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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Secretaria da Educação prejudica professores já no começo de 2012

Izabel Noronha: Secretaria da Educação de SP afronta a todos
A lei tem que ser cumprida!
Não abriremos mão dos nossos direitos!
por Maria Izabel Azevedo NoronhaA Secretaria Estadual da Educação (SEE) não vem agindo corretamente em relação ao ano letivo de 2012, deixando mais de duzentos mil professores estaduais em estado de insegurança e expectativa, após antecipar a atribuição de aulas para 23 de janeiro. Isto ocorre em decorrência de sua relutância em cumprir a lei 11.738/2008 (lei do piso), que determina a recomposição da jornada de trabalho com a destinação de, no mínimo, 1/3 dessa jornada para atividades extraclasses.
O Estado é muito eficiente e rápido quando se trata de criar e cumprir leis que prejudicam os servidores públicos. Nesses casos, as razões políticas e administrativas sempre falam mais alto e às autoridades pouco importa os impactos dessas medidas na vida dos professores e demais trabalhadores dos serviços públicos. Quando se trata, porém, de cumprir leis que nos beneficiam, o Estado protela, tergiversa, recorre, enrola. Mas todas as leis, sejam quais forem, estão aí para serem cumpridas e não abriremos mão de nossos direitos.
No caso da SEE, o órgão responsável por realizar essa operação de enrolação e tentativa de escapar à lei é a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos – CGRH, antigo DRHU. Dali partem as mais diversas hipóteses e “continhas” destinadas a tentar desmentir o óbvio: a rede estadual de ensino destina apenas 17% da jornada de trabalho dos professores a atividades extraclasses, qualificadas pela lei complementar 836/97 (plano de carreira) como Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) e Horário de Trabalho em Local de Livre Escolha pelo docente (HTPL). Esse percentual, pela lei 11.738/08 terá que ser elevado a 33% (HTPC e HTPL). No caso do professor com jornada de trabalho integral, por exemplo, que hoje permanece 33 horas em atividades com alunos, deverá permanecer 26 horas com alunos, 6 em HTPC e 8 em HTPL. É um fato. Não há discussão quanto a isso.
Desde agosto, quando essa questão se tornou absolutamente pacífica com a publicação do Acórdão do Supremo Tribunal Federal rejeitando a Ação Direta de Inconstitucionalidade movida por cinco estados (com apoio do Governo de SP) contra a lei 11.738/08, vimos alertando a SEE sobre a necessidade de adequar-se à legislação, preparando a atribuição de aulas e todo o processo educativo na rede estadual conforme as novas regras. Nada foi feito. Diante disso, ingressamos com ação judicial e obtivemos liminar para que a lei seja cumprida de imediato, na forma estabelecida nas leis 11.738/08 (federal) e 836/97 (estadual). O Estado recorreu e perdeu. Ainda assim, não publicou até o momento a resolução que regulará a atribuição de aulas de 2012, levando em conta a lei do piso.
A recomposição da jornada de trabalho não é assunto meramente corporativo. A lei 11.738/08 está embasada na necessidade de conferir mais qualidade à educação
brasileira, assegurando ao professor tempos que são inerentes à tarefa de ensinar: aqueles destinados às atividades com alunos (a maior parte), tempo para as atividades pedagógicas  letivas (que pode incluir a formação no próprio local de trabalho) e àquelas tarefas individuais que podem ser exercidas em qualquer local escolhido pelo docente, como a preparação de aulas, elaboração e correção de provas e trabalhos, leitura de livros e atualização etc. Isto é claramente reconhecido no despacho do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública quando diz que o cumprimento da lei 11.738/08 interessa a professores e alunos, pois significa mais qualidade de ensino.
Ao não cumprir a lei a SEE afronta não somente a nós, professores, mas também a Justiça. O secretário anterior também descumpriu uma liminar em 2010, relativa à classificação diferenciada entre professores das “categorias” L e O, enquanto recorria da mesma, e sofreu processo por improbidade administrativa. É verdade que ele conseguiu cassar a liminar, mas é também verdade que ganhamos sentença favorável ao final da ação. Tivemos o bom senso de concordar com o juiz quanto à não aplicação no momento em que o ano letivo já havia há muito se iniciado, mas o bom senso falta agora à SEE, que pretende criar uma situação de fato, afrontando a todos. Não permitiremos. Ainda que a SEE ingressasse com o chamado “embargo declaratório” para fugir ao cumprimento da liminar, seu resultado não sairia a tempo de influir  atribuição de aulas de 2012.
Estamos atentos e em estado de alerta. Vamos às últimas consequências para que nos seja assegurado um direito já conquistado. Se necessário, vamos à greve, mas não abriremos mão da recomposição da nossa jornada de trabalho, pois é uma medida que respeita os professores e contribui para a melhoria do processo ensino-aprendizagem nas escolas estaduais de São Paulo.
Maria Izabel Azevedo Noronha é presidenta da Apeoesp ( Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e membro do  Conselho Nacional de Educação e do Fórum Nacional de Educação.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Prepare o bolso para o aumento do seguro do seu carro em 2012




http://tuliokahn.blogspot.com/2011/12/prepare-o-bolso-para-o-aumento-do.html

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Prepare o bolso para o aumento do seguro do seu carro em 2012

Analisando as estatísticas criminais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia, que publicam seus dados mensalmente (como sempre defendi...) mostramos que o pais passa por um ciclo de alta da criminalidade desde o segundo semestre de 2010. Minas Gerais, infelizmente, não publicou ainda nenhum dado de 2011 mas ali também é perceptível uma piora nos crimes patrimoniais desde maio de 2010.
E o carro chefe desta elevação criminal é o roubo de veículos, indicador cuja confiabilidade é elevada em virtude da baixa subnotificação. Vejamos a evolução deste indicador de setembro de 2010 a setembro de 2011: no Rio de Janeiro 9,5% de crescimento nestes 12 meses, no Rio Grande do Sul  16,7%, em São Paulo 28% e na Bahia (dados apenas da Capital) 59,3%. Na média, um crescimento de 24,6% nos roubos de veículos do ano passado para cá.
Como já discutimos anteriormente, a desaceleração econômica explica em parte esta tendência, que é geral, e a gestão explica outra: o impacto da piora econômica em todos os indicadores tem sido menor no Rio de Janeiro, onde o governo inova na segurança. Por isso a variação do roubo de veículos no RJ é menor e se deu mais tardiamente do que em outros lugares.
Uma consequência indireta é o aumento dos latrocínios, uma vez que a maior parte dos latrocínios ocorre durante tentativas de roubo a veículos. Outras consequências são o aumento da sensação de insegurança, mais gente circulando armada para defesa pessoal e portanto, a média prazo, impacto sobre os homicídios. Por fim, mesmo para quem não teve o veículo roubado, aumento nos seguros para todos, em função do aumento da sinistralidade. (curiosamente, o valor do seguro raramente cai quando há queda na sinistralidade...)
Finalizo agradecendo aos quase 10 mil leitores do blog, desejando um feliz Natal / Chanuká  a todos e que seu carro não seja roubado em 2012 !

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Privataria Tucana disputado a tapa: 120 mil exemplares

por Conceição Lemes

A Geração Editorial acaba de mandar uma ordem para a gráfica para imprimir mais cópias do livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Tiragem total até o momento: 120 mil exemplares.
“O trabalho está insano por aqui”,  contou-nos há pouco por e-mail Willian Novaes, assessor de imprensa da Geração. “Ontem um vendedor ’surtou’. Foi embora porque não aguentava mais os clientes [livrarias] brigar pelos ‘poucos’ exemplares.”
No sábado teve “tumulto” até na porta de uma das gráficas que estão rodando A Privataria. Foi entre duas distribuidoras (uma de Minas Gerais), disputando o  reparte disponível. Hoje, o “problema” foi resolvido. Cada uma levou metade.
“Eu já perdi a conta de ligações de clientes [clientes e distribuidoras] ‘xingando’ a gente, porque querem o livro”, dizFernanda Emediato, sócia da editora,  num misto de  surpresa e felicidade pelo sucesso estrondoso. “O livro está sendo disputado a tapa.”

De bico calado

Leandro Fortes

É praticamente impossível, dadas as quantidades envolvidas, listar todas as ações da mídia brasileira voltadas para escamotear, manipular ou simplesmente mentir diante de uma realidade sobre a qual perdeu o controle quando, em 2002, o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu presidente da República. Arregimentada às pressas para assumir o papel de oposição no lugar de um combalido Exército de Brancaleone perfilado em torno do PSDB, a imprensa nativa passou a se dedicar à diuturna tarefa de tentar esconder do mundo, e principalmente dela mesma, as mudanças sociais resultantes da inflexão política decorrente da eleição de Lula e da chegada do PT ao poder.

A ação orquestrada de tucanos e aliados da mídia tenta sufocar, sem sucesso, livro de denúncias sobre a privatização na era Fernando Henrique Cardoso. Foto: José Cruz/ABR
Primeiro, tentou neutralizar o potencial das políticas de distribuição de renda e voltou todas as suas baterias contra o Bolsa Família, programa social que tirou 20 milhões de brasileiros da linha da miséria. O Brasil dos rincões e das periferias, mesmo longe do noticiário, tornou-se um poder fundamental para a reeleição de Lula em 2006, apesar do escândalo do chamado “mensalão”, samba de uma nota só entoado pela mídia para tentar apear o presidente petista do Palácio do Planalto e entronizar o tucano Geraldo Alckmin. Na campanha eleitoral de 2010, foi a vez de aFolha de S.Paulo emplacar, na primeira página, uma ficha policial falsa da então candidata Dilma Rousseff. A intenção era fixar no imaginário do eleitorado a figura da guerrilha fria e cruel, assassina a soldo do comunismo ateu.
Alheios à irrelevância desse tipo de estratégia ante o poder da internet, os conglomerados de comunicação sob o comando de meia dúzia de famílias entregaram-se, assim, a uma guerra sem trégua contra o bom senso e a razão até chegar, na semana passada, ao paroxismo de um surto psicótico de fundo golpista. Por conta disso, desde a sexta-feira 9, jornalistas das maiores e mais conhecidas redações brasileiras passaram a se dedicar à tarefa inglória de brigar com fatos. Sem aviso prévio nem estratégias de salvaguarda, os principais grupos privados de mídia do País foram atropelados pelo best seller A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., uma espécie de guia geral de tramoias e banditismo de Estado a envolver o ex-governador de São Paulo José Serra, além de amigos, sócios e parentes do tucano por ocasião do processo de privatização de estatais, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, entre 1998 e 2002.
*Leia a matéria completa na Edição 677 de CartaCapital, já nas bancas

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Depois de 17 anos, "choque de gestão" começa agora no Estado de SP

(do Transparência SP)

Com atraso de uma década e meia, agora começa o choque de gestão paulista.

O governo paulista abriu uma concorrência na secretaria de gestão visando à contratação de “PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA PARA DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE MODELO DE GESTÃO PARA MELHORIA DO GASTO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO”.
Chama a atenção esta licitação, pois sempre o governo paulista divulgou que tinha o controle estrito do seu gasto e já teria realizado o famoso choque de gestão no Estado de São Paulo.
O simples lançamento da licitação e o esforço do governo para realizá-la revelam a necessidade de um controle do seu gasto. Além do mais, é espantoso que o governo paulista não tenha um modelo de gestão do gasto público e agora, depois de 17 anos de governo, pretenda implantá-lo.

A licitação na qualificação técnica sublinha o corte de gastos que “são de maior relevância técnica e valor significativo a prestação de serviços de consultoria e implantação de processos de redução de despesas e gastos bem como de gestão estratégica de suprimentos em pessoa jurídica de direito público ou privado com Patrimônio Liquido acima de R$ 1 bilhão”.

O preço da licitação segundo o edital não poderá ser superior a R$8.205.120,00 (oito milhões, duzentos e cinco mil, cento e vinte reais). O prazo de execução do objeto desta licitação é de 540 (quinhentos e quarenta) dias corridos, contados a partir data fixada na Autorização de Serviços, conforme condições estabelecidas nos Anexos desta concorrência.

O edital aponta entre os principais objetivos deste trabalho:

2.1. Objetiva-se o desenvolvimento de projeto para implantação de metodologias e práticas para a construção de um modelo de gestão para melhoria do gasto público do Estado de São Paulo, com base em práticas nacionais e internacionais, visando:

• A redução de despesas com custeio, envolvendo o monitoramento de resultados, sob o aspecto do custo/benefício das aquisições com materiais e serviços, e despesas de passagens, locomoção e transporte;

• A definição de modelos de gestão de suprimentos, as diretrizes para implantação do Plano Anual de Contratações Públicas, o aprimoramento dos mecanismos de relacionamento com o mercado fornecedor em seus diversos segmentos;

• O treinamento e capacitação de servidores estaduais para atuarem como agentes multiplicadores do modelo.

2.2. O Modelo de Gestão para Melhoria do Gasto Público do Estado de São Paulo a ser proposto deverá observar as normas e procedimentos internos, as normas gerais de licitações e contratos, de execução orçamentária e financeira, bem como os regulamentos pertinentes à passagens, diárias e locomoção e à área de suprimentos praticados no Estado de São Paulo, com a possibilidade de apresentação de sugestões que colaborem com o aprimoramento da disciplina normativa vigente.

2.2.1. A Secretaria de Gestão Pública fornecerá à empresa de consultoria contratada toda a fundamentação legal citada neste item, se necessário.

2.3. O projeto contendo o Modelo de Gestão para Melhoria do Gasto Público do Estado de São Paulo será desenvolvido em quatro etapas: Etapa 1 – Diagnóstico para Identificação de Oportunidades; Etapa 2 – Desenvolvimento; Etapa 3 - Capacitação; Etapa 4 – Implantação

O governo quer o pente fino nos seguintes itens de despesa que somaram R$ 17,6 bilhões em 2010.

339014 Diárias Pessoal Civil
339015 Diárias Militar
339030 Material de Consumo
339033 Passagens e despesas de locomoção
339035 Serviços de Consultoria
339036 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física
339037 Serviços de Limpeza, Vigilância e outros – Pessoa Jurídica
339039 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica
339050 Serviços de Utilidade Pública

No levantamento feito na execução orçamentária estão os motivos que levam o governo a fazer esta licitação. Analisando-se uma série histórica de 2000 a 2010 do gasto com custeio, corrigido pelo IGP-DI, índice de inflação utilizada pelo governo paulista, comprova-se que a destinação de recursos para os municípios cresceu 37%, enquanto que o custeio geral subiu quase 97%, com destaque para diárias militares (+90%), medicamentos e insumos farmacêuticos (+156%), munição (160%), cestas básicas (3176%), outros serviços de terceira- pessoa física (+150%).
Na despesa com terceiros- pessoa jurídica chama a atenção para o crescimento de mais de 97% no gasto com os contratos de gestão das organizações sociais de 2007 até 2010, gasto que chegou a R$ 2,7 bilhões. Ainda chama a atenção, o crescimento de 282% com locação de equipamentos de informática, com propaganda e publicidade (+300%) e reforma de bens imóveis (+130%).

A despesa com passagens e locomoção subiu 109%, com destaque a locação de veículos e aeronaves 490% e outras despesas com transportes e locomoção. Os serviços de consultoria subiram 162% e os serviços de vigilância e limpeza cerca de 137%.
O governo afirma que já “implantou vários sistemas com o objetivo de aprimorar o controle da execução orçamentária e financeira e das compras governamentais”. Mas que “a implantação destes sistemas aprimorou a gestão da informação e o controle dos gastos, mas não esgotou as possibilidades de racionalização e melhoria do gasto público, com a revisão de processos de trabalho, tornando-os mais eficazes, contribuindo para o planejamento das contratações de bens e serviços, otimizando a utilização dos recursos públicos”.

No edital o governo paulista defende que “implantar esse modelo (de gestão) na Administração Estadual é o grande desafio, o que exigirá um conhecimento sobre o processo logístico da esfera pública, o qual deve estar alinhado aos conceitos existentes na esfera privada e à realidade e operacionalidade da esfera pública. Ainda nesse contexto, uma das prioridades do Governo paulista tem sido a busca pela qualidade do gasto público e da transparência das ações governamentais”.

Deste modo, apesar dos “avanços incrementais”, para usar as palavras do Secretário de Planejamento do governo paulista, não se constituiu um modelo de gestão na administração pública paulista, mas apenas medidas pontuais e paliativas para o controle público em São Paulo. Mas ainda falta muita transpência como se viu no caso das emendas secretas dos parlamentares paulistas.

A licitação está em curso e participaram deste certame a as seguintes empresas:

1-)E-STRATÉGIA PÚBLICA CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA, CNPJ 08.470.240/0001-61,

2-)CONSÓRCIO KPMG (KPMG CONSULTORIA LTDA, CNPJ 01.708.167/0001-74 e KPMG ASSURENCE SERVICES LTDA, CNPJ 06.240.429/0001-32),

3-)INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL S/A- CNPJ 05.485.279/0001-64 E

4-)CONSÓRCIO ERNST & YOUNG TERCO (ERNST & YOUNG TERCO ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA CNPJ 59.527.788/0001-31 e ERNST YOUNG TERCO AUDITORES INDEPENDENTES S/S, CNPJ 61.366.936/0001-25.

Todas as empresas foram inabilitadas até o momento, apesar de terem apresentado recursos que serão julgados. Um dos motivos da inabilitação foi a comprovação de prestação de serviços de consultoria e implantação de processos de redução de despesas e gastos bem como de gestão estratégica de suprimentos em pessoa jurídica de direito público ou privado com Patrimônio Liquido acima de R$ 1 bilhão, como no caso do o Consórcio Ernst & Young Terco. O mesmo ocorreu com a KPMG. No caso da empresa E-STRATÉGIA PÚBLICA CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA a sua inabilitação para este item visto que o Coordenador Geral indicado não pertencente ao quadro da empresa licitante e sim da empresa SLP Consultoria Limitada.

Relatório das emendas parlamentares publicado pelo governo paulista apresenta falhas.

(do Transparência SP)

A reportagem abaixo revela que o relatório das emendas parlamentares publicado pelo governo paulista está "furado". Em apenas uma área (a Assistência Social), o relatório omite quase 200 emendas, no valor de R$ 10 milhões.
Com isso, a alegada transparência do governo estadual está comprometida. Na verdade, não tem o controle ou não quer realmente divulgá-las. Em qualquer um dos casos, a situação é grave: se não quer divulgá-las, "esconde" da sociedade algo que deveria ser público; se não tem o controle das emendas, temos um total desgoverno na Casa Civil.

SP: relatório do governo omite R$ 10 milhões em emendas ao Orçamento

Estado deixa de incluir a execução de quase 200 emendas da Secretaria de Desenvolvimento Social em lista apresentada em outubro. Casa Civil de São Paulo não explica divergência.
(por Raoni Scandiuzzi, da Rede Brasil Atual)
São Paulo – Cerca de R$ 10,4 milhões em emendas parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) desde 2008 tiveram recursos liberados sem que sua efetiva aplicação conste no relatório divulgado pela Secretaria da Casa Civil sobre a execução do Orçamento paulista. A discrepância traz novo indício de que o conteúdo divulgado em outubro pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) ficou aquém da promessa de dar transparência à gestão orçamentária. Emendas e indicações parlamentares no estado estão no centro de suspeitas de corrupção na Assembleia Legislativa, com desvios de verba pública.

Segundo o Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento (Sigeo), a Secretaria de Desenvolvimento Social – uma das dez que compõem a estrutura do Executivo paulista – foi agraciada com aproximadamente 830 indicações de emendas nos últimos três anos. Desse total, porém, 198 permanecem excluídas do relatório publicado pelo governo, apesar de terem recebido no Sigeo a rubrica de "executadas". O sistema reúne informações sobre transferências de recursos do governo estadual, e é acessível aos gabinetes de deputados estaduais e de secretarias do Executivo.

A Casa Civil foi procurada para explicar as razões para ter "escondido" cerca de R$ 10 milhões nas informações que presta à população mas não respondeu até as 16h desta quinta-feira (8). Para o deputado estadual João Paulo Rillo, líder da oposição (PT), a revelação de emendas "escondidas" é preocupante. "Isso significa que houve ou desorganização ou má fé, e as duas coisas são bastante sérias", disse.

A Rede Brasil Atual já havia apontado irregularidades na prestação de contas do Orçamento elaborada pelo governo de São Paulo. O secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, teve a relação de suas indicações de emendas alteradas e outros parlamentares reforçaram as suspeitas. Os dados divulgados chegaram a provocar insatisfações dentro da base aliada de Alckmin na Casa.

Venda de emendas

As suspeitas de venda de emendas parlamentares ao Orçamento paulista vieram à tona a partir de denúncias apresentadas pelo deputado Roque Barbiere (PTB) em setembro passado. Ele afirmou que de 25% a 30% dos parlamentares da Assembleia Legislativa cobravam comissões por suas indicações em troca de parte dos recursos liberados geralmente para entidades beneficentes.
O caso chegou a ser objeto de investigação do Conselho de Ética da Assembleia, ativado para o caso, mas manobras governistas enterraram o processo. O Ministério Público Estadual acompanha o caso, ouve envolvidos, mas nenhuma conclusão foi divulgada.
Emendas e indicações ao Orçamento paulista são fruto de um acordo informal entre deputados e o governo estadual, firmado em 2006 e mantido desde então. Cada parlamentar tem direito a apontar o destino de R$ 2 milhões anuais para projetos como quadras esportivas, reformas em unidades de saúde etc. Por conta de o acordo não ser regulamentado, não há previsão de punições nem clareza sobre quem tem direito a apresentar emendas.
A decisão da Casa Civil de tornar públicos os dados referentes às emendas foi uma promessa de Alckmin para tentar minimizar o caso. Além da inconsistência nos dados, o governo paulista tampouco esclareceu por que um deputado federal e dois deputados estaduais licenciados para ocupar secretarias do governo tiveram direito a indicar emendas.

sábado, 10 de dezembro de 2011

NOTA À IMPRENSA - Polícia Federal desmente “A FALHA” – Esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados

O assunto abaixo deveria ser muito bem acompanhado pela sociedade e, principalmente,  por nossos representantes legais, ou seja, os parlamentares, pois temos muitos e muitos exemplos de  'acertos' que ocorrem nos bastidores para acobertar o que realmente  acontece dentro nos corredores do DENARC, DEIC e em outros departamento da SSP. Afinal,na ALESP existe uma Comissão voltada para assuntos da Segurança Pública, não é mesmo? Portanto, essa seria uma boa hora de 'fiscalizarem' as ilicitudes das condutas de agentes que deveriam, pelo menos em tese, trabalhar em prol da população de São Paulo e não à favor da criminalidade ou em proveito pessoal.

 

 http://flitparalisante.wordpress.com/2011/12/10/policia-federal-desmente-a-falha-esclarecemos-que-os-supostos-policiais-civis-nao-foram-identificados/

Polícia Federal desmente “A FALHA” – Esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados

10/12/2011

NOTA À IMPRENSA

São Paulo – Diante da notícia divulgada no jornal Folha de São Paulo nesta data, “PF acusa policiais de SP de extorsão a traficantes”, a Polícia Federal presta os seguintes esclarecimentos.
Deduz-se que a matéria se refere à operação policial deflagrada em 27/10/2011 para combater organização criminosa baseada em São Paulo/SP que atuava no tráfico internacional de drogas. Essa operação decorreu de uma investigação iniciada em 2010, com abrangência em 7 estados da Federação, e resultou, ao longo de um ano e meio, na prisão de 105 pessoas e na apreensão de cerca de 4,3 toneladas de cocaína e 5,2 toneladas de maconha – fato amplamente divulgado pela imprensa.
A investigação foi concluída e remetida ao Ministério Público Federal em 7/12/2011 e não identificou policiais civis envolvidos na organização criminosa. Diferentemente do que foi publicado de que “policiais civis não foram presos porque isso alertaria os traficantes”, esclarecemos que os supostos policiais civis não foram identificados. Caso isso ocorresse, todas as medidas legais cabíveis teriam sido tomadas em conjunto com a Delegacia Geral de Polícia e com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Toda vez que uma investigação da PF não consegue apurar indícios de outros crimes envolvendo servidores públicos, as informações são encaminhadas aos órgãos competentes, após autorização da Justiça Federal.
Enfatizamos que o inquérito policial está sob segredo de Justiça e que a Polícia Federal se restringirá as informações desta nota.

Setor de Comunicação Social / Superintendência da PF em São Paulo

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Recessão de 2009 em São Paulo foi maior do que no Brasil

(Do Transparência SP)

Em 2009, ano em que a crise internacional atingiu fortemente o Brasil, o Estado de São Paulo passou por uma recessão ainda maior.
Enquanto o PIB do Brasil caiu 0,3%, o PIB Paulista recuou 0,8%.
Os dados foram publicados pelo IBGE.
Em relação às 27 Unidades da Federação, os paulistas ficaram na 21a. colocação. O Estado de SP superou apenas os Estados do Paraná, Maranhão, Amazonas, Pará, Minas Gerais e Espírito Santo. 
As regiões nordeste e centro-oeste, neste ano de grave crise econômica, apresentaram crescimento econômico, reforçando o acerto das políticas de distribuição de renda e desenvolvimento regional do Governo Federal e daqueles Estados em questão.
A falta de ações efetivas de combate à crise pelo governo paulista, já denunciada por este blog (http://transparenciasaopaulo.blogspot.com/2009/10/governo-lula-enfrenta-crise-governo.html), acabou produzindo este resultado: o Brasil enfrentou a crise melhor que o Estado de SP.
Estes números, logicamente, a grande imprensa não gosta de divulgar.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Governo Alckmin corta R$ 4,1 milhões em investimentos nos aeroportos estaduais em 2011

(do Transparência SP)
Os jornalões tentam esconder, mas a responsabilidade por esta parte do "caos aéreo" é do governo paulista. OS aeroportos citados na matéria estão sob a reponsabilidade do DAESP, órgão do governo paulista. Sem investimentos em infraestrutura e segurança, os aeroportos paulistas estão em piores condições ainda que os aeroportos administrados pelo governo federal (Infraero).
A matéria abaixo é um primor de jornalismo que tenta transferir responsabilidades do Estado para o Governo Federal. Segundo a reportagem, só com a participação da Polícia Federal a situação pode melhorar. A Polícia Militar está "aberta" a convênio. Em outras palavras, a PM não dá conta dos aeroportos administrados pelo Estado. É isso.
Se os jornalões estivessem efetivamente comprometidos em apurar as responsabilidades pelos problemas nos aeroportos estaduais, examinariam a tabela que postamos abaixo da reportagem. Nela observamos que os investimentos realizados pelo DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de SP) de janeiro a outubro de 2011 foram 33% inferiores aos investimentos no mesmo período em 2010. Uma queda de R$ 4,1 milhões.

São Paulo tem cerca de 80 aeroportos regionais sem segurança
Pelas pistas passam de catador a bandidos; PM diz que está aberta a convênio

(do O Estado de São Paulo, por William Cardoso e Marcelo Godoy)

SÃO PAULO - Ladrões entram no Campo dos Amarais, em Campinas, para roubar pilotos. Passageiro tenta pegar carona em avião já na pista do Aeroporto Leite Lopes, de Ribeirão Preto. Catadores de papelão circulam por hangares em Sorocaba. Esses são apenas alguns flagrantes da insegurança que atinge os quase 700 aeroportos regionais.
Preocupada com isso e com os grandes eventos que o Brasil receberá nos próximos anos, como a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, a Polícia Federal planeja assinar convênios com as polícias estaduais para aumentar a segurança de quem usa a aviação nacional.
“É inviável, em face das nossas atribuições, manter uma segurança nesses 700 aeroportos. Não há policiais disponíveis. Em razão disso, há um plano para que a PF fique só em grandes aeroportos internacionais ou de intensa movimentação de passageiros, como o de Congonhas”, confirma o delegado Roberto Ciciliati Troncon Filho, superintendente regional da PF em São Paulo.
Só em São Paulo são quase 80 aeródromos públicos. Incluem de pequenos aeroclubes a aeroportos com grande movimentação regional, como os de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Bauru. Mesmo pistas regulares são usadas sem qualquer restrição por traficantes de drogas e ladrões. Há suspeita, por exemplo, de que parte das joias roubadas no assalto à agência do Itaú tenha saído pelo Campo dos Amarais. E casos em que o assalto aconteceu na pista. Em setembro, um instrutor e um aluno ficaram sob ameaça de arma por cinco minutos, até que o suspeito revirasse a aeronave e fugisse, com dinheiro e pertences.
No restante do País, a situação não é diferente. Mesmo parte das pistas de pouso que recebem voos internacionais, como as de Uruguaiana (RS), Navegantes (SC), Corumbá (MS) e Boa Vista (RR), não conta com posto fixo da PF, que só é chamada quando há necessidade urgente. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), isso acontece porque a demanda por esse tipo de voo é pequena nesses locais.
A Polícia Federal tem 12 mil homens no Brasil inteiro. Só em São Paulo, a PM tem mais de 100 mil integrantes e a Polícia Civil, 36 mil. Parte desse contingente ficaria responsável pelos aeroportos. A possibilidade de parceria foi definida pelo Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (Pnavsec), de maio de 2010. Até agora, porém, não houve acerto.
‘Carona’. Responsável pelo setor de Comunicação da PF em Ribeirão Preto, o delegado Edson Gonçalves de Souza diz que o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) poderá auxiliar futuramente no controle do tráfego aéreo. Mas reconhece que a parceria com Estados é fundamental para evitar problemas em terra. “Não tem jeito. É preciso contar com apoio das secretarias estaduais de segurança pública.”
Segundo ele, em Ribeirão Preto a PF já foi chamada às pressas no Aeroporto Leite Lopes para retirar invasores da pista. Em um dos casos, um homem tentava cortar caminho para chegar mais rápido em casa. Em outro, queria pegar “carona” em um avião durante uma decolagem.
Em Sorocaba, catadores de papelão também chegam à pista sem obstáculos. O aeroporto fica em área densamente habitada e tem muros baixos.
Colaboração. Comandante da PM em São Paulo, o coronel Álvaro Batista Camilo é a favor do acordo. “Oficialmente, não chegou nada, mas já ouvimos falar a respeito disso. Não há problema, podemos colaborar com a PF, mesmo porque eles têm carência de braços. Se houver necessidade, podem contar conosco”, avisa. A Secretaria de Segurança Pública também disse que a iniciativa do convênio deve partir da União. Mas, se for necessário, conta com estrutura para colaborar.

São Paulo fora dos trilhos

(do Transparencia SP)

É raro um editorial como este, no jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba, destacando a responsabilidade do governo paulista pelo sucateamento das ferrovias nas últimas décadas. Ao invés de fazer coro com boa parte dos jornalões, que ficam anunciando investimentos futuros do governo Alckmin na criação de trens regionais, o jornal foi direto ao ponto: SP está fora dos trilhos nos últimos anos por culpa de suas autoridades e da concepção de "Estado Mínimo", sem projeto de desenvolvimento para o interior paulista.

SP fora dos trilhos

(do Jornal Cruzeiro do Sul, Sorocaba)

O descortino dos pioneiros da segunda metade do século 19 e início do século 20 faltou aos políticos de décadas recentes, que deixaram a ferrovia minguar
O Estado de São Paulo está descobrindo tarde demais a extensão de tudo o que perdeu ao permitir que suas estradas de ferro, reunidas sob a bandeira da Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa), fossem absorvidas pela Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), depois de longa decadência que levou ao sucateamento daquele patrimônio. Criada pela Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar de Defesa da Malha Ferroviária Paulista iniciou seus trabalhos com a constatação amarga de que a expressão ferrovia paulista é hoje apenas uma referência geográfica: há muito ela deixou de ser um patrimônio de São Paulo e de atender aos interesses estratégicos do Estado.

Dois especialistas em transportes ouvidos pelo repórter Marcelo Andrade (os ex-secretários estaduais de Transportes do Rio de Janeiro, Josef Barat, e de São Paulo, Adriano Murgel Branco) afirmam que a transferência das ferrovias paulistas para a esfera federal é hoje um impedimento para que o governo do Estado tome decisões sobre o setor ("Estado perdeu poder com privatização, diz especialista", 5/12, pág. A5).
Como alerta Barat, até mesmo os projetos de implantação de novas ferrovias - dentre os quais, obviamente, está o trem de alta velocidade entre Sorocaba e São Paulo, já em estudo no âmbito da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos - poderão não ser viabilizados sem a concordância do governo federal. Os especialistas sugerem uma tentativa de solução política para que o governo de São Paulo possa recuperar o "tempo perdido". A frente parlamentar recém-instalada na Assembleia teria o condão de fortalecer o Palácio dos Bandeirantes em uma eventual negociação em torno de uma parceria operacional com o governo federal ou, como defende Barat, da delegação do gerenciamento da malha estadual para o governo paulista.
A perda da ferrovia é uma realidade terrível para o Estado que construiu grande parte de sua riqueza estendendo ramais ferroviários para as regiões mais remotas e proporcionando um meio de transporte barato e seguro para pessoas, máquinas e cargas agrícolas. São Paulo não seria o que é hoje - como se diz, a "locomotiva" do Brasil -, não fosse a coragem de gerações de políticos e empresários que, num tempo de recursos escassos e dificuldades massacrantes, conseguiram interligar o interior à capital e vencer a Serra do Mar, oferecendo aos produtos paulistas uma ligação com o porto de Santos e o resto do mundo.
Aquele descortino dos pioneiros da segunda metade do século 19 e início do século 20 faltou aos políticos de décadas recentes, que deixaram o riquíssimo patrimônio ferroviário minguar pela falta de investimentos, ao mesmo tempo em que dedicavam ao setor um pouco-caso assombroso.
Essa não foi, infelizmente, a última vez que o governo de São Paulo abriu mão de um instrumento estratégico de gestão para estimular o desenvolvimento do Estado. No rol dos maus negócios se insere a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil, no governo de José Serra (PSDB).
A falta de comando do governo estadual sobre o transporte ferroviário deveria inspirar uma reflexão sobre a política de privatização de setores essenciais, que nem sempre responde às necessidades reais dos governos e das populações que eles representam. Entre o Estado mínimo preconizado por uns e o Estado máximo buscado por outros, deve haver espaço para a construção de um Estado responsável, em que a venda do patrimônio público e a privatização de serviços - embora adequada para melhorar o desempenho da máquina pública - evite delegar para a iniciativa privada ou outras esferas de governo a primazia de decidir sobre assuntos vitais.

Em 2011, Alckmin cortou R$ 3,5 bilhões em investimentos

(do Transparência SP)

A "pisada no freio" dos investimentos no Estado de SP não mereceram destaque na grande imprensa brasileira. Talvez porque um orçamento de R$ 150 bilhões não seja importante. Em contrapartida, qualquer redução dos investimentos federais ganha "capa" de jornal. Pior ainda: promessas de investimentos do governo Alckmin para 2018 ou 2022 também recebem destaque. Enquanto isso, atrasos nas obras do Metrô, do combate às enchentes, da habitação e do saneamento não parecem importante.
Veja abaixo uma das poucas reportagens que destacaram a execução orçamentária do governo paulista em 2011.
Também apresentamos a tabela com o detalhamento dos investimentos e inversões financeiras (repasses para as empresas estatais investirem) em 2011, na comparação com 2010.
Considerando os investimentos diretos e as inversões financeiras, o corte foi ainda maior: R$ 4,3 bilhões.

Em 2011, Alckmin cortou R$ 3,5 bilhões em investimentos

(do ABCD Maior)
No primeiro ano de seu mandato, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), reduziu em 55% os investimentos em todo o Estado. Levantamento baseado em dados do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária do Estado), compilados pela liderança do PT na Assembleia Legislativa, apontam redução de R$ 3,56 bilhões entre janeiro e outubro de 2011 se comparado com o mesmo período de 2011.
Os cortes atingem praticamente todas as secretarias. Algumas delas afetam áreas sensíveis e de interesse direto da população. Exemplo disso ocorre na saúde pública. Se no ano de 2010 o governo paulista aplicou R$ 391,7 milhões na Saúde, Alckmin reduziu o investimento para R$ 205,5 milhões. Ou seja, R$ 186,1 milhões a menos.
Corte ainda maior atingiu a Educação. A Pasta sofreu redução de 77% nos investimentos entre 2010 e 2011. Assim, as escolas do Estado receberam apenas R$ 28 milhões neste ano. Em 2010, foram repassados R$ 124,5 milhões para a educação.
Segurança Pública e Habitação também tiveram redução. Os investimentos para garantia da segurança dos paulistas tiveram corte de 62,6%. No ano passado, o repasse para a Secretaria foi de R$ 194,6 milhões; em 2011, o valor ficou em R$ 72,7 milhões. Na habitação a redução foi de 39,6 milhões.
Meio Ambiente- Apesar dos propagados investimentos, a questão ambiental também sofreu com os cortes. No espaço de tempo de apenas um ano, Alckmin diminuiu em R$ 42 milhões os repasses para a Secretaria de Meio Ambiente, que recebeu, em 2011, apenas R$ 6,3 milhões.
"Este é o modo tucano de governar: em 2010, ano eleitoral, eles investem de maneira agressiva. Depois, nos anos subsequentes, puxam o freio. Quem paga a conta, no final, é a população", afirma o deputado estadual Carlos Grana (PT).
O líder do PSDB na Câmara, Orlando Morando, foi procurado, mas não respondeu à reportagem. A assessoria de imprensa do governo de São Paulo não retornou aos questionamentos até o fechamento desta edição.

SOCIAL - As áreas que tratam os projetos sociais foram as mais afetadas. O maior corte foi na Secretaria de Desenvolvimento Social, que perdeu quase todo seu orçamento, de R$ 32,7 milhões em 2010, para R$ 83 mil em 2011. Outras áreas que já possuem baixo orçamento tiveram redução parecida.
É o caso da secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência, com corte de 94%, e recebeu apenas R$ 536 mil neste ano. Situação parecida acontece na secretaria de Esporte, Lazer e Juventude. Em 2010, ano eleitoral, foram investidos R$ 6,5 milhões, mas em 2011, apenas R$ 56 mil (-99,1%).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quem fiscaliza o Tribunal de Justiça em SP?

(do Transparencia SP)

A matéria abaixo postada, feita pelo brilhante jornalista Bob Fernandes, para o portal Terra, recebeu pouca repercussao. Mesmo assim, é fundamental para entendermos a falta de fiscalizaçao e puniçao aos responsáveis pelos desvios de recursos no Estado de SP.
Em tempos onde o TJ afasta o presidente do Metro e depois volta atrás, assim como autoriza a continuaçao da obra da nova linha 5 do Metro, mesmo após as fraudes no processo licitatório apontadas pelo Ministério Público,  a materia abaixo parece explicar um pouco mais esta situaçao.


(do Portal Terra) 
Da Redação


Durante uma solenidade em Belém (PA), a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, confirmou que o CNJ investiga o patrimônio de 62 magistrados acusados de enriquecimento ilícito. Os juízes sob suspeita não apresentaram declaração de renda nos últimos anos ou respondem a denúncias de venda de sentenças.

O CNJ trabalha com a Polícia Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Receita Federal. Segundo a assessoria de imprensa, a ministra afirma que cumpre seu "dever constitucional" e está se "aprofundando no exame dos processos". Ela ressalta que alguns dos processos se originam de acusações de partes derrotadas em ações judiciais.

O jornal Folha de S.Paulo informou nesta segunda-feira (21) sobre o andamento dos processos no CNJ. Em setembro, numa entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais), Eliana Calmon criticou a tentativa de restringir o poder de investigação do CNJ sobre juízes. "Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", atacou. "Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ", declarou.


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ, Cezar Peluso organizou uma nota de repúdio à entrevista.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Governo estadual transporta alunos com necessidades especiais em veículos irregulares

Alunos com necessidades especiais que estudam na rede pública estão sendo transportados de maneira improvisada em carros sem adaptação. Até lotações já foram apreendidas transportando cadeirantes. 


Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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