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terça-feira, 5 de julho de 2011

Somente R7 apresenta escândalo; UOL e Globo (G1) escondem denúncia contra Ricardo Teixeira e a CBF


Por Marco Antonio Araujo

Diga-me que escândalos te interessam e te direi quem és.
Que silêncio é esse que encobre as sucessivas maracutaias envolvendo a CBF? Por que alguns veículos de comunicação preferem ignorar determinadas denúncias, por mais graves que sejam?
O Ministério Público quer que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, devolva R$ 9 milhões aos cofres do governo do Distrito Federal. Uma cacetada. Segundo as investigações, foi esse o valor desviado em uma fraude grotesca envolvendo um amistoso da seleção brasileira contra Portugal, em 2008.
Os detalhes estão todos aqui.
Todos os ingredientes que embrulham o estômago de pessoas honestas estão nessa operação financeira: laranjas, improbidade administrativa, ostentação de riqueza, escárnio com a Justiça, e a crença na impunidade.
O próprio Ministério Público do Distrito Federal classificou o caso como “aberração”. São indícios pesados, provas documentais, um prato cheio para quem quer contribuir para a limpeza ética deste país.
Esse é o papel do jornalismo. Mas certos escândalos não despertam o interesse de determinados veículos. Aí cabe a pergunta: por quê?
Um caso chama a atenção. Há duas semanas, quando o Jornal da Record veiculou outras denúncias sobre o "jogo sujo" de Ricardo Teixeira, somente o jornalista Juca Kfouri, um dos mais sérios do país, indignou-se e publicou o escândalo em seu blog. O portal UOL, do Grupo Folha, ao qual pertence o blog do Juca, deu destaque à notícia de absoluto interesse público. Agora, estranhamente, o UOL deixou o assunto prá lá.
Outros veículos matam o problema na raiz. Fingem-se de cegos, surdos e mudos, todo o tempo. Fingem até acreditar que isenção fiscal não é dinheiro público.
E existe até a turma dos descarados. Tem jornal, de ligações umbilicais com a CBF, que lança mão da estratégia mais rasteira do submundo do jornalismo para defender a sem-vergonhice: publica carta de "leitor" com ataques a quem critica o derramamento de grana do povo nos esquemas de 2014.
Se contra Ricardo Teixeira sobram provas, contra a ala podre da imprensa restam somente suposições, algumas impublicáveis. A menos ofensiva é que ela não se escandaliza com as denúncias e deixa a bola rolar.
Veja a reportagem e tire sua conclusão.
Atualização:
E hoje, domingo (3), mais uma vez o jornalista Juca Kfouri foi o único que teve coragem de comentar o assunto em seu blog.
O que o motivou a escrever foi ver Sandro Rosell, ex-presidente da Nike do Brasil, atual presidente do Barcelona e unha e carne com Ricardo Teixeira, no ônibus da Seleção Brasileira em La Plata, rumo ao jogo contra a Venezuela.
“A presença de Rosell hoje na Seleção Brasileira soa como provocação, demonstração de plena certeza de impunidade”, disse Juca.
Também, pudera. Rosell estava envolvido na organização do fatídico jogo entre Brasil e Portugal, que acabou com o desvio dos R$ 9 milhões.

extraído de: http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2011/07/02/uol-o-bola-murcha/

Para entender a hegemonia tucana no Estado de SP - parte 3: a seletividade do Ministério Público paulista.

(do Transparência SP)

A hegemonia tucana na política paulista possui muitas bases de sustentação. Uma das mais fortes é o Ministério Público paulista. O que era para ser um órgão independente, tornou-se "braço armado" do grupo político que segue no poder a mais de 16 anos.
As últimas denúncias de irregularidades em prefeituras do Estado de SP confirmam esta tese. Para adversários dos tucanos acusados de irregularidades, o MP paulista investiga rigorosamente as denúncias. Para os tucanos e aliados "flagrados" nas mesmas denúncias, o MP "engaveta" os processos.
Os exemplos são muitos:

Caso 1 (Fraudes nas licitações - caso Campinas): o MP paulista investiga esquema de fraudes em licitações e pagamento de propinas envolvendo a prefeitura de Campinas e empresas de terceirização de serviços (sobretudo aquelas ligadas ao Sr. Cepera). Estas mesmas empresas possuem contratos milionários com o governo do Estado de SP. Neste caso, nenhuma investigação maior vem sendo realizada. Com relação à prefeitura de Campinas, estão sendo atingidos diretamente o prefeito Hélio (PDT) e o vice Demétrius (PT). Com relação ao governo paulista, se as investigações prosseguissem, diversos secretários tucanos do governo estadual poderiam ser atingidos, entre eles Edson Aparecido (secretário do Desenvolvimento Metropolitano), citado nas escutas telefônicas da Polícia Civil na investigação campineira.

Caso 2 (Máfia da Merenda): o MP vem denunciando desvios de recursos e fraudes na merenda escolar em diversas cidades, com destaque para Taubaté (PMDB/PT), Jales (PT) e a administração anterior de Jandira (PT). Estas apurações implicaram na prisão dos prefeitos e ex-prefeitos envolvidos, na ampla denúncia através da imprensa local e na expedição de mandados de busca e apreensão na casa dos acusados. O mesmo esquema existe na cidade de SP, tendo se expandido fortemente nas gestões Serra/Kassab. A operação ficaria a cargo de Januário Montone - ex-secretário de Gestão do governo Serra e atual secretário de Saúde do governo Kassab - e com a participação do empresário Paulo Ribeiro, irmão de Lu Alckmin (cunhado do governador Geraldo Alckmin). Nesta caso, o MP paulista não aprofunda as investigações.

Caso 3 (Falta de limpeza do Rio Tietê e as enchentes): 
Deputados petistas apresentam representação no Ministério Público Estadual em fevereiro de 2010 pedindo investigações sobre a falta de limpeza do rio Tietê e as enchentes ocorridas no início daquele ano, enchentes que levaram à morte moradores da cidade de SP. Matérias da imprensa revelam que o rio Tietê não foi limpo por quase três anos, principalmente na gestão Serra. O então governador foi candidato a presidente em 2010. Diante deste caso, o MP estadual age burocraticamente, deixando de atender as solicitações feitas na representação pelos deputados petistas, anexando-a a outro processo de menor abrangência. 

Caso 4 (Máfia dos parasitas):
Denúncia de fraudes nas compras de produtos hospitalares no Estado de SP atingem empresas ligadas a Marconi Perillo (governador tucano de Goiás) nas gestões de Serra e Alckmin. 
A Operação Parasitas, que durou de setembro de 2007 a novembro de 2008, investigou um esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 100 milhões entre 2004 e 2008. Segundo a apuração, Halex Istar Farmacêutica (empresa do primo de Marconi Perillo) e a Embramed Indústria de Produtos Hospitalares (empresa de conselheiro do hospital Albert Einstein) repassavam seus produtos para firmas menores, que participavam das licitações fraudadas.
Durante meses, as investigações trataram as empresas Halex Istar Farmacêutica e Embramed Indústria de Produtos Hospitalares - além de seus donos - como "peças-chave" no esquema, mas quando a denúncia foi feita à Justiça elas não foram citadas no processo.

Segundo WikiLeaks, Secretário Antonio Ferreira Pinto admitiu que presídios de SP "parecem campos de concentração"

Segundo um documento diplomático obtido pelo Wikileaks, em fevereiro de 2008 o secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, não poupou críticas ao comentar com funcionários do Consulado dos Estados Unidos as péssimas condições das cadeias estaduais: tão ruins que algumas "se parecem com campos de concentração", afirmou.

"As autoridades estaduais nos impressionaram com sua franqueza em admitir falhas severas no sistema prisional", diz o comunicado enviado a Washington. Após a reunião com Antônio Ferreira Pinto, ex-oficial da Polícia Militar que hoje ocupa a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os representantes diplomáticos dos EUA ficaram com a certeza de que "São Paulo não conta com políticas públicas para combater os problemas prisionais".

A conversa permitiu ainda que o consulado chegasse à conclusão de que as mazelas do sistema penitenciário paulista (entre elas, a superlotação das celas e a localização dos presídios, distantes dos grandes centros urbanos) permaneciam sem solução à vista. A conversa com Ferreira Pinto também possibilitou que os norte-americanos se informassem em primeira mão sobre a inexistência de "iniciativas para reabilitação de ex-detentos e de programas para transformar possíveis criminosos em membros produtivos da sociedade".


Secretário de assuntos penitenciários de SP: nossos presídios “parecem campos e concentração”

Segundo telegrama de 2008, Antonio Ferreira Pinto, então secretário de Administração Penitenciária e hoje titular de Segurança Pública, conversou com diplomatas americanos sobre as péssimas condições prisionais no Estado
Por Tadeu Breda, especial para a Pública

Segundo um documentos diplomático obtidos pelo WikiLeaks, em fevereiro de 2008 o secretário de Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, não teve papas na língua para confessar a funcionários do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo as péssimas condições em que se encontravam as cadeias estaduais: tão ruins que algumas “se parecem a campos de concentração”, afirmou.
A revelação consta de um dos 2,5 mil telegramas oficiais da diplomacia norte-americana referentes ao Brasil  que a Agência Pública divulga durante essa semana. “As autoridades estaduais nos impressionaram com sua franqueza em admitir falhas severas no sistema prisional”, diz o comunicado enviado a Washington.
Após a reunião com Antônio Ferreira Pinto, ex-oficial da Polícia Militar que hoje ocupa a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os representantes diplomáticos dos Estados Unidos ficaram com a certeza de que “São Paulo não conta com políticas públicas para combater os problemas prisionais”.
O bate-papo de alto nível permitiu ainda que o Consulado chegasse à conclusão de que as mazelas do sistema penitenciário paulista (entre elas, a superlotação das celas e a localização dos presídios, distantes dos grandes centros urbanos) permaneciam sem solução à vista. A conversa com Ferreira Pinto também possibilitou que os norte-americanos se informassem em primeira mão sobre a inexistência de “iniciativas para reabilitação de ex-detentos e de programas para transformar possíveis criminosos em membros produtivos da sociedade”.
Presídios no interior são muito longe
Antonio Ferreira Pinto afirmou aos diplomatas que assumiu uma rede “quebrada e desorganizada” após a saída de seu antecessor, Nagashi Furukawa, que permaneceu à frente da Secretaria por sete anos consecutivos, entre 1999 e 2006 – até os ataques e rebeliões orquestradas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio daquele ano.
Então, Ferreira Pinto recebeu o convite do governador Cláudio Lembo para assumir o cargo. Foi a segunda oportunidade em que o ex-policial serviu à SAP, órgão que ajudara a criar em 1993, após o Massacre do Carandiru, e onde trabalhou como secretário-adjunto até 1995. Entre um período e outro no governo, o ex-militar trabalhou como procurador de Justiça. Antes de integrar a administração pública, desempenhou como promotor de Justiça criminal. Também atuou na Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual.
Além da desestruturação do sistema, outro problema diagnosticado pelo novo secretário (e comunicado aos diplomatas norte-americanos) foi a construção de presídios em zonas empobrecidas do Estado como forma de estimulá-las economicamente, um dos principais projetos em segurança pública da primeira gestão do governador Geraldo Alckmin (2001-2006). Foram 67 presídios novos: dois na Capital, dez na Região Metropolitana e 55 em cidades do interior, algumas delas – como Araçatuba, Presidente Prudente, Riolândia e Baldinos – bem distantes de São Paulo.
“A consequência involuntária desse plano, de acordo com Ferreira Pinto, foi que as prisões passaram a funcionar longe das famílias dos encarcerados”, atestam os diplomatas. “Além dos presídios mal localizados, o Estado também não conta com número suficiente de instalações para regime semi-aberto ou centros de reabilitação que poderiam ser úteis para enfrentar a reincidência.”
Corrupção por todos os lados
Segundo os funcionários do Consulado americano, Antonio Ferreira Pinto afirmou que, no sistema penitenciário paulista, a corrupção está por todos os lados. “É comum que os funcionários dos presídios atuem de maneira ilegal, admitiu o secretário, e sublinhou que algumas penitenciárias são como ‘casas’ para criminosos que deixam as instalações durante o dia e regressam apenas à noite, para dormir.”
Quanto às celas superlotadas, Ferreira Pinto disse que, logo depois de assumir, foi obrigado a fechar algumas penitenciárias porque, “mesmo para os padrões brasileiros”, suas “condições sub-humanas” eram inaceitáveis. Em contrapartida, lembrou aos diplomatas norte-americanos que o governador José Serra (2006-2010) construiria oito novas penitenciárias apenas em 2008 – estas sim, nas regiões mais populosas do Estado. No entanto, até hoje apenas quatro presídios saíram do papel.
Segundo a SAP, a população carcerária em todo território paulista atualmente gira em torno de 170 mil detentos, distribuídos em 149 unidades prisionais.
Ademais, de acordo com Ferreira Pinto, o Estado possuía sérias restrições orçamentárias em fevereiro de 2008. Eis o fator que coroava as dificuldades do governo em solucionar o problema penitenciário em São Paulo.
Entretanto, para o senador Aloysio Nunes Ferreira, que na época ocupava a chefia da Casa Civil paulista, dinheiro não seria problema. Também chamado para um bate-papo no Consulado dos Estados Unidos, “Nunes observou que tanto o orçamento como o crédito de São Paulo estão em boa forma e alguns recursos oriundos da privatização de inúmeras rodovias estaduais e da Companhia Energética de São Paulo (CESP) podem ser dirigidos para melhorar as prisões”, diz o telegrama.
Seja como for, entre 2006 e 2009, durante a gestão de Antonio Ferreira Pinto, a Secretaria de Administração Penitenciária gozava de um dos maiores orçamentos do Estado. Havia, e segue havendo, mais dinheiro para o sistema prisional do que para Saúde, Agricultura e Cultura, por exemplo. Em 2006, a SAP recebeu R$ 1,324 bilhão, cifra que foi crescendo até atingir R$ 2,422 bilhões em 2009, quando Ferreira Pinto deixou a pasta. Hoje em dia, a Secretaria que cuida dos presídios paulistas conta com uma receita anual de R$ 2,714 bilhões.
Procurado pela reportagem, Antonio Ferreira Pinto negou, por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha feito as afirmações reveladas pelo documento. “O secretário não irá comentar as declarações porque sequer lembra de haver se encontrado com estas pessoas”, disse à Pública o assessor da SSP, Ênio Gonçalves.
Também por meio de sua assessoria, Aloysio Nunes Ferreira comunicou que tampouco iria se pronunciar. “Conversei com o senador e ele disse que não vai comentar os assuntos relacionados ao WikiLeaks”, explicou Cláudia Lacerda, funcionária do gabinete.
Irresponsabilidades compartidas
Porém, o Padre Valdir Silveira, da Comissão Pastoral Carcerária – que também esteve no Consulado dos Estados Unidos conversando sobre a situação prisional em São Paulo – aceitou comentar o conteúdo do telegrama. Na época da reunião, em fevereiro, o religioso disse aos diplomatas que havia visto com bons olhos a chegada de Antonio Ferreira Pinto à Secretaria de Administração Penitenciária.
“Ele enfatizou que a SAP está mais aberta às sugestões da Pastoral Carcerária do que os governos de outros Estados brasileiros, e que avalia o secretário Pinto como uma pessoa aberta a novas ideias”, diz o documento.
Em conversa com a Pública pelo telefone, mais de três anos depois, Padre Silveira manteve suas opiniões. “Antonio Ferreira Pinto deu continuidade ao processo de abertura e combate à corrupção na SAP”, afirmou. “E é o que segue fazendo na SSP. Está imbuído de resolver os problemas internos. Inclusive foi reconhecido na Assembleia Legislativa pelo trabalho que está desempenhando.”
Para ele, a situação dos presídios paulistas se mantém péssima. E a culpa não é apenas do governo do Estado, mas também da justiça.
“Por si só, a construção de novos presídios não acaba com o problema da superlotação. Se você construir mais dez presídios hoje, amanhã estarão todos superlotados”, afirma Padre Silveira. “A resposta ao problema está no Judiciário. Há uma série de deficiências, por exemplo, lentidão no julgamento dos acusados e falta de fiscalização do sistema prisional pelos juízes corregedores. Se a Defensoria Pública tivesse mais defensores, também melhoraria as coisas.”
Isso, no entanto, não isenta a SAP. “As condições de saúde, oportunidades de estudo e trabalho no cárcere não avançaram. Isso sim é de competência do governo. A Secretaria de Educação de São Paulo ainda não está atuando no sistema prisional – o que é uma exceção no Brasil”, continua o religioso, e arremata: “A maioria dos presídios não tem condições de funcionamento devido à estrutura física. Há penitenciárias que não têm salas de aulas nem oficinas de trabalho porque a arquitetura do prédio não permite.”
O documento é parte de 2.500 relatórios diplomáticos referentes ao Brasil que foram analisados por 15 jornalistas independentes e estão sendo publicados nesta semana pela agência Pública.

Duarte Nogueira (Líder do PSDB na Câmara) vira as costas para Bombeiros e Policiais

A Comissão de Segurança Pública, da Câmara dos Deputados, chegou a um acordo, nesta terça-feira, para resolver o impasse que tem impedido a votação da Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC 300. A Comissão   >definiu que o fundo que vai custear o reajuste dos salários dos policiais militares e bombeiros será mantido com 5% da arrecadação federal do imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com a medida, os parlamentares querem quebrar a resistência dos governadores que afirmam não ter dinheiro para bancar os novos salários.

Após a solução, os parlamentares decidiram fazer um requerimento para que a PEC fosse colocada, ainda hoje, na pauta de votação do Plenário. Imediatamente o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) articulou a assinatura do líder do PCdoB, Osmar Júnior. Protógenes destacou que o partido não poderia ficar fora desta importante ação por causa da sua história de luta pelas questões sociais do Brasil.

O delegado licenciado da Polícia Federal tentou ainda articular com o líder do PSDBDuarte Nogueira, de São Paulo. O Tucano se recusou a assinar o requerimento e virou as costas para Protógenes, e, consequentimente, para os policiais e bombeiros de todo o país.

São doze os líderes de partidos na Câmara, dos quais 8 assinaram o requerimento. Os membros da Comissão de Segurança Pública continuam, nesta quarta-feira, a busca pelas quatro assinaturas restantes. Na próxima semana, os militares prometeram levar mil manifestantes ao Congresso Nacional.

R7 e UOL em guerra: "Especialista" defende lucro das montadoras de automóveis no Brasil e recebe avalanche de críticas pela Web

Esta é a interatividade da internet, rompendo com o modelo emissor-receptor e tornando cada leitor um crítico daquilo que lê. 
Primeiro algumas das críticas do leitores, depois o artigo.
EM TEMPO: o UOL tem dedicado inúmeros artigos defendendo os lucros das montadoras brasileiras após o R7 denunciar que carros produzidos no Brasil e exportados são vendidos por preços muito inferiores aos praticados aqui.


  • Erick Leite

    publicado há 2 horas
    Se o custo brasil é grande e nao o lucro brasil que é grande (como o "especialista" ae diz) pq as empresas montam suas fabricas aqui para exportar para a Europa e demais paises? E mesmo com a taxa de importação nos paises da Europa (que também é alta) o carro feito aqui e comprado lá é tão mais barato?? ( no carro citado no texto deu R$10000 de diferença é muita coisa!!). Só me resta perguntar... Quanto você recebeu para escrever toda essa bobagem???
  • Imagem de Guilherme-Português

    Guilherme-Português

    publicado há 2 horas
    Engraçado, moro na Suíça e qdo fui ver o preço do Fox ano passado fiquei indignado. Aqui custava mto menos de 20 mil reais na época (contra os 28 citados pelo autor), pois o Franco Suíço estava menos valorizado. E ele vinha completo: abs, air bags, travas e vidros elétricos, direção hidráulica, etc. Duvido tb q no Brasil completo ele custe apenas 38 mil. O q eu nao entendo eh q mesmo com a diferença fiscal, o carro foi feito no Brasil, transportado ai dentro, depois enviado pra algum porto na europa, transportado dentro da Europa (Suíça nao tem mar), pagou um certa quantia de impostos em todos os processos e ainda sim chega a ser vendido pela metade do preço em um país cujo poder aquisitivo eh pelo menos 5 vezes maior que o Brasil. Ou a VW eh mto boazinha com os Suíços ou quer fazer os brasileiros de idiotas, inclusive com esse texto que não esclarece nada.
  • Imagem de C@c0

    C@c0

    publicado há 2 horas
    Tava demorando né, pras montadoras pagarem um "especialista" d plantão e comprarem espaço pra tirar o delas da reta depois q a lorota da "culpa dos altos impostos" caiu... É...
  • Imagem de skatembado

    skatembado

    publicado há 3 horas
    no brasil tudo é grande , incruzívi a ladroagem. já viu !!!
  • Imagem de Quinco7

    Quinco7

    publicado há 3 horas
    A taxa de lucro dessas montadoras é tão insignificante que retirou a Fiat do Buraco, e hoje vendemos mais Fiat aqui que na Itália, o mesmo em relação aos outros países.A nossa taxa de lucro é tão pequena, ultimamente ,que as REMESSAS INTERNACIONAIS de LUCROS dessas montadoras batem recordes em cima de recordes por aqui, ao contrário do resto do mundo.
  • Imagem de João Barcelos

    João Barcelos

    publicado há 3 horas
    Matéria comprada. Que vergonha!
  • Imagem de marcseth

    marcseth

    publicado há 3 horas
    Quando estava lendo a matéria pensei o seguinte "Essa matéria me parece encomendada", bom pensando eu que seria o único a acreditar nisso e não é que para minha surpresa muitos que leram essa matéria acharam o mesmo! Esta claro que é uma matéria armada para tentar blindar a imagem das montadoras. Se as montadoras divulgarem as planilhas de custo por carro já seria um adianto. Sabe quando elas farão isso? Acertou quem disse nunca. Enquanto isso os otários que somos, vamos pagando no carro mais caro do mundo. Será que tem algum troféu para isso? Se tiver é só mandar para o Brasil.
  • Imagem de carlucio

    carlucio

    publicado há 4 horas
    Mais um jornalista com essa muletinha ridicula de culpas impostos e custo Brasil, ta na cara que não é só isso, qualquer pessoa que sabe fazer contas pode notar que nem com 100% de imposto os preços ficariam tão altos, não adianta as montadoras ficarem comprando materias pra tentar nos enganar.
  • Imagem de Yaciszk

    Yaciszk

    publicado há 4 horas
    Puxa nada contra os tempos atuais.....mas ja esta demais, o governo facilita até pra vc comprar qualquer carro, até mesmo uma ferrari, casa própria???....nem pensar é um sufoco, e o oque se vê por ai, é esta enxurrada de carros sem fim. Tudo caro, sem segurança, impostos que ñ acabam mais. Minha cidade aqui do interior nem nas ruas podemos andar nem siquer estacionar por causa deste caos Urbano que se transformou. Quem pode tem 3 , 4 . É o fim dos tempos, seria bom uma politica de transportes públicos mais avançada e urgente. Virou bagunça e o nosso mundo Lar oque vai ser?.....
  • Imagem de telecurso2000

    telecurso2000

    publicado há 4 horas
    Ta na cara que essa matéria é encomendada.

    1 resposta para: telecurso2000

    • Imagem de crforti

      crforti

      publicado há 3 horas
      Óbvio. Mas o cara é inocente e cita uma pesquisa encomendada pela Anfavea!!! Os mais interessados em sustentar o preço? Só um trouxa para acreditar nisso.






'Levo dois': o preço do carro muito além do lucro

FERNANDO CALMON Colunista de UOL Carros

  • Ciclista protesta contra uso de carros e em favor das bikes na Cidade do México (em suas costas lê-se No + coches); naquele país, comércio de veículos seminovos e usados dos EUA deprime produção e demanda por carros novos, forçando baixa nos preços
    Ciclista protesta contra uso de carros e em favor das bikes na Cidade do México (em suas costas lê-se "No + coches"); naquele país, comércio de veículos seminovos e usados dos EUA deprime produção e demanda por carros novos, forçando baixa nos preços
Nos últimos dias, houve discussão e revolta em razão dos preços dos carros brasileiros em comparação ao exterior, principalmente de modelos semelhantes vendidos no México. Claro que a crítica mais fácil aponta para a ganância e o lucro fácil em nossas terras. No entanto, se deve exercitar um pouco de aritmética e procurar entender que a ineficiência de fatores produtivos em uma economia inclui implícitos como burocracia, cipoal legislativo, impostos invisíveis e corrupção.

Atentando apenas ao explícito, o Brasil se tornou um país caro com a política cambial que valoriza o real frente ao dólar. Qualquer um que viaje ao exterior sabe que do tênis ao quepe o preço é metade daqui. O real forte tem o grande mérito de escancarar as ineficiências brasileiras, ao contrário do passado de moeda fraca. Ao mesmo tempo o câmbio promove fortes distorções comparativas.Indo mais longe, com ajuda da aritmética e do preço de um sanduíche: um automóvel compacto nos EUA custa 3.000 Big Macs; aqui, 1.500 Big Macs. Pode eleger o culpado que achar melhor entre o sanduíche muito caro ou o carro muito barato. Em 2003, um Fiat Mille custava US$ 4.821 e hoje, US$ 14.465. Para sorte do comprador, pagará em reais 54% mais (abaixo da inflação acumulada em oito anos). Já o preço em dólar triplicou, o que explica a dificuldade de exportar.Mais importante, não dá para discutir o lucro sem saber o custo. Estudo mais recente da consultoria PriceWaterhouseCoopers, encomendada pela Anfavea, tomou a China como o país de referência. No México, o custo total de produção é 20% maior e no Brasil nada menos de 60%. Dessa forma, o País precisa acordar, pois fica difícil competir frente a esse abismo.Para comparar preços em dólares no mercado doméstico mexicano é preciso cuidado. As vendas de veículos novos estão atrofiadas (apenas 800.000 unidades/ano, 80% menos que o Brasil) pela concorrência predatória de carros seminovos e usados dos Estados Unidos, mercado gigantesco e de impostos baixíssimos. O preço do usado segura o do novo, à custa de empregos na indústria. O próprio México tem carga fiscal bastante inferior, bem como todos os países vizinhos do Brasil. Para agravar, nos últimos cinco anos o real se valorizou 29% e o peso mexicano caiu 16%, ambos frente ao dólar.MERCADOS DIFERENTESInteressante como ninguém teve a ideia de confrontar com a Europa. Vende-se o Fox paranaense na Suíça, em francos, pelo equivalente a R$ 28.000 (sem rentabilidade, segundo a VW) contra R$ 38.000 aqui, no mesmo nível de equipamentos. A diferença é a carga fiscal, porém a tese aloprada do Lucro Brasil só permite exemplos do México ou da Argentina.Por falar no país "hermano", os compradores argentinos ganharam um bem humorado apelido nos tempos em que o Brasil fazia maxidesvalorizações de sua moeda. Eram os “Da-me dos” ("Levo dois", em português), pois entravam nas lojas e de tão barato levavam duas unidades de tudo. Que pena não podermos ir ao México comprar dois carros pelo preço de um e exportar para o Brasil sem ônus fiscal.Em resumo, com impostos e ineficiências brasileiras, temos o carro mais caro do mundo; com carga tributária justa e sem o Custo Brasil, a história seria outra.Siga o colunista: www.twitter.com/fernandocalmon


Por que o carro no Brasil é tão caro? 

Saiba que a culpa também é sua

Altas margens de lucro, impostos e custos de produção mandam preços para as alturas

Divulgação
Divulgação
Automóveis vendidos no Brasil são de 30% a 80% mais caros que os comercializados no exterior


Lucas Bessel, do R7O carro que o brasileiro compra é de 30% a 80% mais caro que o veículo vendido para consumidores que vivem em países como Estados Unidos, Argentina ou México. E, embora as montadoras responsabilizem exclusivamente os altos impostos e os elevados custos de produção pelos preços, o real motivo não é assim tão simples. Especialistas ouvidos pelo R7 dizem que o mercado brasileiro ainda é pouco desenvolvido e pouco educado. O consumidor aceita pagar altos valores por veículos geralmente defasados e mal equipados porque, na maioria das vezes, dá atenção apenas ao valor da parcela do financiamento, ignorando o valor total, os juros e os longos prazos. A consequência disso é que, de acordo com estudo do banco britânico Morgan Stanley feito em 2009, a margem de lucro de algumas montadoras é três vezes maior no Brasil do que em mercados similares. A culpa pelos altos preços, portanto, também é sua, minha e do nosso vizinho. Embora os fabricantes brasileiros não divulguem suas margens de lucro e não façam comentários sobre o assunto, é possível ver a questão pelo contexto mundial. O analista alemão Stephan Keese, especialista em mercado automotivo da consultoria Roland Berger, diz que o Brasil ajudou a "salvar" os resultados globais de montadoras que não foram tão bem assim em outros países. - Basicamente, todo o dinheiro que a Fiat ganhou no ano passado foi por causa da operação no Brasil. As montadoras ganham um bom dinheiro no país. A mesma lógica vale para fabricantes como a General Motors, cuja matriz americana precisou ser resgatada pelo governo para não quebrar completamente durante a crise financeira iniciada em 2008. As vendas em países emergentes, onde carros de projetos antigos, que já "se pagaram", ainda são aceitos pelos consumidores, ajudaram a tirar os fabricantes do buraco. Para Mauro Zilbovicius, professor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP e coordenador do laboratório de estudos da mobilidade, o mercado é, em grande parte, responsável pelo preço. - No Brasil, estamos acostumados a associar preço a custo, e não se trata disso. Preço é uma questão de mercado. Se o produto vende, é porque tem alguém que está disposto a comprar. Aqui, [o carro] é mais caro porque tem gente disposta a pagar. E o preço mais alto aqui pode compensar uma margem menor [das montadoras] no exterior.

honda-city-g-20110211Honda City fabricado no Brasil custa mais barato no México que no mercado nacional / Divulgação Brasil x México x Argentina O mercado nacional de automóveis é o quarto maior do mundo, atrás de China, Estados Unidos e Japão. Em 2010, mais de 3,3 milhões de carros e veículos comerciais leves foram vendidos, número 10,5% superior na comparação com 2009. O Brasil também exporta para países como México e, com base nos preços praticados lá, podemos ter uma ideia melhor de como são altos os valores por aqui. Exemplo 1: o Honda City fabricado no Brasil e exportado para o México custa, por lá, o equivalente a R$ 29.379. Ainda que aplicássemos sobre o preço final a carga tributária máxima para veículos vendidos aqui (36,4% - que, na realidade, vale para veículos de cilindrada maior), o valor por lá ficaria em R$ 40 mil - são R$ 15 mil a menos do que o preço do City de entrada no Brasil. Exemplo 2: o Volkswagen Gol 1.6 feito em São Bernardo do Campo (SP) custa R$ 17.863 para os mexicanos. Mais uma vez, se aplicássemos a carga tributária máxima para veículos vendidos aqui, o valor por lá ficaria em R$ 24.365. São praticamente R$ 9 mil a menos do que o preço brasileiro. No caso de veículos importados da Argentina - como Ford Focus e Chevrolet Agile (veja tabela abaixo) - os valores praticados aqui também são consideravelmente mais altos, sem mencionar o fato de que muitos desses veículos são vendidos lá fora com mais equipamentos em sua versão básica do que aqui no Brasil.linha-producao-gm-g-20110211O aço usado no Brasil é até 40% mais caro do que em outros países, segundo a Anfavea / Divulgação Produção e impostos contribuem para o preço Então toda a culpa pelos preços altos é das montadoras, que têm margens maiores, e dos consumidores, que aceitam pagar qualquer valor por um carro? Não exatamente. Embora os fabricantes tentem "fugir da responsabilidade", o argumento de que os custos de produção e logística no Brasil são maiores é válido. Para o consultor Keese, esse é um dos fatores que prejudicam a competitividade do Brasil. - Além dos custos de materiais, o custo humano [salários, benefícios e outros encargos trabalhistas] é relativamente alto no Brasil, se considerarmos o nível de qualificação da mão de obra. O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, afirma que a entidade prepara um amplo estudo, feito por uma consultoria internacional, que vai avaliar a competitividade do Brasil em toda a cadeia produtiva - para identificar onde o país pode aplicar medidas que desonerem a fabricação de veículos. - Precisamos trabalhar para melhorar a competitividade no Brasil. Para se ter uma ideia, o aço que usamos aqui é até 40% mais caro do que em outros países. Quanto aos impostos, na comparação com os mercados desenvolvidos, a tributação brasileira é consideravelmente mais alta. Nos EUA, as taxas representam 6,1% do preço final, cifra que sobe para 9% no Japão e 16% na Alemanha. Basta fazer as contas, no entanto, para notar que os impostos não são os únicos responsáveis pela diferença de preços.hyundai-i30-g-20110211Hyundai aproveitou o mercado favorável e emplacou o hatch i30 na liderança do segmento / Divulgação Preços favorecem importação Uma das consequências dos altos preços de carros no Brasil, aliados a taxas de câmbio favoráveis, é que o mercado fica extremamente favorável aos importados, como comprovam os números de vendas de janeiro. No mês passado, os automóveis vindos de fora representaram 23,5% do total de vendas no país. Seis anos atrás, eles representavam apenas 5%. De acordo com o professor Zilbovicius, diante de preços tão altos, as marcas de fora encontram um bom cenário para "comprar mercado", como é o caso das sul-coreanas Hyundai e Kia e, posteriormente, das chinesas que começam a pipocar por aqui. - São montadoras com boa escala de produção lá fora e que chegam aqui para comprar mercado. Em vez de montar uma fábrica no Brasil, eles preferem investir em mídia e preço menor. Primeiro, abrem mão de margem de lucro para depois, no futuro, investir em fábrica. Como os números mostram, a tática tem funcionado. O consumidor vê as vantagens de comprar um veículo que, mesmo pagando os tributos "normais" e as taxas de importação, chega aqui a preços competitivos na comparação com as outras opções disponíveis nas concessionárias.

Carros: Brasil x México x Argentina
Honda City
Honda City
BrazilR$ 55.240
MéxicoR$ 29.379 (212 mil pesos mexicanos)
VW Gol 1.6
VW Gol
BrazilR$ 33.230
MéxicoR$ 17.863 (128,9 mil pesos mexicanos)
Ford Focus Hatch 1.6
Ford Focus
BrazilR$ 53.710
ArgentinaR$ 34.906 (83,9 mil pesos argentinos)
Chevrolet Agile
Chevrolet Agile
BrazilR$ 36.116
ArgentinaR$ 24.101 (57,9 mil pesos argentinos)


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