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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sul coreano critica novas marginais do Rio Tietê.

(do Transparência SP)

Responsável pelo meio ambiente na prefeitura da cidade de Seul, na Coréia do Sul, o sr. Yonchan Jeong criticou as obras da chamada nova Marginal Tietê, que ampliou o espaço de automéveis e caminhões.
A obra foi vitrine do governo Serra.
A grande mídia, depois de ouvir as declarações do sul-coreano, integrante da C-40 (ocorrida em São Paulo), tratou de embarcá-lo de volta para casa rapidamente.
Enquanto isso, Kassab diz que uma maior restrição a veículos em São Paulo só daqui a dez anos. Segundo o prefeito falta metrô na cidade.
Devia acrescentar que falta também ônibus de qualidade na cidade. Transporte público não se faz apenas com metrô.
Até lá, em vez de automóveis, teremos "autoimóveis" em São Paulo, e estaremos pagando IPTU.


"Existe muito concreto na margem do rio Tietê" – “Margem do Tietê deve ser alterada” - Entrevista com o sul-coreano Yonchan Jeong, que ocupa cargo na Prefeitura de Seul equivalente ao de secretário municipal de Meio Ambiente. "E todo espaço é dos carros."

(da Folha de SP)

Trânsito e um grande rio cortando a cidade. Ao se deparar com esta cena, a delegação sul-coreana, que participou na última semana do C40, teve sua primeira impressão da cidade.

 

Ao ver o rio Tietê pela janela, a primeira surpresa negativa. "Existe muito concreto na margem do rio", diz Yonchan Jeong, que ocupa cargo na Prefeitura de Seul equivalente ao de secretário municipal de Meio Ambiente. "E todo espaço é dos carros."

Folha - O processo de despoluição do rio Han terminou? Yonchan Jeong - Podemos dizer que o rio está limpo. É um processo que começou no início dos anos 1980. Tivemos que bloquear o despejo de águas poluídas das indústrias. Fiscalizar também a grande quantidade de esgoto que caía nas águas.

 

Qual o papel que a Olimpíada de 1988 e a Copa de 2002 tiveram na transformação ambiental da cidade?
Por causa dos Jogos Olímpicos, nós conseguimos preparar bem a cidade. Depois da competição, políticas públicas que haviam sido iniciadas, como a fiscalização da poluição do rio, foram intensificadas.
Em 2002, na Copa, a questão da poluição do Han estava encaminhada, passamos então a revitalizar as margens. Vimos que aqui [no Tietê] vocês têm muito concreto nas margens do rio. Uma boa ideia seria trocar isso.

 

A poluição do ar também está sendo controlada?
Até 2006, nós tínhamos um ar bem poluído. Era difícil para as pessoas caminharem, porque o ar tinha muita poeira, emitida principalmente pelos ônibus. Em 2007, essa situação começou a mudar. E hoje o ar costuma ser limpo em toda a cidade.

 

Por que tão rápido?
Estamos criando condições para que os carros elétricos possam circular pela cidade [instalando equipamentos onde os carros poderão ser carregados]. Temos 99,9% dos nossos ônibus circulando com gás natural. Antes, eles eram a diesel, uma grande preocupação.

Vocês fazem algum tipo de restrição ao carro na cidade?
Uma é obrigatória. Existe uma taxa de congestionamento cobrada em dois túneis que levam ao centro da cidade. Quem passa sozinho ou com apenas um passageiro pelo túnel paga pedágio.
A outra é voluntária. Quem deixar seu carro em casa ao menos uma vez por semana ganha benefícios [como descontos em impostos].

Para Kassab, maior restrição aos carros em SP "só em dez anos"

(da Folha de SP)
 
Restringir os carros. Essa é a receita que grandes cidades apresentaram, durante o C40 (encontro ambiental), na semana passada em São Paulo para reduzir a poluição.
Mas São Paulo descarta essa possibilidade. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) defende que "só daqui a uns dez anos" a cidade estará preparada para uma restrição maior que a do rodízio existente desde 2007.
Kassab fala, especialmente, do pedágio urbano, solução adotada por Seul e Londres, por exemplo, para diminuir o tráfego de veículos.
Mas há alternativas como a de Buenos Aires, que está diminuindo espaços para estacionamento nas ruas, considerada uma "restrição indireta". Aí São Paulo aceita.
"Não existe restrição prevista de circulação. Existe previsão de restrição de estacionamento", disse o secretário de Transportes, Marcelo Branco, na conferência.
Ao lado de Branco na palestra estava o secretário do Ambiente de Seul, Yonchan Jeong, que havia relatado a criação do pedágio urbano em dois túneis de acesso ao centro da cidade asiática.
Para Kassab, São Paulo só poderá ampliar as restrições aos veículos quando tiver uma rede de linhas de metrô muito maior que a atual. Estima pelo menos dez anos. Quando a rede de transporte de massa atingir toda a cidade, pode se pensar, por exemplo, em implantar pedágio para quem for de carro ao centro.

 

ENCALACRADA
Especialistas ouvidos pela Folha, que também participaram do C40, dizem que a cidade está "encalacrada".
"Existe uma certa esquizofrenia na administração municipal", diz Paulo Saldiva, da USP, especialista em poluição do ar. "A mesma prefeitura que faz a inspeção veicular investe em obras viárias para ajudar o carro."
Na avaliação do especialista, antes mesmo de o governo tomar alguma providência, a opinião pública é que vai passar a cobrar por soluções. "Ninguém aguenta mais o trânsito da cidade."
Investir no transporte por bicicletas foi outra proposta debatida na C40 para reduzir o trânsito e a poluição.
Paris fez isso. Desde 2001, a rede de ciclovias foi de 10 km para 700 km. Os congestionamentos caíram 24%.
Em São Paulo, a rede de ciclovias é pequena e a prefeitura aposta no "compartilhamento" das vias, método que será testado no Brooklin e no centro nos próximos meses.
Nesses locais serão criadas "ciclorrotas", com sinalização sobre a prioridade da bicicleta, mas as vias não serão exclusivas dos ciclistas.
Em outras grandes cidades, a busca agora é por mais segurança. Em debate sobre o tema na C40, representantes de Amsterdã, Paris, Chagwon (Coreia do Sul) e Buenos Aires defenderam faixas exclusivas para ciclistas, que podem dividir com carros as vias tranquilas.
"Agora que a bicicleta faz parte do transporte, não se pensa em separar o trânsito nas vias menores. O compartilhamento já é mais civilizado", diz Anne Hidalgo, vice-prefeita de Paris.

Agência Estado cria clima anti-Palocci: delegado de polícia que investigava máfia do lixo não foi exonerado.

(do Transparência SP)

Foi publicado neste blog matéria da Agência Estado dando conta da exoneração do delegado de polícia que investigava a chamada "máfia do lixo" em Ribeirão Preto, durante a gestão Palocci.
A matéria não corresponde à verdade. 

Em vez de demitido, o delegado Benedito Antônio Valencise foi nomeado para exercer a função de delegado seccional de Bauru.

 

A publicação consta na metade da 4ª coluna do DOE EXECUTIVO II – 02/06/2011 – PÁG. 17.
Seguem abaixo extrato da publicação na página supra e respectivo link.
“Em virtude de promoção, no DEINTER 4 - BAURU, e nos termos
do artigo 6º da Lei Complementar nº 731, de 26 de outubro
de 1993, designa, o Dr. BENEDITO ANTONIO VALENCISE - RG
5.684.891, Delegado de Polícia de Classe Especial, padrão V,
lotado na Delegacia Geral de Polícia, para exercer a função de
Delegado Seccional de Polícia I da Delegacia Seccional de Polícia
de Bauru, fazendo jus, a gratificação de “pro labore” de 10%
calculada sobre o valor do respectivo padrão de vencimento,
cessados os efeitos da Portaria que o autorizou, em caráter
excepcional para exercer a função de Delegado Seccional de
Polícia I da Delegacia Seccional de Polícia de Bauru, ficando em
conseqüência cessado o “pro labore” correspondente e a classe
superior. (DGP-2165-P)"

Kassab estreia no Twitter e já é questionado sobre Copa


O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) é o mais recente político a aderir ao Twitter. No fim da tarde de ontem, enviou a primeira mensagem. "Há muito me cobram estar no Twitter. Pois bem, aqui estou. E logo estarei em velocidade de cruzeiro", prometeu o prefeito na conta @gilbertokassab_ (www. twitter.com/gilbertokassab_). O número de pessoas que seguem Kassab cresceu rápido. Em três horas, já eram 300. E ele seguia apenas uma conta - o Twitter oficial da Prefeitura de São Paulo.
Alguns usuários do site já aproveitavam para mandar recados ao prefeito sobre temas polêmicos. "É agora q vai congestionar tudo por aqui", dizia um deles. "Ei, @gilbertokassab_, vai pegar busão!", escreveu outro. "Por que não apoiou o Morumbi para a Copa de 2014 mesmo sendo são paulino e fazendo várias promessas", questionou um terceiro usuário.
Outros internautas também davam as boas-vindas ao prefeito e aproveitavam para ensiná-lo como usar o site. "Só uma dica @gilbertokassab_ : Twitter não é só propaganda", alertou um twitteiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SP vira governo sem rosto em momento de crise

SOBRE A GREVE NA CPTM E NOS ÔNIBUS
Por João Antonio 
Sexta-feira, 3 de junho de 2011

A greve de trabalhadores ferroviários e do transporte coletivo que afeta a vida de milhares de pessoas em São Paulo chama a atenção por provocar algo além do caos habitual no cotidiano de paulistanos e de moradores de parte da Grande SP: o Estado de São Paulo ganhou um `governo sem rosto`.

Isso quer dizer que, embora desde o dia 31 os trens tenham parado de circular e os ônibus também não saiam das garagens em várias partes, não se viu o governador Geraldo Alckmin (PSDB) aparecer em público para se manifestar sobre o assunto.

Não houve sequer questionamentos em parte da imprensa acerca dessa postura alheia do governador quando trabalhadores lutam por reajuste salarial e outros benefícios e outro tanto de pessoas fica sem transporte - isso desde a última terça-feira. Somente na manhã de hoje um representante do governo estadual se manifestou sobre a greve.

Quem acompanha o movimento grevista pela imprensa pode ter a impressão de que se trata apenas de "uma greve de ferroviários", não havendo um "patrão" com o qual os trabalhadores tentam negociar sua pauta de reivindicações. É como se o governador Geraldo Alckmin tenha sido levado a um "bunker" para não ser associado a este momento de crise por que passa o sistema de transporte público sob responsabilidade do Estado. 

*João Antonio é deputado estadual pelo PT-SP

Troca de radar deve quintuplicar multas de trânsito em São Paulo

A quantidade de multas de trânsito aplicadas para quem avança semáforo vermelho ou invade as faixas exclusivas para ônibus deve quintuplicar no segundo semestre, na capital paulista. A estimativa é da própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que vai trocar todos os 156 radares que flagram essas infrações. Hoje, eles são do modelo fotográfico - considerado obsoleto - e deveriam ser eletrônicos.



CET irá trocar 156 radares para flagrar avanço no semáforo vermelho e invasão de corredores de ônibus.


Por Agência Estado
Segunda-feira, 6 de junho de 2011


A cidade de São Paulo tem atualmente 120 radares para flagrar desrespeito ao semáforo vermelho (modelo Refis) e outros 30 para fiscalizar a invasão da faixa de ônibus (Reifex). Todos funcionam como uma máquina fotográfica antiga, em que é preciso colocar um "filme" - nesse caso chamado de chapa - e depois revelar as fotos.

O grande problema desses radares é que têm um limite de 36 fotos e, após atingida essa quantidade, ficam inoperantes até que uma nova chapa seja colocada. Uma empresa contratada pela CET faz uma espécie de ronda, trocando as chapas de todos os radares periodicamente, mas em alguns casos os equipamentos ficam horas e até mesmo um dia inteiro sem flagrar infrações cometidas pelos motoristas.

"Esses equipamentos fotográficos têm quase 20 anos de operação e estão todos obsoletos, trabalham com as chapas ainda. Por isso decidimos trocar todos os radares desse modelo e logo. Virou uma prioridade", diz o diretor administrativo da CET, coronel Luiz Alberto dos Reis.

Os novos equipamentos serão todos eletrônicos - como são os de velocidade, que fiscalizam o rodízio, por exemplo. Não há um limite máximo de fotos de placas que ele consegue tirar e as informações são passadas diretamente para o banco de dados da CET. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

E o troféu de político inábil do ano vai para...

Serra foi um governador inábil, truculento, usou a polícia militar contra a polícia civil, contra professores, contra estudantes da USP, pôs a tropa de choque dentro da USP, usou-a contra vítimas de enchentes e contra toda e qualquer manifestação pública e pacífica.
Serra, mesmo com toda a blindagem da imprensa paulista e nacional, não conseguiu se eleger para a Presidência (TODOS COMEMORA*).
Cabral, tem longa história de repressão no Rio, até mesmo o de censurar um cartaz de Latuff sobre a violência institucional contra a população negra e pobre.
A repressão contra os bombeiros ontem é mais uma truculência para o seu currículo, desta vez, ele conseguiu irritar até mesmo seus apoiadores. Para além da inabilidade do discurso, chamando bombeiros que salvam vidas e seus familiares de ‘lumpesinato’, ‘vândalos’, ele permitiu cenas como esta aí embaixo estampada em O Globo depois que os bombeiros do Rio de Janeiro durante protestos contra os baixos salários tomaram o QG  da corporação, foram reprimidos pelo Bope e  presos em Niterói.
Foto de:  Marcelo Carnaval/Agência O Globo.
Cenas como estas são comuns em rebeliões de presídios no Brasil, mas acho que é a primeira vez que vemos bombeiros, os mesmos que salvam vidas durante as tragédias (incêndios, enchentes, deslizamentos) e no cotidiano de todas as cidades brasileiras, serem humilhados desta forma, obrigados a se ajoelhar, pôr as mãos na cabeça e a se submeterem ao Bope.
Li diferentes versões no twitter, uma delas argumentava que Garotinho em sua sanha fundamentalista teria incitado o protesto para desestabilizar o governo Cabral que avança em termos de combate à homofobia. É possível? Sem dúvida. Há políticos oportunistas para tudo.
Mas acho que a justificativa deste tipo de argumento simplifica muito a luta política. Bombeiros são sujeitos históricos e têm suas próprias reivindicações, reduzi-los à ‘manada’, massa de manobra sem vontade própria, é ignorar que eles também sabem que em seu justo direito de reivindicar por melhores salários e condições de trabalho fazem uso de disputas partidárias em suas lutas. De toda forma, a inabilidade de Cabral diante do protesto é inegável. O governador não foi capaz de negociação, em seu discurso e prática só expôs truculência: ao dizer que os bombeiros são lúmpens, Cabral assinou em baixo seu papel de governador capataz de fábrica da Inglaterra do século XVIII, afinal, quem paga um salário miserável pra profissionais tão indispensáveis ao socorro de vítimas?
PS. Aos xerifes da LP, a expressão TODOS COMEMORA não está correta de acordo com as convenções estabelecidas pela norma culta, trata-se de uma brincadeira do twitter, sabemos que sujeito deve concordar com o verbo.
PS2: Aqui link para duas matérias sobre a rebelião dos bombeiros
___________

extraído de: Maria Frô

Governo Alckmin: mesmo com excesso de arrecadação não concede reajuste salarial

Alheio ao caos que 2,4 milhões de passageiros por dia da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - estão vivendo devido a greve dos trabalhadores da companhia e aos milhares de alunos das ETECs e FATECs em todo o Estado que estão sem aula, pela paralisação dos professores e funcionários destas instituições, o governo Alckmin não faz uma negociação que reponha, minimamente, as perdas salariais destas categorias, apesar do excesso de arrecadação de mais de R$ 1,5 bilhão atingido no primeiro quadrimestre do ano pelo governo do Estado. 


A previsão é de que, até o final do ano, sejam arrecadados R$ 5 bilhões a mais que o previsto no Orçamento de 2011.
"Os trabalhadores reivindicam reposição de perdas salarias, mas o governador Alckmin segue a política atinga do PSDB que é a de arrochar salários", ressalta o líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto.
Nas escolas e faculdades de tecnologia, os professores estão parados desde 13 de maio e no último dia 25, em audiência pública, na Assembleia Legislativa, representantes do Sinteps denunciaram que os salários dos professores das escolas técnicas de São Paulo são os menores do país - o vale refeição é  de apenas R$ 4,00 por dia, e já acumulam um perda salarial de 58%. No entanto, o governo Alckmin ofereceu, a partir de julho, o reajuste de 11%. 

Também a pauta de reivindicações dos ferroviários é para reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, pelo maior índice (entre INPC, IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), aumento real de 5% e mudanças no plano de cargos e salários. A data-base é 1º de março e, de acordo com o sindicato da categoria, a CPTM propôs reajuste de apenas 3,25%. 

Lei de Responsabilidade Fiscal
Os relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal do próprio governo paulista, disponível no site da secretaria da Fazenda, apontam que o Executivo estadual, nos primeiros quatro meses de 2010, gastou apenas 38,8% da receita corrente líquida com pessoal, ou seja, o valor de R$ 39,6 bilhões. Segundo a lei de Responsabilidade Fiscal, o governo poderia gastar no mínimo R$ 47,8 bilhões, ou seja, tem uma folga de mais de R$ 8,2 bilhões para gastar com pessoal. 

Vale ressaltar que de 2005 a 2010, a receita do Estado de São Paulo teve um salto de 126%, pulando de R$ 65,7 bilhões para R$ 149 bilhões, um crescimento de 126%, contra uma inflação no período de 35% pelo IPCA. Ou seja, a receita cresceu na margem real de 69%. De 2009 até 2010, o crescimento foi de 13%. Além disto, o governo paulista arrecadou a mais do que previa no orçamento a quantia de R$ 46,8 bilhões.

Governador alardeou reajuste para professores, mas ainda não enviou projeto à Assembleia

Passado quase um mês do tão alardeado reajuste salarial para os professores do Estado, o governador Geraldo Alckmin ainda não enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei para fazer valer tal reajuste. 


“O governador só quis fazer marketing divulgando à imprensa um reajuste que, na prática, não repõe nem um terço das perdas dos professores e, agora, de fato, podemos constatar seu descaso com os profissionais da Educação, porque ainda nem encaminhou o projeto de lei para ser apreciado pela Assembleia Legislativa, como prevê a lei”, afirma o deputado Enio Tatto, líder da Bancada do PT.
O reajuste anunciado pelo governador Alckmin cobre apenas um terço das perdas salariais dos professores no Estado de São Paulo, entre 1998 e 2010, e será parcelado em quatro anos – 2011, 2012, 2013 e 2014. Daqui a quatro anos, o reajuste, descontada a inflação, dará um ganho real de cerca de 13%, segundo cálculos da Assessoria Técnica da Bancada do PT. Em contrapartida, as perdas dos professores alcançaram 36,75% de 1998 a 2010. 

Descaso também com profissionais das ETECs e FATECs
Além do descaso com o reajuste, o governo Alckmin também não faz uma negociação que reponha, minimamente, as perdas salariais dos professores e funcionários das escolas e faculdades técnicas do Estado (ETECs e FATECs), que estão em greve desde o último dia 13.
O sindicato do categoria (Sinteps) denuncia que os salários dos professores das escolas técnicas do Estado são os menores do país - o vale refeição é  de apenas R$ 4,00 por dia, e já acumulam um perda salarial de 58%. No entanto, o governo Alckmin ofereceu, a partir de julho, o reajuste de apenas 11%. 

Professor em greve denuncia maquiagem tucana 

Leia abaixo desabafo de um professor de ETEC.
“Sou professor do Centro Paula Souza (Autarquia do Governo de SP).
Estamos em greve há quase um mês  por conta do arrocho salarial ocorrido nos governos do PSDB em SP.
Existem vários motivos para justificar essa greve, mas o objetivo desse contato é tentar apagar esse silêncio da imprensa paulista em relação a este movimento e às Etec’s [Escola Técnica Estadual] de maneira geral.
As propagandas das Etec’s durante esse período de greve foram tiradas do ar, para que a menina dos olhos do governo de SP não fosse maculada com esse movimento. Ao mesmo tempo, inaugurações de escolas deixaram de acontecer, também por conta disso.
O Estadão há algum tempo publicou matérias relatando greve  de professores em todo o país e não citou uma linha sobre a greve em SP. Ontem o Jornal Nacional falou de greve de professores no Nordeste e nada daqui de SP. Passam a sensação de que aqui não acontecem greves e que tudo é lindo, como na propaganda.
Um dia antes do movimento acontecer, o governo anunciou um aumento de 11%, que não cobre a inflação de 6 anos sem reajustes e que, na prática, corresponde a um  aumento de R$10,00 para R$11,10 na hora-aula  no CEETEPS [Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza], já que nós  não trabalhamos em jornada, e sim por hora-aula, como o governador  tentou esconder.
Seria uma vergonha para ele, Geraldo, anunciar depois de 6 anos um aumento de R$1,10.
O nosso vale-refeição é de R$4,00. O que não paga nem o lanche  nas cantinas  das Etec’s.
Além de todos esses problemas, tentamos  desenvolver um bom trabalho, mas enfrentamos problemas graves de infraestrutura. Escolas com cursos de informática que não possuem computadores e internet, além de problemas com segurança e falta de profissional para lecionar.
Houve a expansão do ensino técnico em SP todo vinculado  a “escola-extensões”. Como funciona isso: escolas ociosas no horário noturno são usadas para cursos que não demandem uma aplicação efetiva de recursos em laboratórios de tecnologia.
Basta ter professores que o curso acontece, não existem laboratórios de informática em alguns casos.
Desta forma, o plano de expansão das  Etec’s matriculou significativamente mais alunos que nos anos anteriores, mas  a evasão  nestes cursos, por conta da ausência de professores — e de infraestrutura também — é altíssima. Essa é uma preocupação do CEETEPS, já apresentada em documentos internos.
Para comparação, um professor de Etec em inicio de carreira é remunerado com R$10,00, enquanto um professor do SENAI tem remuneração de R$20,00 a R$25,00, dependendo do curso oferecido.
Enfim, gostaria muito de saber como o Centro Paula Souza vai contratar os professores de audiovisual para a Etec Roberto Marinho, aquela do lado da Globo, pagando R$10,00 a hora-aula, já que o próximo vestibulinho para o curso já está em andamento, para turmas que terão início em julho. A não ser que a Globo ofereça esses professores…
Estamos com déficit  de professores em várias  áreas e peço que visite  várias Etec’s para constatar  o que digo.
Em alguns cursos, podemos afirmar que, por conta desses problemas, uma escola de tecnologia está defasada tecnologicamente, uma vez que nós professores, com essa remuneração e esquecidos pelo governo do estado, não temos condições de nos atualizarmos e oferecermos a nossos alunos o que há de ponta em tecnologia.
Professor para esse governo, só para fazer propaganda, o que não faltou no início deste ano e na campanha eleitoral do ano passado.
Para concluir, conto contigo para  quebrar o silêncio da mídia em relação a esse movimento.
Obrigado
A. R.”

InCor: desvio de dinheiro da Saúde - governo paulista desviou recursos para o mercado financeiro

Desvio de dinheiro da Saúde: fundação que administra InCor tem que devolver R$ 50 milhões ao SUS

Decisão da 9ª Vara Federal Cível de São Paulo condena a Fundação Zerbini, que administra o Instituto do Coração de São Paulo (InCor-SP),a ressarcir o Sistema Único de Saúde (SUS) em R$ 49,6 milhões.

Segundo o Ministério da Saúde, a condenação ocorreu porque a fundação não aplicou corretamente as verbas do convênio feito com o SUS, na década de 1990. O dinheiro deveria ser usado no desenvolvimento de ações de saúde e implementação do SUS no hospital, mas, segundo os auditores do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), as despesas registradas na prestação de contas não batiam com a finalidade do repasse dos recursos.
Auditoria revelou que governo paulista desviou recursos da Saúde para o mercado financeiro
No início de 2010, já havia sido denunciado que o governo do Estado aplicou recursos do SUS no mercado financeiro.
Investigação do Denasus revelou que o desvio serviu ao chamado ajuste fiscal e a manobra serviu aparentemente para incrementar programas estaduais - de choques de gestão, como manda a cartilha liberal, e políticas de déficit zero, em detrimento do atendimento a população.
A denúncia coincidiu com o Diagnóstico da Gestão Tucana em São Paulo, elaborado pela Bancada do PT, que também apontou o fato de que o dinheiro que deveria ser aplicado no sistema de saúde paulista é desviado para outros programas e também para o mercado financeiro.
A descoberta dos auditores desmontou discurso do então governador José Serra, que costuma vender a imagem de ter sido o mais pródigo dos ministros da Saúde do país.
Segundo dados da auditoria do Denasus, dos R$ 77,8 milhões do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, R$ 39,1 milhões deveriam ter sido destinados a programas de assistência farmacêutica, R$ 12,2 milhões a programas de gestão, R$ 15,7 milhões à vigilância epidemiológica e R$ 7,7 milhões ao combate a DST/Aids, entre outros programas.
Ainda em São Paulo, o Denasus constatou que os recursos federais do SUS, tanto os repassados pelo governo federal como os que tratam da Emenda nº 29, são movimentados na Conta Única do Estado, controlada pela Secretaria da Fazenda. Os valores são transferidos imediatamente para a conta, depois de depositados pelo ministério e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio de Transferência Eletrônica de Dados (TED). "O problema da saúde pública (em São Paulo) não é falta de recursos financeiros, e, sim, de bons gerentes", registraram os auditores.
Pelos cálculos do Ministério da Saúde, o governo paulista deixou de aplicar na saúde, apenas nos dois exercícios analisados, um total de 2,1 bilhões de reais. Destes, R$ 1 bilhão, em 2006, e R$ 1,1 bilhão, em 2007. Apesar de tudo, os governadores Geraldo Alckmin, em sua primeira gestão (2003-2006) e José Serra (2007-2010) tiveram as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

*com informações da Agência Brasil e Carta Capital
extraído de: Assembléia Permanente

Privatizações

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Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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