A revista Carta Capital publicou importante matéria sobre o Metrô paulista. No momento em que o governo Alckmin vem propagandeando que vai criar novas linhas nos próximos 4 anos, o que vemos, na realidade, é a superlotação e panes constantes no transporte metropolitano.
Os grandes jornais preferiram comprar a pauta governista. Não se deram ao trabalho de verificar se nos governos anteriores o planejamento de longo prazo foi realmente cumprido. Se examinassem, descobririam que os investimentos previstos não foram cumpridos.
A matéria da Carta Capital aborda esta questão em detalhes. Só faltou explicar que os problemas no atraso das obras do Metrô de SP representam apenas mais uma consequência da política de "ajuste fiscal permanente" praticada pelos governos tucanos nos últimos 16 anos. Dentro desta política, o corte nos investimentos sempre cumpriu papel central.
Os resultados estão aí: atrasos na ampliação do Metrô, do saneamento, do Rodoanel, da política habitacional, etc.
Depois de 15 anos de paralisia dos investimentos, as obras que são entregues já se apresentam saturadas.
Enquanto as polícias civis de outros estados, a fim de elevar o nível de seu efetivo, já exigem o 'nível universitário' para TODAS as suas carreiras, um delegado de São Paulo faz um discurso 'retrógrado' que vai de encontro aos programas de evolução de qualquer corporação policial, haja vista que até os soldados da PM de São Paulo já são carreira de nível superior.
Pobre Polícia Civil paulista! Anda mal das pernas por falta de bons gestores e por sobra de 'politiqueiros de plantão'.
O delegado seccional João Roque Américo pediu ontem, durante a inauguração da nova sede da Dise em Itaquá que os deputados estaduais que representam o Alto Tietê repensem sobre a lei que obriga aos interessados em trabalhar na Polícia Civil de possuir diploma em curso superior. Segundo ele, esse seria um dos fatores de a polícia encontrar dificuldades em encontrar bons investigadores.
"Muitas pessoas fazem o concurso para a Polícia Civil, mas quando passam na prova, pedem para trabalhar em setores administrativos. Não querem ir para a rua e enfrentar o crime. Essa lei que exige o diploma talvez seja o motivo de poucas pessoas se interessarem no cargo", explicou o delegado. Além disso, ele contou que a média de idade dos investigadores da região é de 40 anos, enquanto os bandidos têm entre 20 e 25 anos. "Poderíamos ter policiais mais novos, caso não fosse exigido o diploma, o que daria um sangue novo na polícia".
A deputada estadual Heroilma Tavares (PTB), que também estava na cerimônia de inauguração da Dise ontem, apoiou o pedido do delegado seccional e afirmou que tomará medidas para ajudar à polícia a solucionar esse problema. "Vou me reunir com a Frente Parlamentar da região e sindicatos de classe para discutir o assunto. Acho isso um absurdo. Sou a favor do ensino superior, mas sei que existem pessoas capacitadas a serem investigadores e que não possuem o diploma. É complicado mudar a lei, mas vamos tentar uma emenda", ressaltou a deputada. (L.D.)
O governo de SP, nos últimos dias, divulgou a criação das Centrais de Flagrantes como a solução para os problemas de atendimento da Polícia Civil. Só que não atentou-se para a falta de efetivo, de estrutura física e material que atinge toda a corporação. E se isso já não bastasse, a própria população está insatisfeita com as mudanças que, a olhos vistos, logisticamente prejudicou o cidadão já que em muitas situações o mesmo tem que deslocar-se por quase 30 quilômetros de onde o fato ocorreu para registrar a ocorrência, perdendo-se tempo e dinheiro para sua conclusão.
Será que não há nenhum gestor na PC que pudesse esclarecer a situação ao senhor governador?
Pobre Polícia Civil paulista! Anda mal das pernas por falta de bons gestores e por sobra de 'politiqueiros de plantão'.
09/08/2011
População reclama de novas centrais de flagrante em SP
Muitas vezes, caso é encaminhado para longe do local do crime.
Alckmin diz que centrais diminuem espera para registro de ocorrências.
Do G1 SP
Há nove delegacias só para registrar flagrantes em toda a capital paulista. A promessa é de atendimento mais rápido e eficiente, mas não é isso que a população tem encontrado. Com as novas centrais, quem precisar registrar um flagrante tem de andar mais pela cidade. Se uma pessoa for assaltada na Avenida Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista, e o criminoso for preso, o caso terá de ser registrado na Central do Jardim das Imbuias, que fica a 16 km de distância do local do crime.
Uma nova central de flagrantes foi inaugurada nesta terça-feira (9) no Brás. Ela vai atender a população da região central da cidade. O governador Geraldo Alckmin disse que o objetivo é agilizar o atendimento. “É uma reengenharia que busca diminuir as despesas, melhorar os recursos humanos, mas, especialmente, liberar a polícia mais rapidamente para o seu trabalho e facilitar a vida da população, que não terá de ficar horas esperando no distrito policial”, diz.
Mas não é isso o que as vítimas contam. Na central de flagrantes que cobre a maior parte da Zona Sul de São Paulo, vítimas e suspeitos entram e saem pelo mesmo espaço e dividem um ambiente comum.
As nove centrais na capital estão no Brás, Sacomã, Ceagesp, Portal do Morumbi, Águia Fria, Vila Carrão, Jardim das Imbuias, Vila Jacuí e São Mateus. “É um absurdo. Fui ao distrito do lado do meu consultório e me mandaram vir para cá”, diz Ana Lúcia Carvalho, que esperou mais de três horas para ser atendida.
Foi o que aconteceu também com Édio Sotero. Ele foi assaltado na região do Parque Santo Antônio pela 23ª vez em dois anos. Sotero precisou atravessar quase 30 km na cidade para fazer o boletim de ocorrência.
Na última semana, foram registrados mais de cem flagrantes na central do Jardim das Imbuias.