Editorial TSP Educação Eleições Contas Públicas Imprensa Política Precatórios Privatizações Saneamento Saúde Segurança Pública Servidores Transporte
Agora São Paulo Assembléia Permanente Brasília Confidencial Carta Capital Cloaca News Conversa Afiada Cutucando de Leve FBI - Festival de Besteiras na Imprensa Jornal Flit Paralisante NaMaria News Rede Brasil Atual Vi o Mundo
Canal no You Tube
Agora São Paulo Assembléia Permanente BBC Brasil Brasília Confidencial Carta Capital Cloaca News Conversa Afiada Cutucando de Leve FBI - Festival de Besteiras na Imprensa Jornal Flit Paralisante NaMaria News Rede Brasil Atual Reuters Brasil Vi o Mundo

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Procuradoria Eleitoral de SP apura irregularidade em doação de R$ 700 mil a campanha de Alckmin

Empresa de engenharia responsável pelo repasse tem contratos com a Petrobras
Da Agência Brasil, com R7


A PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) em São Paulo entrou com representações na Justiça Eleitoral do Estado contra 17 candidatos eleitos no ano passado para apurar supostas irregularidades cometidas na captação de recursos para suas respectivas campanhas. Uma das ações diz respeito ao governador Geraldo Alckmin, acusado de receber R$ 700 mil em uma doação ilegal.

Se a irregularidade no repasse for comprovada, o tucano correrá o risco de perder o mandato. A Procuradoria alega que a UTC Engenharia, empresa com sede em São Paulo que doou à campanha, tem contratos com a Petrobras no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Bahia.

O repasse, de R$ 700 mil, foi feito ao comitê financeiro do PSDB, que o encaminhou à campanha de Alckmin. A legislação eleitoral não permite que concessionárias de serviço público contribuam com dinheiro a campanhas.

Em nota, a PRE-SP afirma que “o mero ajuizamento das ações não implica em juízo de responsabilização direta de quaisquer dos candidatos, mas apenas a deflagração do procedimento legalmente previsto para a apuração dos fatos, permitindo a colheita de provas e a defesa dos candidatos eleitos”.

A assessoria do PSDB de São Paulo disse que o partido só irá se manifestar após ser notificado oficialmente, o que ainda não ocorreu. Ainda assim, reiterou que as contas da campanha de Alckmin já haviam sido aprovadas pela Justiça Eleitoral paulista

Delegado-geral anuncia novos diretores da Polícia Civil

Terça-feira, 11/01/11 – 20:30

Fábio Portugal
Anúncio foi feito pelo delegado-geral, Marcos Carneiro Lima
Um dia depois de assumir o comando da Polícia Civil no Estado, o novo delegado-geral, Marcos Carneiro Lima, anunciou nesta terça-feira (11) os nomes de oito diretores de departamentos da instituição. Terão novos chefes o Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), Denarc (Departamento de Narcóticos), Deic (Departamento de Investigação sobre Crime Organizado) e Dipol (Departamento de Inteligência).
Também haverá modificação na direção da Academia de Polícia Civil, na Assistência Policial Civil da Secretaria da Segurança Pública e na Delegacia Geral Adjunta, que será comandada por uma mulher, a delegada Ana Paula Soares.
Foram mantidos os diretores dos nove departamentos de Polícia Judiciária do Interior, além do DHPP, DPPC, Dird, DAP e Corregedoria Geral da Polícia Civil.
Decap
O novo diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) é o delegado Carlos José Paschoal de Toledo. O delegado formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1984 e, dois anos depois, ingressou na Polícia Civil como delegado. Já foi diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Administração e Planejamento (DAP). Desde outubro de 2009, Toledo ocupava a diretoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Demacro
Assume o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) o delegado Youssef Abou Chahin, que exercia a função de delegado seccional de Carapicuíba, também na Grande São Paulo. Chahin já foi diretor do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) e titular da 8ª Delegacia Seccional da Capital (São Mateus).
Dipol
O atual diretor do Deic, delegado Gaetano Vergine, assumirá o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol). O delegado já chefiou a Corregedoria Geral da Polícia Civil e foi titular a Divisão de Crimes contra o Patrimônio, do Deic, onde esteve à frente de importantes investigações, como a recuperação das obras do Masp e da Pinacoteca.
Deic
Atual titular da 5ª Delegacia Seccional da Capital (Leste), o delegado Nelson Silveira Guimarães assume o Deic. Guimarães já dirigiu o Demacro e atuou no DHPP.
Denarc
O delegado Wagner Giudice chefiará o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Ele construiu boa parte de sua carreira na Divisão Antissequestro do Deic. Atuou em casos de grande repercussão, como os sequestros do publicitário Washington Olivetto e da filha do empresário Silvio Santos, Patrícia Abravanel. Em dezembro do ano passado, a equipe chefiada por Giudice ministrou curso antissequestro para a Polícia Federal.
Delegacia Geral Adjunta (DGPad)
Pela primeira vez, uma mulher assume o cargo de delegada-geral adjunta. Ana Paula Batista Ramalho Soares já foi diretora do Departamento de Análise e Planejamento (DAP) da Polícia Civil, e atuava como delegada divisionária do Demacro.
Acadepol
Marco Antonio Martins Ribeiro Campos deixa a chefia da Assistência Policial Civil da Secretaria da Segurança Pública e assume a Academia de Polícia Civil (Acadepol). Com mais de 50 anos de carreira na polícia, Campos já dirigiu o Denarc.
Assistência Policial Civil
O delegado Nelson Rodrigues, que atuava na Assessoria para Assuntos Prisionais da Secretaria da Segurança Pública, comandará a Assistência Policial Civil.
DHPP
Delegado-geral de polícia entre 1999 e 2007, Marco Antônio Desgualdo foi mantido pelo novo delegado-geral, Marcos Carneiro Lima. Desgualdo continuará no comando do DHPP, assumido em agosto de 2009. Antes de chefiar o departamento, ele foi diretor do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). Desgualdo também havia chefiado o DHPP de 1996 a 1999.
Dird
Chefe do Departamento de Identificação e Registros Diversos (Dird) desde janeiro de 2010, o delegado Elson Alexandre Sayão continuará no cargo, a pedido do delegado-geral Marcos Carneiro Lima. Sayão foi diretor do Demacro de setembro de 2007 até receber o convite. Antes disso, exercia a função de delegado-geral adjunto.
DPPC
O delegado Dejar Gomes Neto, diretor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) desde sua criação, em meio de 2009, continua no cargo. Antes, foi titular da 1ª Delegacia Seccional (Centro).
DAP
Luiz Maurício Souza Blazeck é outro delegado mantido em seu posto pelo delegado-geral, continuando à frente do Departamento de Análise e Planejamento (DAP) da Polícia Civil. Blazeck também atuou como divisionário do DHPP.
Corregedoria
A atual corregedora da Polícia Civil, Maria Inês Trefiglio Valente, foi mantida pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, no cargo desde março de 2009. Em 2008, assumiu a Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), onde ficou até receber o convite para assumir a Corregedoria Geral da Polícia Civil.
Deinters
O delegado-geral informou que manterá os nove diretores dos Departamentos de Polícia Judiciária do Interior (Deinter).
Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública

Estado de SP não tem plano para prevenir enchentes

Adriana Ferraz

do Agora
Nos últimos quatro anos, o governo do Estado deixou de investir no planejamento das cidades, pelo menos do ponto de vista da drenagem urbana. De 2007 para cá, segundo dados da Assembleia Legislativa, nenhum centavo foi gasto na execução de novos estudos para prevenir enchentes na Grande São Paulo. 

No ano passado, a gestão tucana de José Serra e Alberto Goldman chegou a reservar R$ 44 milhões para a revisão do atual plano de trabalho, mas a grana não foi empenhada, de acordo com informações do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária).
Ontem, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) afirmou que o serviço será licitado ainda neste semestre. No entanto, segundo o superintendente do departamento, Amauri Pastorello, a estimativa é que o novo plano de prevenção de enchentes --que indicará quantos piscinões devem ser feitos nos próximos anos, por exemplo --deva ficar pronto apenas no final de 2012.
  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta, 12 de janeiro, nas bancas

Temporal estava previsto desde quinta-feira

Ana Paula Branco e Fernanda Barbosa

do Agora
O temporal que caiu ontem na Grande São Paulo já era previsto desde, no mínimo, quinta-feira passada por meteorologistas, devido à chegada de uma frente fria vinda do Paraná. Especialistas dizem que seria possível avisar a população com antecedência.

Ontem choveu 68,8 mm, o equivalente ao previsto para quase nove dias deste mês.
"Demos o alerta de risco de temporal para toda a costa leste, região metropolitana e Vale do Paraíba desde a quinta-feira passada", afirma Nadiara Pereira, meteorologista da Somar Meteorologia.
  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta, 12 de janeiro, nas bancas

Rodoanel sofre série de assaltos e estupros

Josmar Jozino

do Agora
Roubos, estupros e homicídios foram registrados na região do Rodoanel no ano passado. A polícia não divulga dados oficiais, mas autoridades ouvidas pelo Agora afirmam que, a cada três dias, uma ocorrência policial é registrada nos 95 km de extensão da via, por onde circulam 300 mil veículos por dia.

O roubo é o crime de maior incidência e ocorre com mais frequência no trecho sul, onde a falta de iluminação e a ausência de telefone de emergência facilitam a ação das chamadas "gangues da pedra" e de ladrões de carga.
Os assaltantes das "gangues da pedra" colocam blocos de concreto na pista. Elas servem como armadilha para os motoristas. Os pneus dos veículos furam. Quando o condutor para, é atacado. A psicóloga Solange Maria Oliveira, 54 anos, foi uma das vítimas do truque.
  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta, 12 de janeiro, nas bancas

Passarela tem escada sem degraus

11/01/2011
Fabiana Cambricoli e Robson Ventura
do Agora
Escalar uma pedra de um metro de altura, pular para uma escada de madeira com degraus quebrados e pregos à mostra e, assim, acessar uma passarela feita também de madeira, com tábuas rachadas. Esses são os desafios que pedestres têm de enfrentar diariamente se quiserem atravessar a avenida Jacu-Pêssego (zona leste de SP).
O novo trecho da via, de cerca de 13 km, foi inaugurado em outubro do ano passado, mas as passarelas definitivas (de concreto) ainda não foram construídas. A Dersa (empresa estatal responsável pela obra) instalou quatro passarelas provisórias, feitas de madeira. Reportagem publicada na última sexta-feira mostrou que as madeiras de uma das passarelas estavam podres, com rachaduras e envergaduras, e provocavam medo nos pedestres, que, muitas vezes, preferiam se arriscar e cruzar a via pela pista.
Ontem, o Agora visitou as quatro passarelas provisórias da via e encontrou problemas em todas elas. Em uma delas, nas proximidades do bairro Jardim Nova Vitória, a estrutura não interliga as duas pistas da via, mas sim, um bairro ao outro. Por isso, foi construída uma escadinha de madeira no meio do barranco ao lado da pista para quem quiser chegar à passarela.
  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça, 11 de janeiro, nas bancas

Demorou apenas duas semanas para ele "colocar as asas de fora": Geraldo Alckmin planeja vender Cesp para governo Dilma

11/01/2011 - 04h00
CATIA SEABRA
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

O novo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorizou que sua equipe negocie a venda da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), terceira maior geradora de eletricidade do país, para o governo federal.
Atrás de recursos para investimentos no Estado, Alckmin planeja vender a empresa. Mas, para evitar o rótulo de privatizante, manifesta simpatia pelo modelo adotado na venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil.
Em 2008, o governo Serra obteve R$ 5,386 bilhões com a venda da Nossa Caixa para o BB. Como o banco foi vendido para o governo petista, partido e sindicatos impuseram pouca resistência.
Hoje, o governo Alckmin idealiza repetir a operação. Pela fórmula em estudo, a Cesp seria vendida para Furnas, empresa do sistema Eletrobrás, a estatal federal do setor elétrico, informa a reportagem de Catia Seabra e Toni Sciarretta para a Folha.
A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.
Leia a reportagem completa na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas.

Editoria de Arte/Folhapress

Esgoto da Sabesp vaza nas praias do Guarujá

11/01/2011
Fabiana Cambricoli e Folha.com
do Agora
GUARUJÁ - A Prefeitura de Guarujá (86 km de SP) multou a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em R$ 303 mil após registrar dois vazamentos na tubulação de esgoto no último dia 6.
Turistas e moradores tiveram de conviver com esgoto nas praias de Pitangueiras e da Enseada --os dejetos foram transportados pelas galerias de águas pluviais. Ontem, a situação era normal.
"A presença do esgoto na água pode acarretar em problemas de saúde pública, como uma série de doenças de pele, coceiras e agravamentos gastrointestinais, inclusive perigo de morte", disse o secretário do Meio Ambiente, Élio Lopes.

Diminui distância entre salários de SP e outras regiões metropolitanas


Autor(es): Chico Santos | Do Rio
Valor Econômico - 11/01/2011
 

Uma análise dos números do rendimento do trabalho nos últimos oito anos mostra que diminuiu a diferença entre os salários pagos em São Paulo e nas demais regiões metropolitanas. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo IBGE, a região metropolitana de São Paulo foi onde houve a menor elevação dos rendimentos, quando se compara a média dos 11 primeiros meses de 2003 com a dos mesmos meses de 2010 em valores atualizados para novembro do ano passado.
O aumento da renda média real das pessoas ocupadas na capital paulista e arredores foi de apenas 12,65%, menos da metade do crescimento no Rio de Janeiro (26,74%) e Belo Horizonte (26,04%) e quase a metade da elevação na região metropolitana de Salvador (24,21%). Com isso, a diferença entre os salários pagos nos diferentes polos diminuiu.
Em 2003, na média até novembro, o salário pago aos trabalhadores na região metropolitana do Rio de Janeiro representava 84,6% do pago em São Paulo, uma diferença de 15%. No ano passado, na mesma comparação, a diferença caiu para menos de 5%. Esse movimento aconteceu em todas as regiões - em Recife, a menor queda, a diferença passou de 38% para 35%, enquanto em Porto Alegre ela diminuiu de 18% para 9%, sempre na comparação entre os salários médios de 2003 e 2010.
Além disso, o baixo crescimento dos rendimentos do trabalho em São Paulo e região, que foi persistente ao longo dos oito anos analisados, provocou um fenômeno inédito ao longo da pesquisa do IBGE, pelo menos na série atual, iniciada em março de 2002. Em novembro do ano passado, pela primeira vez, o rendimento das pessoas ocupadas na região metropolitana do Rio de Janeiro ( R$ 1.616,60) foi maior do que o da grande São Paulo (R$ 1.611,80). Quando considerada a média de janeiro a novembro de 2010, São Paulo segue na liderança.
Para Cimar Azevedo, gerente do IBGE responsável pela PME, o movimento está relacionado com os esforços distributivos da renda no país, como os seguidos aumentos reais do salário mínimo e os programas de distribuição de renda do tipo Bolsa Família. Embora o programa do governo federal não seja computado na renda do trabalho, Azevedo argumenta que ele dá ao trabalhador de baixo rendimento o poder de barganha para reivindicar melhores salários para continuar trabalhando.
Os números da pesquisa do IBGE mostram que no período pesquisado foi justamente a renda dos que têm seus ganhos próximos ao limite do salário mínimo ou do direito a receber os benefícios sociais do Estado que mais aumentou em quase todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), inclusive na capital paulista. A renda dos prestadores de serviços domésticos cresceu 42,35% em Recife, 48,34% em Salvador e 47,69% em Belo Horizonte, .
Os dados evidenciam também que o segmento que envolve funcionários públicos civis e militares e trabalhadores em saúde e educação, justamente o grupamento de maior renda no conjunto das regiões metropolitanas pesquisadas, teve papel importante na gradativa queda da diferença da renda do trabalho entre São Paulo e as demais regiões do país. Os ganhos reais desse grupo de atividade aumentaram apenas 12,22% em São Paulo, ante 38,69% em Salvador, 27,07% no Rio e 26,66% em Recife.
Segundo Azevedo, a aproximação gradativa entre a capital paulista e as demais regiões do país, estimulada pelo crescimento econômico que tem mostrado regiões como a do Rio de Janeiro, vem sendo impulsionada também pelo aumento da formalização do trabalho em regiões menos desenvolvidas do que a capital paulista. Essa formalização, segundo ele, está levando para outras capitais o crescimento de relações de trabalho há muito enraizadas em São Paulo, como a terceirização de serviços, um processo que, segundo ele, contribui para a formalização do trabalho (carteira assinada).
Embora os dados mensais isolados da PME não sejam adequados para medir os avanços ou recuos nas várias regiões, quando se comparam os números relativos aos rendimentos das pessoas ocupadas referentes a novembro de 2002 e a novembro de 2010, observa-se que o maior crescimento entre um mês e outro ocorreu justamente nas cidades mais pobres, Salvador (22,89%) e Recife (20,32%).
Em São Paulo, o rendimento cresceu apenas 3,35% quando se compara o primeiro com o último novembro da pesquisa. O economista Oswaldo Guerra, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), concorda com Azevedo, do IBGE, ao dizer que a política de reajustes reais do salário mínimo praticada no governo passado, seus reflexos sobre a renda dos aposentados, e os programas sociais de distribuição de renda têm peso decisivo na nova geografia da renda do trabalho.

Transportes e educação pesam sobre inflação em SP

SÃO PAULO (Reuters) - A inflação ao consumidor em São Paulo acelerou na primeira semana de 2011, já começando a refletir o impacto sazonal do reajuste dos custos de educação no início do ano letivo e o reajuste da tarifa de ônibus urbano.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo teve alta de 0,61 por cento na primeira quadrissemana de janeiro, ante 0,54 por cento no mês de dezembro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.
Os preços de Educação registraram elevação de 0,96 por cento agora, contra 0,10 por cento antes. Os de Transportes --que incluem a tarifa do ônibus-- aumentaram 0,77 por cento na primeira quadrissemana, após 0,39 por cento em dezembro.
Esses reajustes devem ter impacto sobre a inflação até fevereiro.
Os preços do grupo Alimentação avançaram 1,39 por cento nesta leitura, ante elevação de 1,38 por cento na anterior.
Os de Vestuário arrefeceram a alta para 0,26 por cento nesta leitura, contra 0,67 por cento na anterior.
(Reportagem de Vanessa Stelzer)

Erro de cálculo deixou inspeção veicular mais cara em SP

Folha - 11/01/2011

Empresa Controlar recebeu cerca de R$ 820 mil além do que deveria com a vistoria ambiental de veículos na cidade
Prefeitura determinou devolução do dinheiro, mas diferença não irá para os contribuintes que pagaram a mais
Os proprietários de veículos registrados em São Paulo pagaram a mais pela inspeção veicular desde o início do programa, em 2008.
Por um erro no cálculo, o valor pago pela inspeção ficou R$ 0,22 mais caro.
Para 2011, esse valor já foi corrigido, diz a prefeitura, mas nos anos anteriores o contribuinte pagou a mais.
Um despacho da Secretaria do Verde e Meio Ambiente publicado no "Diário Oficial" da Cidade de sábado determina à Controlar, responsável pela inspeção veicular, a devolução do dinheiro recebido a mais no período.
Mas não será o contribuinte que vai receber a diferença. O dinheiro vai para o Fema (Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), ligado à Secretaria do Verde, usado para o financiamento de projetos ambientais.
A pasta não informou por que o dinheiro não será devolvido ao contribuinte. Também não disse qual é o valor total a ser devolvido
Assinante do jornal, clique aqui para ler a íntegra da matéria

Governo paulista ficou três anos sem limpar o Tietê

Matéria trazida do Viomundo antigo. Publicada originalmente em 27 de dezembro de 2009.

por Conceição Lemes
Experimente pesquisar as matérias sobre as enchentes de 8 de dezembro em São Paulo. Invariavelmente aparece este trecho do comunicado da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia (SSE) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee):
O Daee executa periodicamente o desassoreamento e a limpeza dos rios Tietê, Cabuçu de Cima, Tamanduateí e dos piscinões do ABC e Pirajuçara e que só neste ano já foram retirados 380 mil metros cúbicos de sedimentos.
Reportagem de O Estado de S. Paulo afirma:
Anualmente, o Estado gasta cerca de R$ 27,2 milhões para retirar 400 mil m³ de sedimentos somente do Tietê, num trecho de 40 km. São quatro contratos que determinam retirada de 32 mil m³ por mês, para evitar enchentes.
A secretária de Energia e Saneamento de São Paulo, Dilma Pena, é uma das entrevistadas. Assim como na reportagem do Agora, de 11 de dezembro :

Em 2009, segundo Dilma [Pena] foram retirados 380 mil m³ de detritos. Segundo especialistas em drenagem urbana, o ideal seria retirar 1 milhão de m³ .
Na reportagem Enchentes em São Paulo refletem falta de governo, publicada pelo Viomundo, o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto aponta a falta do desassoreamento como uma das principais causas das inundações de 8 de setembro e 8 de dezembro na capital:

Na cidade de São Paulo, entre a barragem da Penha [Zona Leste] e o Cebolão [interligação entre as marginais Tietê e Pinheiros, Zona Oeste], o Tietê recebe aproximadamente 1,2 milhão de metros cúbicos de resíduos por ano. Se você deixar isso no fundo do rio, a capacidade dele diminui. E o que o Departamento de Águas e Energia Elétrica, o Daee do governo do Estado de São Paulo, tem feito? O Daee faz a limpeza, mas tira apenas 400 mil metros cúbicos por ano.


TEM CERTEZA DE QUE O DAEE LIMPA O TIETÊ ANUALMENTE?
O desassoreamento anual de 380 mil ou 400 mil metros cúbicos de resíduos (lixo, dejetos, erosão, material de terraplenagem) da barragem da Penha ao Cebolão tornou-se versão oficial. A informação não foi desmentida pela SSE nem pelo Daee. Os próprios especialistas acabaram acreditando nela. Entre eles, o professor Júlio Cerqueira César Neto, que foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica da USP.
Mas será que realmente pelo menos os 380 mil ou 400 mil metros cúbicos de resíduos foram removidos em 2006, 2007 e 2008?
Uma primeira busca nos portais do Daee e da secretaria de Saneamento e Energia, nada a respeito.
Em dezembro de 2005, o alargamento e aprofundamento da calha do Tietê, iniciados em 2002, foram concluídos. A obra custou RS 1,7 bilhão (valor atualizado pelo IGD-DI).
Da barragem da Penha ao Cebolão (trecho principal do Tietê na capital, é o que transborda),  o rio foi rebaixado em cerca de 2,5 metros; 9 milhões de metros cúbicos de lixo e terra foram removidos. Segundo o governo estadual, a probabilidade de inundação caíra de 50% para 1%. A obra foi inaugurada em 19 de março de 2006 pelo governador Geraldo Alckmin.
A partir daí, as referências encontradas em portais vinculados aos órgãos do governo do estado sobre desassoreamento do Tietê se relacionam ao edital de licitação, realizada em 18 de setembro de 2008, e a notícias sobre o andamento da obra.
SC_80_1.jpg
SC_81-1_1.jpg
Entre dezembro de 2005, término da obra da calha, e outubro de 2008, início da vigência do contrato de desassoreamento, há um “buraco”. Um período sem explicações sobre limpeza do Tietê.
O Viomundo questionou a assessoria de imprensa da secretaria de Energia e Saneamento (SSE) sobre a limpeza em 2006, 2007, 2008 e 2009. O motivo:  a falta de dados oficiais mostrando que os 380 mil ou 400 mil metros cúbicos foram removidos nos três primeiros anos.
“A limpeza é feita sistematicamente todo ano”, diz por telefone a esta repórter o assessor de imprensa da SSE, Hugo Almeida. “Tem máquinas limpando o Tietê o ano inteiro.”
A repórter insistiu. Enviou e-mail a Hugo Almeida e, por orientação dele, também a Gregory Melo (da assessoria de imprensa do Daee, órgão vinculado à SSE). Reenviou a mensagem mais três vezes. Nenhum dos dois retornou.
A repórter reforçou por telefone a solicitação à assessoria de imprensa da SSE, já que, segundo ela, as informações seriam fornecidas pela SSE e não pelo Daee.
A primeira ligação, na segunda-feira cedo, 21 de dezembro, Hugo Almeida atendeu:
– Estou indo atrás das informações para você, mas esses documentos são difíceis, faz muito tempo…
– É impossível instituições como as de vocês [Daee e SSE] não terem esses documentos à mão, arquivados ou no Diário Oficial do Estado… São comprovações atestando que esses serviços foram feitos… Preciso deles, sim… São indispensáveis para a minha matéria…
Seguiram-se outros telefonemas para o assessor de imprensa: “Ele não está”. “Está numa reunião”. “Volta mais tarde”. “Deu uma saidinha, mas volta”. “Acabou de sair”…
Invariavelmente essas respostas eram precedidas pelo “Quem gostaria de falar? Vou verificar…”. Fazia-se breve silêncio. E aí vinha a negativa manjadíssima, aliás.
Na terça-feira, 22, como a mudez do outro lado era absoluta, esta repórter tentou logo cedo contato. Júnior, assistente da assessoria de imprensa, informou: “O Hugo não está, só volta no final da tarde”.
A  repórter ligou de novo, mas, propositalmente, deu um nome qualquer sem sobrenome.
Adivinhem o que aconteceu? Hugo atendeu.
– Hugo, tive de utilizar este subterfúgio para você me atender? Por que não responde aos meus e-mails nem atende as minhas ligações. Não é mais fácil… Apenas quero saber se foi feito o desassoreamento em 2006, 2007 e 2008 e os documentos comprovando…
Inicialmente, o assessor de imprensa da SSE/Daee tentou ser dono da verdade. Não deu certo. Acabou entregando os pontos:
– Não vou dispor das informações que você quer – disse e desligou.
O RIO TIETÊ FICOU QUASE TRÊS ANOS SEM SER DESASSOREADO?
A atitude da assessoria de imprensa, o fato de que enchentes que não deveriam ter acontecido aconteceram e as chuvas moderadas (nas duas inundações deste ano São Pedro está completamente isento) são fortes indícios de que o governo do Estado do São Paulo pode não ter removido os 380 mil ou  400 mil metros cúbicos de resíduos do Tietê em  2006, 2007 e 2008 (de janeiro a outubro).
Outro indício foi dado pelo engenheiro João Sérgio, responsável pela barragem da Penha, em entrevista à repórter Fabiana Uchinaka, do UOL, quando questionado sobre o fato de que o nível das águas no Jardim Pantanal, à montante da barragem, permanecia alto dias depois das chuvas terem cessado.
Disse o engenheiro:
“Também acho estranho o nível da água não baixar aqui e não sei por que está indo para os bairros, mas não precisa ser especialista para ver que está assoreado [o rio]“.
Em português claro: o rio Tietê pode ter ficado quase três anos sem ser desassoreado.
“Como, nem os 400 mil anuais foram retirados em 2006, 2007 e 2008?!”, espantou-se o professor Júlio Cerqueira César. “Eu estive na inauguração da calha do Tietê, e o Geraldo Alckmin anunciou na frente de autoridades, engenheiros, técnicos um contrato para a manutenção da limpeza. Achei ótimo. Agora, faltar com verdade, não cumprir nem isso, já é demais!”
Na época, Geraldo Alckmin afirmou que, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), um consórcio seria o responsável pela manutenção da calha do rio. O Viomundo apurou que a PPP não vingou. O setor privado não demonstrou interesse. Foi somente no segundo semestre de 2008 que o governo do Estado de São Paulo resolveu licitar o desassoreamento de 400 mil metros cúbicos de sedimentos do Tietê.
“Isso significa que a limpeza do Tietê não foi feita no último ano do Alckmin e nos primeiros dois anos do Serra”, sente-se ludibriado o professor Júlio. “Uma desgraça para a cidade . A situação do Tietê está muito pior do que eu imaginava. Tudo o que se ganhou com o rebaixamento da calha foi perdido!”
Da barragem da Penha ao Cebolão, relembramos, são lançados anualmente no rio Tietê cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos (1,2 milhão m³ ) de sedimentos. A partir daí o professor Julio fez as contas:
* 1,2 milhão m³  (em 2006) + 1,2 milhão m³ (2007) + 1 milhão m³  (em 2008, janeiro a final de outubro) = 3,4 milhões de metros cúbicos.
* Portanto, até outubro de 2008, já havia depositado na calha do leito do Tietê um passivo de 3,4 milhões de metros cúbicos.
* Do final de 2008 a dezembro de 2009, segundo a secretária Dilma Pena, removeram-se 380 mil metros cúbicos.  Ou seja, permaneceram no Tietê  820 mil metros cúbicos.
* Pois bem, somando os 3,4 milhões de metros cúbicos (não tirados de 2006 a final de 2008) com os 820 mil metros cúbicos (não removidos de 2008 /2009), o rio Tietê está com, pelo menos, 4,2 milhões de metros cúbicos de terra e lixo.
Conclusão 1: Atualmente, estima-se, o Tietê tem ao redor 4,2 milhões de metros de sedimentos depositados no seu leito na capital. É como se quase metade dos 9 milhões de metros cúbicos retirados durante a obra da calha tivesse sido jogada, de novo, dentro do rio.
Conclusão 2: Os 4,2 milhões de metros cúbicos dão uma altura de sedimentos de 4,2 metros. Supera de longe, portanto, os 2,5 metros de aprofundamento da calha.
Conclusão 3: O nível do Tietê voltou ao que era antes das obras da calha; R$ 1,7 bilhão praticamente jogado no lixo.
“Mantido o ritmo de entrar mais sedimentos do que sai, o Tietê vai ‘acabar’ na capital e a cidade submergir”, alerta o professor Júlio Cerqueira César. “É um descalabro.”
“O governo estadual não ter feito nada em quase três anos é muito sério. Toda a capacidade de vazão ganha com a ampliação da calha é perdida”, adverte o geólogo e consultor de geotecnia e meio ambiente Álvaro Rodrigues dos Santos, que já foi responsável pela Divisão de Geologia e diretor de Gestão e Planejamento do IPT (Instituto de Pesquisas  Tecnológicas, de São Paulo). “O Tietê transbordou em setembro e dezembro por estar totalmente assoreado. A vazão máxima dele nessas ocasiões foi de cerca de 700 metros cúbicos/segundo. Se estivesse limpo, seria próxima de 1,100 metros cúbicos /segundo e não teria transbordado.”
“Na verdade, eles [governo estadual] valem-se do desconhecimento técnico da população e da imprensa”, põe o dedo na ferida o geólogo Álvaro dos Santos, e vai fundo. “Com o não desassoreamento, eles sabiam perfeitamente que São Paulo corria o iminente risco de enfrentar tragédias como as de 8 de setembro e 8 de dezembro. Infelizmente em janeiro, fevereiro e março, meses naturalmente mais chuvosos, estaremos, de novo, na alça de mira das inundações. Ameaçou chover? Fuja das marginais. E se você mora em áreas sujeitas a inundações, chame imediatamente os bombeiros!”
O professor Júlio Cerqueira César Neto assina embaixo.

“Obras [contra enchentes] não ficam prontas em 24 horas”, diz Alckmin. E em 20 anos, dá?

“Obras não ficam prontas em 24 horas.”
Quando vi a frase do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, destacada pelo Uol Notícias, juro que não acreditei. Pensei que era brincadeira, que ele ia fazer um “Há! Peguei vocês!” logo na sequência.
Até entenderia se ele usasse outra historinha. Sei lá, que Poseidon espirrou em cima da cidade, que a Fundação Cacique Cobra Coral partiu para uma vingança por algum calote dado pelo governo, que São Pedro deixou as portas do céu abertas enquanto jogava uma pelada. Ou, pior, que alguém esqueceu de pendurar o Teru Teru Bozo japonês na árvore antes do início do verão.
Mas ele falou sério, referindo-se ao problema como se não tivesse nada a ver com aquilo. Mas o senhor já foi governador! E o seu partido comanda o Estado há 16 anos. Vai precisar de quanto mais para adotar as obras necessárias que cabem ao governo? Mais quatro, oito? Isso sem contar a prefeitura, que está na mão do maior aliado de seu partido. Segundo reportagem de Maurício Savarese, no Uol, a chuva da madrugada provocou a morte de 13 pessoas no Estado – na contagem até agora. Como é que explicamos isso para essas famílias? Mais duas eleições e aí a coisa engrena?
O fato é que planejar a região metropolitana de São Paulo é algo que aparece só no tempo das chuvas. Na seca, tudo isso vai evapora.
É fato que grande parte dos problemas nunca serão totalmente solucionados, pelo menos não com a nossa classe política e nossa mentalidade cidadã de comemorar o curto prazo e o conforto aparente. Mas há como garantir que vidas não sejam levadas pela falta de políticas de habitação e saneamento. Ou seja, não basta dragar rios (aliás, ação que foi praticamente deixada de lado por um longo tempo) e construir piscinões enquanto jogamos contra em outras ações. Criamos uma faixa nova na Marginal Tietê para a alegria dos nossos carros e, só agora, vamos começar a compensar a área verde perdida?
A natureza pode pegar qualquer um desprevenido, ainda mais quando ela vem com fúria. Mas o nível do impacto é pior quando encontra terreno fértil em descaso.

Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Já foi professor de jornalismo na USP e, hoje, ministra aulas na pós-graduação da PUC-SP. Trabalhou em diversos veículos de comunicação, cobrindo os problemas sociais brasileiros. É coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.

Enchentes em SP: tragédia anunciada.


Segue abaixo importante desabafo.
Enquanto a "grande mídia" continuar bloqueada, só nos resta os "blogs sujos".

(do blog do FBI)
A imprensa é co-responsável pelos alagamentos em São Paulo
Inundação do ano passado, repetida em 2011, e em 2012, e em 2013 e...

Digo e repito: o papel da chuva é chover, do governador e dos prefeitos fazer obras de drenagem e macro-drenagem e da imprensa é denunciar as omissões governamentais sejam tucanos ou não os seus mandatários.
Pois bem, todos os alagamentos, inundações e transbordamentos de rios, no Estado de São Paulo, e especialmente na capital e arredores, são decorrência dos ridículos investimentos realizados em drenagem e macro-drenagem, pelos sucessivos governos tucanos e do DEM (prefeitura da capital).
Se esses governantes fossem do PT, as denúncias seriam diárias – como ocorreu com a Marta Suplicy. Nessa ocasião, a imprensa não falava que a chuva provocara inundações. Ela denunciava a prefeitura pela não realização da obra A ou B e martelava nisso o tempo todo.
Ao contrário, durante todo o período de governos tucanos, a imprensa só sabe repetir que a culpa de todos os alagamentos e inundações é da chuva. É só ver as manchetes e submanchetes diárias, nesse período do ano.
A imprensa deveria saber que existe um Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Rio Tietê, que completou 12 anos em dezembro de 2010.
A imprensa deveria colocar dois ou três bons jornalistas para escarafunchar esse Plano Diretor e ir atrás de informações sobre o estágio atual da sua implementação.
Os projetos futuros do plano diretor, na imagem abaixo, deveriam ser exaustivamente pesquisados.
Como estou certo de que encontrará muita omissão dos governo tucanos, a imprensa deveria denunciar o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura da capital, levando a opinião pública a pressionar esses governos, parlamentares e entidades da sociedade civil para que as obras necessárias sejam realizadas sem mais protelação.
Mas como a imprensa fará isso se parte dela está comprometida até a medula com os sucessivos governos tucanos e do DEM?
Como eu acho que as Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) não cumprirá o seu papel institucional, então continuaremos com o "reme-reme" de que a chuva – Deus – é a responsável pelo inferno em que é transformada a capital e municípios da Região Metropolitana de São Paulo.
Como exemplo de omissão, ainda hoje (11/1/11), a imprensa está evitando publicar imagens das inundações em São Paulo. Eles fazem de tudo para maquiar a realidade que pode desgastar os governos tucanos e do DEM.
Não bastasse o apagão diário do trânsito de São Paulo, que também é tratado como algo em que não há responsabilidade alguma da prefeitura da capital e do governo estadual.
Enquanto isso, a parte do eleitorado que não votou nem nos tucanos nem no Kassab terá que "comer o pão que o diabo amassou com os pés", sendo castigada por algo sobre o qual não teve qualquer responsabilidade...

Ajuste fiscal permanente - Parte 5: Vendendo o patrimônio público. Geraldo Alckmin planeja vender Cesp para governo federal.

(do Transparência SP)
Um dos pontos de honra do ajuste fiscal permanente é a "venda" do patrimônio público.
Neste caso, o único problema que enfrentarão é que o patrimônio público com valor de mercado significativo está se exaurindo. Após a venda do que sobrou da CESP, talvez só reste a Companhia do Metrô e o controle da SABESP.
Depois disso, só os Palácios dos Bandeirantes, da Boa Vista (Campos do Jordão) e do Horto.
Seria uma boa sinalização do reinado da ortodoxia econômica em SP: chegar aonde nem a Argentina, de Domingos Cavallo, chegou.

 
(da Folha de SP)

O novo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorizou que sua equipe negocie a venda da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), terceira maior geradora de eletricidade do país, para o governo federal.
Atrás de recursos para investimentos no Estado, Alckmin planeja vender a empresa. Mas, para evitar o rótulo de privatizante, manifesta simpatia pelo modelo adotado na venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil.
Em 2008, o governo Serra obteve R$ 5,386 bilhões com a venda da Nossa Caixa para o BB. Como o banco foi vendido para o governo petista, partido e sindicatos impuseram pouca resistência.
Hoje, o governo Alckmin idealiza repetir a operação. Pela fórmula em estudo, a Cesp seria vendida para Furnas, empresa do sistema Eletrobrás, a estatal federal do setor elétrico.

Ajuste fiscal permanente - Parte 4: Falta de investimentos e de desassoreamento do rio Tietê agravam as inundações em SP.

(do Transparência SP)

A cidade de São Paulo continua crescendo de maneira errada, com a cumplicidade da autoridade municipal. Somada a esta inação, encontramos também a falta de investimentos adequados do governo do Estado de SP na elaboração e implantação de um plano metropolitano de drenagem.
Mais ainda, conforme já divulgado anteriormente, nem a limpeza constante do rio Tietê foi realizada corretamente durante o governo Serra, reduzindo a sua capacidade de vazão.
Com as chuvas de verão, o drama das enchentes se repete. Colocar a culpa em São Pedro e na falta de educação da população também.
Segue abaixo ótima matéria da Folha de SP sobre o que falta para enfrentarmos as enchentes:

Enchentes em São Paulo não melhoraram
É preciso eliminar a fonte original dos problemas com as chuvas: a total ausência de regulação técnica adequada do nosso crescimento urbano

por Álvaro Rodrigues dos Santos, em Tendências/Debates da Folha de S. Paulo

Mal começaram as chuvas do verão 2010/2011 e as enchentes voltam a atormentar a vida dos moradores da metrópole paulistana. Diante dos anualmente repetidos relatórios oficiais dando conta de variadas realizações de programas de combate às enchentes e da realidade crua, mostrando a todos que não houve nenhuma melhora substancial na extensão e na intensidade das enchentes, há que se perguntar: o que falta realmente para que a metrópole seja aliviada desse absurdo flagelo?
Fundamentalmente, e essa deveria ser a primeira e principal providência de qualquer programa de combate às enchentes, é preciso parar de errar. Às escâncaras dessa desgraça toda, a metrópole continua a crescer cometendo os mesmos crassos erros que estão na origem das enchentes e em sua contínua intensificação.
Entre eles estão a prevalência da cultura da impermeabilização e a expansão da mancha urbana por espalhamento horizontal sobre regiões progressivamente mais montanhosas, desmatando, produzindo áreas planas por terraplenagem, expondo solos a violentos processos erosivos, com geração anual de milhões de metros cúbicos de sedimentos que, por assoreamento, comprometem drasticamente a capacidade de vazão de nossos rios, córregos e drenagens construídas.
Essa é a equação básica das enchentes, volumes crescentemente maiores de água, em tempos sucessivamente menores, sendo escoados para drenagens naturais e construídas progressivamente incapazes de lhes dar vazão.
Essa é a realidade, e não haverá milagre tecnológico que conseguirá algum bom resultado sem que se elimine a fonte original de nosso enorme problema: total ausência de uma regulação técnica adequada do crescimento urbano. Ou seja, antes de mais nada, é preciso que as maiores autoridades públicas estaduais e municipais deem um sonoro tapa na mesa e imponham a elementar decisão: “A partir de hoje, paramos de errar!”.
Com essa essencial decisão tomada, cabe então inteligentemente agir sobre o enorme passivo urbano acumulado, consequência dos erros até então insensatamente cometidos, e isso implica dar continuidade às ações estruturais de ampliação da capacidade de vazão de nossos principais rios, com seu permanente desassoreamento.
Implica também a profusa implementação de ações não estruturais, voltadas a aumentar a capacidade de retenção de águas de chuva em toda a metrópole.
Destacam-se entre essas ações: a desimpermeabilização dos espaços urbanos públicos e privados; a instalação de pequenos e médios reservatórios domésticos e empresariais de acumulação e infiltração; o intenso plantio de médios e pequenos bosques florestados; e o rigoroso e extensivo combate à erosão nas frentes de expansão urbana, assim como o combate ao lançamento irregular de lixo e entulho.
Por fim, precisamos conceber um plano de combate às enchentes que tenha articulação metropolitana, o que possibilita a reunião de todas as iniciativas sob diretrizes técnicas e gerenciais comuns.
* Álvaro Rodrigues dos Santos, geólogo, é consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente. Foi diretor de Planejamento e Gestão do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e diretor da divisão de geologia. É autor, entre outras obras, de “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”.

Ajuste fiscal permanente - Parte 3: Marketing no lugar de planejamento e investimento. Cadê a ligação seca entre Santos e Guarujá?

(do Transparência SP)
Brilhante divulgação através do blog do Escrevinhador de matéria do blog do FBI sobre acompanhamento da enrolação dos últimos governos do Estado de SP a respeito da construção de túnel ou ponte ligando Santos ao Guarujá.
Só acrescentaria a esta matéria o que já divulgamos em outro "post":
Esta obra tem sido demandada pela população da Baixada Santista em todas as Audiências Públicas do Orçamento Estadual realizadas pela Assembléia Legislativa nos últimos 5 anos. Apesar dos deputados elaborarem emendas ao orçamento para o início desta obra, o governo do Estado tem vetado tais emendas, para depois substituir os recursos orçamentários pela "inauguração de maquetes".
É o "marketing" colocado à frente do planejamento e dos investimentos.

(do blog do Escrevinhador)
O blogueiro Augusto da Fonseca (que conhece muito bem a área de transporte e infra-estrutura) pergunta: cadê a ponte do Serra?
Pouco antes de deixar o cargo pra concorrer à Presidência, o então governador paulista mostrou a maquete. A ponte ligaria Santos ao Guarujá (conhecido balneário paulista).
O governo Lula tem muitas falhas na área de infra-estrutura. Elas são expostas na velha imprensa. Ok. Mas, vejamos: Lula faz a rodovia transoceânica (que liga o Brasil ao Peru), mas o governo paulista não consegue fazer uma ponte?
Imaginem se Lula tivesse inaugurado uma maquete, e anos depois não desse explicação sobre a ponte que sumiu? Estaria nas manchetes, como escândalo!
A imagem de bons gestores, que os tucanos mantêm entre a classe média paulista, é um mistério. Na verdade, nem tanto: eles contam com a ajuda singela da velha mídia (que compra assinaturas dos jornais, e entrega nas escolas públicas, pra dar uma “força”), e põe o nome de “publishers” da velha mídia em prédios públicos. É assim que as coisas acontecem em São Paulo – como bem mostra o Augusto…
Já ouvimos falar de governo marqueteiro. Mas parece que agora São Paulo criou o governo “maqueteiro”.
(por Augusto da Fonseca, no blog FBI)
Já que o desgovernador Alckmin está desmontando a farsa que foi o desgoverno Serra (mostrando, aliás, que foi desgoverno mesmo), que tal informar a nós todos sobre o paradeiro do projeto da ponte estaiada que, supostamente, fará a ligação Santos-Guarujá, hoje feita por barcaças?
Para entender o que estou falando, é necessário contar a história em detalhes.

No ano passado (9/3/10), publicamos o seguinte post, republicado em outubro/10:
Serra começa a governar no quarto ano e inaugura maquete da ponte Santos – Guarujá
Vejamos o que dizia, na ocasião, o site oficial do Governo de São Paulo:
O governador José Serra anunciou nesta terça-feira, 09, o projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá.
O complexo de 4,6 km, sendo 1 km de ponte estaiada, irá beneficiar não só os 24 mil veículos que passam todo dia pela balsa, mas também os cerca de um milhão de pessoas que vivem em Santos, São Vicente e Guarujá.
Estimadas em cerca de R$ 700 milhões, as obras terão duração prevista de 30 meses, após a assinatura do contrato.
Em 10/12/10, publiquei o post:
Santos – Guarujá: 12 anos de túnel e mais 12 de ponte; no final ficarão as barcaças
Há 12 anos os tucanos enganam os paulistas sobre o túnel que ligaria Santos a Guarujá e, com isso, eliminaria a arcaica travessia por barcaças.
Em janeiro de 2009, o Governador José Serra anunciou que as obras do túnel iniciariam até o final daquele ano.
Agora, de repente, é inaugurada (9/3/10) a maquete de uma ponte estaiada (foto), que substituirá o túnel (não há maquete do túnel).
Um breve histórico para entender a farsa número 1 – a do túnel:
•O projeto é previsto desde 1947, pelo Plano Regional de Santos, elaborado pelo urbanista Prestes Maia
•Em 1997, o ministro dos Transportes de FHC, Eliseu Padilha, autorizou as prefeituras de Santos e Guarujá a formar um consórcio para a construção e a operação de um túnel submarino entre as duas cidades. O custo estimado da obra era R$ 110 milhões.
•“Dersa estuda construção de túnel subaquático entre Santos e Guarujá” (site do Governo do Estado – 23/2/2008)
•“SP poderá ter túnel submarino para ligar Santos e Guarujá” (Globo.com – 6/4/2008)
•“Especialista afirma que túnel custa menos que ponte” (site Impacto – 11/4/2008)
•“Túnel Santos-Guarujá pode ser construído em 18 meses” (site Click Litoral – 4/6/2008)
•“Serra anuncia a construção do túnel Santos-Guarujá” (Último Segundo – 28/1/2009)
•“Obras do túnel Santos-Guarujá serão iniciadas em 2009, afirma Serra” (site Piniweb – 28/1/2009)
•“Túnel entre Guarujá e Santos deve sair do papel este ano, diz Serra” (site Globo.com – 28/1/2009
•Projeto do túnel Santos-Guarujá (Projeto da Agência Metropolitana da Baixada Santista)
•No Plano Plurianual do Governo do Estado de São Paulo consta o estudo do túnel (clique aqui e vá à pag. 97) e não consta o estudo da ponte
A farsa número 2 – a da Ponte Estaiada – mais uma realização da “Central Serra de Factóides“:
A partir de março/09 – quando Serra constata que não iniciará obra alguma de túnel, em 2009, como tinha prometido – surge a idéia da ponte.
O motivo, mais ridículo não poderia ser: “o secretário Mauro Arce esclareceu que a proposta inicial do Estado era de um túnel, a qual foi descartada por diversos motivos: “Com o processo de desassoreamento do porto, verificou-se que o túnel pré-moldado precisaria estar abaixo da linha d’água em mais de 30 metros. Outra dificuldade: a montagem, que implicaria em interrupções de operações portuárias. A obra custaria mais de R$ 2,5 bilhões e levaria cinco anos para ser realizada.”
Como é que em janeiro o Serra anuncia o início das obras para 2009 sem saber desses problemas todos e do elevadíssimo custo?
Ou o governo tucano foi incompetente durante os doze anos em que se comprometeu com o túnel ou está sendo incompetente agora. Lembrar que o custo previsto inicialmente para a construção do túnel era de R$ 110 milhões!
Portanto, foram 12 anos com a enganação sobre o túnel para, num estalar de dedos, surgir com uma nova proposta, mais vistosa e mais fácil de trabalhar o imaginário coletivo dos moradores daquela região: a Ponte Estaiada.
Que não terá tráfego para caminhões! O Estado de São Paulo não sobrevive sem o caminhão e, no entanto, os demo-tucanos querem se livrar dos caminhões a qualquer custo.
•SP estuda ponte estaiada entre Santos e Guarujá (site do Estadão – 27/3/09, apenas dois meses após o anúncio das obras do túnel, pelo Serra)
•“Ponte estaiada vai ligar Santos e Guarujá; governo de SP descarta túnel” (site Globo.com – 19/5/2009)
•Estado não assina contrato para construir ponte Santos-Guarujá (site Webtranspo – 1/10/09)
•Ponte que ligará Santos ao Guarujá, em SP, ainda depende de estudo técnico (site Globo.com – 30/9/09)
•Serra vai anunciar ponte Santos-Guarujá (site Revista Ecoturismo – 10/3/10)
◦A data de abertura do processo de licitação para a construção da Ponte Santos-Guarujá, aguardada há quase 70 anos, deverá ser feita pessoalmente pelo governador José Serra. O projeto básico da obra já está concluído pela Vetec Engenharia, empresa contratada pelo Governo do Estado para realizar o estudo.
◦Como demonstrei, é mentira que o projeto da ponte é aguardado há quase 70 anos. O que era aguardado era o túnel, com promessa do Serra, em janeiro de 2009, de que as obras seriam iniciadas ainda naquele ano!
•Serra começa a governar e inaugura maquete da ponte Santos – Guarujá (Blog Festival de Besteiras na Imprensa – 9/3/10)
Uma questão importante ainda está no “vai prá lá, vem prá cá”, característico do sempre indeciso governador José Serra: quem financiará essa obra?
Ora Serra diz que será o usuário – como sempre – através de pedágio. Ora Serra diz que não será o usuário.
Como não há previsão de ponte – e sim de túnel – no Plano PluriAnual, vamos ver se a revisão deste, a ser enviada à Alesp no mês de maio, contemplará essa obra. Eu não acredito!
No dia 17/3/10, publiquei o seguinte post:
Cadê o projeto da ponte Santos-Guarujá?
A imprensa, na ocasião, informou haver um projeto básico elaborado pela Vetec.
O site da Vetec Engenharia diz que ele foi iniciado em setembro/09.
Estranho, porque o projeto para o qual havia recursos orçametários em 2009 era do túnel e não da ponte.
Se eu fosse deputado estadual do PT, encaminharia um requerimento de CPI do Túnel Santos-Guarujá, para esclarecer a situação do túnel, o motivo fundamentado da troca de túnel para ponte e, finalmente, solicitaria o projeto básico da ponte cuja maquete foi inaugurada.

O ajuste fiscal permanente - Parte 2: SP revê prazos e promete apenas uma linha nova de metrô até 2014.

(do Transparência SP)
Como este site tem alertado, o ajuste fiscal permanente dos governos paulistas neste últimos 20 anos constitui-se em: "arrocho" salarial do funcionalismo público, corte de investimentos, aumento das terceirizações e "venda" do patrimônio público.
Em matéria publicada pelo Jornal Folha de SP neste último dia 10 de janeiro de 2011, fica claro que a chamada "revolução sobre trilhos", uma das principais marcas do governo Serra, não passou de "marketing político".
Segundo o atual secretário de Transporte Metropolitanos, Jurandir Fernandes, não será possível concluir as novas linhas do metrô anunciadas pela gestão anterior até 2014. Provavelmente, as obras destas linhas sequer serão iniciadas neste prazo.
Mais ainda, o secretário disse que os trens da CPTM não possuem padrão de Metrô e talvez seja desnecessário que algum dia venham a possuir, conforme propaganda também feita pelo governo Serra/Goldman.
O secretário também questionou diversos outros pontos propagandeados pela gestão anterior, como a funcionalidade do aluguel de bicicletas no Metrô - principalmente em uma cidade que possui pouquíssimos quilômetros de ciclovia -, a implantação de sistema de condução "driveless" dos trens do metrô e a "suntuosidade" de algumas novas estações da CPTM e do Metrô.
Segundo o secretário, com o custo de implantação de algumas estações seria possível implantar e modernizar muitas outras. Para ele, mesmo em cidades ricas de países desenvolvidos, estações de Metrô e trens longe das áreas centrais são mais simples.
Enfim, de propaganda em propaganda, os governos tucanos que se sucedem vão enrolando a população. Os investimentos atrasam, apenas o "ajuste fiscal permanente" continua em dia.

(da Folha de SP)
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) dará continuidade ao plano de expansão do transporte coletivo em São Paulo, mas já começou a rever prazos e avalia não ser possível terminar até 2014 boa parte do que era divulgado pela gestão tucana de José Serra.
De acordo com reportagem de Alencar Izidoro e Cátia Seabra publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL), apenas uma de quatro linhas de metrô anunciadas pelo antecessor está bem-encaminhada para conclusão até a Copa. E dois dos três monotrilhos podem sair do papel até lá, bem como a expansão de trens.
O novo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, também já declarou apoio "incondicional" ao trem-bala, bandeira dos petistas Lula e Dilma.
Fernandes revelou à Folha que sonha com a volta dos trens regionais, e considera que quatro percursos seriam essenciais: São José dos Campos-SP, Campinas-SP, Sorocaba-SP e Santos-SP. Os dois primeiros integram o trem-bala (até 350 km/h).
Das quatro principais propostas de metrô do plano de Serra, duas já têm a entrega comprometida no prazo: a linha 5-lilás até a Chácara Klabin, cuja licitação é suspeita de fraude, e a linha 6-laranja. A proposta mais encaminhada até 2014 é a conclusão das duas fases da linha 4-amarela.

Temporal provoca caos na marginal Tietê


Rio transbordou na madrugada e havia pelo menos oito pontos de alagamento na via

Do R7
Após o temporal que atingiu a Grande São Paulo na noite de segunda-feira (10), o rio Tietê transbordou impossibilitando o trânsito na marginal na manhã desta terça-feira (11). Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia pontos de alagamentos perto de oito pontes da via: Vila Guilherme, Jânio Quadros, Limão, Bandeiras, Remédios, Tatuapé, Casa Verde e Cruzeiro do Sul. A região da marginal continuava em alerta pela manhã.
De acordo com dados da CET, que começa a medir o índice de congestionamento na cidade por volta de 6h30 todos os dias, neste horário havia 15 km de lentidão em toda a cidade. Minutos depois, às 6h42, as filas já se estendiam por 34 km.
O motorista que chegava a São Paulo pela rodovia Airton Senna encontrava problemas da ponte Jânio Quadros até a ponte Aricanduva. No total eram 4,2 km de congestionamento.
Às 6h30, a cidade toda registrava mais de 51 pontos de alagamento. Além da marginal Tietê, o motorista enfrentava problemas nos dois sentidos da avenida Marquês de São Vicente, perto da praça Pascoal Martins, na Barra Funda, zona oeste da cidade, e na marginal Pinheiros perto da ponte do Jaguaré.
A CET recomenda que o motorista evite a região da marginal Tietê. Até as 6h50, o rodízio municipal de veículos estava em vigor.
Assista ao vídeo:

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
Copyright Transparência São Paulo - segurança, educação, saúde, trânsito e transporte, servidores © 2010 - All right reserved - Using Blueceria Blogspot Theme
Best viewed with Mozilla, IE, Google Chrome and Opera.