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terça-feira, 19 de abril de 2011

Alckmin versus Serra: governo paulista deve reduzir política de bônus da educação.

(do Transparência SP)
A mídia paulista escondeu os maus resultados obtidos pela educação pública estadual no SARESP 2010, mas abriu espaço para o governo Alckmin apresentar diversas mudanças pretendidas na política educacional do Estado.
Na prática, é uma confissão do fracasso das políticas implementadas no Estado nas últimas décadas.
O governo paulista vai reformular quase tudo.
Chama a atenção a idéia de reduzir os pagamentos de bônus e extras da política de "meritocracia" - destaque da política educacional de Serra - e sua incorporação através de aumentos reais dos salários dos professores.
Nove entre dez grandes veículos de comunicação avaliaram como positiva a política de bônus por mérito implantada na educação por Serra e seu "ministro" Paulo Renato.
Alckmin, abrindo diálogo com a categoria, planeja reformular esta política.
Vamos acompanhar quando a mídia começará a criticar o governo estadual nesta área.


SP vai mudar política de educação e dar reajuste de 36% para professor até 2014

(do Valor Econômico, por Luciano Máximo)

A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo vai anunciar uma série de medidas para reorganizar as políticas educacionais do Estado. Nos próximos dias será divulgado um cronograma de reajustes salariais para o magistério, que atingirão 36,74% até 2014. Até o fim do ano, governo e sindicatos trabalharão juntos para definir um novo plano de carreira do setor. Para 2012 estão previstas reduções nos pagamentos de bônus e extras da política de meritocracia, a revisão da progressão continuada e do conteúdo do material didático produzido pela secretaria e a reformulação do currículo do ensino médio. Também está em estudo o uso da nota do Saresp, prova anual de português e matemática feita por alunos para fins de avaliação, para incrementar a pontuação de egressos de escolas estaduais no vestibular das universidades públicas paulistas - USP, Unesp e Unicamp. Diferente do que tem marcado a gestão do ensino no Estado de São Paulo nos últimos 20 anos, a formulação da reforma partiu de intenso diálogo entre o secretário da Educação, Herman Voorwald, e o secretário-adjunto, João Cardoso Palma Filho, e professores, funcionários e diretores de escola e coordenadores de ensino de todo o Estado. Também ocorreram reuniões com as seis representações de trabalhadores. De janeiro até hoje foram organizados 12 encontros, com participação média de mais de mil pessoas. Em cada evento, Voorwald e Palma Filho recebiam diagnósticos da rede e ouviam reivindicações dos profissionais.
Os documentos e relatos da rede são a principal base para as ações do governo, disse ao Valor o professor Palma Filho, considerado o homem forte de tudo que se refere a política educacional e pedagógica. "Não vamos começar do zero, mas era importante abrir esse diálogo, o que não ocorria há muito tempo na rede. Não é uma prática revolucionária, mas é altamente inovadora e vamos colher bons resultados. Não dá para fazer educação só via decreto, é preciso o envolvimento de todos", ponderou Palma Filho.

 
Ele explicou que todas as mudanças "relacionadas à escola" serão trabalhadas pela área técnica da Secretaria este ano e ficarão prontas no ano que vem. Os focos deste primeiro ano de gestão serão a questão salarial e a carreira do professor. "A categoria reivindica 36% de perdas salariais. Evidentemente que não vamos conseguir repor de saída, logo no primeiro ano, mas o governador já aprovou uma proposta que será anunciada até o fim do mês. A reposição das perdas vai se dar ao longo dos quatro anos de mandato e uma parte considerável sai agora, no primeiro ano", revelou o secretário-adjunto, sem revelar o percentual do reajuste inicial. A Secretaria Estadual da Fazenda não retornou as ligações da reportagem para comentar sobre as fontes de recursos que bancarão o aumento dos professores.

O reajuste de 36,74% se refere a um acúmulo de perdas salariais calculado desde 1998. A proposta de aumento do governo, que coincidirá com as comemorações do 1º de Maio, será avaliada pelos trabalhadores em assembleia geral em duas semanas. "A disposição do governo é estratégica porque o magistério está combalido, foram 5% de aumento nos quatro anos do [governador José] Serra", opina Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto, presidente do Sindicato de Especialistas em Educação do Magistério de São Paulo (Udemo).

Na iminência do estabelecimento de uma política de concessão de reajustes salariais em bases anuais e de um novo plano de carreira para o magistério, o governo indica que vai cortar o pagamento de bônus e enfraquecer o sistema de meritocracia na educação, ambos instituídos na gestão tucana anterior. "Não tem orçamento que aguente política salarial com reajustes anuais, que chegarão a 36%, e os 25% de aumento previsto no mérito. A tendência, ainda não está decidido, é ir aumentando o salário-base e consequentemente diminuindo o percentual do aumento por mérito. A mesma coisa vale para o bônus", explica Palma Filho.

Os bônus são pagos para todos os profissionais da educação, do servente ao diretor, com base no desempenho do aluno no Saresp. Já os aumentos via meritocracia são concedidos para 20% dos professores com base na nota de uma prova feita anualmente. "A secretaria entende que a política de mérito deve continuar, mas tem que ser aprimorada: imagine uma escola onde 20% dos professores ganharam reajuste de 25% e o resto não ganhou nada", acrescenta o secretário-adjunto. Mudanças na política de meritocracia dependem de alteração da lei complementar.

O plano de reorganização das políticas educacionais do Estado de São Paulo também prevê aumentar de dois para quatro os ciclos da progressão continuada, com fortalecimento do reforço. Com a novidade, o aluno da rede estadual será avaliado em quatro momentos entre a primeira e a nona série do ensino fundamental. "É o que a maioria dos professores manifestaram. Há quem diga que isso aumenta as chances de repetência, mas se a secretaria criar condições para uma recuperação paralela eficiente o modelo será bem-sucedido." Palma Filho sugere concentrar dois professores por sala de aula nos primeiros anos do fundamental. "Não será estagiário, será um professor de verdade para reforçar a recuperação nos anos iniciais, daí para a frente o aluno segue com suas próprias pernas."

Na parte pedagógica, o material didático da secretária, hoje distribuído bimestralmente, passará a ser semestral e terá o conteúdo aprofundado a partir de 2012.

Educação pública do Estado de SP leva "bomba" em exame.

(do Transparência SP)

Grande parte da imprensa ignorou solenemente os resultados do último SARESP 2010 (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de SP) , que mede os conhecimentos dos estudantes do ensino fundamental e médio da rede estadual nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.
Talvez porque os resultados tenham sido lamentáveis.
Mesmo partindo de notas baixíssimas em 2009, a educação pública no Estado conseguiu piorar ainda mais em 2010.
No ensino médio, apenas 0,3% dos estudantes apresentou conhecimentos avançados em matemática e 0,6% em português. Um resultado desastroso, fruto da má qualidade da política educacional implementada no Estado mais rico do país.
O comprometimento do futuro das novas gerações não é pauta da grande imprensa.
Uma pena, porque o país vive um momento raro em nossa história: desenvolvimento econômico, geração de oportunidades, aumento da renda e liberdades democráticas.
Se depender do Estado de SP, o "apagão de mão de obra" continuará.

Em tempo, a tática da imprensa paulista foi esconder os maus resultados e abrir espaço para o governo Alckmin apresentar as mudanças que pretende implementar na área da educação.
Vem mais conflito por aí entre alckmistas e serristas.
Abordaremos melhor este assunto em outro post.


Saresp indica piora nos resultados

(no Diário de SP, por Fábio Saraiva)

Alunos da 9ª série do ensino fundamental e 3º do ensino médio têm notas mais baixas que em 2009; 5ª série apresenta avanço

Os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) de 2010 indicam uma piora nas notas dos estudantes da 9 série do ensino fundamental e 3 série do ensino médio da rede estadual, em comparação com 2009.
Com isso, também houve um impacto negativo no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), que combina as notas do Saresp com os dados de aprovação, reprovação e abandono escolar.
Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Educação e mostram desempenho inferior em língua portuguesa e matemática dos alunos das duas séries.
O Idesp da 9 série caiu de 2,84 em 2009 para 2,52 em 2010. Na 3 série do ensino médio, nova queda: a nota 1,98 obtida em 2009 se transformou em 1,81 no ano passado. O único resultado positivo no Idesp foi o da 5 série - os 3,86 de 2009 viraram 3,96 em 2010.
Na 9 série, os 236,3 pontos obtidos em língua portuguesa pelos estudantes na avaliação de 2009 se transformaram em 229,2 em 2010. Em matemática, os mesmos estudantes obtiveram 243,3 pontos em 2010 frente 251,5 no ano anterior.
Já na 3 série do ensino médio, o resultado era de 274,6 pontos em 2009 e caiu para 265,7 em língua portuguesa no Saresp 2010. A queda foi menor em matemática na comparação entre os dois períodos - de 269,4 passou para 269,2.
Mas enquanto os alunos das turmas mais avançadas se deram mal nos testes, os estudantes da 5 série obtiveram algum êxito. Em matemática, houve melhora, com os 201,4 pontos de 2009 se transformando em 204,6 na avaliação mais recente. No exame de língua portuguesa, estes estudantes repetiram a nota de 2009: 190,4.
As notas do Saresp se refletem ainda nos níveis de desempenho. Na 3 série do ensino médio, por exemplo, 57,7% dos examinados tiveram resultado insuficiente em matemática e 37,9% em língua portuguesa. Apenas 0,3% destes estudantes apresentou conhecimentos avançados em matemática e 0,6% em português.
O resultado foi insuficiente em matemática para 34,9% dos alunos da 9 série que fizeram o Saresp. Em português, isso foi 28,4%. De novo, a 5 série se saiu melhor: 70,4% têm conhecimento suficiente em português e 62,7% em matemática.
Mais professores/ Segundo nota da secretaria, para Herman Voorwald, secretário estadual da Educação, não há como separar a queda do Saresp da necessidade de mais professores efetivos na rede. A pasta informa que 9.300 docentes foram nomeados em fevereiro e o governo autorizou a contratação de mais 25 mil professores, que devem ingressar na rede em 2012.

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