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terça-feira, 3 de abril de 2012

Alto escalão da Secretaria de Segurança do Estado de SP engaveta denúncias sobre relações de policiais militares e PCC.

(do Transparência SP)

O maior escândalo na área da segurança pública do governo paulista nos últimos anos vem sendo denunciado pelo Jornal da Band e por blogs específicos nos últimos dias. No resto da grande imprensa, silêncio total.
Segundo relatórios internos de inteligência da polícia civil (DHPP), policiais militares estariam ligados ao PCC e seriam responsáveis por uma série de crimes - roubos a caixas eletrônicos, grupos de extermínio, tráfico de drogas, etc.).
As mais altas autoridades da segurança pública paulista, incluindo o governador Alckmin, mesmo sabendo das denúncias, estariam engavetando o caso.
Fosse outro governo, cairiam todos.


CRIMES ACOBERTADOS PELO GOVERNO ALCKMIN, ENVOLVENDO A BANDA PODRE DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO QUE AGE EM CONJUNTO COM O CRIME ORGANIZADO (PCC), SERÃO INVESTIGADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO (MPE-SP)
O MPE-SP vai pedir que a Procuradoria Geral da República e a Procuradoria-geral de Justiça de SP investiguem, respectivamente, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, em razão de terem foros privilegiados;
As investigações serão extensivas aos demais integrantes do alto escalão da Secretaria de Segurança Pública de SP, bem como aos policiais suspeitos de envolvimento com grupos de extermínio, roubos a caixas eletrônicos e tráfico de drogas
Jornal da Band - 27/03/2012
Video: Documentos secretos revelam a relação entre o PCC e parte da PM de SP

Jornal da Band - 28/03/2012
Vídeo: Relatórios da Polícia revelam que PM está matando a mando do PCC

Jornal da Band - 29/03/2012
Vídeo:
Policiais que investigam a banda podre da PM estão sendo mortos ou perseguidos

Jornal da Band - 30/03/2012
Vídeo: MP vai apurar denúncia do Jornal da Band

Jornal da Band - 30/03/2012
Vídeo - Editorial: veja opinião da Band sobre ação da policiais

Flit Paralisante
O FUGITIVO PARTE I : estrelando Antonio F.P. – ( PM na mão do PCC )…Exclusivo: documentos secretos revelam a relação entre o PCC e parte da PM de SP
O FUGITIVO PARTE II – Matéria da TV Bandeirantes sobre a desastrosa Secretaria de Segurança Pública de São Paulo: Relatórios da Polícia revelam que PM está matando a mando do PCC
O FUGITIVO PARTE IV – Ministério Público vai investigar crimes praticados por policiais e acobertados pela SSP-SP
Serão alvo da investigação o alto escalão da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Promotores vão pedir também para que a Procuradoria Geral da República investigue o Governador Geraldo Alckmin

(do Blog do Pannunzio)

O repórter Sandro Barboza mostrou agora há pouco, no Jornal da Band, algo estarrecedor: a Secretaria de Segurança Pública de são Paulo estaria acobertando policiais militares que trabalham para o PCC — Primeiro Comando da Capital — apesar da farta documentação produzida pela Divisão de Inteligência do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) dando ciência do envolvimento de parte da tropa com a organização criminosa.
Os primeiros documentos divulgados hoje revelam que, embora informado de que PMs fazem jornada dupla como gendarmes do “Partido” (é assim que eles se referem ao PCC), o Secretário de Segurança Pública Antônio Ferreira Pinto mandou engavetar investigações sem que ninguém fosse punido.
O Departamento de Inteligência do DHPP vem produzindo informações sobre corrupção e crimes cometidos por policiais militares há muito tempo. Apesar de indicarem os desvios de conduta, os relatórios produzidos (chamam-se RELINTs – Relatório de Inteligência) não provocaram a abertura de inquéritos policiais e foram ocultados do Ministério Público, contrariando o que manda a lei, embora tenham sido encaminhados formalmente ao gabinete de Ferreira Pinto.
O secretário, egresso da PM, tem sido acusado de transigir com excessos dos soldados enquanto aperta o torniquete da corregedoria contra os policiais civis. No ano passado, ele atuou deliberadamente para arquivar a chamada Operação Pelada, denunciada por este blog e pelo repórter Sandro Barboza no Jornal da Band (dentro de instantes vou publicar um post relembrando o caso).
Um dos investigadores da equipe do DHPP, entrevistado pelo repórter da Band, foi taxativo: segundo ele, o secretário foi informado dos crimes atribuídos aos PMs. Foi dele a decisão de arquivar os relatórios.
O caso conhecido hoje decorreu das investigações do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva. Ele morreu em maio do ano passado dentro do campus da USP. Dois ladrões, Irlan Graciano Santiago, conhecido como Queirós, e outro mencionado apenas como Lanlan, assumiram o crime e declinaram as razões: o estudante teria reagido ao assalto. O crime teve enorme repercussão e provocou o aumento do policiamento ostensivo na USP. A responsabilidade pelas rondas foi delegada ao 16º BPM.
Ao investigar esse crime, policiais civis do DHPP descobriram que Lalan e Queirós haviam se envolvido em outro assassinato. Eles executaram, a mando do PCC, um ladrão chamado Fernando Alvez de Oliveira, companheiro de “partido”. A execução foi determinada pelos chefes do PCC na favela San Remo, conhecidos como Irmão Peu, Irmão Caveira e Irmão Túlio. A favela fica ao lado da USP. A vítima teria se desentendido com os líderes do PCC por causa da partilha de uma carga roubada de reagentes químicos que seriam utilizados para o refino de cocaína.
Ao investigar as conexões entre os cinco bandidos, o DHPP descobriu que os assassinos “sempre praticaram roubos no interior da USP sem gerar consequências de maiores gravames, podendo ser reconhecidos pelas suas diversas e impunes ações dentro dos portões da Cidade Universitária”, conforme o RELINT nº 8/2011. A explicação para a impunidade: sua “periculosidade, as “fortes relações com o PCC ” e “por pagarem semanalmente elevados valores aos policiais militares que atuam na região”. Encaminhado ao gabinete do secretário Ferreira Pinto, esse relatório mereceu o mesmo destino de muito outros — a gaveta.
A afirmação de que policiais militares recebiam propina de bandidos que agiam dentro da USP não gerou nenhuma consequência. Apesar de alertado, o secretário nada teria feito para elucidar a denúncia. E ainda ampliou a participação do batalhão dos PMs sob suspeita na área de atuação dos bandidos que, supostamente, pagavam a eles por proteção e imunidade.
Certo é que os bandidos pareciam tão tranquilos que eram vizinhos de muro do batalhão — e ali mesmo, num beco lindeiro ao destacamento, desenvolviam sua atividade principal, o tráfico de drogas. As facilidades eram tão grandes que eles mantinham uma “biqueira” (boca de fumo, ponto de venda de drogas) a poucos metros de distância do 16º BPM.
Não se sabe se o governador Geraldo Alkmin foi ou não comunicado por seu secretário dos problemas na vizinhanças do Palácio dos Bandeirantes. A despeito de ter feitos várias tentativas de entrevistar autoridades do governo paulista — o secretário Ferreira Pinto e o próprio governador entre elas — o repórter da Band não conseguiu nenhuma fonte disposta a responder suas indagações.
O impacto da revelação é enorme. Diz respeito à próprio segurança de Alkmin. O 16º BPM é o responsável também pelo policiamento do bairro onde estão situados o gabinete e a residência oficial do governador. O Morumbi, que concentra boa parte do PIB paulistano, tem sido sobressaltado diariamente por notícias de roubos a residências, a maior parte cometida com o uso de excessiva violência.
Talvez o desprezo aos relatórios de inteligência ajude a explicar a onda de violência que assola o reduto mais nobre da Zona Oeste de são Paulo. Se policiais recebem dinheiro para acobertar ladrões que atuam na maior universidade do País, não há como não inferir a possibilidade de que outras ações delituosas, praticadas por esses mesmos bandidos, não tenham sido igualmente protegidas pela ação da quadrilha encastelada na PM.
De acordo com o ex-Secretário Nacional Antidrogas Walter Mayerovitch, a descoberta de Sandro Barboza deixa a nu uma perspectiva assustadora: a de que o PCC, vitaminado pela corrupção que contamina a PM paulista, já tenha se imiscuído no Estado, contratando bandidos de farda para o cometimento de crimes que antes eram perpetrados por bandidos sem farda.

(do blog do Pannunzio)
ROTA mata a mando do PCC e usa QG como escritório para achacar bandidos, afirma inteligência da polícia civil.

A ROTA (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), grupo de elite da PM paulista, pode ter promovido atentados, executado inocentes e forjado um atentado ao quartel da corporação para extorquir membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). As informações estarrecedoras constam de dois relatórios produzidos pelo Departamento de Inteligência da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo. Os documento, de número 18 e 19/2010 (clique para obter uma cópia em .PDF), foram encaminhados ao gabinente do secretário de Segurança Pública Antônio Ferreira Pinto e terminaram engavetados, sem que nenhuma providência fosse adotada para esclarecer as denúncias.
A revelação coube ao repórter Sandro Barboza, do Jornal da Band. A reportagem desta quarta-feira exibiu uma entrevista com o autor do relatório, que se mantém no anonimato por temer uma retaliação fatal. De acordo com o jornalista, um em cada cinco homicídios ocorridos em São Paulo é praticado por policiais militares. Os assassinatos são sempre justificados em boletins de ocorrência como “resistência seguida de morte”. Muitas dessas ocorrências seriam, na verdade, homicídios cometidos por encomenda.
De acordo com a fonte do Jornal da Band, o mandante das execuções praticadas por policiais seriam criminosos ligados ao PCC. “Tanto que o senhor não vê mais esses atentados de PCC. Então o que acontece: todas as grandes atuações do crime organizado hoje em dia acabam cooptando maus agentes públicos para dar uma guarida”, disse o autor dos relatórios.
As vítimas, segundo a fonte, seriam invariavelmente rivas do “partido”, apelido utilizado por policiais e criminosos para se referir ao PCC. No jargão dos policiais a serviço da organização, os assassinatos são chamados de “Caixa-Dois”. O método dos criminosos de farda seria, segundo o investigador do DHPP, sempre o mesmo. Cada viatura sai para essas missões com três homens. Todos teriam participação nos grupos de extermínio. Segundo a fonte do Jornal da Band, um dos três homens deixa a viatura usando uma capa de motoboy ou uma roupa comum, vestindo uma balaclava para tapar o rosto.
Os dois policiais que permanecem na viatura identificam o alvo e comunicam a localização da vítima ao executor do assassinato. Feito o “serviço”, o PM descaracterizado é recolhido pela viatura. Logo depois, os mesmos PMs assassinos alteram a cena do crime, mudam o local em que a execução aconteceu e seguem para atender a “ocorrência” que eles mesmos produziram.
O autor dos relatórios afirma que não é difícil materializar as provas dessa atuação criminosa. Segundo ele, bastaria levantar o sigilo das ligações telefônicas mantidas entre os PMs de aluguel para se constatar que há uma vasta comunicação antecedendo esses episódios. Mas isso, como de resto tudo, jamais foi feito.
A fonte também revela como é feita a adulteração da cena dos crimes perpetrados por policiais. Segundo ele, os PMs recolhem as cápsulas e levam a vítima a determinados hospitais, que seriam coniventes com o esquema.
Um dos casos concretos revelados pelo Jornal da Band foi o assassinato do advogado Paulo Clélio de Almeida, suspeito de ter ligações com o PCC. Ele teve sua casa assaltada no dia 20 de fevereiro passado. Os ladrões levaram mais de R$ 800 mil em dinheiro e algumas jóias. Desconfiado da participação de policiais militares, o advogado passou a investigar o assalto por conta própria. Uma semana depois, apareceu morto com o corpo crivado por 25 tiros. O autor dos disparos, ao contrário do sempre acontece, desta vez foi identificado. Quem o assassinou foi o soldado Gilson Terra.
Um dos Relatório de Inteligência conhecido na última edição do Jornal da Band também revela que os PMs corruptos usavam o QG da ROTA como escritório para articular suas ações criminosas e extorquir dinheiro de traficantes. Um dos assassinatos teriam sido tramados desta forma foi o de Fábio Fernandes da Silva, um bandido conhecido como Vampirinho. R$ 300 mil que estavam dentro do carro desapareceram misteriosamente. Ao investigar o caso, o DHPP descobriu algo ainda mais grave: o envolvimento do sargento Rafael Henrique Telhada, filho do comandante da ROTA à época.
A farsa do atentado ao QG da ROTA
Os relatórios engavetados pelo secretário Antônio Ferreira Pinto vão além das vinditas do PCC e da contratação de PMs como algozes de aluguel do “partido”. O de número 19/2010 faz afirmações que, se confirmadas, podem botar abaixo toda a cúpula da SSP. Ele implica diretamente o Coronel Paulo Telhada, que comandou o Batalhão Tobias Aguiar até o ano passado.
No dia 31 de julho 2010, Telhada sofreu um atentado na rua onde mora. Ele conseguiu sair sem um único ferimento, embora seu carro tenha sido alvejado por pelo menos dez tiros de grosso calibre. Dois dias depois, um homem foi morto por policiais militares da corporação em frente ao QG da ROTA. Tinha uma arma na mãe direita e um coquetel molotov na esqueda.
O atentado foi atribuído pelo secretário Ferreira Pinto a criminosos inconformados com a ação do grupo de elite da PM paulista. ”Desde a chegada do Telhada na Rota, há um ano e três meses, ações de expressão têm incomodado os criminosos que estão nas ruas”, declarou. De acordo com as informações da inteligência da Polícia Civil, a história é bem diferente.
No relatório que produziu sobre o caso, o investigador do DHPP descreveu Frank Ligiere Sons, o homem do coquetel molotov, como um alcoólatra, viciado em drogas, que tinha pavor de armas de fogo e não seria capaz — nem teria motivos — para uma atitude tão violenta. Frank estaria frequentando uma clínica de reabilitação e havia assumido uma religião. A família chegou mesmo a caracterizá-lo como um covarde que, a despeito do vícios, não tinha um passado criminal.
O irmão dele, no entanto, é um personagem controverso desde suas primeiras manifestações. Ex-policial militar, Ronaldo Ligieri desde o início pareceu conformar-se com o destino trágico do irmão. Apesar de afirmar que nunca havia trabalhado na ROTA, Ronaldo desculpou desde o início a PM pela execução de Frank sob a justificativa de que “conhecia mais de 80 policiais do batalhão” e “não queria prejudicar suas relações” com os colegas de farda.
De acordo com a inteligência da Polícia Civil, Ronaldo na verdade seria sócio do coronel Telhada em uma empresa de segurança. Embora não decline o nome dessa empresa, o relatório de inteligência aponta que ela fazia a escolta pessoal do apresentador Gugu Liberato quando eclodiu a farsa da entrevista de supostos líderes do PCC exibida em 2003, quando Gugu ainda trabalhava no SBT. A armação custou caro ao apresentador, que disputava a liderança da audiência dominical vespertina com o concorrente Fausto Silva, da Rede Globo. Gugu caiu em descrédito e nunca mais conseguiu recuperar o prestígio que tinha entre as classes D e E.
O relatório sugere que a execução de Frank foi tramada para desviar a atenção de outros crimes envolvendo policiais militares que vinham sendo investigados pela Polícia Civil. E afirma categoricamente que PMs se fizeram passar por investigadores civis para desvirtuar o que vinha sendo apurado.
O filho do ex-comandante da ROTA, conhecido como Telhada Filho, teria envolvimento com várias ações criminosas. O Relatório afirma que em um galpão pertencente a ele foram apreendidos R$ 5 milhões em mercadorias (provavelmente roubadas). Telhada Filho também teria pedido a supressão temporária do policiamento na região de Perus, na Zona Oeste de São Paulo, para facilitar a ação de uma quadrilha de ladrões de caixas eletrônicos. Um sargento honesto teria sido procurado por ele para tal fim. Ao receber uma oferta de dinheiro para cumprir o que lhe era pedido, o sargento teria decidido comunicar o fato a seus superiores hierárquicos — e recebido uma punição como prêmio.
As afirmações contidas no documento trazido à luz por Sandro Barboza são gravíssimas, mas não devem aprioristicamente ser tomadas como expressão absoluta do submundo dos quartéis. O fato a estranhar é que elas não geraram nenhuma consequência formal. Não há um só inquérito, uma sindicância aberta a partir dos dados coletados pelo investigador do DHPP, apesar de a cúpula da Secretaria de Segurança ter sido informada de seu conteúdo.
Para o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública, as informações seriam facilmente verificáveis. Ali estão apontados nomes, datas, locais e as circunstâncias em que os crimes supostamente foram cometidos.
Até agora, o governo do Estado de são Paulo e a SSP vêm se mantendo em um silêncio letárgico, apesar de todas as tentativas do repórter de ouvir fontes oficiais.

Uol

Governo afirma que relatórios de inteligência da Polícia Civil são apenas "documentos internos"

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (29) comentando a reportagem da TV Bandeirantes sobre o suposto envolvimento de policiais com traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), na região da Universidade de São Paulo (USP), zona oeste da capital paulista.

A Band afirma que teve acesso a relatórios de inteligência secretos da Polícia Civil que pedem a investigação de policiais militares por envolvimento com o crime organizado. Segundo a reportagem, os casos foram "engavetados".

Fraudes na linha 5 do Metrô paulista: na possibilidade de atingir autoridades do governo Serra/Alckmin, Justiça mira de forma inédita nos corruptores/empreiteiras.

(do Transparência SP)

Da série de escândalos do governo paulista que não provocam o mesmo interesse de cobertura e apuração das responsabilidades por parte da grande mídia.
Neste caso, como as acusações podem atingir autoridades do governo paulista (Alckmin/Serra), os holofotes serão dirigidos apenas aos corruptores (empreiteiras) - caso raro no Brasil.
Era uma boa oportunidade de se investigar corruptores e corrompidos. Não deverá ocorrer.
As autoridades públicas ficarão em seus cargos e as empreiteiras continuarão seus negócios. Obras e "esquemas" seguirão em frente.

Justiça aceita denúncia contra 14 acusados de cartel na linha 5 do Metrô Paulista

(da Folha On Line)

O juiz Marcos Fleury Silveira de Alvarenga, da 12ª Vara Criminal Central de São Paulo, aceitou nesta terça-feira a denúncia contra os acusados de suposta prática de cartel na licitação para ampliação da linha 5-lilás do metrô.
Na quarta (21), o Ministério Público apresentou denúncia (acusação formal) contra 14 executivos dos consórcios responsáveis pela obra sob acusação de formarem um cartel para fraudar a licitação. A partir de agora, a Justiça vai instaurar um processo para investigar o caso. Se condenados, as penas podem chegar a dez anos de prisão.
As suspeitas foram reveladas por reportagem da Folha em 2010, que mostrou que os vencedores da licitação já eram conhecidos seis meses antes da disputa.
A acusação da Promotoria é de que representantes das maiores empreiteiras do país combinaram os preços que apresentariam ao Metrô para ganhar os seis lotes da megaobra de R$ 4 bilhões.
De acordo com a denúncia, o Metrô estabeleceu na licitação que as propostas das empresas não poderiam ultrapassar o orçamento em nenhuma hipótese. "E, sintomaticamente, os percentuais oferecidos pelas empresas vencedoras eram minimamente abaixo do orçamento proposto pelo Metrô", afirma no documento o promotor Marcelo Mendroni. Ele diz que cada consórcio escolheu um lote e os outros apresentaram valores maiores para perder a disputa.
Foram denunciados Anuaar Benedito Caram, Flavio Augusto Ometto Frias, Jorge Arnaldo Curi Yazbec Júnior e Eduardo Maghidman, do consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa; Severino Junqueira Reis de Andrade, da Mendes Junior; Adelmo Ernesto Di Gregório, Dante Prati Favero, Mario Pereira e Ricardo Bellon Júnior, do consórcio Heleno & Fonseca/Tiisa; Roberto Scofield Lauar e Domingos Malzoni, do consórcio Carioca/Cetenco; Carlos Armando Guedes Pascoal, do consórcio Odebrecht/OAS/Queiroz Galvão; e Adhemar Rodrigues Alves e Marcelo Scott Franco de Camargo, da CR Almeida/Cosben.
No ano passado, após ação da Promotoria, a Justiça chegou a determinar a paralisação das obras da linha 5 e o afastamento do presidente do Metrô, Sergio Avelleda.
As obras só ficaram paradas entre os dias 18 e 22 de novembro, pois a decisão foi suspensa.
A denúncia aceita pela Justiça não cita o presidente do Metrô, Sergio Avelleda, e não impede a continuação da obra, por se tratar da esfera criminal. A Promotoria afirma não ter encontrado indícios suficientes para denunciar funcionários do Metrô, mas Avelleda pode ser responsabilizado em ação de improbidade adminstrativa.



OUTRO LADO
Procuradas, as empresas dos denunciados informaram que até a noite de hoje não haviam sido notificadas sobre a abertura do processo.
A Andrade Gutierrez disse na sexta (23) que "não teve acesso ao teor da denúncia".
A construtora Carioca disse que "todas as suas ações são pautadas em observância à lei" e que "está à disposição da Justiça para colaborar com as investigações". Já a Mendes Junior informou que não iria se manifestar.
A Odebrecht, que liderou o consórcio formado também pela OAS e Queiroz Galvão, "nega veementemente qualquer irregularidade em sua participação na licitação da linha 5 e reafirma que cumpriu rigorosamente a legislação e as regras do edital".
A empresa diz que seu consórcio "concentrou seus estudos no lote 7 pelo fato de ter em disponibilidade o equipamento necessário à obra e por ser composto de empresas que estão entre as poucas especialistas no mundo para operar este tipo de equipamento".
A Camargo Corrêa informou que "continuará a apresentar nas instâncias legais cabíveis os esclarecimentos de que as acusações são absolutamente infundadas".
A Tiisa, que formou consórcio com a Heleno & Fonseca, diz que "agiu com plena lisura, pautando a sua atuação de forma eficiente, transparente e responsável".
O Metrô disse que não se manifestaria sobre o assunto porque a denúncia da Promotoria nesse caso se limita aos executivos das empreiteiras.





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