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quarta-feira, 14 de março de 2012

O caos no transporte metropolitano de SP

(do Transparência SP)
Não tem jeito. Chova ou faça sol, toda semana a cidade de São Paulo pára.
Os trens param, o metrô pára, os semáforos pifam e a cidade não anda.
A falta de investimentos maciços no transporte coletivo está cobrando o seu preço.
A falta de descentralização do desenvolvimento econômico da cidade também, o que reduziria os deslocamentos em massa pela cidade.
Sem uma coisa e outra, sobra um transporte público de baixa qualidade e a um custo extremamente alto.
A mania atual do paulistano é dizer que todo o transporte coletivo eficiente tem que ser feito através do metrô. Bobagem. Esta obra, com o atraso de décadas, é cara e demorada. Deve ser feita, mas não é a panacéia.
Ainda mais porque grande parte dos deslocamentos da população ainda é feito por meio de ônibus. Distâncias curtas, por exemplo, também deveriam ser feitas por ônibus, bicicleta ou à pé. 
Nestes casos, a cidade não tem oferecido condições melhores para estes meios de locomoção. A solução utilizada tem sido individual: colocar mais carros na rua.
Nesta toada, não há futuro promissor para São Paulo.


PANES AFETAM CIRCULAÇÃO DE TRENS DA CPTM E DO METRÔ NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA, 14/03, E CAUSAM CONFUSÃO E CAOS EM SP
[DA SÉRIE, "PANES FREQUENTES NOS TRENS DO METRÔ E DA CPTM EM SP"]
Bom Dia SP - 14/03/2012
Vídeo: Problemas no metrô e nos trens causam confusão em São Paulo


Estadão Online - 14/03/2012
Problemas na CPTM e Metrô geram caos nas estações nesta manhã
Defeitos provocaram acúmulo de passageiros nas estações do metrô e CPTM


R7
Problemas no Metrô e na CPTM dificultam embarque de passageiros na manhã desta quarta
Falha na tração afetava a linha 1-Azul por volta das 8h desta quarta-feira


iG - 14/03/2012
Pane elétrica causa lentidão na Linha 9 da CPTM; Metrô apresentou problemas técnicos em duas linhas nesta manhã, em SP
Plataformas estão lotadas desde as 5h entre Granja Julieta e Santo Amaro.


G1
Usuário reclama de atrasos e dizem que falhas em trens são constantes
Problemas afetaram circulação de uma linha da CPTM e três do Metrô


Folha
Lotação persiste nas estações após falhas terem sido "corrigidas"


USUÁRIOS DO METRÔ SÃO ESPOLIADOS DUPLAMENTE
Lembrando: além dos transtornos pelas panes frequentes nos trens, uma tarifa nada social
SMSP
Deu no Metrô News: tarifa do metrô sobe 85,7% em 10 anos e 275% na gestão PSDB



CAOS E TUMULTO NESTA 4ªF EM SP FORAM DESTAQUES NOS TELEJORNAIS DE ONTEM E NOS JORNAIS DESTA 5ªF
[DA SÉRIE, "PANES FREQUENTES NOS TRENS DO METRÔ E DA CPTM EM SP"]
SPTV 1ª Edição
Vídeo: Quarta-feira (14) é de caos no transporte sobre os trilhos em SP
Estadão - 15/03/2012
Panes no Metrô e na CPTM afetam 165 mil pessoas no pico da manhã
Estações das Linhas 1 e 3 foram fechadas e passageiros seguiram a pé; metrô tem 1 falha a cada 2 dias, em média. À noite, mais problemas
Jornal da Record
Vídeo: Pane elétrica no sistema de trens, durante 5 horas, provoca caos no transporte público de São Paulo
Além dos trens, as duas principais linhas do metrô que cortam a capital também apresentaram problemas na manhã desta quarta-feira (14)
SPTV 2ª Edição
Vídeo: Pane no trem e no metrô de São Paulo prejudica transporte na cidade
Jornal Nacional
Vídeo: Problemas nos trens e metrô de SP prejudicam quase 200 mil

ASP

Panes causam superlotação e atrasos em trens e metrô



Folha

Em microblog, internautas comentam problemas no metrô e na CPTM

http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/ultimasdasredessociais/1061739-em-microblog-internautas-comentam-problemas-no-metro-e-na-cptm.shtml

USUÁRIOS DO METRÔ CONVIVEM COM O PERIGO NA LINHA 4, AMARELA

Terra

Metrô de SP: falhas e lotação ameaçam 'lua de mel' com a linha 4

Embora conte com trens modernos e automáticos, a linha 4-Amarela do metrô de São Paulo é objeto de reclamações dos usuários afetados por panes ou presos em congestionamentos diários de pessoas nos horários de pico.

Desde que foi inaugurada, em 2010, a linha já sofreu pelo menos oito paralisações, duas delas registradas entre o fim de fevereiro e o inicio de março

http://noticias.terra.com.br/brasil/transito/noticias/0,,OI5657013-EI998,00-Metro+de+SP+falhas+e+lotacao+ameacam+lua+de+mel+com+a+linha.html

G1 / SPTV 1ª Edição - 20/03/2012
Vídeo e texto: Superlotação e falhas no transporte sobre trilhos penalizam a população em SP
Atrasos, quebra de equipamentos, superlotação de trens, etc são a regra no transporte de massa de SP.
Veja as justificativas do Secretário de Transportes Jurandir Fernandes; ele fala de investimentos que, na verdade, caíram (veja links abaixo) nos últimos dois anos, agravando os problemas de manutenção nas estações e trens do Metrô e da CPTM. Ele afirma que anda de trens. Porém, deve usá-los fora do pico. Ele coloca, indiretamente, a culpa nos municípios ao dizer que tudo é jogado no Metrô. Acompanhe o vídeo com duração de 13m12s
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/03/imagens-mostram-superlotacao-em-trens-e-estacoes-da-cptm-em-sp.html
Governo Alckmin investe cada vez menos em 'linha nobre' da CPTM
Segundo levantamento feito pela assessoria da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de SP, queda foi de 40% entre 2010 e 2011.
Orçamento previsto para este ano também tem menos recursos; enquanto fica sem investimentos, número de passageiros só aumenta nos trens da CPTM
http://www.idec.org.br/em-acao/noticia-consumidor/governo-investe-cada-vez-menos-em-linha-nobre

Estadão
Editorial - Panes no transporte de massa de SP
[Para o prof. Jaime Walmann, do Departamento de Planejamento e Operações de Transporte da USP, panes, como as ocorridas há alguns dias em SP, podem ser minimizadas desde que se reduza “a defasagem brutal entre a necessidade da cidade e a oferta de transporte de massa". Contudo, como isto não ocorrerá a curto prazo eé agravada com a queda de investimentos na manutenção, as panes persistirão e a qualquer momento poderão ocorrer acidentes mais graves]
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,panes-no-transporte-de-massa-,849655,0.htm


Uol - 08/04/2011
Metrô de SP construiu, em média, durante 36 anos – 1974-2011 - apenas 1,6 Km de linhas anuais, causando saturação e superlotação de seus trens
Metrô de São Paulo é insuficiente como alternativa para o carro.
Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 quilômetros de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole. Preto no branco, o metrô da capital expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/08/como-alternativa-para-o-carro-metro-de-sao-paulo-e-insuficiente.jhtm


Estadão - 09/04/2011
Metrô de SP é o mais lotado do mundo
No ano passado, foram transportados 11,5 milhões ode passageiros a cada quilômetro de linha, um aumento de 15% em relação a 2008.
Enquanto o total de passageiros aumentou, a satisfação de quem usa o sistema diminuiu. A pesquisa "O Metrô segundo seu usuário: uma avaliação do serviço" do ano passado mostrou que 60% dos entrevistados classificaram o meio de transporte como "muito bom" e "bom". Em 2009, as notas positivas eram 67%. A pesquisa é feita desde 1974
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110409/not_imp703954,0.php




AQUI O VÍDEO DA PROPAGANDA ENGANOSA DO PSDB SOBRE METRÔ PAULISTANO & CPTM
Youtube
Vídeo: "Expansão SP 2008-2010 - A revolução sobre trilhos"
http://www.youtube.com/watch?v=RsS5KVAuSPw

São Paulo é o túmulo do pensamento político brasileiro.

(do Transparência SP)

É famosa a frase de Vinicius de Morais, que definiu São Paulo como o “túmulo do samba”.

Nos últimos vinte e cinco anos, São Paulo vem se convertendo no túmulo do pensamento político brasileiro. Um refúgio seguro para o conservadorismo.

A partir de 88, na imensa maioria das votações para prefeito (quatro eleições – 92,96,04,08), governador (seis eleições - 89,94,98,02,06,10) ou presidente (cinco eleições – 89,94,98,06,10), um candidato posicionado à direita no espectro político foi vitorioso na capital paulista.

Neste período, a cidade elegeu Jânio Quadros, Maluf, Pitta, Serra e Kassab. Também elegeu Collor, FHC, Alckmin e Serra para presidente (os dois últimos perderam a eleição no Brasil). Para governador elegeu Fleury, Covas, Alckmin e Serra.

Quebrando esta tradição, apenas Marta Suplicy em 2000 e Lula em 2002 conquistaram a maioria dos votos paulistanos. Marta sucedeu o desastre da administração Maluf/Pitta, herdando votos tucanos contra o sempre candidato Maluf. O voto em Lula no segundo turno de 2002 foi como uma “onda eleitoral”. Erundina foi eleita em 88 quando a disputa era feita em turno único, e teve pouco mais de 30% dos votos.

Em resumo, dos dezoito “eleitos” pela cidade, apenas três encontram-se no campo da esquerda. Quinze dos “eleitos” saíram de partidos do campo conservador.

As razões para tal comportamento político podem ser compreendidas através de uma análise da composição social e econômica dos seus habitantes.

A “elite paulistana” é tão conservadora quanto qualquer outra, mas ela, isoladamente, não conseguiria garantir tamanha hegemonia política nos últimos anos.

A classe média tradicional paulistana está na “chave” da explicação para tal comportamento político da cidade.

Primeiro, porque em sua maioria, ela busca “mimetizar” o comportamento da elite, mas neste caso, também não encontramos diferenças em relação a qualquer outro lugar.

Em segundo, porque a classe média tradicional paulistana sempre foi numerosa, diferentemente do que observamos em outras grandes cidades do país.

Esta classe média, que ganhou volume durante o “milagre econômico” da ditadura (e seu modelo concentrador de renda) e buscou sobreviver ao período de estagnação econômica e alta inflação dos anos 80 (através de aplicações financeiras de seus rendimentos no “overnight”), inseriu-se rapidamente no modelo neoliberal implementado nos anos 90. Através deste conjunto de ideias, todas as soluções estariam no “mercado privado”, enquanto os problemas estariam no setor público.

Em se tratando de uma cidade que possui um enorme e dinâmico mercado de trabalho privado, mesmo que tal política levasse a um aumento da exclusão e da desigualdade social (como ocorreu), grande parcela desta classe média conseguiu sobreviver, adaptando-se aos novos tempos de privatizações e terceirizações.

O mercado de trabalho na cidade não cresceu satisfatoriamente, mas foi possível absorver os segmentos médios tradicionais.

Esta situação, obviamente, não se reproduziu em outras regiões do país. Com mercados privados menos dinâmicos e uma classe média tradicional menos numerosa, o empobrecimento e a desigualdade social resultantes das políticas neoliberais foram mais evidentes.

Deve-se destacar também que durante todo este período, a classe média tradicional paulistana reforçou suas “convicções” através da leitura de jornais e revistas fortemente conservadores, que buscam omitir o tempo todo o fracasso do modelo neoliberal no Brasil e no mundo.

Quebrar este “estado de coisas” não é trivial, e não será em 2012, nas próximas eleições municipais.

A tática dos setores conservadores já está desenhada.

Dispondo agora de um candidato com grande “recall” por disputar praticamente todas as eleições nos últimos 10 anos, ganhando a maior parte delas na capital, a direita arma-se com Serra para uma dupla ofensiva.

Junto aos setores médios tradicionais, anuncia uma “batalha ideológica” em andamento, que encontraria na eleição municipal paulistana um “terceiro turno” da eleição presidencial de 2010. Derrotar o petismo seria um objetivo em si mesmo, para o “bem da democracia”. Busca ratificar esta batalha atribuindo a Lula, através de pesquisas, um poder inédito para eleger candidatos na cidade.

Esta batalha ideológica justifica-se ainda mais porque para estes setores médios tradicionais, o voto não será direcionado para o candidato que tiver as melhores propostas de políticas públicas para a saúde, a educação, a segurança, o transporte e a cultura. Esta classe média compra estes serviços no “mercado privado” a muitos anos.

Para os setores populares e a “nova classe média”, porém, o candidato Serra fará uma campanha bem municipal, ressaltando as obras que fez no ano em que foi prefeito e nos três anos em que foi governador.

Os problemas no setor de transportes, na saúde, na habitação, na manutenção da cidade ou ainda em outras áreas serão cinicamente e silenciosamente repassados para a administração Kassab, para o Governo Federal ou ainda para a própria administração de Marta Suplicy.

Serra é o único nome que poderia fazer isso.

Primeiro porque iniciou sua busca incessante pela presidência derrotando em 2004 um governo municipal que apresentou boa avaliação até o fim, reforçando-se o peso do voto ideológico dos setores médios tradicionais naquela eleição.

Depois, ao assumir, comprometeu-se a continuar e melhorar políticas que estariam dando certo (transporte público/ Bilhete Único e educação/CEUs) e a resolver outros problemas sérios da cidade (trânsito e saúde). Não fez bem nem uma coisa nem outra.

Finalmente, porque buscou reconstruir a história da administração Marta Suplicy atribuindo-lhe inúmeros problemas, vários deles oriundos do caos administrativo herdado do período Maluf-Pitta.

Apenas através de Serra, portanto, o pensamento conservador pode retomar o enredo político construído até aqui e tentar “fechar o cerco”, garantindo os votos da classe média tradicional e disputando a “nova classe média” e os setores populares.

Nenhum outro nome da direita teria tamanha identificação com os setores médios tradicionais, compartilhando “visões de mundo” muito particulares.

Para estes setores, o Brasil e a cidade, quando melhoram, é por causa das políticas implantadas por FHC, Alckmin e Serra. O governo Lula apenas manteve a mesma trajetória. Os problemas do país e da cidade são de exclusiva responsabilidade de Lula e Marta.

Um exemplo concreto deste pensamento está na questão do trânsito caótico da cidade: é comum ouvirmos que a culpa é do governo Lula, que facilitou demais o crédito para a compra de automóveis. Os benefícios gerados por tal política para a qualidade de vida da população (diante de um transporte público de péssima qualidade e caro), para a geração de emprego e renda e para o enfrentamento da forte crise internacional são solenemente ignorados. Por outro lado, estes setores médios tradicionais também poupam de responsabilidade o prefeito e o governador pela falta de investimentos e pela baixa qualidade dos ônibus e trens, bem como pela queda de qualidade do metrô.

O enfrentamento que uma candidatura de esquerda terá que fazer deve se realizar em dois sentidos: primeiro, reforçar o comportamento elitista de Serra e do PSDB junto aos setores populares e a “nova classe média”; depois, debater com a classe média tradicional tudo o que a administração Serra/Kassab – na prefeitura e no Estado – prometeu e não cumpriu.

No debate ideológico com os setores populares e a “nova classe média”, deve-se discutir a falta de participação popular na administração da cidade e a “absurda” centralização administrativa, política e econômica de uma cidade que necessita urgentemente evitar deslocamentos em “massa” absolutamente insustentáveis.

Apenas com um governo participativo e que busque a descentralização dos serviços públicos de qualidade, dos espaços culturais e das oportunidades de emprego, a cidade poderá ter um futuro menos excludente.

Estas diretrizes serão benéficas para todos os setores, inclusive para a tradicional classe média. Caso contrário, continuando com o atual modelo, São Paulo caminha para a “paralisia”, e depois, o futuro reservará à cidade o seu esvaziamento econômico e a perda de empregos, sua última grande fortaleza.

Pode levar ainda uns dez ou vinte anos, mas este será o futuro sombrio da capital paulista.

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