em comparação com o PPA da gestão anterior.
Como exemplo, a Secretaria de Segurança Pública que detinha 8,5% dos recursos, agora terá 7% - uma queda de R$ 10 bi.

Omissão do governo de SP fortalece PCC nas cadeias paulistas

OMISSÃO DO GOVERNO DE SP, EM RAZÃO DE DESTINAR VERBAS INSUFICIENTES PARA PRESOS, FORTALECE PCC NAS CADEIAS PAULISTAS: PESSOAS, QUE NÃO TÊM DESPESAS CUSTEADAS POR FAMILIARES, SÃO OBRIGADAS A SE APROXIMAR DA FACÇÃO CRIMINOSA



Estadão - 21/08/2011
Com lotação de CDPs, famílias têm de levar até papel higiênico para presos
Se não bastasse a falta de espaço e as condições insalubres nas celas, a superlotação dos Centros de Detenção Provisórias (CDPs) de São Paulo está obrigando familiares a sustentar parentes presos com produtos básicos, como papel higiênico, sabonete, sabão em pó, pastas de dente, detergente e até camisetas brancas e calças cáqui, os uniformes das prisões.
A situação foi confirmada por funcionários de CDPs, defensores públicos, integrantes da Pastoral Carcerária, entidades que participam do mutirão judicial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em presídios paulistas e familiares de presos.



Estadão
''Em 3 meses, gastei R$ 2 mil'', diz pai de preso
Cada CDP tem sua regra sobre o que pode ou não entrar no pacote de produtos para o detento.
O defensor público Marcelo Carneiro Novaes lembra que familiares devem levar cobertores, lençóis e blusas de frio. Por causa da superlotação, muitos presos dormem no chão. Mesmo no inverno, o banho é frio. Sem falar na falta de remédios e serviços médicos e odontológicos.
Nos CDPs, médicos são apelidados de "Dr. Dipirona", porque, segundo eles, receitam a substância para diversas doenças. "Ainda há racionamento de água e a estrutura elétrica está danificada por causa da superlotação", diz Novaes

 
Estadão
Prática dá força a facções, alerta Pastoral
O advogado da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho, afirma que a omissão do Estado traz consequências graves, como o fortalecimento de grupos criminosos, como a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Moradores de rua e pessoas sem condições de se sustentar nas cadeias também têm de se aproximar do PCC

 

Deputado do PP assaltado defende controle de natalidade de pobres

O deputado estadual de São Paulo Antonio Salim Curiati (PP), 83, que teve a casa assaltada na manhã desta terça-feira, criticou a política social do governo federal e defendeu o controle de natalidade da população pobre.

"A Dilma [Rousseff] vem falar do Bolsa Família. Aí você agracia a comunidade carente, e eles começam a ter filhos à vontade. É preciso controlar a paternidade", disse.
Curiati citou países onde o ladrão tem as mãos decepadas como punição, mas afirmou não apoiar a iniciativa. "Não sou tão radical assim." Membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, pediu valorização dos policiais. "A segurança pública está um desastre", disse.
Divulgação/Alesp
Deputado estadual Antonio Salim Curiati (PP), 83, que teve a casa assaltada pela segunda vez em dois anos
Deputado estadual Antonio Salim Curiati (PP), 83, que teve a casa assaltada pela segunda vez em dois anos
A casa do deputado, que fica na rua dos Plátanos, no bairro Cidade Jardim (zona oeste de São Paulo), foi roubada por ao menos quatro bandidos.
Segundo informações da Polícia Militar, três dos ladrões renderam a empregada da casa quando ela saía para tirar o lixo, por volta das 9h. Os bandidos estavam armados com metralhadoras e pistolas.
Quando entraram na casa, renderam também o deputado e a mulher dele. Ainda de acordo com a PM, as vítimas foram agredidas.
Os ladrões ficaram cerca de 40 minutos no local e fugiram levando joias, celulares e dinheiro. Um quarto bandido aguardou fora da casa, em uma Hyundai Tucson, usado depois na fuga do grupo.
Médico, Curiati está em seu oitavo mandato na Assembleia Legislativa, onde é líder do PP. Nascido em Avaré (250 km de SP), foi também deputado federal, prefeito de São Paulo (1982-83) e ocupou cargos de secretário estadual e municipal na área de assistência social.
REPETECO
Em 2009, uma casa onde o deputado morava, no Jardim Europa (zona oeste), foiassaltada por quatro homens armados e encapuzados.
Os criminosos já tinham o controle remoto do portão da garagem e não houve arrombamento. Durante a ação, os criminosos mantiveram reféns duas empregadas, dois moradores e um visitante. Uma das funcionárias chegou a ser agredida na cabeça com coronhadas.
A polícia foi acionada por um vigia que disse ter suspeitado da movimentação no imóvel. Durante uma distração dos criminosos, uma moradora e o visitante, amigo da família, conseguiram fugir pulando de uma janela.

domingo, 21 de agosto de 2011

Essa é a polícia que queremos????


20/08/2011 

Ex-escrivã foi torturada pela Corregedoria da PC de São Paulo, diz procuradoria federal 
 

O caso de uma vítima de tortura por parte de delegados da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo foi reconhecido pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão- que manifestou seu entendimento ao procurador-Geral da República.
A ex-escrivã Vanessa Frederico Soller Lopes foi vítima de abusos por parte de delegados da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, em interrogatório realizado em 15 de junho de 2009, no 25º DP, no bairro de Parelheiros, zona sul da capital.
Desta forma, se encontram preenchidos os requisitos para o deslocamento de competência do Estado para a federação da ação penal, inquérito e eventuais procedimentos.
A informação foi comunicada por Marcus Elicius Lima, da Secretaria de Gabinete da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, por meio de ofício, ao deputado Adriano Diogo, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Assembleia Legislativa de São Paulo.
O pedido para a federalização do caso foi feito, em 17 de junho, pela Procuradora Gilda Carvalho, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão atendendo solicitação do presidente da Comissão da Assembleia que relatou que o governo do Estado não tomou as devidas providências em relação ao ocorrido.
Para a procuradora, o deslocamento de competência do Estado para a federação está respaldado na hipótese de grave violação de direitos humanos; em assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos; e no fato da Justiça de São Paulo não ter tomado as devidas providências e diligências para punir a conduta infratora.
Em fevereiro, a imprensa divulgou o vídeo gravado pelos próprios policiais da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo durante a ação, mostrando o momento em que os delegados Eduardo Henrique de Carvalho Filho e Gustavo Henrique Gonçalves tiraram a calça e a calcinha da escrivã.
Ao longo dos 12 minutos do vídeo, a ex-escrivã Vanessa Lopes diz que os delegados poderiam revistá-la, mas que só retiraria a roupa para policiais femininas. Mas nenhuma investigadora da corregedoria foi até o local para acompanhar a operação. 

sábado, 20 de agosto de 2011

Aumento para policiais - Projeto de aumento salarial de policiais é entregue à AL


Mais uma vez o governo de São Paulo mostra o quanto não valoriza o efetivo da Segurança Pública. Esse aumento está muito longe de refrescar a triste situação em que se encontram os policiais de São Paulo, pois serão cerca de 15% sobre o salário base da categoria que já é baixíssimo. Quem receberá um aumento mais expressivo serão os que que estão na 4ª classe, já que passarão automaticamente para a 3ª classe. O PSDB, novamente, achatou o salário dos mais antigos (um dos mais baixos do país). Daqui à pouco, nós policiais de 1ª classe e especial, esteremos recebendo o mesmo que os novatos ingressantes nos quadros da Segurança Pública ganham.

É lamentável.


Sexta-feira, 19/08/11 - 19:37


Projeto de aumento salarial de policiais é entregue à AL


O projeto de aumento de 27,7% no salário base de policiais civis, militares e científicos, agentes de segurança penitenciária (ASP) e agentes de escola e vigilância penitenciária (AEVP) foi entregue nesta sexta-feira (19) à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.
O anúncio de aumento salarial foi feito pelo governador Geraldo Alckmin no dia 14 de julho. O reajuste de 27,7%, em duas parcelas, vai beneficiar mais de 150 mil servidores da ativa e quase 103 mil aposentados e pensionistas – um total de 253.386 pessoas. Entre os funcionários públicos, há 89.345 policiais militares, 34.258 policiais civis e científicos e 26.918 agentes penitenciários – ASP e AEVP.

Só a primeira parcela do reajuste, de 15% a partir de julho, representará um acréscimo de R$ 700 milhões na despesa de pessoal do Governo do Estado neste ano. Além do reajuste salarial, o Governo do Estado anunciou um pacote de benefícios às carreiras policiais, com medidas para facilitar as promoções e a valorização de carreiras.

Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública








sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Após privatização de rodovias, a DERSA faliu.

 (do Transparência SP)

A reportagem abaixo não repercutiu nos demais veículos da imprensa brasileira.

Para muitos, não interessa que mais uma empresa estadual (DERSA) seja desmontada e chegue à falência. Na lógica ainda reinante, o setor público é corrupto por natureza. Os corruptores, do setor privado, não merecem ser investigados. 

Se a DERSA apresenta problemas, vamos desmontá-la. Cabe lembrar que os casos de corrupção na empresa estatal paulista nunca foram apurados até as últimas consequências.

Quanto às concessionárias privadas das rodovias estaduais e a "farra" dos pedágios, deixa prá lá...

Esta "teoria" já deu com os "burros n´água" no mundo inteiro. Empresas privadas e públicas fortes são igualmente importantes. Nos momentos de crise econômica aguda, são as empresas públicas fortes que podem sustentar toda a economia, "puxando" inclusive o setor privado. Foi assim no Brasil em 2008, 2009 e 2010, com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES. 

Em São Paulo, temos ficado com diversos custos das concessões privadas. As dívidas da DERSA representam outra conta que não tinha sido até aqui revelada.

A conta não ficou só nos pedágios

(de Carta Capital, por Rodrigo Martins) 

As privatizações das rodovias paulistas iniciadas no fim dos anos 1990 prometeram o céu: pistas melhores e menos gastos públicos. As estradas são realmente boas. Quanto à redução das despesas do governo… Basta ver a situação da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A), que operou as rodovias por 40 anos e hoje está em situação calamitosa. Em 2010, a empresa de economia mista vinculada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes, apurou um prejuízo de 583 milhões de reais. Com esse resultado, o rombo acumulado pela companhia desde a sua fundação ultrapassou a marca dos 8,32 bilhões de -reais. No fim do ano passado, se a empresa tivesse de fechar as portas, o seu patrimônio não seria suficiente para quitar os débitos. Faltariam 967,2 milhões de reais para honrar todos os compromissos.





O cenário é ruim, mas, de acordo com uma auditoria da KPMG, poderia ser melhor caso o governo do estado tivesse quitado as indenizações que deve à empresa pelas rodovias que entregou à iniciativa privada com o Programa Estadual de Desestatização. A dívida soma 2,5 bilhões de reais. Esse valor, por sinal, seria bem maior hoje se a companhia não tivesse abdicado de cobrar juros e correção monetária sobre o débito. O prejuízo da Dersa em 2010, por exemplo, seria 40% menor, uma diferença de ao menos 240 milhões de reais, segundo os cálculos da KPMG.
Em 2009, a empresa perdeu a operação das últimas três estradas que controlava, encerrando uma história de 40 anos como concessionária de rodovias. A Ecopistas pagou 595 milhões de reais e prometeu investir outros 828 milhões para explorar, por 30 anos, o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto. Já a rodovia D. Pedro I foi outorgada à concessionária Rota das Bandeiras por 1,39 bilhão de reais, mais investimentos de 2,1 bilhões até 2039. Como a Dersa poderia explorar esses corredores por mais 13 anos, ficou acertado que a empresa receberia 1,58 bilhão de reais a título de indenização no primeiro caso e 935 milhões no outro. A Dersa não sabe estimar quanto deixa de arrecadar em pedágios atualmente pela privatização dessas estradas. No último ano em que as operou por 12 meses completos, faturou 281 milhões.
O que chama mais a atenção no relatório da KPMG, datado de 29 de março, é a constatação de que “a continuidade das operações da companhia depende do aporte de recursos financeiros do governo do estado de São Paulo, seu principal acionista, e do recebimento das indenizações citadas anteriormente”. Além disso, o texto assinado pelo auditor Wagner Petelin levanta “dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional” da empresa. É por essa razão que o deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, pretende incluir questionamentos sobre a saúde financeira da Dersa durante uma audiência a ser realizada no parlamento paulista. A oposição espera convocar o presidente da empresa, Laurence Casagrande Lourenço, para esclarecer o excesso de aditivos em obras da Dersa. “Os empreendimentos costumam terminar com um preço bem superior ao do contrato original e causa estranhamento saber que, apesar de estar à frente das maiores obras viárias do estado, a Dersa tenha acumulado prejuízos- tão elevados.”
De acordo com Márcio Cammarosano, professor de Direito Administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), os administradores da Dersa podem exigir o pagamento das indenizações devidas pelo governo paulista, mesmo sendo o estado o seu principal acionista. “Trata-se de uma empresa de economia mista, que também deve satisfações aos seus sócios privados. Se a Dersa tinha direito a explorar essas rodovias por mais tempo e foi impedida, deve ser ressarcida, porque isso pode afetar a economia interna da empresa”, avalia. É pouco provável, no entanto, que os sócios privados da companhia venham requerer alguma coisa. Eles detêm apenas 0,000001% das ações da Dersa. O restante pertence à Fazenda paulista. “Normalmente, numa situação como essa, a administração da empresa entra em acordo com o estado, o principal acionista.”
Por meio de nota, a Dersa diz ter solicitado ao Estado “autorização para converter em capital social a parcela do passivo não circulante, registrada como ‘adiantamento para futuro aumento de capital’”. Em outras palavras, o governo pode autorizar o aporte de 3,4 bilhões de reais para tapar o buraco contábil da empresa. “Tão logo sejamos autorizados pelo nosso acionista, faremos a atualização contábil e passaremos a uma situa-ção de patrimônio líquido positivo”.
Esse investimento, contudo, não diz respeito ao pagamento das indenizações devidas à Dersa pela privatização das rodovias, um débito que deve ser quitado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A nota afirma ainda que a Dersa está negociando com o DER, mas informa que a empresa também possui dívidas com o órgão estadual, sem, no entanto, especificar esses valores. “Ao final das tratativas teremos um encontro de contas, com resultado positivo em favor da Dersa, e um plano de quitação desse débito”, completa o texto. Quanto à decisão de não cobrar juros e correção monetária correspondente às indenizações, a companhia alega ter agido em conformidade com o “princípio da prudência”, uma vez que “não existia naquele momento uma expectativa do correspondente ingresso financeiro imediato”.
Atualmente, a Dersa sobrevive com a receita das travessias de lanchas e ferry-boats que operam no litoral paulista e a prestação de serviços técnicos no campo da infraestrutura de transportes e logística, sobretudo no apoio a grandes projetos viários do governo. A empresa garante não ser dependente do Tesouro paulista, “o que significa que os aportes de capital do acionista são dirigidos somente a investimentos da empresa”. Por essa razão, as contas da Dersa não são registradas no Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo), mecanismo de controle dos gastos públicos aberto aos parlamentares. No fim, a empresa virou uma caixa-preta que não permite avaliar até que ponto as privatizações de rodovias prejudicaram a Dersa e, a despeito do pagamento das concessões, criaram, na prática, um rombo a ser coberto pelos cofres públicos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Resistência seguida de morte???? Será mesmo????

Infelizmente o Brasil AINDA é um país militarizado, indo de encontro a um sistema de segurança modernizado e democrático. O país precisa, urgentemente, rever esse sistema. O ideal seria uma CARREIRA ÚNICA, civil,  e que desse a possibilidade para todos seus integrantes chegarem, por meio de concursos internos, aos cargos mais elevados dentro da instituição. Todos sabem disso, mas o que será que impede de que os 'experts' nessa área avancem com projetos e programas visando a implantação de uma 'polícia de carreira única', mais uniforme e democrática, visando beneficiar a sociedade, ou seja, o povo brasileiro?
Militarismo é retrógrado. Poucos, porém fortes, querem sua permanência, haja vista AINDA a sua existência. Esse regime, cabe apenas às Forças Armadas.


 

17/08/2011 - 08h00

Versão de PM para crime é desmentida por vídeo; assista


Imagens gravadas com um telefone celular segundos depois de um policial militar atirar contra um homem ajudaram a desmontar a farsa inventada pelo soldado para tentar justificar a morte.
Na gravação é possível ouvir quando os moradores da rua onde o crime ocorreu dizem ter sido "covardia", "uma execução". A pessoa responsável pela gravação foi ameaçada de morte.
Nove testemunhas já foram interrogadas pela polícia e também têm medo de morrer.
Eduardo Cardoso Lima, 29, foi baleado seis vezes pelo PM Dionel José Ferreira de Mello, 42, na tarde do feriado de 1º de maio, em Santo André, no ABC Paulista.
Os PMs Sara Barros Souza e Cristiano Gimenez Barreto são investigados sob suspeita de ter demorado propositalmente para levar Lima até um hospital. A suspeita é a de que o socorro demorou 50 minutos, apesar de os dois PMs terem chegado ao local do crime um minuto após a central da PM ter sido acionada por moradores da área.
Na versão do PM Mello, agora preso no Presídio Militar Romão Gomes, Lima foi baleado ao atacar o policial quando ele, fora do horário de trabalho, deixava uma padaria onde bebia.
Inicialmente, por conta da versão dado pelo PM Mello, a morte de Lima foi tratada como uma "resistência seguida de morte", denominação inexistente no Código Penal que, quando usada pela PM, coloca quem morreu como investigado/autor e, por consequência, quem matou é tratado como a "vítima".
Ao investigar o passado dos dois, a Polícia Civil descobriu a armação do PM e o acusou de ter atirado para se vingar de Lima por acreditar que ele furtou duas câmeras de segurança de sua casa.
A suspeita fez até com que o PM Mello, 15 dias antes de matar Lima, registrasse um boletim de ocorrência de ameaça. O PM disse que Lima prometeu matá-lo.
À Polícia Civil, o PM Mello disse que Lima tentou atacá-lo com duas pistolas (uma calibre 45 e outra calibre 6.35).
Exames periciais apontaram que essa mesma pistola calibre 45 foi usada para assassinar em março deste ano André Luís Gomes de Souza, 42, investigador da Polícia Civil que trabalhava no 1º DP de Santo André. A polícia investiga que, horas antes de ser morto com a calibre 45, Souza encontrou o PM Mello.
334 MORTOS POR PMs
Entre janeiro e junho deste ano, 334 pessoas foram mortas por PMs (em serviço ou não) no Estado de São Paulo. Média diária de 1,85. Desse total, 241 foram em "resistência seguida de morte em serviço", ou seja, quando os PMs estavam trabalhando.
O PM Mello já se envolveu em mais de uma dezena de casos que resultaram em mortes, segundo a Polícia Civil. Ao revistar sua casa, foram apreendidas dezenas de fotografias de homens e mulheres espancados, mortos, presos e algemados.
OUTRO LADO
O advogado Welton Orlando Wohnrath, defensor do policial militar Dionel José Ferreira de Mello, diz que ele "agiu em legítima defesa ao atirar" contra Eduardo Cardoso Lima. "Meu cliente entrava no carro e foi atacado. Ele atirou para se defender", disse.
Num primeiro momento, Wohnrath disse que o PM Mello e Lima não se conheciam. Ao ser informado sobre o registro da ameaça que o policial disse ter sofrido de Lima, ele voltou atrás.
Sobre os mais de dez casos em que o PM Mello se envolveu e que resultaram em mortes, o advogado disse que todos foram legítimos e dentro do cumprimento de suas funções como policial. "Tanto é que ele [Mello] nunca foi condenado por nada. Ele é primário".
Ao falar sobre as fotos de homens e mulheres mortos, espancados, presos e algemados encontradas na casa do PM Mello, Wohnrath disse que os "superiores do policial ordenavam que essas imagens fossem feitas para investigações do serviço reservado da corporação".
Procurados ontem, os PMs Sara Barros Souza e Cristiano Gimenez Barreto, investigados sob suspeita de demorar para socorrer Lima, não foram localizados. À Polícia Civil, eles disseram que não ocorreu demora no socorro.
Segundo os dois PMs, os registros da entrada de Lima no hospital apontam 50 minutos de diferença em relação ao momento em que eles chegaram no local do crime porque esse foi o tempo gasto até o preenchimento da ficha de atendimento do baleado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

As razões para a superlotação e as panes do Metrô de SP.

(do Transparência SP)

A revista Carta Capital publicou importante matéria sobre o Metrô paulista. No momento em que o governo Alckmin vem propagandeando que vai criar novas linhas nos próximos 4 anos, o que vemos, na realidade, é a superlotação e panes constantes no transporte metropolitano.
Os grandes jornais preferiram comprar a pauta governista. Não se deram ao trabalho de verificar se nos governos anteriores o planejamento de longo prazo foi realmente cumprido. Se examinassem, descobririam que os investimentos previstos não foram cumpridos.
A matéria da Carta Capital aborda esta questão em detalhes. Só faltou explicar que os problemas no atraso das obras do Metrô de SP representam apenas mais uma consequência da política de "ajuste fiscal permanente" praticada pelos governos tucanos nos últimos 16 anos. Dentro desta política, o corte nos investimentos sempre cumpriu papel central.
Os resultados estão aí: atrasos na ampliação do Metrô, do saneamento, do Rodoanel, da política habitacional, etc.
Depois de 15 anos de paralisia dos investimentos, as obras que são entregues já se apresentam saturadas.




Investigadores não merecem nível universitário - Vejam o absurdo do 'discurso e pensamento retrógrado' de um delegado de São Paulo!

Não! Eu vou fingir que não li um ABSURDO desse!

Enquanto as polícias civis de outros estados, a fim de elevar o nível de seu efetivo, já exigem o 'nível universitário' para TODAS as suas carreiras,  um delegado de São Paulo faz um discurso 'retrógrado' que vai de encontro aos programas de evolução de qualquer corporação policial, haja vista que até os soldados da PM de São Paulo já são carreira de nível superior.

Pobre Polícia Civil paulista! Anda mal das pernas por falta de bons gestores e por sobra de 'politiqueiros de plantão'.

 

http://www.diariodoaltotiete.com.br/materias/?idmat=53282&idedito=38&ided=1254

Polícia

Matéria publicada em 04/08/11
Itaquá
Seccional pede que deputados repensem lei
O delegado seccional João Roque Américo pediu ontem, durante a inauguração da nova sede da Dise em Itaquá que os deputados estaduais que representam o Alto Tietê repensem sobre a lei que obriga aos interessados em trabalhar na Polícia Civil de possuir diploma em curso superior. Segundo ele, esse seria um dos fatores de a polícia encontrar dificuldades em encontrar bons investigadores.

"Muitas pessoas fazem o concurso para a Polícia Civil, mas quando passam na prova, pedem para trabalhar em setores administrativos. Não querem ir para a rua e enfrentar o crime. Essa lei que exige o diploma talvez seja o motivo de poucas pessoas se interessarem no cargo", explicou o delegado. Além disso, ele contou que a média de idade dos investigadores da região é de 40 anos, enquanto os bandidos têm entre 20 e 25 anos. "Poderíamos ter policiais mais novos, caso não fosse exigido o diploma, o que daria um sangue novo na polícia".

A deputada estadual Heroilma Tavares (PTB), que também estava na cerimônia de inauguração da Dise ontem, apoiou o pedido do delegado seccional e afirmou que tomará medidas para ajudar à polícia a solucionar esse problema. "Vou me reunir com a Frente Parlamentar da região e sindicatos de classe para discutir o assunto. Acho isso um absurdo. Sou a favor do ensino superior, mas sei que existem pessoas capacitadas a serem investigadores e que não possuem o diploma. É complicado mudar a lei, mas vamos tentar uma emenda", ressaltou a deputada. (L.D.)

Central de Flagrantes - Eficiência????? Será??????


O governo de SP, nos últimos dias, divulgou a criação das Centrais de Flagrantes como a solução para os problemas de atendimento da Polícia Civil. Só que não atentou-se para a falta de efetivo, de estrutura física e material que atinge toda a corporação. E se isso já não bastasse, a própria população está insatisfeita com as mudanças que, a olhos vistos, logisticamente prejudicou o cidadão já que em muitas situações o mesmo tem que deslocar-se por quase 30 quilômetros de onde o fato ocorreu para registrar a ocorrência, perdendo-se tempo e dinheiro para sua conclusão.
Será que não há nenhum gestor na PC que pudesse esclarecer a situação ao senhor governador? 
Pobre Polícia Civil paulista! Anda mal das pernas por falta de bons gestores e por sobra de 'politiqueiros de plantão'.

09/08/2011
População reclama de novas centrais de flagrante em SP
Muitas vezes, caso é encaminhado para longe do local do crime.
Alckmin diz que centrais diminuem espera para registro de ocorrências.
Do G1 SP
Há nove delegacias só para registrar flagrantes em toda a capital paulista. A promessa é de atendimento mais rápido e eficiente, mas não é isso que a população tem encontrado. Com as novas centrais, quem precisar registrar um flagrante tem de andar mais pela cidade. Se uma pessoa for assaltada na Avenida Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista, e o criminoso for preso, o caso terá de ser registrado na Central do Jardim das Imbuias, que fica a 16 km de distância do local do crime.
Uma nova central de flagrantes foi inaugurada nesta terça-feira (9) no Brás. Ela vai atender a população da região central da cidade. O governador Geraldo Alckmin disse que o objetivo é agilizar o atendimento. “É uma reengenharia que busca diminuir as despesas, melhorar os recursos humanos, mas, especialmente, liberar a polícia mais rapidamente para o seu trabalho e facilitar a vida da população, que não terá de ficar horas esperando no distrito policial”, diz.
Mas não é isso o que as vítimas contam. Na central de flagrantes que cobre a maior parte da Zona Sul de São Paulo, vítimas e suspeitos entram e saem pelo mesmo espaço e dividem um ambiente comum.
As nove centrais na capital estão no Brás, Sacomã, Ceagesp, Portal do Morumbi, Águia Fria, Vila Carrão, Jardim das Imbuias, Vila Jacuí e São Mateus. “É um absurdo. Fui ao distrito do lado do meu consultório e me mandaram vir para cá”, diz Ana Lúcia Carvalho, que esperou mais de três horas para ser atendida.
Foi o que aconteceu também com Édio Sotero. Ele foi assaltado na região do Parque Santo Antônio pela 23ª vez em dois anos. Sotero precisou atravessar quase 30 km na cidade para fazer o boletim de ocorrência.
Na última semana, foram registrados mais de cem flagrantes na central do Jardim das Imbuias.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cortes nos investimentos estaduais chegam a 52% em comparação a 2010.

Estado de São Paulo reduz em R$ 2,1 bilhões os investimentos no primeiro semestre de 2011.
(do Transparência SP)

Nestes tempos de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento/PAC do governo federal, a grande imprensa apressou-se em observar que os investimentos federais foram 10% inferiores, no primeiro semestre de 2011, aos valores realizados em igual período de 2010.

As críticas com relação à lentidão dos investimentos federais foram constantes em diversas reportagens. Mesmo diante de um novo governo, os argumentos desenvolvidos pela grande imprensa falavam em “governo de continuidade”, tornando injustificável a redução dos investimentos. Incompetência e corrupção foram causas listadas para a pequena redução nos investimentos federais.

O que falar então dos números alarmantes apresentados pelo governo Alckmin nestes primeiros seis meses de 2011?

Mesmo diante de um aumento de 5,47% na arrecadação em relação ao ano anterior, os investimentos estaduais executados caíram 52% no mesmo período.

De janeiro a junho de 2011, o governo estadual teve uma arrecadação superior em ICMS e IPVA (os dois principais tributos estaduais) de quase R$ 6 bilhões em relação ao mesmo período de 2010.



Ainda assim, os investimentos diretos do governo Alckmin e os repasses para as empresas estatais investirem foram muito menores, apresentando uma queda de R$ 2,1 bilhões no período.

O total dos investimentos (investimentos diretos + repasses para empresas estatais), que no primeiro semestre de 2010 já havia atingido a casa dos R$ 4 bilhões, agora, em 2011, foi de apenas R$ 1,9 bilhão.

Os investimentos realizados diretamente pelas secretarias estaduais foram de R$ 3 bilhões de janeiro a junho de 2010, enquanto no primeiro semestre de 2011 este valor foi inferior a R$ 1,4 bilhão.

Dentro deste item, destaca-se a queda de 56,9% no valor gasto com “obras e instalações” – de R$ 2,4 bilhões em 2010 para R$ 1 bilhão em 2011.

Já os repasses para as empresas estatais investirem foram 42,7% menores do que no ano passado. Enquanto em 2010 estes repasses haviam sido de R$ 1 bilhão, em 2011 eles foram inferiores a R$ 600 milhões.


Esta queda nos investimentos atingiu todas as principais secretarias do governo do Estado de SP.

Na educação, a queda dos investimentos foi de quase 63%, atingindo, principalmente, os programas de construção de escolas e de apoio às APAES.

Na saúde, a queda dos investimentos foi de 71%, sendo que as ações mais atingidas foram as de apoio às Santas Casas (entidades filantrópicas), os repasses para as organizações sociais e os investimentos nas unidades e serviços de saúde administrados pelo próprio Estado.

Na cultura, o corte dos investimentos foi quase total (83%), atingindo as obras de criação, expansão e readequação de museus, bem como a construção de novas “fábricas de cultura”.

Na agricultura, o governo paulista não investiu um único centavo no crédito para expansão do agronegócio, cortando quase pela metade os valores investidos na subvenção “prêmio-seguro” para o agronegócio.

Nos transportes, os investimentos foram 56,7% menores. O governo estadual cortou recursos em todas as ações, principalmente na duplicação e recuperação das rodovias estaduais e na ampliação e modernização dos aeroportos estaduais.

Na segurança os cortes foram de 45,8%, atingindo principalmente as ações de re-aparelhamento da polícia civil.

Na administração penitenciária, a ampliação do sistema prisional teve apenas a metade dos recursos investidos quando comparamos com o ano anterior.

Na habitação, a secretaria não gastou um centavo no re-assentamento habitacional e na produção de unidades habitacionais. Os repasses para a CDHU investir também foram 22,4% menores do que em 2010.

No meio ambiente, destaca-se a queda dos investimentos na recuperação da Serra do Mar e no desenvolvimento do ecoturismo na região da mata atlântica.

Finalmente, na Secretaria de Transportes Metropolitanos, o governo Alckmin investiu 23,6% menos na CPTM e repassou 58,2% a menos para o Metrô em comparação com 2010.

Na CPTM, praticamente todas as linhas de trens receberam menos investimentos em relação a 2010, enquanto o governo estadual deixou de repassar ao Metrô quase R$ 400 milhões em relação ao ano passado.

Todos os números demonstram uma só realidade: o governo Alckmin praticamente “paralisou” os investimentos públicos nestes primeiros seis meses.

Incompetência administrativa, corrupção, falta de planejamento ou crença absurda no “ajuste fiscal permanente” baseado em corte de investimentos, as causas desta paralisia merecem investigação.

Comparando os números iniciais, o governo Dilma apresentou uma capacidade de investimento muito maior do que o governo Alckmin.





São Paulo sobrevive com investimentos federais e municipais, diz economista


(na Rede Brasil Atual)

São Paulo - Nos seis primeiros meses de governo à frente do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) cortou 52% dos investimentos diretos e repasses a empresas estatais, em comparação com o mesmo período de 2010. Dados do Sistema de Informação e Gerenciamento do Orçamento (Sigeo) demonstram que as áreas de saúde, educação, cultura e transportes metropolitanos foram as mais afetadas.
Especialistas apontam "lentidão e falta de planejamento" do governo estadual. "O governador dá continuidade aos sucessivos ajustes da máquina, que já duram 16 anos", opina o economista José Alex Soares.
Enquanto a arrecadação do estado subiu 5,47%, cerca de R$ 6 bilhões, em comparação com o primeiro semestre do ano passado, devido ao aumento de arrecadação de impostos estaduais como ICMs (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), investimentos diretos e repasses a empresas estatais passaram de R$ 4 bilhões no primeiro semestre de 2010 para R$ 1,9 bilhão de janeiro a junho de 2011.
Para Soares, São Paulo deixou de ser um estado "investidor" para ser mero "gerenciador" de recursos para Organizações Não Governamentais (ONGs) ou Organizações Sociais (OSs). “Desde 1994, há uma lógica de organização da máquina do estado em que investir nunca foi prioridade", explica. "Isso não é de se estranhar na gestão desse grupo político", pondera o professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp).
Com o corte sistemático de investimentos, grandes obras no estado têm sido realizadas graças a parcerias federais e municipais. “Pegando as grandes obras em ação no estado, o metrô não cumpriu nenhuma das suas metas de expansão. O pouco que realizou foi com dinheiro da União. Rodoanel, a mesma coisa”, afirma o economista.
Na área de cultura, os cortes chegaram a 83% dos investimentos. De acordo com levantamento da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) serão afetadas obras de criação, expansão e readequação de museus. “É um grande pesar, mas reflete o processo de interpretação do Brasil que pensa em ações muito direcionadas para setores erudidos, da classe média e alta”, reflete Soares.
Na saúde, o corte foi de 71% e deve atingir ações de apoio às Santas Casas e investimentos nas unidades e serviços de saúde administrados pelo próprio Estado. A queda nos investimentos na educação foi de 63%, o que coloca em risco programas de construção de escolas e de apoio às Apaes, mostra o levantamento.
Os transportes metropolitanos, entre eles, trem e metrô também perderam investimentos. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), responsável pelas linhas de trem na região metropolitana, deixou de receber 23,6% de recursos em relação ao ano passado. A Companhia do Metropolitano (que gerencia o metrô) teve 58,2% a menos de repasses em 2011. Programas de habitação, agricultura e meio ambiente também foram afetados.

Morosidade

Segundo o líder do PT na Alesp, deputado Ênio Tatto, a redução nos investimentos no estado reflete falta de planejamento e confirma a morosidade característica dos governos do PSDB. “A lentidão é uma marca dos governos tucanos, desde que o Alckmin governou São Paulo pela primeira vez”, diz. “Agora ele confirma essa forma de governar”.
O baixo zelo nos investimentos tem impacto direto na qualidade de vida da população, avalia Tatto. “Educação e saúde deveriam ser referências em São Paulo. Nada justifica 71% a menos de recursos na saúde”, avalia.
O líder petista também faz críticas à falta de investimentos em segurança pública, que segundo o estudo perde 45,8% de verbas orçamentárias. “Temos delegacias sem delegados de plantão e maquiagem de dados (sobre a violência no estado). O resultado é uma grande violência que já saiu do controle.”

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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