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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ferreira Pinto, Secretário de Segurança Pública, na época da SAP era "piu-piu"

26/06/2006 – 10h16
Isolados, líderes do PCC impõem o terror
 
ANDRÉ CARAMANTE 
enviado especial da Folha de S.Paulo a Presidente Venceslau

Dentro das muralhas da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de SP), 400 chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) vivem um regime de confinamento próximo ao imposto aos prisioneiros de guerra: o monitoramento ininterrupto por parte de um grupo de homens fortemente armados e treinados para evitar rebeliões.

Nas galerias da P2, formada por seis raios (pavilhões), a todo instante, presos como Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola (braço direito de Marcola, chefe do PCC), Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior (irmão de Marcola), Orlando Mota Júnior, o Macarrão, Paulo Cesar Souza Nascimento Júnior, o Paulinho Neblina, além de Colorido, Moringa e Birosca prometem reação violenta aos métodos usados para contê-los.

O receio de uma revanche do PCC é tão grande que, hoje, o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, proíbe seus assessores de divulgar sua agenda de compromissos.
Sob a mira de armas

À noite, na P2 de Venceslau, se não fossem a presença constante dos homens do GIR (Grupo de Intervenção Rápida), do GAR (Grupo de Atuação Regional) e dos Aevps (Agentes de Escolta e da Vigilância Penitenciária), seriam apenas 20 os agentes penitenciários responsáveis por todos os chefes do PCC que, até para tomar banho de sol, só saem das celas sob a mira de escopetas calibre 12 e pistolas automáticas.

As visitas também só entram no presídio sob a mira destas mesmas armas e, como nunca aconteceu antes, são obrigadas a ficar trancadas nas celas com os detentos, durante apenas duas horas (no sábado ou no domingo).

Segundo os agentes do presídio, o governo vai usar isso como “moeda de troca” para voltar a ter o controle total da prisão sem a necessidade dos grupos especiais.

“O secretário [Ferreira Pinto] endurece agora e, mais na frente, volta a negociar com o PCC e passa a estender as regalias. Aí, aparentemente, o sistema prisional volta a ficar na paz”, diz um agente da P2, que não quis se identificar.

Como forma de pressão psicológica pelo que chamam de “repressão”, os chefes do PCC passaram a prometer uma nova onda de ataques nas ruas e, segundo nove funcionários do presídio entrevistados pela Folha, sob a condição de anonimato, isso começaria pelas ruas de Presidente Venceslau –e os próprios guardas e seus parentes seriam os principais alvos.

“Hoje, a P2 só não é tomada pelos presos porque existe essa pressão feita pelo nosso pessoal armado. O dia em que eles forem embora, os presos vão arrancar as cabeças de todos os funcionários. Estamos à beira de uma nova matança”, diz um funcionário que trabalha há oito anos no sistema prisional e afirma nunca ter passado tanto medo como agora.

Agentes armados
Enquanto o secretário Ferreira Pinto cria um “bunker” e deixa apenas a sede da SAP, no Carandiru, sempre cercado por seguranças armados, muitos agentes penitenciários das prisões do oeste paulista, sob a alegação da necessidade de garantir a segurança particular e de seus familiares, passaram a andar armados, mesmo sem ter o direito de portar arma.

“Apesar de pagos para custodiar quem cometeu crimes, hoje, nós precisamos driblar a lei e andar com arma irregular, mesmo sob o risco de também passar a ser um detento amanhã”, diz outro agente.

Rebelião branca
Em solidariedade aos chefes do PCC presos na P2 de Venceslau, presos de outras cadeias têm feito o que ficou conhecido como “rebelião branca” –uma interrupção nas atividades dos presídios onde estão, principalmente depois da exigência feita pelo comando do PCC para que todos se recusem a se apresentar em audiências na Justiça.

Desde a tarde de sexta-feira, a Folha procurou o secretário Ferreira Pinto, por meio de sua assessoria de imprensa, mas não teve sucesso. A resposta dada foi sempre a mesma: “Ele não foi encontrado no celular”.

assim é facil falar grosso e ser macho

Governo Alckmin faz encenação e finge incorporar propostas derrotadas nas urnas.

(do Transparência SP)

Nesta última eleição para o governo do Estado de SP, o candidato governista do PSDB fugiu como pôde de alguns temas polêmicos propostos pelos candidatos oposicionistas.
O abuso dos pedágios, o fracasso do sistema de progressão continuada no ensino fundamental e a questão da retomada do transporte ferroviário no Estado foram alguns dos temas abordados pela oposição e que o candidato governista tentou evitar a todo custo.
A julgar pelo resultado das eleições, a maioria da população paulista não entendeu serem estes temas realmente relevantes, uma vez que não são recentes e o mesmo bloco político governa o Estado a 16 anos.
O interessante é que passadas as eleições, o governo Alckmin começa a anunciar projetos que parecem uma verdadeira "confissão de culpa", mas não passam de encenação política. 
Num dia, o Secretário de Transporte Metropolitano diz que o Trem de Alta Velocidade (do governo federal) é fundamental, e deve ser interligado a novas linhas de trens rápidos por todo o interior. Outro dia, o governo anuncia que fará a revisão de todos os contratos de concessão das rodovias, mas não sabe se as tarifas cairão ou subirão ainda mais.
Finalmente, os jornais noticiam que o governo estadual planeja modificar o sistema de progressão continuada no ensino fundamental. Perfumarias à vista.
Alguma coisa está muito errada no processo político eleitoral em São Paulo.
Em "democracias maduras", o programa de governo do partido vitorioso nas eleições é implantado, enquanto os partidos derrotados vão para a oposição fiscalizar. Aqui, o partido vitorioso foge do debate eleitoral e finge implantar o programa de governo dos derrotados.
Esta é a democracia paulista, com a grande imprensa interditando o debate no Estado antes das eleições para depois fingir que os problemas serão resolvidos pelos mesmos que não o fizeram nos últimos 16 anos.

Segue abaixo matérias nos jornais dando conta destes acontecimentos:

(da Folha de SP)
Governo estadual vai rever pedágios até o fim do ano

Todos os 18 contratos com concessionárias serão analisados, mas governador diz que não sabe se tarifas vão diminuir ou aumentar
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que a análise dos contratos das concessionárias das rodovias terá início "imediato" e o resultado - com uma posterior revisão nos valores - sairá com certeza no primeiro ano de sua gestão. O tema foi um dos mais polêmicos na eleição para o governo estadual e o então candidato tucano garantiu que iria promover uma "correção".
"É imediato esse trabalho de analisar contrato por contrato, respeitando o contrato, mas verificando o equilíbrio econômico e financeiro", disse o governador, na manhã de ontem, após reunião com os secretários no Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin disse que não iria antecipar as medidas que pretende adotar. A atual gestão vai esperar o resultado das análises, pois, segundo o governador, há a possibilidade de que o equilíbrio do contrato não aponte necessariamente para a redução dos valores. "Nós não vamos antecipar nada, até porque o equilíbrio financeiro pode ser a favor do governo ou da concessionária. Tudo isso vai ser analisado." Alckmin só foi taxativo quando perguntado se a revisão seria no primeiro ano da gestão: "Claro."
Durante a campanha, o então candidato havia informado que promoveria a redução em alguns casos específicos para corrigir algumas distorções. Ele citou o caso de cidades da região de Campinas, como Paulínia e Jaguariúna, onde motoristas transitam por um trecho muito pequeno e pagam tarifa inteira. "Vamos fazer uma redução ou uma modificação do local", disse em entrevista ao Estado no dia 3 de outubro.
O candidato declarou que os contratos seriam analisados para verificar a hipótese de equilíbrio favorável ao Estado. "Se tiver espaço, em vez de exigir obras, podemos reduzir tarifa."

(da Folha de SP)
Alckmin vai mudar a progressão continuada na rede de ensino a partir de 2012.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu alterar a progressão continuada na rede estadual de ensino. A principal mudança deverá ocorrer no sistema de reprovação dos estudantes.
Hoje, o aluno do fundamental só pode repetir ao final do quinto e do nono ano. A ideia é que a retenção ocorra também no terceiro ano. Assim, o número de ciclos sobe de dois para três. A antecipação da reprovação permite que o aluno com sérias dificuldades seja recuperado mais rapidamente (em vez de demorar cinco anos para refazer uma série, passe a ser depois de três).
A Folha apurou que já está finalizado estudo com o novo desenho do programa. "Pessoalmente, acho que vamos ficar mesmo com três ciclos", afirmou o novo secretário-adjunto da Educação, João Cardoso Palma Filho, ao ser indagado pela reportagem. Ele ressaltou, porém, que o assunto ainda está em análise na secretaria.

(do Agora SP)
Trens regionais.

(O Secretário Jurandir) Fernandes já declarou "apoio incondicional" ao trem-bala, bandeira dos petistas Lula e Dilma.
Mais que isso: planeja fazer dos trens regionais com velocidade de 180 km/h, complementares e em sintonia com a proposta do TAV (Trem de Alta Velocidade) do governo federal, a principal "marca" dos transportes do atual mandato.
"O que sonho como marca do Geraldo? A volta dos trens regionais", revelou o novo secretário à reportagem, sobre projetos já em andamento para retomar trechos ferroviários ligando capital-litoral e capital-interior em menos de uma hora.
Os quatro trens de passageiros considerados essenciais por ele ligam São José dos Campos-SP, Campinas-SP, Sorocaba-SP e Santos-SP.

Privatizações

Privatizações
Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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